Bons apenas pelo telefone,

Malévolos sempre à noite insone,

Bons na parede num porta retrato,

Nunca por perto praticando maltrato,

Bebe teu sangue sob à luz de velas,

Rouba teus sonhos bordados em aquarela,

A verdade crua dessa gente burra, que rouba sanidade

Te esconde a verdade e jamais terás saudade.

Beija teu futuro, abraça teu caminho, siga em frente, vá sozinho,

Não os espere, te perseguirão, lhe mostram o caminho, como fingidos que são,

E dói dizer de Compostela, não passa da mentira da religião,

E Deus não existe, e mesmo assim dirão “Ou fica, ou sofrerás então”

Pois não é o teu bem que querem, mas te intimidar que seu diabo os carregue.

Família essa que só há defeitos, contra gosto, amor e outros efeitos,

Fuja logo jovem, antes que te peguem,

Pois se não o fizeres para eles te entregue.

Bons de longe como bem falados,

Malvados perto hipócritas exaltados,

Pega tua crus, corra desse tal Jesus,

Só querem te recrutar, pro mal que te engolirá,

Verdade nunca é dita, fale algo se tua boca é maldita,

E vem dessa dita, ditadura,

foge deles ou perderás a luta,

Sempre a correr, nunca a se esconder,

Felicidade essa que um dia ei de ter,

Sem meus parentes para aborrecer.