Mutant World escrita por Jenny Lovegood


Capítulo 36
Razão e Coração


Notas iniciais do capítulo

Mais um capítulo pra vocês!

Soundtrack pra capítulo: https://www.youtube.com/watch?v=V5cWpaHPSSY&index=2&list=WL



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O calor que Luna emitia de suas mãos tentava freneticamente invadir o corpo de Safira. As massagens sobre o peito da criança eram intercaladas com o chacoalhar proposital no corpo da menina, o desespero evidente para reanimá-la. Luna tentava de tudo, tocava o rosto de Safira com as mãos, apalpava a pele da garota, forçava sua mente a se concentrar naquela cura. Já tinha consigo salvar Draco, então, talvez, traria Safira de volta. E Lilá. Elas não mereciam aquele fim. Nenhum mutante merecia.

– Tá sem pulsação! - Rony checava os pulsos de Safira, torcia fielmente para sentir algum sinal de vida na criança.

– Faz alguma coisa! - Clove enfiou as mãos entre seus cabelos desgranhados; ela soava frio.

– Luna, por favor, concentra. - Pediu Hermione, enquanto soluçava e engolia o choro. A morena deitou a cabeça sobre o peito de Safira, quis ouvir o coração da menina. Estava silencioso.

– Eu não tô conseguindo. - Luna estava claramente desesperada. Ela sentia uma pressão tão grande vinda dela mesma para conseguir acordar Safira, e isso estava definhando-a.

– Tenta a Lilá, vem Luna! - Narcisa, agachada sobre o corpo frio de Lilá caido ao chão, chamou por Luna. A loira engatinhou mais uma vez sobre a terra, sentiu seu joelho arder e sabia que ele estava ferido.

Luna estava em seu limite, ela sabia disso. Sua cabeça doía, e o calor de suas mãos já estava perdendo a intensidade; ela não estava conseguindo se concentrar. Tudo o que pensava era no remorso enorme que sentiria se não conseguisse ajudar as meninas. Com as mãos trêmulas, a loira tocou o rosto de Lilá mais uma vez. Mais uma vez, sentiu-o frio, sem vida. Luna soluçou. Ela chorava, e não podia ser culpada por isso. Estava dando o seu melhor, mas não conseguia resultado algum.

– Não dá! - Luna engasgou com seu próprio choro. Draco sentia seu peito doer em vê-la daquela maneira.

– Luna, por favor.. - Hermione segurava as mãos de Safira, Rony abraçava-a de lado.

– Não dá! - E mais uma vez, Luna soluçou. E chorou em alto som. - Eu não consigo.

– Não, não, não. - Rose se levantou do chão e caminhou em um circulo torto e sem fundamento; com as mãos cobrindo os olhos, ela não sabia o que sentir. Scorpius respirou fundo e bagunçou os cabelos, também se levantando do chão. O loiro se aproximou de Rose e segurou a garota pelos ombros. Ela sofria pelo olhar.

– Rose.. - Ele queria dizer alguma coisa que fosse suficiente para acalmá-la, ou pelo menos confortar o coração da garota, mas o próprio Scorpius estava abalado.

– Elas estão mortas! - Rose esfregou a mão em seu rosto, enfiando alguns fios de cabelo na frente dos seus olhos. - Elas estão mortas! - Rose quase gritava. Ela estava atormentada. E Scorpius não sabia nem o que sentir, imagine o que falar. O que o garoto fez, em um gesto carinhoso, foi envolver o corpo de Rose no dele, e deixar com que os sentimentos medos da garota se misturassem com os dele. Assim, eles estariam juntos naquela dor.

– Eu não acredito que isso aconteceu. - Hermione agarrou os braços de Rony e enterrou o rosto no pescoço dele. O ruivo abraçou-a apertado. Ele estava tão abalado quanto ela. - Foi por minha culpa. Elas morreram por minha.

– Não fala isso! - Rony pediu, suplicantemente. - Por favor, não fala isso. - As mãos do mutante começaram a alisar os cabelos morenos de Hermione. Ela chorava baixinho.

Luna continuou sentada ali, ao lado de Lilá. Luna estava em choque, e Lilá estava morta. Lilá e Safira estavam mortas, e tudo o que Luna conseguia pensar era em não ter ajudado as duas. Luna não conseguiu curá-las. Draco não sabia se devia ir até ela e dizer alguma coisa, afinal, ele nunca foi bom com palavras. Tudo o que ele via era Cato consolando Clove, Rony consolando Hermione, Scorpius consolando Rose, e sabia que o laço entre eles naquele momento era muito maior do que o mal que os cercavam. Então, ao lado de sua mãe ele ficou, quando viu Gina se afastar de Harry e se aproximar, cautelosamente, dos corpos mortos no chão. Mas ela estava estranha. Isso Draco conseguia deduzir perfeitamente. Os olhos de Gina estavam tão vermelhos que poderiam faiscar. Os olhos dela eram vermelhos naturalmente, ou algo de errado estava acontecendo?

