Rick olhava de um lado para o outro. Os dois detetives estavam demorando a voltar, ele, então resolveu andar pela sala. Ao olhar para trás viu um vidro preto, não dava para ver o que ou quem estava do outro lado, mas ele, com toda a sua experiência, sabia que alguém assistia tudo o que ele fazia. Aproximando-se do vidro, Rick, acenou para a pessoa que estava do outro lado. Foi quando a porta abriu-se, revelando, Ryan.

- Bom, parece que você está liberado. – disse Ryan.

- Mas é só isso? Não tenho direito nem de saber quem é esse meu fã? Porque só pode ser um fã, e um dos bons. – disse Rick, arrependendo-se em seguida do que havia falado. – Quer dizer um...

- Você está liberado. – disse Ryan, dando passagem para a saída de Rick.

- Não vai ter nem aquela frase: “Não saia da cidade”? – perguntou Rick, não escondendo a sua decepção.

- Acho que não preciso, mas, não saia da cidade. – disse Ryan, sem entusiasmo.

- Eu poderia ajudá-los com o caso, tipo uma consultoria. – disse Rick, enquanto saia da sala de interrogatório.

- Acho que não seria necessário. – disse Ryan.

- Já que é assim, você poderia levar-me a sala do café? Se não for abusar demais. – disse Rick.

Ryan apenas concordou, vendo que não tinha como negar. Afinal era só um café.

- Vocês não têm uma cafeteira melhor, não? – perguntou Rick, olhando para a cafeteira.

- Não. – disse Ryan.

Antes que Rick pudesse falar alguma coisa, Espo, chegou a sala.

- Temos um novo corpo. – disse Espo, não notando a presença de Rick.

- Será um serial killer? – perguntou Rick.

- Você ainda esta ai? – perguntou Espo.

- Só tomando um café... – respondeu Rick, como se fosse uma coisa comum.

- Agora tenho que ir, assim que você terminar esse café, vá para casa! – disse Ryan.

Espo apenas lançou um olhar ameaçador.

    Os dois saíram, deixando apenas Rick. Que aproveitou o momento e decidiu falar com o capitão, queria participar pelo menos desse caso. Orientado por uma mulher, Rick chegou à sala onde Montgomery estava. Rick bateu na porta e recebeu um aceno do capitão, para que entrasse.

- Capitão. – disse Rick, assim que entrou na sala.

- Richard Castle, o que deseja? – perguntou Roy, enquanto apontava para a cadeira a sua frente.

- Eu gostaria de participar, como consultor, desse caso. – disse Rick, sentando-se na cadeira apontada. 

- Por quê? – perguntou Roy.

- Esse caso, está envolvendo um dos meus livros, gostaria de ajudar... – disse Rick. – Alias, se for um fã como eu penso, ele está tentando me impressionar. Eu seria um alvo.

- Você tem razão... – disse Roy, enquanto pensava se isso seria possível. – Bom, eu acho que não vejo problemas. 

- Obrigado. – disse Rick, sorrindo.

- Espero que você se dê bem com os meninos. – disse Roy.

- Acho que isso não será um problema. 

    Roy e Rick, ficaram conversando durante mais um tempo. Roy tentava explicar, que ele tinha que respeitar as regras, não podia sair em campo sem os equipamentos necessários, como um colete. Nesse meio tempo, Espo e Ryan, chegaram e Roy logo pediu para que eles entrassem.

- Aconteceu alguma coisa capitão? – perguntou Espo, assim que entrou na sala e avistou Rick.

- Não, nada com que vocês precisem se preocupar... – disse Roy. – Ou assim espero.

Ryan e Espo apenas balançaram a cabeça, fazendo sinal para que ele continuasse.

- Durante esse caso, o senhor Castle, vai ser consultor. – disse Roy.

- Vamos ser uma equipe. – disse Rick, animado.

- Isso é mesmo necessário? – perguntou Espo, ignorando o comentário de Rick.

- Sim, já foi decidido. Espero que vocês se dêem bem e o coloque a par do caso. – disse Roy, firmemente. 

- Sim senhor. – disseram Espo e Ryan, em uníssono.

    Ao saírem da sala, Ryan e Espo, colocaram Castle a par do caso. Como ele não era culpado não tinha nada de prejudicial.

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    Antes de Rick, ser liberado da sala de interrogatório, Kate, voltou para o necrotério. Rindo, das caras e bocas que Castle fazia tentando se comunicar com a pessoa que estava assistindo a tudo isso. Ao entrar no laboratório Kate, encontrou Alexis e Lanie conversando sobre o Castle, a menina falava do dia que eles se encontraram.

- Falando de mim? – perguntou Kate.

- Você me assustou garota. – disse Lanie. – Mas o que você faz aqui?

- É que... – disse Kate. – O Castle está lá em cima.

- Como é? – perguntou Lanie, que era fã de Richard Castle. - Eu preciso falar com ele. 

Alexis e Kate, riram da animação da médica.

- Acontece que eu sou fã dos seus livros, tenho todos, uma vez cheguei a ficar horas em uma fila para receber um autografo... – disse Lanie.

- O seu caso é tão grave assim? – perguntou Kate, brincando com a amiga.

- Ele escreveu: “Para a adorável Lanie, que me ensinou que não se pode fazer um DNA em poucos minutos. Vou me lembrar disso. Richard Castle.” – disse Lanie, ignorando o comentário anterior.

- Qual é o número do sanatório? Preciso, urgentemente, lhe internar. – disse Kate.

Alexis apenas ria da conversa.

- Muito engraçado Kate. – disse Lanie, irônica.

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- Tem alguma coisa muito estranha... – disse Rick.

- O que? – perguntou Espo, que começava a acostumar-se com Rick.

- Essas flores, não são as mesmas que as do meu livro, o vestido não é o mesmo.

- Você tem certeza? – perguntou Ryan.

- Absoluta, isso não é coisa de fã, esta parecendo... – disse Rick.

- Que estão tentando incriminar alguém. – disse Ryan.

- Agora a pergunta chave é quem? Por quê? – disse Espo.

Quando Rick ia falar, o elevador “anunciou”, que alguém havia chegado. Rick viu, então, Kate, Alexis e uma mulher morena, que se recordava de ter a visto em algum lugar, mas não lembrava o seu nome. Kate, ao ver que Rick ainda estava lá ficou com vontade de voltar do lugar que estava, mas, se fizesse aquilo, todos iam falar mais do que já tinham falado.

- Olá Sr. Castle. – disse Alexis, um pouco tímida.

- Oi pequena, pode me chamar de Rick. – disse Rick. – Kate, cada vez mais linda.

Kate sorriu, enquanto Espo e Ryan, tentavam saber de onde os dois se conheciam. Lanie e Alexis, apenas sorriam.

- Tenho que ir agora... – disse Kate.

- Agora? – perguntou Alexis.

- Sim. Até logo! – disse Kate.

Alexis também despediu-se, e as duas, foram para casa.