Ib: Returns To The World Of Guertena escrita por Lady Phantomhive


Capítulo 1
Nightmare


Notas iniciais do capítulo

Olá, espero que gostem, eu tive essa ideia quando eu consegui o Bad/God End (Depende da pessoa) com a Mary. Ai eu pensei em escrever. (PS: Tudo isso no meio de uma aula chata) E bem, espero que gostem.

Música recomendada para o capítulo:

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“Ib sentiu algo a empurrando enquanto uma risada metálica ecoava por seus ouvidos, tudo parecia estar tão escuro, e quando a luz se voltou aos seus olhos estava em um lugar estranho, o cheiro de giz de cera irritante ainda passava por suas narinas. Estava muito machucada ponto de ter dificuldade de levantar. Reparou então que Garry, aquele que a ajudou até ali, tinha sumido e pior: Sua rosa também.

– “Oh não… Isso não é bom!” –Estava nervosa, não queria estar sozinha. –“Garry…”

Andava meio bamba pelo local, havia vários brinquedos, vestidos, livros e tudo mais no chão todo bagunçado, inclusive bonecas, cabeças de cerâmica, Mulheres que estampavam a parede inexistente e também manequins que pareciam se mover a qualquer momento. Era uma criança, tudo que passou era inteiramente assustador, mas estar sem Garry, sem sua rosa, sabendo sobre Mary estar atrás deles, sabendo que se falhasse nunca mais poderia ver seus pais.


–“Ah…Eu não consigo continuar em pé…”–Quase caiu, porém esbarrou em algo no chão, era Garry. –“Garry!”




–“Urg… O que? I-Ib!” –Levantou rapidamente esfregando a cabeça. –“Ai, está doendo… Depois que ela nos empurrou… Mas estarei bem logo, Ib… Parece mal. Está muito pálida, está bem?”




–“Perdi minha rosa…”– Disse tristonha.


–“C-Como? Ib, isso é sério. Temos que encontrar rápido, eu te levo nas costas, você parece não ter condições para andar.” Abaixou-se e Ib se pendurou nas costas dele. – “Vamos!”

Ib se sentiu culpada e não disse nada, era realmente preocupante, mesmo para uma garota de 9 anos era algo pesado demais para ela pensar. Garry era gentil de mais dês que ela entregou sua rosa quase aos pedaços , que depois estava nova em folha para ele. A partir dali ele o ajudou em tudo, leu kanji’s que tinha dificuldade. Esteve a protegendo, se preocupou com ela quando desmaiou… E agora estava deixando ele realmente com um ar diferente.

–“Ora, isso é para mim?” –Ib e Garry viram a imagem de longe, uma das bonecas entregou uma bela rosa com poucas pétalas e quase morta, a rosa de Ib.

–“Mary…”–Garry colocou Ib no chão e correu na direção dela, pareria totalmente furioso.

–“Oh! Olá Ib, Garry, olha só o que ela me deu.” Mostrou a rosa para eles com um enorme sorriso.

–“Essa rosa não é sua! Essa rosa é de Ib!” –A criança tremia, não sabia o que dizer em nenhum momento… Ela não queria atrapalhar em nada…

–“Ah… Ela é sua… Quer de volta?”

–“Eu… Eu… Realmente… Quero…”–Não gostava do rumo que a conversa a lhe levava.


Mary então acariciou a rosa triste e depois sorriu olhando para Garry, que pulou para trás.




–“Tudo bem, eu lhe devolvo mas… Eu queria tanto ter uma rosa de verdade…”




–“O que está insinuando?” –O jovem olhou nervoso.


–“Bem, eu gosto de vermelho e tudo mais… Mas eu gosto MUITO mais de azul…”– Disse Mary apontando para a rosa de Garry. –“Se me entregar essa rosa, eu lhe entrego a rosa de Ib.”

.


.




.








A garota acordou chorando, mais um pesadelo haver com esse tal de “Garry”, não sabia o porque de sempre chorar quando sonha com ele, é como se conhecesse ele. Mas era apenas um fruto de sua imaginação, concluiu. Apesar que tem sonhos assim quase todas as noites, dês dos seus 9 anos de idade. Ouviu um “batuque” na porta.

–Ib! Acorde! Mamãe e papai vão nos levar para sair! Estou tão animada para saber a onde!



–Ah, pode ser… Uma boa…– Disse secando as lágrimas. “Por que estou chorando tanto?” Se perguntava.

Levantou da cama e trocou de roupa, se perguntava como Mary a irritava tanto. Não sabia explicar mas, era sempre ela que trazia esses pesadelos para ela. Não se lembra do passado com ela, só a partir dos seus 9 anos, o que era estranho. Em seus sonhos ela sempre queria machucá-la ou machucar o garoto de lá. Depois de colocar uma simples calça jeans preta, uma camisa vermelha, um casaco de moletom já velho preto e um “all-star” preto com detalhes em branco saiu do quarto. Mary era realmente excêntrica no seu visual: Usava um vestido verde cheio de babados azuis e seu cabelo estava preso num encaracolado rabo de cavalo com uma rosa vermelha nela.