– Mortas.. - As palavras soltas de Gina começavam a fazer sentido aos ouvidos dos amigos. Há alguns segundos, de longe, Draco tentava fazer leitura labial do que a garota falava, mas eram literalmente palavras soltas.

Era perceptível a respiração acelerada da ruiva, e Draco agora conseguia ver os ferimentos pelos lábios dela. Draco conseguia agora ver os dentes grandes na boca de Gina, e o espanto foi grande quando a ruiva caiu ao lado de Luna e agarrou o corpo frio de Lilá. As mãos de Gina ergueram o pescoço da garota morta até o alcance de sua boca.

– Vampira! - Draco gritou, e alarmou os mutantes, que abruptamente avançaram contra Gina, mas a ruiva usou sua esperteza, largou o corpo de Lilá que caiu contra o chão em um baque, e agarrou Luna, deixando a garota claramente sem defesas.

– Larga ela, Gina. - Pediu Cato, que em um pulo havia se levantado do chão, usado sua supervelocidade para pegar sua arma no chão debaixo de uma palmeira, e agora mirava a cabeça de Gina com a pistola.

– Se alguém se aproximar, eu vou machucá-la. - O desespero estava presente na voz da vampira. Clove arrancava alguns próprios fios de cabelo com as mãos, seu nervosismo estava a flor da pele. Uma ventania começou a surgir por entre a mata escura, e as folhas das árvores começaram a balançar, ferozmente.

– É Gina. - Hermione alertou-os. - São os poderes dela.

– Gina, você ainda é uma de nós. - Rony tentou baixar a guarda da amiga, que agarrava o corpo de Luna com um dos braços, e segurava os cabelos loiros da menina da cura com sua mão livre. As presas na boca da vampira assustava Narcisa.

– Eu não sabia que ela era uma vampira. - Comentou a matriarca Malfoy. Ela tinha as mãos sobre o peito, e respirava pesadamente; estava muito assustada.

– Ela não é. - Hermione rebateu, prontamente.

– Solta ela, por favor. - Draco entrou na frente dos amigos, e ficou mais próximo de Gina. Os olhos vagos de Luna, e a respiração fraca dela, denunciavam que a garota estava em choque e não conseguiria lutar.

– Eu não quero machucá-la. - Gina pigarreou, estava visivelmente fraca. - Eu só quero beber o sangue delas. - E então, Gina olhou os corpos de Lilá e Safira. Hermione e Rony se entreolharam; sabiam que era uma má ideia. Se Gina bebesse o sangue delas, poderia se viciar e atacar todos os outros. Mas estava tão fraca que aquilo podia ser uma possibilidade.

– Então larga a Luna, por favor. - Draco insistiu, e deu mais um passo a frente. Gina estava de retaguarda, seus olhos vermelhos captavam cada detalhe. - Por favor.. - Pedindo mais uma vez, e recebendo apenas os arfares de Luna em decorrência do puxar em seus cachos loiros provocados pelos dedos da vampira, Draco impulsivamente avançou contra Cato, tirou a arma do irmão e ficou em uma proximidade mínima com Gina, apontando a arma para a ruiva. Gina, então, se levantou do chão e puxou Luna consigo, levando sua boca até o pescoço da loira, mas sem cravar os dentes.

– EU DISSE NÃO! - O grito da vampira soou abafado pela pele de Luna. Draco ergueu as mãos para o alto, deixando de apontar a arma para Gina, quando percebeu que a garota iria atacar.

– Gina, por favor! - Hermione pediu. - Se controla, pensa no controle..

Gina não conseguia. Não conseguia mais se controlar. Passou as últimas horas observando cada passo de cada um dos amigos, e lutou contra seus instintos mais traiçoeiros para não trair ninguém, não machucar ninguém. Mas ela estava faminta e extremamente fraca, e os amigos não podiam negar a ela a chance de se fortalecer. Lilá e Safira estavam mortas, e o sangue delas poderia ser alimento para Gina, antes que coagulassem.

Subitamente, Luna agarrou os braços de Gina. Foi um movimento rápido e só foi percebido cautelosamente por Draco, quem observava atentamente os movimentos das duas. Foi como uma reação, Luna tinha reanimado a si mesma e acordado para escapar daquela morte súbita. Girando o corpo estrategicamente, Luna conseguiu ficar frente a frente com Gina, e então, agarrou os braços da mutante.

