Stay Strong - HIATUS escrita por Sakura Uchiha


Capítulo 20
Velhas amigas


Notas iniciais do capítulo

Não demorei nada com esse né? Cap extra totaaaaaaaaaaal, nem me lembro quando foi a última vez que eu escrevi um cap domingo. DOMINGO! Mas bem, deixemos isso de lado... EU RECEBI UMA RECOMENDAÇÃAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAO, QUE DIIIIIIIIIVO, EU SIMPLESMENTE AMEI, CORAÇÃO ♥ ♥ ♥ ! Estou in love com a recomendação gente... Eu amei mesmo, muito arigatou!
Lembrando da campanha #NãoMatemAAutora para o inicio do cap eim!



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POV Castiel

Eu só queria dizer que... Que estava confuso, que não sabia mais o que pensava sobre ela, mas que me sentia realmente muito estranho quando a via com outros caras, seja com Armin ou aquele outro loiro idiota... Só de pensar que ela está com um deles e não comigo... Eu não sei o que acontece comigo, eu simplesmente enlouqueço, começo agir como um cara irracional e quase quebrei a cara dos dois lá embaixo por culpa dela.

Que mesmo não gostando de admitir... Eu talvez estivesse gostando dela. Claro que não de uma forma diferente, uma forma mais especial, mas como... Como eu gostava da Debrah... Não, é alguma coisa diferente do que eu sentia pela Debrah, agora parece que tudo que eu sentia por ela não é nada comparado ao que eu sinto pela Bê.

Eu queria dizer, mas não conseguia passar isso tudo para palavras, ainda mais sabendo que eu estava falando com uma porta, e ela não estava ouvindo nada do que eu dizia, porque muito provavelmente estava dormindo, o que deveria soar como alivio, porque se ouvisse aquelas palavras, era óbvio que ela iria me zoar até o final da minha vida, mas...

Quando eu ia dizer qualquer coisa, a campainha tocou, me impedindo de falar. Ainda bem, alguma coisa me impedindo de agir como um idiota na frente da única pessoa que aparentemente eu me importo que ache que eu sou realmente um idiota.

- Esquece – murmurei, descendo as escadas e caminhando lentamente até a porta, em minha mente me perguntava o que teria acontecido se eu tivesse terminado aquela frase...

POV Bê

CAMPAINHA FILHA DA PUTA! Eu juro, seja quem for na porta, vai levar um tiro no meio da testa... Abri bruscamente a porta do quarto e nem a tranquei quando saí, descendo as escadas e empurrando o ruivo no caminho para chegar antes na porta e atirar em seja quem for. Tomate idiota, não teve nem coragem de dizer as únicas palavras que valiam a pena saírem de sua boca...

Abri a porta e encontrei ali... Como é o nome dessa garota mesmo? É aquela que tem o cabelo Violeta... Ah sim, Violette, bem sugestivo, não? E ao lado dela outra pessoa... Uma garota um pouco mais baixa do que eu – milagre! Achei alguém mais baixa do que eu! –, ela tinha cabelos lisos claros e eu tenho a estranha sensação que a conheço...

Antes que pudesse dizer qualquer coisa ou perguntar o que diabos aquelas duas pessoas estavam fazendo na minha casa, elas me atacaram. Sim, me atacaram. Em um abraço apertado que me fez parar de respirar por alguns segundos. Eu fiquei olhando para o nada com a cara de, tipo, “Oi?” até que finalmente elas me soltaram, com um sorriso de orelha a orelha e dando pulinhos de felicidade. Sério, elas pareciam duas crianças assim. Duas crianças que eu acho que conheço...

- Quanto tempo! – a que eu não sei o nome falou.

- É... Quem são vocês? – perguntei, olhando para uma e depois para a outra.

- Não a culpo por não se lembrar de suas melhores amigas, faz tanto tempo... Seis anos, não?

E na mesma hora um flash passou por meus olhos e eu me lembrei de tudo. Tínhamos dez anos quando no conhecemos, morávamos ainda na França, e realmente, éramos melhores amigas. Ei, não pode me culpar por não lembrar delas, eu era só uma pirralha ridícula, queria o que? E além do mais, elas estavam muito diferentes... Lembro que mamãe falava para todas nós que não devíamos falar com estranhos, então assim que nos conhecemos combinamos que diríamos nomes falsos, então quando nos víssemos na rua e estivéssemos com nossos pais, sempre dá uma vontade de chamar a pessoa, né? Então, se acontecesse, elas não iriam descobrir que falamos com estranhos e por isso nos conhecemos.

Ridículo, eu sei, mas tínhamos dez anos, não podem nos culpar, o.k.?

