About Sirius Black escrita por Ster


Capítulo 79
Depois - 1994


Notas iniciais do capítulo

Muitissimoooooooooo obrigada à Mozart... Ah... Só amor



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I HAD 99 PROBLEMS

1994

Isso pode ser o final...

Nossa que exagero o meu, perdão, mas eu estava muito triste em ter que deixar a casa de Emmeline. Era confortável, uma mulher bonita e cheirosa para me abraçar durante a noite, comida de graça, chuveiro, televisão... Que droga, Harry e James, o que não faço por vocês!

Estavamos em silêncio esperando Remo vir se despedir, em um silêncio muitíssimo incomodo diga-se de passagem. Analisei Emmeline discretamente: Muitas coisas mudaram, por exemplo, seu cabelo agora era curto e seus peitos caíram um pouco. Seu quadril também aumentou e agora tinha umas leves ruguinhas perto de seus olhos.

Meus trinta anos foram bem gentis, devo acrescentar, estou ainda mais bonito. Não é acumulo de ego não, eu realmente estou mais bonito. Essa mecha acinzentada que simplesmente apareceu entre meus cachos me deixou muito bonito. Incrível, eu sou muito lindo. Eu deveria ter sido modelo... Eu ia ganhar muito dinheiro com minha beleza.

– Sirius? – despertei, notando que estava olhando fixamente para os seios de Emmeline. – Quer que eu tire a blusa para facilitar sua visão?

– Não seria um incomodo. – retruquei, sorrindo. Ela riu, fechando os olhos.

– Trinta anos e nenhuma mudança, incrível. – girei os olhos, imitando a careta registrada de James, fazendo-a rir mais ainda. – Cresce, Sirius.

– Eu cresci! Digo, daqui a pouco vou fazer quarenta e olhe pra mim: Lindo de morrer. Aliás, minha preocupação quando mais jovem era quem diabos iria cuidar de mim aos sessenta. Marlene tinha prometido, mas a desgraçada foi antes de mim. E agora? Bem, agora estou ferrado de vez.

Ignorei o olhar penetrante de Emmeline.

– Talvez Remo faça o trabalho. – nesse momento, apareceu na lareira, limpando-se das cinzas. – Ah olhe ele aí. Ei, Remo, quer se casar comigo?

– O quê? – engasgou-se ele. Hm, sempre soube, aposto que ele vai dizer sim. – Casar com você? Que tipo de pessoa faria isso?

Os dois gargalharam, se abraçando. Qual a graça nisso especificamente? Oi? Todo mundo gostaria de se casar comigo! Provavelmente James e eu teríamos casado caso Lily não tivesse existido. E seria um relacionamento totalmente aberto, iria ser mulher pela casa toda!

– Que isso no seu pescoço? – perguntei assim que ele se sentou. Gente! Tem um buraco negro na garganta de Remo, quem fez isso? – VOCÊ ESTÁ COM UM CHUPÃO?

Chupão? – chocou-se Emmeline, inclinando-se no sofá. Remo colocou a mão rapidamente no local, protegendo-o. Quem diria hein, por isso que some, desgraçado! – Você está com um chupão no pescoço, Remo Lupin?

– Não acredito. Por que deixou isso aí? Pra esfregar na nossa cara que você tem vida social agora? Por que não usou aquele feitiço que James inventou?

– Vocês inventaram um feitiço? – indagou ele chocado.

– Vários! Se as meninas vissem isso iriam pensar que éramos cafajestes. – Emmeline olhou-me com nojo.

– Vocês eram. São.

– Eu sei, mas ninguém precisa saber disso! – Remo estava tão vermelho que eu senti vontade de gargalhar. Coitadinho, ele nunca foi dessa vida, está com vergonha. Emmeline e eu ficamos rindo discretamente enquanto ele fingia que não existíamos. – E aí? Não vai contar quem foi?

– Eu... Olha, é complicado... – Emmeline ergueu as sobrancelhas para Remo, que estava começando a gaguejar. Ele respirou fundo, tirando a mão do chupão, e que chupão, quase arrancou o pescoço do homem. – Foi uma pessoa que eu conheci, só isso... Mas acabou, não vai acontecer novamente.

– Remo, você é tão obtuso. – amo essa palavra, obrigada Lílian. – Já te disse do petshop.

– Petshop? – indagou Emmeline.

– Passe na frente de um, fique uns três minutos lá fingindo que está adorando olhar para os cachorrinhos. Entre na loja e pegue o que parece mais machucado. Se alguma mulher bonita aparecer, chegue perto dela, brinque com um cachorrinho na frente dela e diga: “Ah, se eu pudesse adotar todos eles” com a carinha mais triste que você tiver. – Emmeline e Remo pareciam aterrorizados. – Apesar que você já tem um rosto naturalmente triste né. Ahhhh, falar que sua esposa morreu também cola.

– Sirius eu não acredito que você fazia esse tipo de coisa. – disse Emmeline chocada.

