POV Percy

Naquele dia, quando voltei para casa, minha mãe falou:

–Filho que sorriso bobo é esse ai? – ela perguntou. Nem tinha reparado que tava sorrindo. Tava pensando na Annabeth.

–Conheci uma pessoa menina mãe. – respondi ainda sorrindo. Minha mãe vendo minha felicidade sorriu também.

–Que legal filho. Qual é o nome dela? Como ela é? É da mesma serie que você? Como se conhecerão? Ela é bonita? – Nesta ultima eu corei. Mas respondi:

–Ela se chama Annabeth, é loira de olhos cinza. Sim. Nos conhecemos na sala de aula. – falei rápido.

–Você não respondeu a ultima. – falou ela com um tom debochado.

–Não vou responder a ultima. – Devia esta parecendo um tomate agora. Ela me olhou como se eu não contasse agora ela ia arrancar à resposta de mim a força.

–Sim, mãe ela é bonita. Satisfeita? - Falei ainda vermelho. Só que agora com um bico. Ela riu e disse:

–Sim, estou. Agora sobe porque o almoço esta esfriando. – Falou ela como se nada estivesse acontecido. Bufei e subi. Quando voltei meu pai e minha mãe estavam praticamente se engolindo. Fui de fininho a pia e enchi um copo com água. Cheguei perto e joguei a água na cabeça deles. Eles se separaram brutalmente e me encararam como se eu estivesse acabado de cometer um crime.

–O que foi isso Perseus? - Perguntou meu pai irritado. Com a maior calma do mundo disse:

–Só quero que vocês, ao invés de ficarem se comendo no meio da sala, com uma criança presente, vocês comam a comida que a mamãe fez com todo amor e carinho. – Disse com um sorriso. Eles ficaram mais vermelhos do que eu quando mamãe perguntou sobre Annabeth. Meu pai deu um grande sorriso. Eu já sabia o que estava por vir. Ele ia me dar o troco:

–Sua mãe me contou sobre Annabeth filho. Como ela é? É gostosa? – Fiquei muito mais vermelho que eles. Meu pai começou a rir seguido de minha mãe.

–Bom, vamos comer, a comida está esfriando. – Disse mudando de assunto. Eles riram mais ainda e se sentaram para comer.

Bom, vou explicar esse negocio de ‘troco’. Primeiro temos que considerar dois pontos básicos. 1º-meu pai é a pessoa mais sem vergonha que existe. Um grande exemplo é que ele não se sente envergonhado em falar de sexo comigo e minha mãe na mesa de jantar. 2º- minha mãe quando esta com meu pai, faz a mesma coisa. Um grande exemplo é a agarração na cozinha sabendo que eu poderia desser a qualquer minuto. Então eu quando estava por volta dos 14 anos, fizemos uma espécie de competição silenciosa. Quem conseguisse deixar o outro mais envergonhado vencia.

Terminei de almoçar e subi para ao meu quarto para fazer a lição de casa. Depois de fazer a lição fiquei ouvindo musica o resto da tarde.

POV Annabeth

Quando voltei para casa, minha mãe percebeu que eu estava super feliz.

–Que foi filha? O que aconteceu para voe estar tão feliz? – perguntou ela super feliz, por eu estar feliz, depois da escola.

–Finalmente conheci uma pessoa legal. – disse sorrindo. Ela largou o que tava fazendo e veio se sentar ao meu lado.

–Quem é? – ela perguntou entusiasmada. Ri do seu entusiasmo e respondi:

–Percy Jackson – nessa hora sorri para o nada ao lembrar daqueles olhos verdes, aquele cabelo...

–Como ele é? É bonito? Ah, que pergunta. É claro que é. Para você está com esse sorriso bobo. – disse ela sorrindo maliciosa.

–Para mãe. – respondi corada ate a raiz dos cabelos.

–Ah. Vai falar que não é verdade? – ela falou rindo da minha vergonha.

–Sim ele é bonito, ta bom? – falei mais corada que antes.

–Sabia. Como ele é? – falou ela segurando minha mão, como se eu estivesse contando o pior de meus segredos.

–Ele é moreno, tem lindos olhos verde-mar, um rosto másculo, corpo divino, musculoso, mas não tão exagerado. – falei imaginando ele em minha mente. Acordei com uma risada. Olhei para minha mãe tão vermelha que acho que eu poderia ser comparada a um tomate.

–Meu Deus, ele é tão lindo assim? – falou ela gargalhando as minhas custas. –Você estava quase babando enquanto falava dele.

–Af mãe. Com licença, tenho que me arrumar para comer. – subi com raiva enquanto ela gargalhava atrás de mim. Quando subi, deitei em minha cama e comecei a pensar em meu primeiro dia na escola. Primeiro, cheguei pensando que seria o pior ano de minha vida. Depois conheço um menino que sofre bulling igual a mim. Então ele faz uma proposta estranha, falando para virarmos amigos para tem alguém com quem conversar e desabafar. Fazendo nossas vidas ficarem mais suportáveis. O que eu achei mais estranho, é que ele, alem de ser super gato, era muito legal. Tinha tudo para ser um daqueles populares mimados. Mas não, ele também era como eu. Mas eu tinha um motivo para ser tratada assim: sou feia, desengonçada e me visto mal. Tenho que descobrir mais sobre ele e descobrir o porquê dele ser tratado desse jeito. Acordei de meus devaneios com minha mãe me chamando:

–Filha, venha o almoço já esta pronto. – desço para comer a comida maravilhosa que minha mãe faz. Almoçamos e conversamos. Ela me perguntou como conheci Percy. Respondi prontamente. Não tinha porque esconder isso. Ate porque eu só tinha ela e Percy para contar. E contar para Percy como nos conhecemos seria muito idiota da minha parte. Seria bom contar como estou me sentindo para minha mãe. Talvez ela ajudasse a descobrir o porque de eu estar me sentindo estranha quando penso nele. Logo eu, a aluna mais certinha do colégio, aquela que não tinha que ficar nem se sentir estranha perto de homens. Ate porque, é uma das regras dos nerds: estudos em primeiro lugar. Resolvi contar isso para minha mãe depois, já que eu já tinha terminado de comer. Subi para o meu quarto e fiz meu dever de casa. O resto da tarde passou correndo comigo pensando porque de eu estar sentindo isso. Dormi com esses pensamentos.