– Tá tudo bem.

Luna tranquilizou a garota, enquanto sentia suas próprias mãos se aquecerem junto a pele de Gina. A ruiva mostrava suas presas, tentava tomar o controle da situação e voltar a prender Luna, mas sentia as forças dentro dela se esvaírem, pouco a pouco. Olhando nos olhos de Luna, Gina lentamente começou a sentir calafrios por seu corpo. Umedeceu seus lábios, sentia sua boca seca, e então percebeu que não havia mais os cortes que ela mesmo tinha provocado em seus lábios inferiores.

Enquanto Gina se surpreendia com os seus lábios curados, um leve formigamento sobre as pálpebras dos olhos da mutante começou. Luna então, assistiu o vermelho vivo nas íris de Gina intercalarem com o azul oceânico de sua genética natural, e em alguns segundos depois, os olhos de Gina estavam totalmente azuis. Como sempre foram, como deviam ser. As presas vampíricas na boca da ruiva foram diminuindo, diminuindo, até voltarem ao tamanho normal.

Gina tinha voltado ao normal.

Vagamente, Luna soltou os braços de Gina, quando percebeu que a ruiva já não tentava atacá-la. Quebrando a troca de olhares, Luna observou o estado de surpresa nas feições dos amigos, e Harry se aproximou; sua boca entreaberta demonstrou sua descrença. Luna se afastou dos dois.

Harry procurou pelo olhar de Gina. Ela tocava seu próprio rosto, se sentia diferente. Sentia como se tudo estivesse no início, como se tudo internamente pudesse estar bem. A ruiva ergueu o olhar. Também tinha seus lábios entreabertos. Quando fitou Harry nos olhos, e ele pôde ver aquelas íris azuis brilhantes, o moreno a abraçou. Foi súbito, preciso, intenso. Envolveu o corpo de Gina e sentiu metade do mundo saindo de suas costas, aliviou-se imensamente. Harry sentia o corpo dela quente, as mãos dela entre os cabelos pretos dele, a respiração dela contra o pescoço dele. E Gina, sem sentir vontade de mordê-lo.

– Você está bem? - Harry sussurrou, enquanto apertava Gina em seus braços.

– Estou de volta. - Ela sussurrou pra ele. - Eu estou de volta.

– O que aconteceu? - Narcisa estava totalmente atordoada.

– Luna a curou. - Clove disse, e pareceu demonstrar um grande orgulho.

– Obrigada Luna, de verdade. - Gina foi totalmente sincera, enquanto saia do abraço de Harry e se aproximava dos amigos. - Desculpa. - Arrependida, Gina encarou Luna. - Sinto muito, eu não queria ter te atacado. E nem você, Mione. - A ruiva olhou a amiga.

– Você não era você. - Hermione tranquilizou-a. - Agora você tá bem.

– Nada está bem.. - Gina contradisse; olhando os corpos caídos ao chão, suspirou.

– O que vamos fazer agora? - Harry se aproximou do grupo. Todos ainda estavam aturdidos.

– Vamos enterrá-las? - Scorpius sugeriu, sem saber bem o que dizer. Contraiu os ombros quando olhou Rose.

– É o melhor. - Narcisa falou, ressentida. - Mas onde?

– Tem a praia, mas é perigoso. - Clove disse. - Muitos mutantes andam por lá.

– Então o que vamos fazer? - Hermione coçou a cabeça. - Deixá-las aqui? No chão? No meio dessa mata infernal? - Era notório o desespero da garota. - Elas estão mortas. Safira era só uma criança.

– Nós tentamos ajudá-la. - Rony argumentou.

– Mas não podemos. - Scorpius tentou não ser frio, mas foi exatamente como os amigos entenderam aquela frase: com frieza.

– Não podemos? - Luna contraiu as sobrancelhas, uma lágrima silenciosa cortou seu rosto. - Não podemos ser humanos?

– Nós não somos humanos. - Rebateu o loiro, prontamente. Ele queria realmente tentar não levar aquela assunto a ferro e fogo, mas os amigos precisavam entender de uma vez por todas. - Tá bom, a Narcisa é. Mas se a Bellatrix não tivesse soltado ela e colocado ela como isca pra gente, ela ainda estaria lá dentro. - Scorpius apontou em direção ao laboratório, que, na escuridão da noite, se perdia por entre as folhagens.

– Você está exagerando, Scorpius. - Luna enfrentou o garoto, mas ele estava seguro de si.

