The Reason - Você é Meu Sentido escrita por Bruna Oliveira


Capítulo 6
Capítulo 6 - PASSADO SOMBRIO E PRESENTE AMARGO




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"Tam tam taram ...."

      A marcha nupcial começava a tocar no jardim que estava todo arrumado para a cerimônia que eu infelizmente estava presenciando.  Eu estava ao lado de meu pai, usando um vestido rosa que a Esme encomendou para mim, apesar de não saber como ela conseguiu minhas medidas.

      Meu pai segurava minha mão fortemente, enquanto caminhávamos pelo caminho repleto de rosas brancas que seguiam até o altar. Eu sinceramente estava me sentindo violada por estar participando desse casamento, mas o que eu podia fazer? Claro que eu não podia faltar no casamento da única pessoa da minha família, não podia faltar ao casamento da pessoa que me ampararia caso eu precisasse.

       Voltei minha atenção ao casamento e a Alice já estava se posicionando ao meu lado e o Edward ao lado de meu pai.  Foi quando todos os convidados se voltaram para a pessoa mais esperada da cerimônia. Respirei fundo, era como se eu estivesse me afogando e seria ultima vez que teria ar nos meus pulmões, controlei o choro que estava entalado em mim desde o momento do café da manhã e finalmente encarei o caminho de rosas que todos encaravam.

       O Emmett estava sorridente ao lado de sua mãe que estava simplesmente radiante. A Esme estava usando um vestido branco simples, porém muito bonito, mas algo estava me perturbando naquela visão. Essa imagem estava simplesmente mexendo com algo em mim que por tanto tempo tentei esquecer, tentei fugir, tentei não reviver, mas parece que meu esforço estava indo por água a baixo nesse exato momento. Essa imagem desenterrou de minha memória uma lembrança que eu daria minha vida para esquecer, mas parece que esta escolheu a pior hora retornar a minha mente.

FLASHBACK ON

        Eu estava correndo pelo corredor do hospital de Forks atrás do meu pai e da maca onde a Renée se encontrava desacordada. Entramos em uma sala e uma média já estava lá preparando alguns aparelhos enquanto meu pai fazia massagem cardíaca na minha mãe.

      - Bella o quê aconteceu? – perguntou meu pai desesperado, enquanto grossas lagrimas encharcavam meu rosto.

      - Eu não sei, ela não conseguiu me dizer dessa vez.– falei desesperada – mas acho que foi álcool por que ... – eu não conseguia falar devido aos fortes soluços que tomavam conta da minha garganta. 

      - O QUÊ? – gritou meu pai desesperado e impaciente.

      - Eu... eu vi uma garrafa ao seu lado, quando a encontrei agonizando no banheiro. – falei desesperada ao me lembrar das últimas palavras que troquei com a mamãe.

       - Quanto tempo faz isso? – perguntou uma médica.

      - Uns vinte e cinco minutos. – falei já sentindo, que não seria muito fácil minha mãe escapar de mais esse surto que ela teve, pois sem duvidas esse foi o pior de todos. 

      - Por quê você não me ligou antes? – perguntou enraivecido – me responda!!! – ele gritou  comigo.

       - Eu tentei, mas você estava muito ocupado pedindo os papéis da separação, NÃO FOI? – gritei de volta.

       Lembrando-me da discussão que presenciei durante o café da manhã, quando minha mãe voltou da casa de reabilitação dizendo já está curada e meu pai se irritou, pois não havia passado nem três semanas que ela teve uma overdose de cocaína. Não havia nem três semanas que mudamos toda nossa rotina a fim de que minha mãe se curasse. Mudamos nossos hábitos simples como ir ao shopping, ou mesmo termos acesso livre a dispensa da casa para que minha mãe não tirasse de lar algo que pudesse servir como entorpecente.

       Durante um longo tempo eu chorava desesperadamente pedindo que a mamãe acordasse, enquanto papai havia tentado de todos os modos atender ao meu pedido. A médica que estava na sala tirou-me de meu desespero particular quando alertou ao meu pai que ele estava fazendo massagem cardíaca na mamãe a mais de uma hora.

