Foi Na Prisão De Azkaban... escrita por Sensei, KL


Capítulo 32
Tenho a impressão de que é um cachorro


Notas iniciais do capítulo

E aí gente, como é que vai a vida? Tudo bem? Beleza dona creusa? Tudo azul com bolinhas brancas?! kkkkk
Me ignorem ok? Acho que o incenso de orégano que minha mãe colocou na casa afetou o meu cérebro. kkkkkkkk
UHUUUUUU Chegou capítulo de foi na prisão de Azkaban! Todo grita Eba!
Não tem Sirius Black nesse capítulo, mas tem Luna Maravilhosa Lovegood e Remus Gostoso Lupin.
Ah, sou apaixonada por esse lobo, como diria minha amiga Michelle:
Team Werewolfs!
Enfim, espero que curtam o capítulo.
Um beijo sabor panqueca de toucinho do Jake. (Viciada em A Hora da Aventura)
Xau gente...
'-'
Tô indo.
'-'
Ok, agora é sério.
'-'
Já vou.
'-'
Até depois.
'-'
Ok...
'-'
Vazei!
'-'
Bom capítulo.
'-'
Fui.
XD



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PDV Rose

Aquela noite foi bem movimentada no salão comunal da Grifinória, quando Mcgonagall saiu Nate e eu corremos em direção onde Lyra estava parada, ela olhava para o buraco do retrato fixamente.

-Lyra? –Falei baixinho e toquei delicadamente seu braço.

Ela parecia tão frágil, como se o mínimo toque pudesse quebrar. Mas isso não aconteceu por que meu irmão veio em nossa direção e a puxou para um abraço, Harry não é o tipo de garoto que é dado a demonstrações públicas de afeto, acho que ele nunca teve muito disso em sua vida, mas ultimamente ele tem mudado bastante nesse aspecto.

-Ele me reconheceu Harry! –Ouvi a voz de Lyra abafada pela blusa de Harry onde ela escondeu o rosto. –Eu achei que ele... Ele tinha te...

Ela apertou mais o abraço de Harry como se quisesse ter certeza de que ele estava bem.

Nate olhava a cena e suspirou profundamente, ele sentou numa poltrona ali perto, em silêncio, ninguém estava no clima de conversar.

---

Mcgonagall apareceu no salão comunal de manhã, nenhum aluno havia dormido por ali e de acordo com ela não havia nem sinal de Sirius Black no castelo. Durante o resto do dia a segurança foi reforçada no castelo, não conseguir ver Lyra depois que ela saiu do salão comunal de manhã.

-Ela está com o diretor Dumbledore. –Nate disse ao meu lado quando me pegou observando o salão principal.

-O diretor? –Falei surpresa.

-Eu a deixei lá hoje de manhã, ela foi dispensada das aulas, nenhum professor entendeu muito bem por que e Dumbledore se recusa a explicar. –Ele falou.

Suspirei.

Sir Cadogan havia sido demitido e repuseram seu retrato naquele corredor vazio do sétimo andar, a senhora Gorda foi convencida a voltar com a condição de receber mais segurança, por isso um bando de trasgos podia ser visto andando perto da entrada da Grifinória, eles geralmente não faziam muita coisa, ficavam grunhindo e comparando o tamanho dos seus bastões.

Na hora do almoço Lyra apareceu no salão principal, quando ela entrou todo mundo começou a comentar. Ela se sentou ao meu lado e de Gina, todo mundo comentava sobre Lyra ter perseguido Sirius Black e seu silêncio só aumentava os boatos.

-Lyra, é verdade que você lançou uma azaração no Black? –Simas perguntou.

-Eu ouvi dizer que você pulou em cima dele que nem você fez com a Lilá. -Dino comentou animado.

-O quê?! –Lyra guinchou.

Ela olhou de um para o outro incrédula. Então levantou da mesa e saiu correndo.

