O Monstro escrita por Messer


Capítulo 3
Sustos


Notas iniciais do capítulo

Oi! Capítulo fofinho pois eu acho Mary+John muito fofo!
Cara, nada a ver. Mas o capítulo é mais "fofo" do que o resto da série. Desculpem, meu estilo é muito dramático :/
Boa leitura!!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/380533/chapter/3

Era perto do meio dia. Mesmo com o Sol em seu ponto alto, a cidade estava escura com a forte neve que caía. Parecia que ela havia acertado o humor do Instituto.

Quase todos já sabiam da história. Depois de três pessoas virem e conversarem com ele, pedirem desculpas, apresentarem seus pêsames, ele resolveu se trancar na cozinha. Desenhou uma Marca de tranca atrás da porta de metal.

Não era coisa de Nelphilins fazerem todo aquele escândalo por causa da morte de alguém. Além do mais, a profecia dizia que John voltaria à vida, mas com um preço sem fim. Pelo jeito, as regras gregas eram tão duras quanto a deles.

As regras gregas também são minhas, ele se corrigiu. Era difícil se enxergar assim. Como metade deus.

O garoto respirou fundo. Estava sentado em uma das cadeiras, com as pernas apoiada em outra. Do jeito que estava confortável, acabaria dormindo daqui a pouco se não fossem as insistentes batidas na porta.

-Exploda logo isso. Eu não vou abrir – ele murmurou, apesar de saber que ninguém o escutaria.

O ar ficou pesado. Com um pulo, John levou demais seu peso para trás e caiu com a cadeira. Algo lhe percorria as veias, gritando para que desse meia volta e nunca mais voltasse para aquele lugar. Porém, quando olhou por cima da cadeira, só viu Mary e sua expressão de confusão. Então, quando finalmente sacou o que aconteceu, deu uma gargalhada tão grande e exagerada que fez quem quer que estivesse batendo na porta parar.

Só o fato de ela estar rindo assim fazia John abrir um sorriso, estranhando, mas era demais como a garota estava. Parecia não conseguir respirar e curvou o corpo para frente, fazendo com o que cabelo, agora solto, cobrisse o seu rosto. Como se não bastasse, a garota caiu de joelhos e se arrastou até o lado de John, onde se deitou e tentou recuperar-se de seu “pequeno” ataque de riso.

-Isso foi muito engraçado – a filha de Hades disse, enquanto secava algumas lágrimas que saíram involuntariamente.

-É... - ele respondeu, sorrindo. - Parece que sim. Agora, me diga, o que você fez com a minha namorada?

Mary virou bruscamente a cabeça para o lado, com os olhos arregalados. John deu risada com a ação dela. Não parecia magoada com a pergunta, como se ela não desse risada. A intenção de John não era fazê-la se sentir ruim, mas, depois de falar a frase, ele se tocou desse lado. Porém, a garota parece ter pego outro ponto de vista.

-Você me chamou de namorada, John? - Ela tinha um sorriso mal contido.

Não era a pergunta que ele esperava.

-Ahn... - Ele coçou a cabeça, meio desconfortável. - É...

A garota de uma risada, e o abraçou.

-Seu bobo – e então o beijou.

Se dependesse dele, poderiam ficar o dia todo lá. Mas parecia que quem estava lá fora resolveu bater na porta novamente. Mary deu um pulo, ainda com os dois braços em torno dele. Ela olhou para a porta, como se pudesse fazê-la parar de ser espancada. Porém o barulho continuou. Ela se levantou, murmurando xingamentos, andou até a porta e tentou abri-la. Porém tudo o que conseguiu foi lutar contra a maçaneta.

John dava risada, já de pé.

-Acho que tem uma Marca de tranca na porta, Mary.

A garota deu um passo para trás.

-Oh. Entendi.

O filho de Apolo sacou a estela e andou até a porta.

-Posso arrancar a porta? - Ela perguntou, quando ele estava se preparando para desfazer a Marca.

-Não. - O garoto respondeu e desenhou o novo símbolo.

A pessoa que estava batendo na porta continuava, deixando seu trabalho um pouco mais difícil. Quando terminou, Mary o empurrou delicadamente para o lado e abriu a porta, com suas feições completamente modificadas. Sua expressão era de fúria.

-Quem Hades quer derrubar essa porta a socos? - A garota disse, alto.

Espiando sobre o ombro dela, John viu Percy, Nick e Annie. Todos pareciam bem transtornados de ter visto a garota, e não ele, de primeiro plano.

Quando Percy o viu, olhou novamente para Mary, confuso. Então voltou os olhos para o garoto. John sorriu, meio malicioso. Seu Parabatai somente levantou um sobrancelha.

A garota viu o rosto de Percy e franziu a testa. Um minuto depois, falou para John, por cima do ombro:

-Já está se gabando por aí?

Ele deu risada. Era mais do que difícil Mary usar um palavreado como aquele. Colocando uma mão no ombro dela e a puxando para trás, dando espaço aos outros, respondeu, murmurando só para ela:

-Você é a minha namorada, não?

Ele a viu corar e então deu atenção para quem havia entrado na cozinha. Annie, principalmente, estava com uma cara feia, preparando o almoço. Somente Percy que sacou um pouco do envolvimento de ambos. John caminhou para a geladeira e pescou algo para comer.

-Hum... Annie, não seria mais fácil pedir alguma coisa? - Disse, analisando algo que se parecia com um queijo gorgonzola, só que com uma coloração rosa.

Quando cheirou, quase arremessou o alimento para o outro lado do cômodo.

-Isso é presunto podre! - Disse, andando em direção da pia com as mãos longe do corpo. Todos (inclusive Annie) estavam rindo da reação do garoto.

Depois de lavar e retirar qualquer resquício de presunto passado da validade de suas mãos e jogar aquilo no lixo, ele foi para perto de Mary. Iria passar um braço em torno de seus ombros, mas só conseguiu achar o vazio. Quando olhou para o lado, viu que ela estava um pouco longe, com um sorriso escondido entre suas mãos.

-Não me toque! Não depois que passar álcool em suas mãos.

John abriu os braços, pedindo uma explicação. Queria parecer sério, mas sabia que estava rindo. Balançando a cabeça, deu meia volta e foi para seu quarto, como Mary havia pedido. Ele sabia muito bem que a garota não ia ficar tão perto assim dele tão facilmente.

Depois de sair do elevador, já no andar dos dormitórios, estava girando a maçaneta de seu quarto quando teve uma sensação estranha. Sua espinha gelou, como se gelo lhe fosse esfregado nela. Se virou para trás devagar, os olhos âmbar brilhando com a luz que entrava pela janela e fazia padrões estranhos em seu rosto. Estava bem perto dos vidros quando tudo explodiu e o jogou para trás.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Obrigada por ler! Deixa reviews?? Pleasee???



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "O Monstro" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.