       - Bella? – meu pai me chamou hesitante depois de conversar algumas coisas com a médica. Apenas virei meu rosto para encará-lo.

       - Bella... – deu uma pausa macabra e engoliu seco – quando sua mãe bebeu o álcool, ela sofreu algumas reações e dentre elas é que ela não consegue respirar ou fazer seu coração bater sozinha ... – deu mais uma pausa e lagrimas começaram a escorrer dos seus olhos – então quando eu parar de fazer essa massagem se o coração dela não voltar a bater... – ele não terminou a frase. Não era preciso, pois eu já sabia o que aconteceria ela morreria.

       - NÃO!!! – gritei desesperada – não, não papai – eu pedia chorando desesperada – por favor, papai! Por favor continue. – implorei, mas parecia não adiantar muito. Depois de um tempo muito curto, ele voltou a me alertar sobre o que aconteceria.

       - Pronta? – perguntou triste. Não consegui responder sua pergunta então apenas neguei com a cabeça, pois estava em pânico. Mas mesmo assim ele parou a massagem.

      PIIIIII.......

       O som da maquina soou pela sala de emergência do hospital avisando que a minha mãe jamais acordaria. Dando-me conta do que estava acontecendo, meus joelhos cederam levando-me ao chão enquanto eu segurava com força a mão da mamãe, como se aquele gesto fosse mantê-la ao meu lado para sempre.   

FLASHBACK OFF

       Fui tirada de meus devaneios pelos aplausos que meu pai e a Esme recebiam  dos convidados devido ao beijo digno de cinema que eles estavam. Grosas lagrimas começaram a cair de meus olhos sem minha permissão, não me importei muito que as pessoas vissem, apesar de que minhas lagrimas eram por outro motivo. Engoli todo o meu choro, toda minha decepção, toda a minha magoa e dor, não seria um estorvo para ninguém essa noite.

       Fomos todos caminhando em direção ao outro lado do jardim, onde aconteceria a recepção. Assim que chegamos todos os convidados se dirigiram para as mesas que estavam graciosamente posicionadas ao redor da pista de dança. No momento em que todos se acomodaram, os noivos caminharam para a pista de dança e meu pai olhava tão apaixonadamente a Esme, e este ato desencadeou vários pensamentos dolorosos demais para minha mente e torturantes demais para meu coração.

       POR QUE VOCÊ NÃO ERA FELIZ ASSIM QUANDO TÍNHAMOS A MAMÃE? – minha mente gritava enquanto eu assistia meu pai rodopiar a Esme graciosamente pelo salão.

       POR QUÊ  NÓS NÃO SOMOS BOAS O SUFICIENTE PARA TE FAZER NOS AMAR? – meus pensamentos oscilavam entre a dança do casal apaixonado e minha errática e amada mãe.

       Saí daquela mesa e fui a procura de uma bebida para me aliviar um pouco a dor do meu coração, segui tropeçando e esbarrando em algumas pessoas até que avistei o bar ao fundo de algumas mesas. Segui até o bar e pedi ao servente que me desse uma dose dupla de uísque doze anos. Bebi aquele líquido como se fosse água e pedi outra dose.

       Quando já estava na quarta, dose resolvi maneirar e pedi um vinho tinto suave. Peguei a bebida e caminhei em direção a mesa na intenção de sentar e ficar fazendo presença na festa por mais alguns minutos e depois voltaria para meu quarto onde eu encheria a cara e usaria tanta cocaína que seria meio difícil de respirar por muito tempo.  Estava tão perdida nos meus devaneios que não percebi, quando esbarrei em alguém sem querer e joguei todo o vinho que continha em minha taça na pessoa. Suspendi rapidamente o rosto para me desculpar com a pessoa e ajudar-lhe com o que fosse necessário. Mas tive uma surpresa acompanha de um susto que suspendeu minha respiração, quando dei de cara com a Esme com uma expressão de choro no rosto e alternando olhares entre mim e seu vestido branco agora manchado de vermelho.