– Ele fazia pior, acredite. Houve uma vez, quando eu ainda morava com ele, que uma mulher ficou chorando na frente da casa durante um dia inteiro porque ele havia feito James dizer a ela que morreu! – Ah... Não é minha melhor história. Ela tinha uma bunda linda, mas era chata pra caralho.

– Você é um monstro. – repugnou Emmeline.

– Eu sou um monstro? Você também usava o truque do câncer! – Emmeline saltou do sofá, chocada, apontando o dedo para meu rosto ameaçadoramente.

– Foi só uma vez! – Remo começou a rir, roubando nossa atenção para ele.

– E aí Remo... Então essa é a número dois? – Remo ficou tão sério e vermelho que eu me arrependi de ter desenterrado a história dos números.

– Número dois? – indagou Emmeline. Ela pareceu pensar por alguns minutos. – Espera... Naquela festa, em 76... Os números na testa de todo mundo.... É o que...

– Sim. – respondeu Remo. Ficamos em absoluto silêncio. Aquela festa foi constrangedora e engraçada, ótimos momentos. Mas Emmeline e Remo não pareciam estar lembrando da festa com muito amor.

– Quem foi que aplicou aquele feitiço idiota? – questionou ela, parecendo irritada.

– James. – respondemos imediatamente. Na verdade fui eu e James, mas era muito mais fácil culpar uma pessoa morta. Emmeline girou os olhos, irritada.

– Bem, ele estragou a minha noite. A minha e a de um monte de gente. – contou ela, nervosa. Remo apenas riu, maneando a cabeça negativamente.

– Acredite, o motivo não poderia ter sido mais estúpido.

1976

POV OFF

– Ela não quer nada com você, James! – insistiu Sirius, tentando fazer o amigo desistir, mas James era tão cabeça dura quanto Sirius. Os dois se encararam entre as luzes piscantes da festa, prestes a saírem correndo atrás de Doris Purkiss, que por acaso, tinha dado esperanças para os dois.

– Claro que quer, sou o cara mais bonito dessa festa!

– Não é não, eu sou! – retrucou Sirius, irritado. Os dois viraram seus respectivos copos de bebida, ainda se encarando. Sirius pegou uma pequena pílula em seu bolso, dando um para James e pegando outro para si. Os dois colocaram em suas línguas e engoliram, determinados. Remo e Pedro apenas observavam os dois disputarem mais uma garota.

– Certo, então vamos ver quem é melhor. – James pegou sua varinha. – O número.

– Você sabe que eu parei um pouco por causa de Marlene. – disse Sirius, se sentindo injustiçado.

– E eu por Lily! Mas isso não muda os números passados! – retrucou James, concentrando-se. O feitiço não estava totalmente correto, faltava muitas melhoras, mas ainda assim ele não hesitou em convoca-la. Sem que percebessem, um golpe de luz saiu da varinha de James não atingindo apenas os quatro, como toda a festa. Indolor, números queimaram na testa de alguns, quase parando a festa por alguns segundos. Mas como todos estavam bêbados demais para se importar, nada parou.

– E aí? – Sirius perguntou, fitando o 19 na testa de James.

– Vinte e três, resmungou James. – Sirius berrou, começando a pular e gargalhar para o amigo, zombando do mesmo. – Isso não significa nada!

– Significa que sou melhor que você! – gargalhou Sirius, quase rolando pelo chão. – Transei mais que você! E olha que perdi depois! Ahhh, como é mole!

James começou a rir quando olhou a testa lisa de Remo.

– Não tem nada na sua testa Aluado, que vergonha! – riu James, enquanto a amigo apenas se esquivava, dando de ombros. Pelo menor Pedro tinha o número 1 na testa, e se sentia orgulhoso disso. Mas Remo também estava morrendo de vergonha.

– Licença, saiam da frente do bar! – Emmeline empurrou os quatro, encostando-se no balcão. Sirius e James se entreolharam chocados. – Por que estão com números na testa também?

– Emmeline... Onze? – indagou James, chocado.

– Onze o que? – questionou ela, dando de ombros, já com sua bebida. Remo estava com a mão no peito, impressionado. – Quer dançar Remo?

– Transar? – Remo arregalou os olhos, dando um passo para trás. Os garotos começaram a rir, e Emmeline não estava achando graça nenhuma. Lílian Evans apareceu do lado de Remo, de braços cruzados.

– Apareceu um 4 na testa de Edgar e ele simplesmente não sabe explicar! – ela olhou para todos, sendo que Sirius ria do número 1 em sua testa. – Por que vocês também estão com números?

– Ok, que brincadeira sem graça é essa dos números? – indagou Marlene, abrindo espaço entre eles. O número 2 na testa dela deixou Sirius com o coração tranquilo. Só ele e o irmão, graça à Merlin. – Gente?

– É um feitiço de James, mostra todas as pessoas com que você transou. – assim que Pedro terminou de falar, mãos voaram por todos os cantos, cobrindo suas testas. Porém Pedro começou a rir como nunca, curvando-se enquanto assistia eles se olharem como se estivessem em guerra.