– Exagerando? - Scorpius soltou uma risada debochada e fria. - Olhe pra elas. - Então, ele apontou a mão para Lilá e Safira. - Elas estão mortas. - Os amigos voltaram a olhar o loiro. - Morte! É disso que estamos falando. - Scorpius bagunçou os cabelos. - É com isso que estamos lidando.

– Nós não podemos deixar de ser bons! - Luna ergueu a voz, enquanto enfiava a mão entre seus cachos loiros mal formados.

– Não temos que decidir quem é bom ou ruim aqui, acorda Luna! - Scorpius gritou com a garota, e sabia que o olhar furioso de Draco estava fuzilando-o. Mas Luna não precisava de defesas.

– Você diz isso por você! - Luna apontou o dedo para ele, e Scorpius mordeu a própria boca. - Eu não estava aqui quando vocês encontraram elas, mas se eu estivesse teria ajudado as duas sim! E ajudaria quantas vezes fosse preciso. Eu tentei ajudá-las quando percebi que elas estavam mortas. - Luna engoliu o choro, estava séria demais para se deixar abater. Enfrentava o olhar de Scorpius sem temos. - Você não sabe como é, tentar ajudar alguém que está entre a vida e a morte e não conseguir. Você não sabe como é, Scorpius. - Ela secou outra lágrima teimosa que molhou seu rosto.

– Mas eu sei como é deixar pessoas. Eu deixei os meus pais. - Scorpius se aproximou de Luna, e foi a vez dele apontar o dedo em direção a ela. - Eu deixei as únicas pessoas que se importavam comigo no mundo, para que nada de ruim acontecesse com eles. E agora eles podem estar mortos. Ou então minha mãe tá sendo cobaia daquela filha da puta da Bellatrix. - Scorpius soltou sua respiração presa, não secou seus olhos marejados. - E então eu encontrei vocês, e eu me preocupei com vocês. - Scorpius olhou os amigos rapidamente, quem seu olhar queria encontrar era Rose. A garota tinha os ombros encolhidos e algumas madeixas de cabelo caído sobre seu rosto triste. - Eu me preocupei com Rose. - Ele admitiu, e ela sorriu fracamente. - E vim parar aqui nesse lugar, e vi duas pessoas morrerem na minha frente. E eu não quero que isso aconteça com vocês, ou comigo.

– Scorpius. - Luna tocou a mão do amigo, e o olhou nos olhos. - Nós não precisamos fazer maldades pra sobrevivermos.

– Você não entende. - Scorpius soltou a mão da garota. - Vocês todos pensam como ela? - O loiro olhou os amigos novamente. - Nós ficamos fracos quando nos unimos com alguém.

– Não, nós somos fortes juntos! - Hermione discordou plenamente.

– Juntos, é. - Ele assentiu. - Mas juntos como mutantes. Não como humanos.

– Isso não faz o menos sentido. - Rose queria realmente entendê-lo. - Devemos seguir o contrário do que Bellatrix quer, não é?

– E ela nos quer fortes, inteligentes. - Scorpius procurou explicar melhor. - Qual vocês acham que seria o propósito dela? Trazer a gente pra essa ilha, pra gente morrer?

– Ela me disse que só os mais fortes vão sobreviver. - Hermione relembrou.

– Então! Ela criou mutantes. Por que ela criaria mutantes pra simplesmente deixá-los morrer depois? - A lógica de Scorpius começava a fazer sentido.

– Não faz sentido algum. - Clove concordou.

– Nós somos poderosos. - Scorpius encarou Clove. - Nós somos fortes, até mesmo sozinhos conseguimos lidar com problemas. Mas quando deixamos o sentimento humano nos invadir, ficamos fracos. - Explicou o loiro, respirando fundo. - Rony por exemplo. - O loiro apontou para Rony, quem prestava total atenção em Scorpius. - Quando a Gina atacou a Hermione, ele queria atirar nela. E a Hermione não queria deixar.

– Ela é nossa amiga. - Rebateu a morena, prontamente.

– Ele está certo! - Gina mexeu nos cabelos. - O Rony seguiu a razão naquela hora, se eu não tivesse me controlado iria matar a Hermione. Ou então, ela ia virar uma vampira, e seria um problema a mais.

– Mas a Hermione não queria deixá-lo atirar, porque vocês são amigas. - Scorpius continuou o raciocínio de Gina. - Ela deixou que o coração falasse mais alto.

– Eu consigo te entender Scorpius. - Luna o encarou. - Eu sei que devemos seguir a razão. Mas eu não consigo aceitar que devemos fazer coisas estúpidas pra ficar vivos.

– Não temos que fazer coisas estúpidas. - Retrucou o loiro. - Nós temos que ser estupidamente racionais.