       - Me desculpe. – pedi me sentindo a pessoa mais desastrada e idiota do mundo.  Foi quando meu pai se aproximou de nós e também todos os filhos de Esme nos rodeando.

       - Ficou maluca garota?! – perguntou Emmett se aproximando de mim, ele estava visivelmente irritado e pensei seriamente que apanharia no meio da festa.  Olhei ao redor e vi que todos os Cullens e meu pai me olhavam irritados, olhei para os convidados e parecia que nenhum deles havia notado o acontecido.

       - Foi sem querer. – falei nervosa tentando me desculpar, mas parece que esta frase surtiu um efeito diferente ao de acalmá-los, pois eles respiraram forte como se estivessem se segurando para não me espaçarem até a morte aqui no meio da festa.  

       Mas parece que nem todos se seguraram, pois meu pai segurou tão forte meu braço que parecia que iria arrancar. Ele saiu me puxando pelo braço em direção a casa e me fazendo tropeçar devido ao salto alto e a força com que ele puxava meu braço. Assim que adentramos a casa os outros também entraram e enquanto Esme, Alice e Emmett seguiam para o quarto Edward assistia meu pai me sacudir freneticamente.

      - O QUE HÁ DE ERRADO COM VOCÊ ISABELLA? – gritou ele enraivecido enquanto ainda me sacudia. Aquilo já estava machucando meu braços além de destroçar meu coração, Carlisle nunca havia me tratado daquele jeito. – POR QUÊ NÃO DEIXOU QUE ESSA NOITE FOSSE PERFEITA PARA MIM? POR QUÊ VOCÊ TINHA QUE SE TORNAR UM PROBLEMA? 

       - Desculpa. – pedi num fio de voz, já segurando as lagrimas que ameaçavam surgir. Apesar de saber que era exatamente isso que eu significava para meu pai todo o resto do mundo, é horrível ouvir a verdade e saber que sua existência só serve para magoar e complicar a vida das outras pessoas. – Desculpa. – pedi novamente sem forças, mas dessa vez estava pedindo desculpas por existir.

       Ele parece ter perdido a paciência com meu pedido de desculpas, pois me jogou no sofá com tanta violência que apesar de ser macio cortou meu lábio. Ele não se contentando me suspendeu pelos cabelos e por um braço e  puxou forte meu cabelo me uma dor insuportável.

       - Aah! – gemi de dor e perdi um pouco a respiração. – Desculpa – pedi novamente num fio de voz, já sentindo as lágrimas escorrerem sem pudor pelo meu rosto.

       E parece que até minhas lágrimas irritaram Carlisle, pois ele não se contentou com tudo que já tinha feito e deu uma sonora tapa no rosto que fez meu rosto formigar e arder além de cortar novamente meu lábio.  Quando ele iria desferir outra tapa em minha face uma mão segurou seu braço forte, desviando a atenção dele de mim.

       - Você vai se arrepender disso depois. – falou Edward apontando para mim. Então meu pai soltou meus cabelos e eu fui direto ao chão.

       Eu estava me preparando para ouvir verdadeiras torturas, quando escuto um lamento abafado de meu pai. Levantei meu rosto para ver se ele estava bem, conferindo se ele não estava tendo um ataque cardíaco, ou algo parecido devido tanto aborrecimento causado pela minha existência, mas fiquei surpreendida com o que vi.

       -O que foi que eu fiz? – perguntou ele desesperado com as mãos no rosto e balançando a cabeça.  Nessa hora meu coração se quebrou de vez, eu era mesmo uma peste, pois consegui estragar o dia que era para ser um dos mais felizes da vida de Esme e Carlisle. Era mesmo um problema, um estorvo e um carma na vida de meu pai. Carlisle veio em minha direção e me levantou pelos ombros do chão e me abraçou apertado e chorou pedindo perdão pelo que ele tinha feito.