E então eu pulei em cima delas, as abraçando como se minha vida dependesse disso. Sabe quantas vezes na vida você reencontra amigos que deixou para trás quase uma década atrás e ainda em outro país? As chances de isso acontecer na vida real é praticamente zero!

- Lembrou, Charlie? – sim, esse era o nome que eu escolhi. A de cabelo roxo riu ao se lembrar. O nome dela, na infância, era pior do que o meu, ela não pode rir de mim!

- Claro que sim, Pata! – sim, foi esse o nome que ela escolheu.

- Nós já discutimos isso, eu gostava de patos!

- Querem calar a porra da boca?

- Quem diria que a Cris iria crescer e virar uma garota de boca suja... – ela ficou vermelha até o ultimo fio de cabelo. Sempre foi bastante esquentada, perdia só para mim, só que agora, sendo tão pequena, fica até engraçado.

- Não vai nos convidar a entrar? – ela mostrou a mala de rodinhas enorme que carregava.

- Antes... Acho que precisamos nos apresentar de verdade. Com os nomes reais – estendi a mão. – Beatriz.

- Beatriz... – Cris repetiu. – Quem diria que temos o mesmo nome.

- Eu sou Bê, você é Bia, para não confundir, o.k.? – ela revirou os olhos, como se dissesse “tanto faz”.

- Eu acho que você já sabe o meu nome, mas eu sou a Violette...

Nos olhamos e sorrimos. Acho que você não sabe, mas existe um sorriso que só você e suas amigas entendem, não é aquele de “vamos fazer merda” ou “fizemos merda e fomos descobertas”, tem também o “descobriram a merda que você fez, mas pode deixar que eu encubro”, mas esse era diferente, estávamos lembrando de todas as merdas que fizemos no passado, dos momentos felizes, tristes, das brigas, da despedida... Tudo.

Dei passagem a elas, que entraram na mesma hora, já se acomodando nos sofás como nos velhos tempos, isso é, Cris... Digo, Bia deitada com os pés para cima e a cabeça no braço do sofá, enquanto Pata... Isto é, Violette, estava sentada “ao contrário” em uma poltrona, apoiando a coluna e os joelhos em cada um dos braços do móvel. Amigo que é amigo é isso mesmo, não respeita nem a sua casa. Do que eu estou reclamando? Eu fazia pior!

- O que vieram fazer aqui, afinal? – perguntei, me sentando como uma pessoa normal no meio de todas essas malucas.

- Eu estava em casa, numa bela noite fria quando meu celular começa a despertar e me avisa de um evento que eu marquei seis anos atrás – Bia diz, ilustrando tudo com as mãos, é claro.

- Você tem o mesmo celular que tínhamos dez anos atrás? – foi a única coisa que eu consegui pensar. Tipo, você está deitada no seu quarto, quando do nada seu celular liga o despertador de um evento que você marcou seis anos atrás, muito normal, não? NÃO!

- Claro que não... Quer dizer... Mais ou menos... É que eu comprei um monte de celulares, mas estava com pena de desativar esse, foi meu primeiro celular... Sabe para quantos garotos eu dei esse numero?

- Não faço nem ideia...

- Bem, deixem isso para lá, o negócio é que marcamos para semana passada um evento muito importante, por isso pedi para minha mãe me tirar da escola e me matricular nessa só para que eu tivesse tempo suficiente para encontrar nossa capsula do tempo com vocês...

- Cápsula do Tempo? – perguntei junto com Violette.

- Sim! Lembram das férias de julho, quando nós viemos para cá? – que estranho, e pensar que eu já estive aqui e nem me lembrava... – Foi menos de um mês antes de você se mudar Charlie, então não nos vimos mais, nenhuma de nós.

- Só porque eu fui embora não significava que vocês precisavam parar de se falar!

- Quando você vai entender que não somos uma dupla, mas sim um trio? Não tem como ser só nós duas, seria... Chato. Quem iria dar um jeito de ferrar com tudo quando finalmente conseguirmos fazer alguma coisa certa? - Revirei os olhos.

- E a sua mãe deixou mesmo você se mudar para cá?

- Claro, foi só falar que encontrei a Charlie e que sabia onde ela morava que ela me deu um cartão de créditos e uma viagem só de ida para cá... – é, a mãe dela foi sempre bastante doida das ideias, era bem capaz que ela simplesmente despachasse a filha assim.

- E se meu pai não deixasse você ficar aqui?

- Então eu moraria no porão, que nem a Violette fez durante três semanas quando fugiu de casa na segunda serie, ela parecia ninja mano, eu mesma só a via porque fui eu quem a coloquei ali, se não nem assim...

