Ib: Returns To The World Of Guertena escrita por Lady Phantomhive


Capítulo 4
Red Eyes


Notas iniciais do capítulo

Esse capítulo é um pouco menor, mais está legal mesmo assim, enjoy.



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Ib soltou a mão de Garry assustada, ele pulou para trás. Não entendia nada do que estava acontecendo, e ele do nada vem e diz para não confiar em Mary. Sim, realmente confiava mais nele. Mesmo assim…

–O que ouve Ib? –Olhou confuso.

–Como não devo confiar em Mary? Ela é minha… Irmã. Acho…


–Ib, deixa eu lhe explicar uma coisa…–Ele ia se abaixar mais lembrou que Ib agora podia olhar mais em seus olhos e voltou ao normal. –Mary não é… Humana. Como explicar, ela é um desses quadros que correram atrás de você. Ela mudou suas lembranças para achar que era irmã dela.

–Mary…– Olhou meio triste. –Certo, vamos… Garry.

O garoto sorriu, era a primeira vez dês que se encontraram que ela disse tão docemente seu nome, de um jeito tão íntimo. Ib então ouviu alguma coisa, alguém a chamando em eco: “Ib, cadê você? Eu achei um lugar! Ib! Cadê você? Ib? Ib!! Hohoho!!!” Era Mary, tinha certeza disso. Garry agarrou-lhe a mão.

–Droga, ela está perto, vamos Ib!

–Ce-Certo!

Correram e entraram na primeira porta que viram. A voz de Mary ia se abaixando, mesmo assim Garry corria, o local era meio acinzentado. Era bastante extenso e tinha várias outras portas, Ib não conseguia acompanhar muito bem os passos dele. Se sentia inútil, Mary a ajudou, agora Garry… Queria pode ajudá-lo em algo. Algo… Passaram por um extenso corredor a qual no chão tinham olhos.

–Isso é nojento…–Murmurou Garry. –Nunca me acustumarei com isso.

–Não é tanto, acho.


–Aqui. –Parou olhando para uma parede levemente mais clara. –Chegamos.

–É uma parede. –“Não acho que ele seja muito inteligente…”

–Claro que não, olhe. –Empurrou a parede e ela virou uma porta. –Vamos.

Entraram, a sala era bem pequena, não levava a nenhum lugar, mas Ib logo entendeu, é seguro, pois talvez Mary não o achassem ali, Garry se sentou e suspirou, parecia preocupado. Ib se sentou do lado dele e olhava para ele, encarava ele querendo descobrir mais, já que suas lembranças não estavam ainda completas. “Garry… Desculpa não poder ajudar muito.”, olhava pro teto, tinha algo de estranho no teto.

–Ib, algo de errado? –Olhou para ela, não tinha reparado antes, mas a garota realmente amadurecera.

–O teto, ali ó. –Apontou. –Tem uma cor mais clara, deve ser um tipo de porão. Podemos dar uma olhada.


–É verdade. –Olhou também. –Ok, Ib suba nos meus ombros, é meio alto para você.

–Não sou tão baixinha! –É, ela era. 1,58 exatamente, nunca foi muito alta…–Tá eu sou, mas mesmo assim, não sou mais criança.

–É verdade…–Sorriu ele melancólico. –Não consegui me acostumar ainda, desculpa. Bem…–Ele se levantou. –Nesse caso, eu subo e te puxo.

Bateu na tampa até ela virar e pulou para conseguir subir e estendeu a mão, Ib agarrou a mão dele e subiu, era bem espaçoso, e era escuro, não dava para ver nada… A garota tentou forçar os olhos mais nada. Garry pegava algo no bolso, um isqueiro. Acendeu e criou uma pequena luz. Ib estranhou o fato de Garry ter um isqueiro no bolso, será que ele fumava? Deu de ombros.

–É bastante baixo aqui, cuidado a onde anda. – Os dois engatinhavam e Garry esbarrou em algo, era bastante macio como uma pele humana… Colocou a luz para sua frente, eram corpos totalmente mutilados. O jovem acabou vomitando. –Isso é… Isso é doentio!

–Será que Mary…?– Olhou para ele, parecia assustado. Garry afirmou com a cabeça.


–Creio que sim…–Olhava se afastando, talvez outras pessoas vinham para esse local… Achou uma nota na boca de um deles, com nojo, pegou. “De dois em dois anos pessoas vem me visitar, já tentei matá-las para trocar de lugar com elas, mas acho que tenho que substituir alguém se quiser sair…”–Mary era tão doentia a esse ponto? Ah… O que é isso? –Viu algo preso na garganta do mesmo cara. –Isso é nojento…–Pegou trêmulo, estava todo sujo, limpou no casaco o manchando. –Droga, desperdicei meu melhor casaco. Vou precisar de um casaco novo. –Suspirou.

Olhou para a chave, era bastante pequena, talvez seja de alguma portinha ali, continuaram engatinhar, Garry andava meio desengonçado. Parecia MUITO assustado com aquilo tudo, e o pior é que tinham que engatinhar por corpos mutilados que parecem que nunca vão entrar em decomposição. Achou uma portinha do outro lado. Garry colocou a chave ensanguentada e girou, a porta abriu, ele e Ib saíram. O local já era possível estar em pé.

–Garry, está bem? –Ele parecia ainda meio tonto.

–Bem, sim…–Se acalmava. –Ib, sempre tão forte…


–Não, não sou…–Disse triste. –Eu tenho medo, disso tudo… A cada momento acho que vou pirar, o que me acalma é talvez o fato de não estar sozinha. Você me protegeu até aqui, e uma hora chegará a hora de eu te proteger. –Sorriu.