       - Bella, me perdoe meu amor. – pediu apertando o abraço e afagando meus cabelos. – me perdoa meu bem, eu não sei o que me deu ... – sua voz falhou e ele soluçou forte. Envolvi meus braços em sua cintura e falei:

       - Está tudo bem pai, não foi nada demais. – falei tentando tranqüilizá-lo. – Olha, a festa está rolando sem os noivos, que tal você ir ver como a Esme está e voltar para lá? – alisei suas costas e me afastei olhando seu rosto e enxugando suas lágrimas. – Está tudo bem, você só estava nervoso, eu entendo, mas agora não é hora para isso então vá atrás de sua esposa e se divirtam na sua festa de casamento. – falei dando um beijo em seu rosto e apontei para a escada na direção em que a Esme estava. – Vai lá! – falei e tentei esboçar um sorriso.

       Ele me deu um beijo no rosto e subiu as escadas atrás de Esme e eu desmoronei no choro assim que não consegui avistar seus pés no topo das escadas. Fui em direção ao lavabo que tinha num corredor perto da sala de jantar, adentrei banheiro e fui até a pia para lavar meu rosto e voltar a encenar e fingir não ter acontecido exatamente nada. Mas o choro era tão forte que mal conseguia me manter em pé e meus joelhos traiçoeiros fraquejaram me levando ao chão, este movimento desastrado fez com que eu batesse o queixo no mármore preto da pia e machucasse novamente a boca.

       Surpreendi-me quando um par de mãos me levantou e me sentou no mármore e enxugavam meu rosto com uma toalha e colocavam meus cabelos para trás num gesto carinhoso que há muito tempo eu não recebia, fazia muito tempo que alguém não cuidava assim de mim. Fechei meus olhos e me deixei levar por esta sensação que só sentia quando tinha a mamãe comigo.

       - Shh... –  Edward colocou o dedo indicador em frente à boca me pedindo silencio, por causa do meu choro que ainda estava descontrolado. – Eles estão descendo para voltar para a festa, se escutarem seu choro, não irão se divertir. – peguei a toalha de sua mão e levei em direção a boca para assim abafar os fortes soluços que eu tinha. Eu queria que meu pai se divertisse pelo menos um pouco na sua festa de casamento.

       Ficamos em silencio absoluto no banheiro por uns segundos no banheiro e escutamos a conversa vinda da sala.

      - Onde está a Bella e o Edward? – perguntou Esme num tom que me pareceu preocupado.

       - Vou ver se os acho, voltem para a festa. – falou Alice. E assim que Edward escutou a frase da irmã, me puxou da pia me ajudando a colocar os pés no chão sem fazer barulho e apagou a luz do banheiro e me levando para a banheira de hidromassagem, entrando nela e comigo junto.   

       Eu não chorava mais, mas ainda tinha soluços fortes que me faziam fazer um barulho altíssimo que nos denunciaria se Alice fosse mesmo louca vir nos procurar num banheiro que aparentava estar vazio. Olhei para Edward interrogativamente devido a sua atitude muito exagerada de entrar na banheira e ainda ficarmos abaixados como dois fugitivos da lei.

       Ele apenas me olhou com medo e me puxou pra seu colo e abafou meu rosto no seu peito, eu realmente estava achando aquilo muito exagerado, mas minha opinião mudou quando vi a luz ascender um som de salto batendo contra piso. Eu senti a sensação do soluço subindo pelo meu estomago e vindo para o peito, Edward percebendo que iria acontecer me segurou mais forte contra seu peito como se quisesse prender o soluço ali. Prendi minha respiração e comprimi meus lábios na tentativa de não deixar que o soluço saísse de mim, olhei para Edward e esse colocou a boca no meu nariz e comprimiu para que o som não escapasse por ali também. O soluço mesmo assim veio e me fez pular um pouco no colo de Edward, porém o som não saiu de mim e relaxamos na banheira quando vimos à luz do cômodo se apagar. Senti vontade de rir daquela situação, era cômico o pavor que ele parecia ter caso a Alice nos encontrasse, não é como se ela fosse nos obrigar a fazer nada que não quiséssemos.  Me afastei dele e me sentei  do outro lado da banheira.