- Aquelas foram boas semanas, passar o dia inteiro trancada em um lugar, sozinha, só com os meus livros, dormindo o dia inteiro e correndo a noite toda feito uma retardada.

- Sabia que deu muito trabalho convencer meus pais que os gritos que você dava com medo de joaninhas eram meus? – rosnou de volta.

- Querem parar de brigar como retardadas?

- Podem continuar, está divertido – só então percebi que o trio de idiotas estava no pé da escada rindo feito idiotas da nossa conversa. Tinham até um pacotinho de Fini nas mão que dividiam como se fosse a pipoca para assistir àquilo. Que foi gente, nunca viram o reencontro de três velhas amigas sem noção?

Olhei para o lado, afim de fazer as devidas apresentações, mas encontro Violette voando para cima dos três com um bastão de beisebol que estava perto dela gritando “invasores! Chamem a policia!” e eu nem me dei ao trabalho de defender os três, poderia ter dito que não estavam invadindo a casa, que moravam lá também, mas pra quê? Eles que pensem duas vezes n próxima vez que tentarem ouvir nossa conversa... E se estivéssemos conversando sobre coisas sérias?

Violette conseguiu alcançar Armin e lhe deu uma tacada bem no joelho, fazendo com que ele caísse. Não, ela não era muito forte, vi isso nos jogos de basquete, por isso não me importei muito quando ela começou a bater no corpo quase inteiro dele, que se defendia como podia com os braços. Logo chegou Alexy e a prendeu por trás, impedindo que ela continuasse a bater no irmão.

Mas então chegou a Bia e a porra ficou séria... A coisinha é pequena, mas tem a força de dois, por isso eu realmente me preocupei quando ela começou a bater no azulado com alguma coisa, que por sorte era uma almofada, então ele só caiu, não teve nenhum ferimento mais grave.

- Calma, calma... Eles moram aqui também! – eu disse, parando as duas, que apenas ficaram olhando para mim com a maior cara de WTF?

- Está de brincadeira... – neguei. – Por que não falou antes?

- Eles precisavam de uma lição para não ouvir a conversa dos outros...

- É... Concordo – as duas se levantaram e limparam as roupas, sem notar os olhares assustados que os gêmeos lançavam a elas, mas Castiel continuava com seu típico sorriso de canto, ele não fora atacado. Ainda. – Muito prazer, sou Beatriz, mas me chame de Bia – apertou a mão de Armin, o ajudando a levantar e ignorando completamente o azulado, que foi quem apanhou dela.

- Armin. Esse é o meu irmão Alexy... – apresentou o azul, percebendo que ninguém iria cumprimenta-lo. – Também vai vir morar aqui, Violette? Ou devo te chamar de Pata?

- Só se quiser levar outra tacada, e dessa vez vai vou tirar sua capacidade de ter filhos... – rosnou, com raiva por ter seu antigo nome dito por aquele idiota.

- Acho que essa história já está demorando demais, não acham? Cris... Diga, Bia, pode ir colocar suas malas no quarto, você vai ficar com eles... – ia terminar de falar, mas fui cortada adivinha por quem? O bastardo ruivo!

- Aquele quarto está prestes a explodir de gente e você continua dormindo sozinha naquela merda de quarto, ainda vai querer enfiar sua amiga lá? Nem pensar...

- A casa é de quem mesmo?

- Quem está aqui só para cuidar da casa mesmo?

- Você quer que eu faça o quê?

- Pode deixar que eu mesmo faço, estou me mudando para o seu quarto ainda hoje.

- E se eu não deixar que isso aconteça?

- O que acha de seu pai saber que você está transformando isso aqui em uma república de jovens, trazendo novos moradores sem pedir a permissão dele e tem uma festa marcada para sexta que vem?

- Não tem nenhuma festa marcada pra sexta...

- Em quem você acha que ele vai acreditar? – deu um sorriso vencedor.

- Ótimo, se quiser pode ir para o meu quarto, mas saiba que antes eu vou fazer de tudo para que você se arrependa disso...

- Ótimo.

- Ótimo! 


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Notas finais do capítulo

Vocês viram né? Eu acabei com o momento romantico lá no começo com a campainha, mas trouxe um possível futuro momento romantico no final, por isso, #NãoMatemAAutora ! Eu estava com saudade de garotas, quero dizer, ela estava sendo a garota dos garotos, sem nenhuma amiga garota, isso é muito estranho, mesmo que você se misture com os garotos mais que com as garotas, ainda assim tem amigas, e para isso, quis trazer do passado as amigas de infancia dela, malucas que nem as minhas!
Por enquanto é isso, nos vemos nos reviews, eu quero muuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuitos, então vou poder escrever outro cap desses, que ninguém espera ^-^