-Droga! Dá para vocês pararem com isso? Ela deu de cara com um assassino procurado. Vai falar sobre isso quando estiver confortável. –Nate falou irritado e levantou da mesa indo atrás de Lyra, Mione foi com ele.

Olhei feio em direção aos garotos.

-Idiotas! –Gina resmungou com raiva.

Eles dois abaixaram a cabeça e voltaram a comer.

Neville, coitado, esse caiu em desgraça, Mcgonagall ficou tão irritada que o impedira de ir a qualquer outra visita a Hogsmead esse ano, além de detenção e proibir que alguém dissesse a senha a ele, o garoto tinha que esperar alguém chegar para poder abrir a porte do salão comunal. Mas nada disso foi pior que o berrador que ele recebeu de sua avó dois dias depois.

---

PDV Nate

Harry, Rony e eu estávamos indo para a cabana do Hagrid, quando as corujas chegaram Harry recebeu um bilhete de Hagrid onde ele dizia que queria conversar com ele, eu e Rony estamos juntos por que... Ah, sei lá por que, a gente está sempre junto.

-Ele provavelmente quer saber as novidades sobre Black. –Rony disse, nós estávamos indo para a entrada do colégio onde Hagrid estaria nos procurando.

Rony meio que se tornou uma celebridade instantânea, já que Lyra se recusava a falar sobre o assunto e se isolou as pessoas dirigiram sua atenção a Ron que volta a meia podia ser visto contando sobre como Sirius Black apareceu em sua frente com uma faca e ele saiu vivo para contar a história.

-Está bem Hagrid! –Rony falou para Hagrid. –Imagino que queira saber o que houve sábado?

-Já soube de tudo. –Hagrid respondeu.

-Ah! –Rony falou ligeiramente desconfortável.

Quando entramos na casa de Hagrid a primeira coisa que notamos foi Bicuço deitado numa colcha de retalhos e alisando ternamente sua cabeça...

-Lyra?! –Harry, Ron e eu exclamamos juntos.

-Oi gente. –Ela falou suspirando.

-O que está fazendo aqui? –Rony perguntou.

-A mesma coisa que vocês, eu suponho, visitando o Hagrid. –Ela falou como se fosse óbvio, então voltou a acariciar bicuço. –Tenho me refugiado aqui sempre que posso, desde sábado.

-Ah! –Ron exclamou meio desconfortável.

Nós três nos olhamos meio sem jeito, querendo mudar de assunto, olhei ao redor e notei um gigantesco traje peludo e uma gravata amarela e laranja.

-Para quê isso Hagrid?  -Harry perguntou apontando para a direção em que eu olhava.

-O caso de Bicuço contra a Comissão para Eliminação de Criaturas Perigosas. –Lyra respondeu simples, sem olhar para nós.

-Nesta sexta-feira. –Hagrid continuou. –Reservei duas camas no Noitibus.

-Ah, legal. –Falei.

Eu já estava sabendo sobre isso, mas esse terno foi uma surpresa, olhei para Harry e ele pareceu um pouco constrangido e Rony estava desgostoso. Ah! Eles tinham esquecido isso! Não os culpava, a chegada da Firebolt parecia algo importante para as pessoas que curtiam quadribol.

Hagrid serviu um pouco de chá e bolo, mas a última vez que eu havia comido um bolo de Hagrid teve uma baita dor de dente e assim como eu os garotos negaram educadamente.

-Tem uma coisa que quero conversar com vocês. –Hagrid disse olhando para Rony e Harry.

-O que? –Harry perguntou.

-Mione.

Afastei-me dos três e sentei perto da porta, longe o bastante do hipogrifo para que ele não ficasse acuado, um animal letal acuado não é legal.

-O que é que tem a Mione? –Rony perguntou.

-Ela está num estado de cortar o coração, é isso que tem. Veio me visitar algumas vezes desde o Natal, junto com a Lyra, que aliás parece ser a única a dar atenção a ela. – Hagrid exclamou.