–O que achou? Eu criei usando alguns tecidos que tinha em casa. E a rosa, bem, tem em toda, é… Como se chama aquelas lojas que vende flores?

–Se chama floricultura. –Disse descendo a escada.

As vezes Ib também estranhava como Mary podia ser tão cabeça de vento, lembra de uma vez quando criança que ela estava toda alegre por ir numa simples lanchonete, e outra quando comeu um doce ela simplesmente pirou e comprou mais 5 dúzias daquele. Mas de certo jeito achava bonito como Mary poderia aproveitar coisas tão pequenas da vida. Depois das duas estarem lá embaixo, Ib e sua irmã entraram no carro de seus pais prontos para ir passear.

–Ib, Mary, hoje iremos para um lugar MUITO especial. –Disse sua mãe dirigindo.

–A onde? A onde? – Saltitava Mary no banco de trás.

–Sua irmã escolhe, afinal ela que faz aniversário hoje. –Concluiu seu pai.

–Eu escolho…–Ib estava pensativa, não tinha muito a pensar, até que lembrou-se do seus sonhos, por mais que não acreditasse que tenha um ponto de verdade neles, queria descobrir algo. Talvez visitando aquela galeria novamente. –Poderíamos ir na Galeria de Guertena.

Sua mãe freou o carro com força fazendo Ib e Mary baterem a cabeça no banco, todos olharam meio bolados para Ib que não conseguia entender nada.

–Nunca mais… Nunca mais repita isso, tá querida? –Sua mãe a olhava com um ar assustador.

–E eu tenho medo de lá. Não gosto…– Murmurava Mary chorando.

–Certo… Me desculpe.

–Ok. –Sua mãe sorriu novamente. –E então, para onde quer ir?

–Eu quero… Eu quero ir para a praça passar o dia em família. –Dizia Ib desanimada.

–Assim que se diz!


Afundou-se no banco. Não era isso que realmente queria, sua mãe parecia tão estranha, era como se não fosse necessariamente ela. Deu um certo medo. Chegaram na praça e então Mary saiu correndo na frente e seus pais saíram logo depois de Ib que saiu sem muito ânimo. Os três estavam num canto em quanto Ib estava afastada de todos brincando com o rio usando as mãos. Sentiu algo vibrando em seu bolso, era o seu celular. Tinha uma mensagem escrita: “Porque não visita a Galeria de Guertena, terá uma ótima surpresa, Ib.” Pulou para trás ao ler aquilo. Sua irmã logo se aproximou curiosa.

–O que está vendo?

–Err… Nada. –Apagava a mensagem enquanto Mary olhava.


–Ah… Ei, Ib, tem um palhaço ali, depois me leva para conhecê-lo?

–Certo…–Ib realmente estranhava como uma garota da idade de Mary ainda gostava de palhaços, na verdade, realmente estranhava não saber da idade da garota, de nada sobre ela alias.

Quando Mary saiu o seu celular brivou novamente, apareceu 100 mensagens no seu celular dessa vez, todas escritas: “NÃO APAGUE NOSSA MENSAGEM”. Ib se assustou tanto que jogou seu celular na água. Apenas viu ele apagando, apagando e “morrer” e começar afundar por completo. Ib suspirava ainda com medo.

–O que era aquilo? –Tremia.

–Mana, você jogou seu celular na água! Sorte que mamãe e papai estão pensando em te dar um novo, mas não diz que contei. –Disse Mary sentando do lado dela a beira do lago.

–Certo. –Disse tristonha olhando-se na água.

Voltaram para casa algum tempo depois, Mary chegou lá cheia de bonecos de pelúcias e balões de animais. Enquanto Ib apenas queria esquecer aquelas mensagens. Achou um pacote em sua cama. “Deve ser o celular novo que Mary disse.” Pensou, ao abrir o pacote viu uma roupa que não usava dês de que tinha ido na galeria. Era coincidência provavelmente ou uma brincadeira de mal gosto de seus pais. Jogou na parede e deitou-se de qualquer jeito, estava tão curiosa, mas de certo jeito ela não queria passar por tudo aquilo, deitou-se de lado e simplesmente dormiu.

“Ib andava por um corredor escuro com a parede vermelha, estava cansada e simplesmente correu de uma Dama de Vermelho que a perseguiu até passar por uma porta, logo achou um quadro escrito: “Benção Divina” e um vaso de rosas nele. Usou e recarregou sua rosa e passou por uma porta encontrando um garoto caído, sujo e todo machucado. Cutucou a cabeça dele e ele apenas gemeu de dor, parecia estar sofrendo. O garoto segurava fortemente uma chave pequena. Ela abriu a mão dele e pegou a chave andando.

