Loucuras em Cinco Estrelas escrita por James Fernando


Capítulo 10
Capítulo 10: Ragatanga em Cinco Estrelas – Parte 1




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Peguei minha bolsa com meus cartões de crédito, e em menos de cinco minutos, todas já estávamos do lado de fora de meu quarto. Minutos depois, já estávamos no shopping do hotel gastando como se não houvesse o amanhã. Cartão de crédito na mão de mulher, é falência na certa.

Enquanto as mocreias faziam um desfile de roupas a lá Fashion Week, eu sentei em um sofá e fui fuçar no meu face. Depois de ver que os meus amigos não tem mais nada o que fazer, então ficam mandando status e compartilhando fotos ridículas, fui checar minha caixa de mensagens.

E aí maninha? Tudo na boa? Mas então, diga-me, o que aconteceu entre você e a Lulu? Espere, eu vou te ver pessoalmente. Você sabe que eu conheço um cara que faz esses serviços de rastrear pessoas por um preço bem camarada. Então, eu vou ficar no seu quarto ou no quarto da gostosa da Mary? Por favor, diga que é no quarto da Mary, pois essa tchutchuca não me escapa.

P.S: Estou chegando aí no hotel por volta das uma da tarde.

Er... OMG. O que o infeliz do Mike esta vindo fazer aqui?

Michael, mais conhecido como Mike, Aquele que pega todas as vadias e não liga na manhã seguinte. Ele é meu irmão mais velho. Ele tem 26 anos, um ano mais velho que eu.

Somos em seis irmãos:

Lucy (Luciana) tem 23 anos. Vadia totalis... e solteira.

Mike (Michael) tem 26 anos. Mulherengo.

Tony (Anthony) tem 20 anos. Namorando sério.

Rose (Rosalie) tem 28 anos. Casada e com um filho, um menino de 4 anos.

Lúcio tem 30 anos. Casado e com dois filhos, um menino de cinco e uma menina de três.

E eu, Sophie, tenho 25 anos. Solteira e ainda virgem. Em outras palavras: A mulher de seus sonhos.

Não me levem a mal, eu amo meu irmão. O problema é que ele não controla a cabeça de baixo, isso me custou muitas amigas no colegial e na faculdade. Pois é, eu fui para a mesma faculdade que ele foi, não que eu soubesse, na verdade, todos pensavam que ele estava em Harvard, mas o filho da pu... da boa mãe, não foi aceito em Harvard, mas sim em Yale. Meu pai ate hoje não faz ideia que Mike, o diretor administrativo de sua preciosa empresa, se formou em Yale, e não em Harvard. É claro que eu, como a boa irmã que sou, o chantageei; e isso é uma outra história.

– Sophie, o que foi? – perguntou Mary se aproximando junto de todas (incluindo a bicha).

Eu devia estar mais branca que a sonsa da Bella.

– Mike esta vindo. – eu só precisei dizer isso.

Mary conhece bem o meu irmão, exceto na cama. Mary foi a única que disse não a ele, e vocês já devem saber o resto.

– Maldita! – esbravejou Mary. – Você disse pra ele onde estamos?

– Claro que não. – me defendi me levantando e me fazendo de ofendida, o que era verdade. – Você sabe que aquele infeliz tem uns contatos bem suspeitos, pois é, aquele comedor de vadias me rastreou.

– Er... do que vocês estão falando? Quem é Mike? – perguntou a bicha. – E será que ele estaria interessado em uma loira com tudo em cima?

– Eu disse vadias... – eu disse.

– E eu sou o que? – perguntou a Calcinha Rosa; sempre que me lembro disso, me seguro para não cair na gargalhada.

– Essa eu sei! Essa eu sei! – disse Ana dando uma de ruiva burra. – Uma praga.

– Escuta aqui, sua bisca de buteco. – disse a bicha dando piti. – Se tu quer levar tapa na cara, é só pedir, sua vagaba.

– Experimenta, sua lacraia. – se impôs a Putana.

– Já chega! – disse Mary irritada. – O caso aqui é sério. Mike é um dos irmãos de Sophie, e ele é um cafajeste de primeira, gostoso, mas um canalha que não pode ver um rabo de saia que já quer tirar em qualquer canto. Ele vive dando em cima de mim, e eu vivo dizendo não. Motivo? Eu já vi o estado de muitas das suas ficantes no dia seguinte. Ao que parece, ele é um deus na cama, mas não rola uma segunda vez. E isso acabou com todas as amizades que Sophie teve, as idiotas acabaram caindo na rede dele, e acabaram se apaixonando.

– Será que ele gosta de loira. – disse a bicha. – Ou morena? Ou ruiva? Tenho que comprar tinta de cabelo de todas as cores...

– Bom, é o seguinte. – eu disse ignorando a bicha. – Ele vai dar em cima de vocês, e se vocês caírem na vara dele, não me culpem depois. E... me privem dos detalhes sórdidos. OMG! – eu disse do nada ao avistar algo atrás de Meg.

Então eu fiz o que qualquer mulher de respeito no meu lugar faria.

– SAI DA FRENTE, BANDO DE MUNDIÇAS! – eu gritei empurrando elas.

E comecei a correr, pois aquele vestido perfeito pra usar no... não sei onde usa-lo, só sei que ele tem que ser meu. Corri como uma desesperada, o que eu era, ate cruzar com uma mulher que também corria por outro corredor em direção ao vestido.