       - Por quê tudo isso? – perguntei curiosa.

       - Pensei que você não quisesse voltar para a festa. – falou num tom calmo como se aquilo fosse óbvio e como ele se importasse com o que eu quero.

       - Não é como se sua irmã fosse me obrigar a voltar para a festa se ela nos achasse. – falei também num tom  calmo.

       - Você não conhece Alice. – ele falou num tom divertido como se estivesse sorrindo. – Ela faria agente voltar lá e ainda fazer um dueto da música "Ain´t No Mountain High Enough" de Marvin Gaye na frente de todos os convidados. – ele tinha uma risada gostosa – E eu estou falando sério. – falou como se estivesse adivinhado meus pensamentos sobre sua irmã não ser tão louca.

       Não respondi, apenas sai da banheira e fui até o interruptor ascender a luz. Assim que acendi a luz, virei para a banheiro e Edward estava agora saindo dela e me encarou como se estivesse preocupado.

       - Estou. – falei me sentindo triste novamente – Hum ... obrigada ... por ter me ajudado. – falei me sentindo um pouco estranha com a situação. Afinal, não estava acostumada a ter esse tipo de relação com as pessoas.

       - Eu não fiz nada de mais. – ele falou dando de ombros, enquanto sentava-se na borda da banheira.

       - Eu vou para meu quarto. – já com a mão na maçaneta, mas fui interrompida pela mão de Edward que estava agora ao meu lado.

       - Espere mais um pouco, a Alice já deve estar terminando de nos procurar lá em cima. – falou me puxando pelas mãos para sentarmos na borda da banheira.

       - Sério, sua irmã não pode ser tão louca a ponto de estar vasculhando a casa a nossa procura. – falei me sentando ao seu lado.

      - É sim, às vezes acho que minha mãe teve Alice num hospício e não em uma maternidade. –  falou com um sorriso torto lindo no rosto. Ele ficou me contando sobre as loucuras de Alice e depois subimos para o segundo andar da casa local onde ficavam os quartos. 

       Assim que chegamos a porta do meu quarto, ficamos nos encarando num silencio que era constrangedor, já que mal nos conhecemos e passamos por um turbilhão de sentimentos tão intensos. Pelo menos é assim que me sinto: como se um caminhão tivesse passado por cima de mim e como a pessoa mais azarada do mundo, eu não morri. Fui tirada de meus pensamentos por um Edward preocupado.

       - Você está bem ? – ele perguntou se aproximando de mim, quase colando seu corpo ao meu.

       - Sim. – menti descaradamente e me afastei dele colocando a mão na maçaneta da porta para abri-la, sabia que quando ele me deixasse sozinha eu seria devastada pelos meus dolorosos  pensamentos. 

       - Tudo bem então, qualquer coisa é só me chamar. – falou num tom protetor se dirigindo para o quarto ao lado do meu.

       - Boa noite! – desejei enquanto ele entrava e fechava a porta do quarto.

       Virei para a porta do meu quarto e a encarei, sabia que quando entrasse por esta porta, eu seria invadida pelas minhas tenebrosas lembranças, sabia que isso me mataria lentamente fazendo meu coração sangrar e ser esmagado pela dor que engolia minha alma e fazia minha vida se torna apenas escuridão.  E a única forma de aplacar essa dor e escuridão que me tomava era usando drogas, o problema é que eu não sabia o quanto de droga eu consumiria até eu não sentisse mais minha própria existência. Dei-me por vencida e adentrei o quarto cabisbaixa, já pensando em como eu agüentaria passar mais uma noite com todas aquelas lembranças que insistiam em me assombrar. 


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Notas finais do capítulo

(N/A: GENTE ESPERO QUE GOSTEM DESSE CAPÍTULO. ME DEIXEMM UM REVIEW.)
BJS ESPECIAIS PARA : DEYSY, MYLOCA, NATFURLAN E ANINHA__CULLEN
EU GOSTO DE REVIEWS, ENTÃO ME FAÇAM FELIZ. *-*