No outro lado daquele corredor havia uma porta, quando ia colocar a chave na fechadura ouviu um rugido estranho. Engoliu em seco e abriu a porta. E ao abrir se escondeu atrás de uma parede e viu um quadro parecendo a Dama de Vermelho mais assustadora e em vez de vermelho usava Azul, despetalava uma rosa azul, “Será que era daquele menino?” Se perguntava. Andou cuidadosamente porém ela lhe viu. Com suas pequenas pernas tentou passar a perna na Dama de Azul que lhe agarrou a perna, com dificuldade pegou a rosa e chutou a Dama de Azul abrindo a porta e trancando ela lá dentro, porém a janela bateu, bateu e assim ela conseguiu fugir.

Ib com medo correu, a porta não queria abrir de jeito nenhum, a Dama de Azul se aproximava, empurrava, empurrava, enfim abriu. Suspirou e andou toda suada e com medo, olhou para a rosa Azul em suas mãos, viu o vaso e viu se tinha água e assim colocou um pouco de água na rosa, deixando ela tão linda que parecia de mentira. Achou melhor devolver ao garoto. Se aproximou e colocou a rosa perto dele, o garoto começou a parar de tremer, seus machucados sumiram, ele acordou assustado e se sentou.

–“As dores… Sumiram…”–Ele então olhou para Ib e caiu para trás medrosamente. –“Nã-Não tenho nada para lhe dar, estou te dizendo!”

–“A sua rosa…”–Ela disse baixo. –“Eu a achei, estava com um monstro e eu… Pensei… Em devolver…”

–“Ah… Você deve ser alguém da galeria.” –Concluiu se acalmando. –“Eu pensei que não iria achar ninguém, estou aliviado.” –Se encostou na parede vermelha junto com Ib. –“Quando minha rosa perde suas pétalas, nascem machucados em mim… Eu pensei que iria morrer, obrigado.”

–“De nada.” –Respondeu a pequena vermelha sorrindo devagar.

–“Ah! É verdade, não perguntei seu nome, isso foi rude da minha parte, meu nome é Garry, e o seu?” –O jovem, vendo agora parecia ser bem mais alto que ela, um adulto talvez.”

Acordou toda suada e vermelha, seu coração batia rápido, mas porque? O garoto era parte de sua imaginação, olhou pro relógio, deveria ser umas 3 horas da manhã. Ouviu o telefone tocar, desceu a escada de pijama e tudo e atendeu o telefone.

–Alô? –Ninguém respondeu. –Sério, quem é? Droga, deve ser um trote.

Já ia colocar o telefone no gancho quando chegou um fax, ela pegou e olhou estava assustada, aquilo não era normal! Estava escrito apenas: “Venha ao meu maravilhoso mundo, tenho certeza que irá gostar, não possuímos apenas esculturas, mas pinturas e muitos outros tipos de arte. Venha nos visitar! Por que não leva minha adorável “filha” com você? –Weiss Guertena”. Começou a tremer ao ler o papel, e quem era essa tal de “filha” que ele disse? Logo se lembrou de algo, era de madrugada, nem seus pais nem Mary poderiam impedir de sair agora, poderia descobrir tudo, quem é o garoto do seu sonho, o porquê dos seus pais estarem estranhos e inclusive de Mary, pegou um casaco e pantufas de coelho e abriu a porta, estava realmente frio e escuro.

–Ib? –“Ah não…” Ib apenas olhou para trás. –O que está fazendo, porque está saindo?


Mary usava um pijama azul bebê e segurava uma boneca meio macabra azul, esse era um dos motivos a qual Ib quis mudar de quarto, as bonecas de Mary lhe dava medo.

–Eu…–Ela gaguejou.

–O que é isso na sua mão? –Ela pegou da mão de Ib e leu, sua expressão de sono mudou para horror. –Isso é…

–Mary?

Mary voou para cima de Ib e segurou seus dois braços, tremia de maneira descontrolada, começou a balançar Ib cada vez mais, de um jeito frenético.

–Ib, me prometa… Me prometa NUNCA ir lá. –Disse ela olhando séria para ela. –Eu sou sua irmã, quero que me prometa isso!

–E-Eu…Eu prometo…–Disse Ib com medo de sua irmã.

E expressão de horror de Mary mudou para um sorriso abraçando ela, Ib realmente se sentia mal por isso.

–Agora vai dormir, e amanhã poderemos brincar! E comprar mais pelúcias! –Dizia subindo a escada.

Ib trancou a porta e seguiu logo sua irmã, abriu a porta de seu quarto e entrou e começou a chorar, não sabia nada sobre Mary, seus pais ou até mesmo Garry, o garoto que esteve sempre ali mais ao mesmo tempo nunca esteve. Queria conseguir confiar nele, mas como confiar em alguém que não existe? Deitou-se ainda com o rosto todo cheio de lágrimas e acabou dormindo. Apenas achou que esse foi pior aniversário de 18 anos que tivera.






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