Foi como se tudo naquele exato momento ficasse câmera lenta. Me senti em um filme de comédia. Eu parei no lugar e a mulher também. Olhei para o vestido e ela também, em seguida a encarei. Seu olhar dizia: Cai fora vadia, aquele vestido é meu. E o meu olhar dizia: Só em seus sonhos, sua quenga.

– CÓDIGO VERMELHO! – gritei. – DESCENDO DO SALTO! – gritei tirando os meus saltos alto.

A desgraçada da quenga já estava correndo ate o vestido de novo. E ela já estava perto, então eu fiz a única coisa que eu poderia fazer. Joguei meu salto alto na nuca daquela baranga.

Acertei em cheio, a baranga foi ao chão antes de conseguir tocar o meu vestido. Andei ate o vestido parei ao lado da coitada, me abaixei e disse:

– Querida, na grife e na guerra vale tudo.

– É isso mesmo. – gritou a bicha. – Só pisando no recalque!

Me levantei e peguei meu vestido. Calcei meus saltos alto e sai como se nada tivesse acontecido. Cheguei na atendente que estava com os olhos arregalados. Nossa, será que eu estou com uma espinha na cara? Sai pra lá desgraça! Olhei no espelho atrás dela, e nada de espinha. Ufa, não foi hoje que joguei pedra na cruz.

– Vou levar esse daqui. – eu disse com um sorriso enorme. Eu sei, estou parecendo uma lunática que acabou de fugir do hospício.

E ela continua a me encarar como se eu fosse uma aberração. Mas quer saber? Eu faço o que qualquer pessoa com personalidade faria. Que se dane quem falar, amostro o dedo e digo:

– Cheire! O que é que você quer? Te devo alguma coisa?

A mulher finalmente recuperou o juízo e tomou uma atitude profissional.

– Dinheiro, cheque ou cartão? – ela perguntou com um sorriso mais falso que Prada comprada na 25 de maço.

– Cartão. – eu respondi com meu sorriso de Pra ser luxo é bom tu suar! Salto 15 pronta pra sambar. Ser como eu, é pra poucos. Lava essa xota, faz esse buço, mata esse cêcê, limpa essa casca. Não perde tempo não, ainda tem salvação. Alise esse perucão. É feia por opção.

Eu juro, acho que ela sabe exatamente o que o meu sorriso quer dizer, pois o sorriso dela morreu, e ela me olhou mortalmente. Coitada, é puro recalque. Ela pegou meu vestido e o cartão da minha mão.

– Só um momento... – ela disse quase bufando de raiva.

E eu só a olhei com um olhar de Inveja? Vai se cuidar Bitch!

Esperei alguns minutos, e logo ela estava de volta com o meu cartão e o meu vestido em uma sacola. Nem dei atenção ao olhar mortal que ela estava me dando, peguei meu cartão e meu vestido e me afastei.

Voltei ate as minhas amigas com a sacola com o vestido dentro em mãos. A bicha logo pulou na minha frente e me abraçou.

– Minha heroína cor-de-rosa. Eu não teria feito melhor... – ela disse e me soltou e ficou alguns segundos pensativa e depois voltou a tagarelar que nem uma gazela. – Na verdade, teria feito sim, mas você esta no caminho certo...

– Ok. Sai da frente traveco. – disse Mary empurrando a bicha pra longe de mim e me abraçando. – Ai, amiga. Estou tão orgulhosa de você.

– É assim mesmo que se faz, migaaaa... – disse uma Alexys eufórica e saltitante. Ela tem formiga no rabo? – Mas acho que você acabou de criar duas inimigas... – ela disse meio preocupada.

– Inimigas? Mato e escondo no mato. – eu disse com os braços em volta das costas da Mary.

– Acho que os chifres que aquele aleijado colocou em você, esta te fazendo é bem e não mal... – disse Mary.

– Também acho... – eu tive que concordar. Em outra ocasião, eu nunca iria dar uma de Mary, a Maldita.

– E esse vestido, onde você vai usar? – perguntou Mad.

– No aniversario de minha mãe. – respondi sem pensar duas vezes.

– Ok, vadias, ainda temos que achar as nossas roupas para ir a boate. – disse uma Alexys autoritária. – Então, desçam do salto alto e vão ao ataque!

E assim foi, todas foram atrás de suas roupas perfeitas para requebrar ate o chão hoje a noite, exceto a Mary, que tentou ir, mas eu belisquei sua costela.

– Ai, ai, aiiiii... – disse ela choramingando.

– Nada disso, amiga. Agora, você vai se sentar ao meu lado naquele sofá ali, e vai me contar direitinho essa história de Cornuda, Guerra de Comida e Katy com batom borrado parecendo que fizeram um desentupimento nela.

– Ok, ok, só não me belisca de novo, por que dói... e muito. Mas só digo uma coisa, se ficar marca, tu vai levar na cara, vadia.

Nos sentamos no sofá, sabe? Esses sofás que tem nas lojas para os homens se sentarem e ficarem por seis horas esperando a mulher fazer a festa no nosso paraíso pessoal. Então, a Mary começou:

– Tudo começou depois de você e a Alexys irem ao toalete...

Notas Finais:

Desculpem a demora, podem xingar, eu mereço.

Esse capítulo provavelmente terá 3 partes.

O que será que rolou para acontecer a guerra de comida? E essa história de cornuda? E o que Katy andou fazendo? Só digo uma coisa: Sophie pode ter esquecido o almoço com Alec, mas ele não se esqueceu e vai cobrar.


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