-Hey! –Exclamei. Eu também dava atenção a ela.

-Ah, desculpe, e o nosso Nate aqui. Mas mesmo assim ela se sente solitária. Primeiro vocês não estavam falando com ela por causa da Firebolt e agora por que o gato...

-... Que comeu Perebas! –Rony completou zangado.

-Por que o gato dela fez o que todos os gatos fazem! –Insistiu Hagrid. – Ela já chorou muito sabem? Está passando por um mau momento. Abocanhou mais do que podia mastigar, se querem saber, todo o trabalho que está tentando fazer... E ainda arranjou tempo para ajudar Lyra e eu com o caso do Bicuço, vejam bem, ela encontrou um material bom para mim, acho que ele tem uma boa chance agora...

-Hagrid, nós devíamos ter ajudado também, desculpe... –Harry disse arrependido.

-Não estou cobrando nada. –Hagrid falou dispensando as desculpas. – Deus sabe que você tem muito com o que se ocupar. Vi você praticando quadribol todas as horas do dia e da noite, mas tenho que dizer uma coisa, pensei que vocês davam mais valor a amiga do que a vassouras e ratos. Só isso.

Ron e Harry trocaram um olhar constrangido.

-Bem nervosa ela ficou Rony, quando você quase foi esfaqueado por Sirius Black, ela tem o coração no lugar, a Mione, e vocês se recusando a falar com ela. –Hagrid terminou.

-Se ela ao menos se livrasse daquele gato eu voltaria a falar com ela! –Rony exclamou zangado. –Mas ela continua ao lado do Bichento e não quer ouvir nenhuma palavra contra ele!

-Ah, bem, as pessoas podem ser um pouco difíceis quando se trata de bichos de estimação. –Hagrid respondeu sabiamente.

-Eu só acho... –Lyra falou chamando a atenção de todo mundo. –Acho que vocês deviam voltar a falar com ela, a garota tem tentado se transformar em cinco e precisa da nossa ajuda, tenho ajudado como posso, mas não sou a mulher maravilha.

-Mulher quem...? –Ron perguntou confuso.

-Mulher maravilha é... –Comecei. - Ah, deixa para lá. Ela não é ninguém importante.

Lyra deu uma risadinha.

-Enfim. –Ela falou. –Mas isso é só o que eu acho vocês é que decidem.

Um silêncio tenso baixou ali por uns segundos, foi quando Hagrid  perguntou sobre quadribol e a conversa foi para as chances da Grifinória de ganhar o campeonato.

Às nove horas Hagrid nos levou de volta para o castelo, quando entramos Lyra foi andando pela direção contrária a nossa.

-Aonde você vai Lyra? –Perguntei.

-Vou dar uma volta. –Ela disse simples.

Antes que ela desse um passo a segurei pelo braço.

-Você está assim desde sábado, o que houve com seu pai que te fechou desse jeito? –Perguntei baixinho.

-Eu não tenho pai. –Ela respondeu.

Então puxou o braço rudemente e saiu andando. Harry se aproximou.

-Ela ainda se recusa a contar o que houve naquela noite? –Ele perguntou preocupado.

Acenei que sim e suspirei tristemente.

-A deixe, uma hora ela vai falar. –Rony disse.

Quando entramos no salão comunal havia uma aglomeração em frente ao quadro de avisos.

-Visita a Hogsmead no próximo fim de semana! –Rony exclamou tentando olhar por entre as cabeças dos alunos. –Que é que você acha? –Ele perguntou baixinho para Harry.

-Você está pensando em ir? –Perguntei curioso.

-Bem, Filch não mexeu na passagem da Dedos de Mel... –Harry ponderou.

-Harry! –Uma voz falou atrás de nós.

Viramos juntos e vimos Hermione que abria uma brecha nas montanhas de livro que ela tinha.

-Harry se você for a Hogsmead outra vez... Eu conto a professora Mcgonagall sobre aquele mapa. –Ela ameaçou.