– Tira a mão, Sirius! – exigiu Marlene, com a mão na testa.

– Nunca! – retrucou ele, cobrindo a testa com as duas mãos. Lílian olhava para James de canto de olho enquanto ele fazia o mesmo. Mas Emmeline estava com os olhos marejados e bochechas vermelhas, tentando não fitar Remo, que sequer tentou cobrir a testa.

– Por que estão todos com números na testa? – indagou Dorcas, abrindo espaço. Remo olhou-a de relance, percebendo sua testa vazia. Ao perceber o olhar do mesmo, ela não pode segurar um sorriso, assim como Remo não se esforçou para fazê-lo. Mas tudo foi interrompido quando Emmeline empurrou os dois, abrindo espaço para sair.

1994

– Ah, nem foi tão ruim assim. – riu Sirius. Mas os dois estavam sérios. – Ok, foi, mas no fim da conta, descobrimos que Doris não queria ficar com nenhum dos dois. Aquela vaca, nos usou pra conseguir narciso.

– Deus, como você é patético. – disse Emmeline séria. E eu posso fazer alguma coisa se você rodou Hogwarts inteira e queria pagar de santa para Remo? Por favor, né Emmeline, não faz seu tipo. Como eu não tinha mais uma varinha, e nem podia comprar uma, fui rápido em roubar a varinha de Emmeline, em cima da mesa, e aplicar o feitiço. A explosão de luz queimou a testa de todos nós. Deus, eu estava morrendo de curiosidade para saber meu número atual. O número dois na testa de Remo me deu um ataque de riso tão forte que eu quase morri ali mesmo enquanto Emmeline protegia a testa com todas as suas forças.

– Não tem graça. – disse Remo, sério, nem tentando esconder o número dois berrante.

– SIRIUS BLACK! – berrou Emmeline. – NÃO ACREDITO!

Corri para o espelho, quase enfartando. Meu Deus, eu sou um monstro: O enorme número 99 em minha testa era de impressionar. Sou um sobrevivente, definitivamente. Noventa e nove mulheres, uau... Chupa essa James.

– Descobre a testa! – ordenei, mas ela parecia decidida, encolhendo-se no sofá. – DESCOBRE ESSA TESTA, EMMELINE!

– NUNCA! – urrou ela, correndo de mim. Tratei de agarrá-la pelo braço e arrancar na base da violência as mãos de cima de sua testa. MEU DEUS DO CÉU!

– EMMELINE! – gritei, chocado. – Não acredito! VINTE E QUATRO!

– O que é, eu não sou a Madre Tereza! – Nos encaramos aparentemente furiosos até Remo simplesmente começar a rir. Nós o fitamos, surpresos. Mas ele parecia estar tendo um ataque de riso. Algo me dizia que Remo estava fazendo a festa seja quem fosse a garota que estava com ele. Meus parabéns à ela, claro, se tem algo difícil nesse mundo é conseguir algo com Remo, sem dúvidas. Emmeline e eu nos fitamos, envergonhados. Éramos dois enlouquecidos, isso explica o número em nossas testas. Porém eu já não sou aquele Sirius que conseguiu os noventa e nove, e eu estava muito longe de voltar à ele. E Emmeline... Bem, Emmeline aproveitou esses quatorze anos muito bem.

– Acho que chegou minha hora. – falei, olhando para o uniforme de Azkaban em cima da mesa. Estar com as roupas que Emmeline me dera a faria ser a primeira cogitada em ter me acolhido, e isso com certeza a prejudicaria mais do que podemos explicar. Remo levantou-se para me dar um longo abraço, e Emmeline juntou-se a nós. Nós temos ótimas histórias para contar, eu posso relatar todas elas... Tempos de ouro, quase contos de fada. Histórias imortalizadas. Há tanto para contar, tantos personagens para conhecer... Eu me lembro de todos. Eu me lembro.

A sensação de estar faltando cinco pessoas naquele abraço era quase sufocante.

Só sobrara nós três.


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Notas finais do capítulo

Nem preciso dizer que "os números de transa" foram uma inspiração da série Misfits né. Acho que é na quarta temporada... Bons tempos :'(


Enfim, acabou esse negócio de conforto na casa da Emmeline, vamos sofrer logo porque eu não vejo a hora de chegar na minha casa: MUI ANTIGA E CHATA PRISÃO DOS BLACK, AQUI VOU EU!

Guuuuuuuurl, you better WEEEERK, porque queridas: 1.000 VISUALIZAÇÕES NO TRAILER DE ABOUT SIRIUS BLACK (E TAMBÉM QUASE MIL NO SEGUNDO), BITCH, WHAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAT?

Eu estou só guardando palavras de agradecimento para o final dessa história... Espero não decepcioná-las, estamos muito perto do final, estamos quase lá, não desistam!

ARGENTINA AQUI NÃO CARALHO!

MUAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAH

Spin-off da Emmeline fresquinho: http://fanfiction.com.br/historia/527671/The_Truth_About_Emmeline/