– Ele tá certo. - Clove encarou Cato quando os olhares se encontraram. - Ele tá totalmente certo. A Hermione e a Lilá se meteram numa briga estúpida e a garota lá acabou morta. - Ela falou, apontando para o corpo de Lilá no chão. - E a Safira também, e era só uma criança. Não tinha nada a ver com isso.

– Mas não tinha a menor chance nesse lugar. - Retrucou Scorpius, sensatamente.

– O que eu não entendo é o que aconteceu ali entre elas. - Narcisa se meteu na conversa, e mudou de assunto.

– Foi um curto circuito. - Hermione descreveu. - Eu tava perto, deu pra ver. A Lilá era uma mutante hidrocinética, a água entrou em contato com a corrente elétrica.

– Que veio de onde? - Gina indagou.

– Safira. - Draco deu seu melhor palpite. - Quando a Lilá começou a atacar a Hermione, a Safira correu pra ajudar ela. E ai a Safira segurou as mãos da Lilá.

– Então a Safira era uma mutante elétrica? - Clove supôs.

– Não dá pra saber. - Rony disse.

– Foi estranho. - Hermione falou, pensativa. - Foi como se, quando a Safira tocou as mãos da Lilá, o corpo da Lilá tivesse paralisado.

– Tipo uma estátua? - Scorpius sugeriu.

– É, exatamente. E aí teve as faíscas e eu não consegui entender mais nada. Eu tava me engasgada com aquela maldita água dos poderes hidrocinéticos da Lilá. - Completou Hermione.

– Isso não importa mais. - Rony foi sensato. - Não podemos nos dar ao luxo de enterrá-las, então vamos colocar os corpos em baixo de alguma árvore pro lado da mata mais fechada. Vocês me ajudam? - O ruivo se dirigiu aos meninos mutantes; Draco, Cato e Harry assentiram.

– Depois vamos decidir o que fazer, e como saímos daqui. - Rose relembrou-os.

– Mas isso é óbvio. - Scorpius disse, e recebeu a atenção dos amigos e de Narcisa. - A Bellatrix armou pra nós. Soltou a Narcisa na mata pra gente justamente ir atrás dos nossos pais. Ela não quer guerra? É guerra que ela vai ter.

– Só que, mister ego, lá dentro tá lotado de mutantes. E ainda tem o policial. É uma armadilha, com certeza. - Rose rebateu, e Scorpius cruzou os braços.

– E dai? - O loiro contradisse. - Estamos em grande número. Vamos enfrentar ela e a tropa inteira de mutantes que tiver lá dentro. Só assim a gente vai conseguir sair dessa ilha.

– É, pessoal.. - Narcisa chamou a atenção do grupo, que estava fixamente atentos em Scorpius. Quando seguiram a direção do olhar de Narcisa, o terror se espalhou.

– Eu acho que estamos ferrados. - Cato contraiu os lábios, enquanto trocava um olhar cúmplice com Clove, olhar de terror. Com a luz da lua iluminando a sombra da noite que escurecia o laboratório, foi possível ver dezenas de mutantes saindo pela porta da frente. Pareciam furiosos e o banquete da noite eram Rony, Hermione, Gina, Harry, Luna, Draco, Cato, Clove, Scorpius, Rose e Narcisa - quem estava com mais desvantagem naquela história -.

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Parecia inofensivo. Um lugar tranquilo, pacífico. A calmaria da ondas sobre a água do mar chegava a provocar um brilho no olhar. As palmeiras distantes da praia acrescentava uma beleza paradisíaca àquela ilha. A areia quente sobre o chão trazia uma sensação de calmaria. Fleur tinha que admitir que era um belo lugar. Não imaginava que a ilha fosse tão aconchegante. Bom, seria. Se a policial não soubesse que por ali ela encontraria muitos problemas. Ela tinha agarrado aquela investigação dos mutantes com as mãos, e sabia que era na ilha que elas poderia desvendar todo e qualquer mistério dessa história.

Fleur não sairia daquela ilha sem descobrir toda a verdade sobre os mutantes.

– É.. chegamos. - Fleur ajeitou os cabelos loiros em um coque, enquanto observava a enorme praia da ilha. - É aqui que os mistérios serão desvendados, Fleur.


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Notas finais do capítulo

Gente, a cena com os mutantes ocorreu em um horário diferente da cena que a Fleur chega na ilha. Notem que não se arriscaria a chegar na ilha de noite..

Não esqueçam de comentar hein! E vou continuar insistindo pros leitores fantasmas aparecerem. Deixem suas opiniões, por favor!

Xoxo, Jen!



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