-Ah Mione, não tem problema, vai estar cheio de gente por lá. –Falei desconfortável por ela nos ter pegado no flagra.

-Vocês estão ouvindo alguém falar? –Rony perguntou ignorando Hermione.

-Como é que vocês podem deixar ele os acompanhar? –Ela exclamou chocada. –Depois do que Sirius Black fez a você Rony. Quero dizer, vou contar...

-Então agora está tentando provocar a expulsão de Harry? –Rony exclamou furioso. –Já não basta todo o mal que você fez esse ano?

-Ok Rony, você está começando a pegar pesado! –Falei irritado e me coloquei entre Mione e Rony.

Com um assobio suave Bichento pulou no colo de Hermione, Rony olhou para o gato de jeito mortal e a garota o pegou e saiu assustada.

-Seu idiota! –Reclamei empurrando Rony e indo atrás dela.

Ela estava perto da lareira e alisava Bichento calmamente, com o rosto triste.

-Mione? –Chamei baixinho.

Ela virou em minha direção e deu um sorrisinho pequeno.

-Oi Nate.

Eu me abaixei e fique de joelhos em sua frente, Bichento pulou de seu colo e ficou se enroscando nas minhas pernas, pedindo carinho, dei uma risadinha e atendi ao pedido dele.

-É engraçado o modo como ele gosta de você, levando em conta que você é... –Ela não terminou, mas eu sabia do que ela estava falando.

-Eu também acho estranho, na verdade, tirando o furão de Lyra, Bichento é o único animal que gosta de mim.

Ela sorriu e ficou olhando a expressão de felicidade do gato com o carinho que eu fazia nele. Enquanto isso eu olhava para ela... Hermione... Lembrei-me da noite em que ela descobriu que sou um lobisomem, de quando ela estava nos meus braços.

Senti meu rosto ficar vermelho e levantei.

-Eu... Hum... Vou subir para o quarto.

-Boa noite então. –Mione respondeu.

-Boa noite. –Falei.

Fui em direção ao dormitório e quando estava longe da visão dela encostei-me à parede e suspirei.

-Eita vida complicada. –Falei para mim mesmo.

---

PDV Lyra

Sentei no chão do corredor do primeiro andar e fiquei olhando para o fogo de uma tocha... Fogo... Lembrei-me da conversa que tive com Dumbledore na manhã seguinte ao ataque.

FLASHBACK

Quando entrei no escritório de Dumbledore, Fawkes voou em minha em minha direção e pousou no meu ombro, passando a cabeça na minha bochecha. Minha mão estava queimando e aquilo incomodava, mas já estava começando a me acostumar com isso.

-Ele sabe que você está triste. –O diretor falou. Ele estava sentado atrás da sua mesa e me olhava astutamente.

-Eu o vi. –Falei. –Mas você já deve saber disso, você sabe de tudo o que acontece nesse castelo.

-É o meu castelo. –Ele respondeu.

Sorri de lado. Fui até a poltrona grande que havia ali e me aconcheguei, Fawkes ficou no braço da poltrona, ao meu lado, sua presença era reconfortante.

-Ele me viu quando desceu do dormitório masculino, parou surpreso e deu um passo em minha direção, mas alguém estava descendo as escadas e ele correu para fora. –Contei.

-Você foi atrás dele. –Não era uma pergunta, ele estava afirmando.

-Sim... O encontrei no primeiro andar, perto do jardim, não consegui ver seu rosto direito por que estava escuro, mas ele olhou para mim e falou comigo.

-O que ele disse? –Dumbledore perguntou. Isso estava parecendo uma sessão de Psicólogo trouxa, mas eu não ligava precisava contar a alguém.

-Ele disse “Você está usando o colar.” – Respondi.

 Isso pareceu pegar o diretor de surpresa.

-Que colar? –Ele perguntou com as sobrancelhas arqueadas.

Puxei o colar de dentro da minha roupa e mostrei a ele.

