Primeiramente dedico este conto aos primeiros vermes que corroeram meu corpo no solo frio e úmido daquela noite de sexta feira, maldita noite de sexta feira.  Mas após a morte notei que algumas coisas são ridículas na vida e foi isso que notei quando ele levou minha vida.

O mundo é rodeado por lendas urbanas cujo as quais a maioria são um a grande mentira mas algumas delas são tão reais quanto o espelho no qual você se olha todo dia de manhã antes de ir para o colégio ou ir ao trabalho, e o pior de tudo, você não sabe que elas realmente existem.

Era sexta feira a tarde e eu estava voltando da escola após um dia longo e cansativo de aula foi então que me deparei com um pequeno osso jogado no canto da rua, com grande curioso que fui um dia resolvi pegá-lo apenas para conferir se era algo que eu poderia usar para assustar minha irmã mais nova (afinal crianças morrem de medo dessas coisas), foi então que notei algo de errado no mesmo, era uma pintura indígena muito parecida com as de antigos rituais feitos em culto de entidades sobrenaturais, sabia disso pois por extremo acaso era exatamente a matéria que eu havia acabo de estudar em sala de aula. Mesmo sem saber o que significava eu a levei para casa apenas como bijuteria, achei que poderia vender por alguns dólares no eBay (Porque sempre existe um ou dois malucos que adoram comprar essas coisas e dão uma bela quantia) e foi ai que tudo começou o meu azar.

O vento gelado do crepúsculo batia na minha janela e me senti um pouco incomodado embora eu amasse frio, levantei-me da cama e fui fecha-la entretanto a ventania somente piorou e levantou algumas folhas que alguma maneira formaram “Morra”, assustei-me com o que havia presenciado e ao tentar dar um passo para trás acabei escorregando e caindo no  chão. Ao levantar-me achei que tudo não passava de um grande surto de alienação da minha mente, afinal, que tipo de folhas te mandam morrer?  Fui em direção ao banheiro e ao entrar notei que o vidro do espelho estava um pouco embaçado ( O que não fazia sentido afinal minha irmã estava viajando com meus pais e não havia mais ninguém na casa), despi-me e fui em direção ao chuveiro, ao tentar liga-lo notei que não saiam nem sequer gotas de água, imaginei que fosse apenas algum defeito na caixa mas ao ir em direção a porta ouvi um uivo.

Vi suas patas entrando pela porta e em seu olhar a historia de seu povo sendo contada para mim como um filme que passava em poucos segundos, percebi que eu havia rouba algo muito importante para ele e por isso ele havia vindo buscar de volta.  Suas garras levaram minha vida mas seus olhos me mostraram seu mundo e todos os seus demônios.