–Ib…–O rosto do garoto avermelhou um pouco. –Bem… Temos que nos identificar sobre a onde estamos.

O local era um extenso corredor lilás, Garry reconhecia aquele lugar, engoliu em seco, não ia deixar que isso o perturbasse. Não depois de saber que Ib dessa vez estava do seu lado. Sim, ela estava segura, não estava morta, não estava com Mary… Isso o deixava bem mais tranquilo, ela não estar dessa vez com Mary.

–Acho que já sei a onde estamos…–Disse olhando ao redor. –Bom… Vamos, Ib.

Começaram a andar, uma boneca bateu no pé dele, ignorou, Ib andava tranquilamente como se não pudesse ver aquelas bonecas que pareciam os seguir. Sim, era assustador, mas Ib estava ali, era só isso que o importava. “Garry, porque não vem brincar conosco?”, ouviu em seu ouvido direito, continuou andando. “Ignorar não o ajudará em nada, Garry!” Continuou quieto… “Vem Garry, não foi divertido?” Olhou para uma que estava na porta. “Garry, você me odeia?”

–PARE DE ME SEGUIR! –Caiu ajoelhado no chão, demonstrava tremendo e seus olhos estavam arregalados.

–Garry! –Ib se sentou ao lado dele. – O que ouve?


–Ib… Isso, isso é horrível, “ele” me segue…–Tremia. –“ele” quer que eu passe por tudo aquilo novamente… Não, não, não…

–Mas Garry, é só um Orçamento de Coelho, o que tem de assustador nisso?

“‘Orçamento de coelho’ ? Ib você enlouqueceu? Oh não… Droga, droga… ‘Olhos Vermelhos’ maldito…” Garry tremia como uma criança, Ib olhou para ele e para o Orçamente de coelho… Sentiu sua imagem piscar, como uma tv velha. E então viu uma boneca que lembrava as bonecas de Mary: cabelos pretos bagunçados, roupas estranhas, cor azulada e olhos incrivelmente vermelhos.

–Então era isso…–Ib pegou a boneca. –Hum… Garry…–Colocou ela num canto e o abraçou o deixando em choque. –…Desculpa-me.

–Ib…!–Arregalou os olhos. –Obrigado, isso é bom de ouvir. –Se levantou mais calmo. –Vamos entrar. –A porta não quis abrir, ouviu um sussurro em seus ouvidos: “Eu vou matá-la se ela se aproximar novamente de você…”. Deu de ombros.

O local para Garry não mudou nada, tinha tudo em seus lugares, estava com Ib, ela parecia mais preocupada do que ele. Não gostava de saber que Garry estava meio assustado. Sorriu para ela que devolveu com um sorriso sem graça. Algo bateu na mão de Garry, pareceu pegar a rosa azul dele e sair correndo. Ib correu atrás daquela boneca, Garry igualmente, era bastante rápida. Ib não parecia ouvir, mas a boneca ria cínicamente aos ouvidos de Garry.

–Ei! Me devolva! –Ib correu atrás dela, Garry tentou cercá-la mas passou por debaixo da perna dele. E entrou correndo numa sala, estava trancada. –Ei! Saí da… Yaah! É gelado!

–Droga… Ib não tem nada haver com isso! –Batia na porta. –O que quer comigo!? –Ela abriu, Ib ia entrar mas Garry colocou o braço na sua frente. –Não Ib, é perigoso…


–Garry, deixe-me passar…–Disse olhando com raiva.

–Ib, não…Eu lhe peço, não…–Ele tremia.

–Garry, eu lhe disse antes: “Você me protegeu até aqui, e uma hora chegará a hora de eu te proteger.”–Ib o abraçou e depois sorru. –Desculpa Garry. –Passou por debaixo do braço dele, a porta se fechou atrás dela, ouviu apenas Garry batendo na porta e ele gritando seu nome, que parecia abaixar como se não tivesse mais ali.

–IB! SAI DAÍ! IB!IB!OLHOS VERMELHOS, SEU MALDITO! IB!!! –Batia na porta como se fosse arrombá-la.

Era realmente frio ali, não podia voltar atrás , isso não tinha nada haver com ela, sabia… Mas Garry havia lhe ajudado tanto… Suspeitava que tinha algo de errado, achou algo num canto perto de um quadro vazo. “A rosa de Garry!” pegou, mas algo saltou do quadro vazio deixando a rosa cair e caindo para trás.

–O quê…!–Pegou a rosa desastrada. –O que é você?

Era uma estranha criatura que lembrava muito as bonecas ao seu redor, porém mais assustadora e metade de seu corpo estava para fora. Ib se aproximou. Apertava a rosa de Garry em suas mãos.

–Olá, você deve ser Ib. Prazer, sou Olhos Vermelhos. –Ib tremia se arrastando até a porta. –Mas acho que não devo apresentações, já que você me elogiou quando mais nova. Realmente agradeço criança. Eu queria ver Garry como Mary pediu, mas… Acho que terei me contentar com você mesmo.

–Olha, rea-realmente lega-legal tudo isso mas…–Tentou abrir a porta, estava trancada. –Droga! E-eu não tenho medo de você! De-Deixe-me sair!


–Sim, deixarei, mas antes, vamos jogar um jogo… Tem várias bonecas aqui na sala, em uma delas está a chave, quem? Quem tem a chave? Boa sorte, o seu amiguinho não ganhou o jogo da última vez… Hohoho…

Uma risada metálica pairou o local, o monstro voltou pro quadro, e então um sino tocou a sala estava mais escura. Agora tinha que se esforçar por Garry!



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