-O colar que ele me deu de presente no Hallowen. –Expliquei.

-Você não ficou com medo de usá-lo? Poderia haver algum tipo de magia nele. –O diretor falou.

-Na verdade não. Eu sabia que ele não queria me machucar, ele quer me levar com ele, a outra probabilidade é que tivesse um feitiço de localização, mas isso seria inútil, já que eu estou aqui em Hogwarts e ele sabe disso. –Expliquei.

Dumbledore sorriu e notei seus olhos brilharem atrás dos oclinhos de meia-lua.

-Eu poderia ver o colar? -Ele perguntou.

-Tudo bem. –Murmurei.

Coloquei a mão para trás do pescoço de abri o fecho, o colar escorregou pela minha mão e o coloquei na mão do diretor, ele o pegou e analisou por um instante, então levantou a varinha e murmurou algum feitiço, o colar brilhou por um instante e então voltou ao normal.

-Você está certa, mas eu já esperava por isso. O colar não tem nenhum feitiço. –Ele disse por fim me devolvendo.

Peguei-o e coloquei de volta no pescoço.

-Gostaria de saber o motivo de ele ter me presenteado com isso. –falei suspirando.

-Por que ele é o seu pai. –Dumbledore falou como se fosse óbvio. –Mas a maior questão é, se você o odeia tanto como vive dizendo, por que o usa?

Encarei Dumbledore por uns segundos, ele tinha um sorriso presunçoso na boca e me olhava de modo astuto. Velhote desgraçado.

-Por que existe uma parte de mim que acredita que ele possa ser inocente e que tudo não passou de um mal entendido. –Confessei. –Mas infelizmente para ele eu sempre ignoro essa parte de mim.

Levantei da poltrona onde estive sentada e andei um pouco pelo escritório, passei as mãos pelo meu cabelo e o amarrei num coque desajeitado, para ganhar tempo.

-Será que poderíamos parar de falar nisso? –Perguntei irritadiça.

-E do que quer falar?

Olhei ao redor e meus olhos pararam em Fawkes que havia voado para seu poleiro perto da mesa de Dumbledore. Esfreguei a palma da mão na outra.

-Fawkes. Um dia ela vai ser minha e o senhor prometeu que me ajudaria. Por que não começa me ensinando mais sobre Fênix? –Pedi.

Fawkes piou animada e Dumbledore acenou que sim.

-Pois então se sente.

Sentei-me novamente na poltrona, era uma boa forma de esquecer Sirius Black por um tempo.

FIM DO FLASHBACK

-Lyra? –Uma voz me tirou de minhas divagações.

Olhei para cima e uma cabeleira loira se fez destaque, olhei para o rosto dela e sorri.

-Lovegood. –Cumprimentei.

-Pode me chamar de Luna. –Ela sorriu.

-Ok, luna.

Ela se ajoelhou na minha frente.

-Você parece um pouco triste e preocupada.  Sua cabeça está cheia de Zonzubolos.

Não pude evitar dar uma risadinha.

-Você nunca me explicou o que são esses zonzubolos. –Falei. –Poderia fazer agora?

A expressão dela se iluminou.

-Zonzubolus são criaturinhas que entram em sua cabeça e embaralham seu cérebro.

-Sério? Quem te contou isso? –Perguntei.

-Meu pai. –Ela disse sorrindo.

-Ele parece ser alguém muito interessante. –Falei séria, mas estava me segurando para não rir, não queria ferir os sentimentos dela.

Foi então naquele momento que eu notei que ela estava descalça.

-Onde estão seus sapatos? –Perguntei.

Ela fez uma careta.

-Alguns alunos dos últimos anos costumam escondê-los. –Ela deu de ombros.

-Isso é horrível. –Falei séria. –Quer ajuda para procurar?

Ela acenou que sim, sorrindo.

Nós levantamos e nos colocamos a andar pelo castelo, aposto que ela não sabia para onde ir exatamente, só ficamos de bobeira.

-Hum, Lyra, você está preocupada assim por causa do seu pai? –Ela perguntou de repente.

Fiquei estática e parei de andar, ela parou junto comigo.

-Do que você está falando? Eu não tenho pai Luna. –Falei um pouco ríspida.

Ela só olhou para mim com uma expressão meio sonhadora.

-Desculpe. –Ela falou simples. –É só que eu ouvi sem querer na biblioteca uma conversa entre Nathaniel e Hermione, eles disseram que você estava muito abalada por causa do seu pai.

Soltei um suspiro de alívio.

-Tudo bem Luna. É só que... Você poderia não contar nada a ninguém sobre isso?

Ela acenou afirmativamente com a cabeça e então seu rosto de iluminou olhando algo atrás de mim.

-Meus sapatos! –Ela falou animada.

Então olhei para trás e na cabeça de uma armadura estava um par de tênis florido. Fui até a armadura e puxei a minha varinha de entro da meia que eu usava, era um lugar prático de colocar e fácil de pegar.

-Wingardium leviosa. –Falei apontando para o tênis.

O objeto flutuou e caiu e minhas mãos.

-Obrigada. –Luna falou quando entreguei a ela.

Ela se colocou de joelhos e calçou o sapato, então levantou feliz e testou dando dois passos para frente e dois passos para trás, dei uma risadinha.

-Enfim, tenho que ir, já está ficando tarde. –Falei olhando para o corredor escuro.

-Obrigada. –Luna repetiu animada e saiu saltitando pelo corredor.

-De nada. –Respondi baixinho.

Fui andando pelos corredores em direção ao salão comunal da Grifinória quando ouvi alguém chamar o meu nome.

-Srta. Anderson.

Virei e sorri ao ver o Lupin.

-Já disse para me chamar de Lyra professor. –Falei.

-Tudo bem Lyra. –Ele sorriu. –Eu só gostaria de saber se você vai para a visita a Hogsmead esse fim de semana.

-É esse fim de semana? –Perguntei surpresa. –Bem... Não sei, acho que não. Vai ser lua cheia?

-Infelizmente sim. –Ele respondeu com um suspiro.

-Então eu não vou. –Dei de ombros. –Deixo para a próxima.

-Claro, então, eu gostaria de convidá-la para tomar chá comigo, se não for muito incômodo.

-Chá? –Perguntei surpresa. –Somente eu?

-Sim, eu gostaria de conversar com a senhorita.

Acenei que sim com a cabeça.

-Tudo bem para mim. –Dei de ombros.

-Ótimo, logo depois que os alunos saírem para o passeio você vem até a minha sala.

-Pode ser.

Ele acenou que sim, sorrindo e então seus olhos foram para o meu colar, ele franziu o cenho.

-Colar interessante. –Comentou.

Coloquei a mão em cima, por reflexo.

-É, também acho. –Falei simples. –Ganhei de um parente. –Usei a mesma desculpa que dei a Harry.

-Um parente? –Lupin perguntou.

-Ainda não sei se é um lobo ou um cachorro. –Falei fazendo graça.

Lupin sorriu de lado.

-Tenho a impressão de que é um cachorro. –Ele respondeu.

Franzi o cenho.

-Por que acha isso? –Perguntei.

-Não sei... Intuição. –Ele deu de ombros e acenou se despedindo.

Fiquei ali parada o olhando ir e naquele momento apenas duas perguntas povoavam minha cabeça.

Por que ele acha que é um cachorro?

E o que ele quer falar comigo?

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Notas finais do capítulo

Para quem deixa review:OBRIGADA! Amo vocês Suas lindas *-*
Para quem não deixa por que não tem perfil: Tudo bem, eu perdoo.
Para quem não deixa por preguiça: Gente, o dedo não vai cair, faz esse esforçinho vai, por favor?
BEIJOOOS LIINDAS *----------*
RECOMENDEM PLEASE!
Câmbio e desligo