Cap. 5 - adaptação e vingança.

- Rosalie, acalme-se. - a hipnotizei. Ela chorou por meia hora depois que acordou. Edward foi a qualquer lugar longe daqui, pois não queria ouvir os pensamentos de Rosalie. Esme confortava a loira e Carlisle a tentava acalmar. Depois que se acalmou, nós contamos a ela que ela era um vampiro, e tudo o que ela precisava saber. E então ela chorou por mais uma hora.

- eu... Quero... Morrer! - ela gritou e eu tapei meus ouvidos. Ela estava me dando nos nervos.

- eu já mandei você se acalmar! - rosnei, a hipnotizando. Ela ficou tranqüila instantaneamente. Esme me abraçou.

- acalme-se, querida. Ela esta traumatizada com o que aconteceu. Não tem culpa pelo desespero. - ela disse e eu assenti.

- eu quero vingança. - Rosalie rosnou e eu tomei as dores dela.

- assim como eu. - sussurrei e ela sorriu.

- vai me ajudar a matar aqueles que me condenaram? - ela perguntou.

- Royce King e seus amigos são homens mortos, a partir de agora. - falei com um sorriso diabólico.

Isto era muito novo para mim. Ódio, raiva, sentimento de vingança. 15 anos nesta vida, e nunca me senti tão predadora. Tão vampiro. Era uma sensação gostosa, arrebatadora, mas eu sabia que era má. Se eu me permitisse desligar a humanidade, eu perderia tudo o que havia construído.

Mas Royce merecia pelo o que fez a Rosalie. Ele e todos os amigos dele. E eu faria isto por ela. De um jeito estranho, eu já a amava.

- amor... É muito lindo o que você quer fazer por Rosalie, mas não podemos prever se você se controlará. - Edward entrou em casa com ímpeto e me abraçou.

- eu vou me comportar, prometo. - ri marota.

- Bella... - ele me repreendeu.

 - não adianta Edward. Royce vai pagar. - falei convicta e Rose me abraçou.

- obrigada por me ajudar. - ela sussurrou.

- disponha. - devolvi. - já pensou em como faremos?

- já. Vou precisar de um vestido de noiva.

...

E então assim se fez. Rosalie matou um crápula com um tiro, depois eu matei outro quebrando seu pescoço. Continuamos até chegarmos a Royce, que estava sobre proteção policial. Seria fácil da mesma maneira. Rosalie, vestida de noiva, e eu, de madrinha, invadimos o quarto de Royce, já que eu havia hipnotizado os guardas. Rose deu dois tiros em Royce, mas não o matando.

- Rosalie... – ele balbuciou, nos fitou de olhos apavorados, e sua expressão de terror me deu um prazer que eu nunca havia sentindo. Eu podia sentir o gosto da vingança em minha língua. Era como veneno. Tinha gosto de ferro.

- sentiu minha falta, querido? – ela disse e eu sorri. Rose estava se divertindo com sua vingança, isto estava evidente.

Royce devia estar se sentindo em um pesadelo. Um pesadelo do qual ele jamais acordaria.

- meu Deus, me perdoe... – ele sussurrou e Rose rosnou. A atitude de medo de Royce só me deu mais repulsa. Ele era um covarde.

O peguei pelo queixo, com muita força, e o obriguei a olhar em meus olhos.

- corvos. Muitos corvos, pretos e enormes, estão vindo em sua direção. Estão bicando violentamente, perfurando sua pele com o bico. Está sangrando. Está doendo. Doendo muito mais do que você consegue suportar. – o hipnotizei e ele começou a se desesperar. Eu não imaginava que podia criar ilusões na mente das pessoas, mas meu poder mexia com a mente, certo? Então poderia criar estas alucinações na mente de quem eu queria. Bem, isto estava sendo-me de uma utilidade maravilhosa.

Royce se debatia muito – pelo menos o tanto que seu corpo ferido permitia – e gritava alto. De um jeito muito sinistro, talvez até apavorante, eu estava gostando do que estava acontecendo.

- Bella, o que fez com ele? – Rose perguntou-me.

- eu o hipnotizei. Ele realmente pensa que isto está acontecendo. – sussurrei e pisquei. Sua expressão se tornou um pouco apavorada, mas ela sabia que Royce merecia cada segundo do terror que estava passando.

- está me assustando... – ela sussurrou e eu balancei a cabeça. Peguei Royce pelo pescoço, e, novamente, o obriguei a olhar em meus olhos.

- agora você está em um cemitério. Tudo está escuro demais, sombrio demais. Há uma névoa densa, que deixa tudo muito mais assustador. Então surgem assombrações. Reluzentes e fantasmagóricas. São seus amigos, Royce, seus amigos mortos, que merecem exatamente o que foi reservado a eles. Eles estão com raiva, muita raiva de você, pois é tudo sua culpa. Eles estão mortos por sua culpa. Eles se aproximam de você, e puxam seus braços e pernas, dão gritos de horror em seus ouvidos. Eles estão te enlouquecendo... Você está ficando louco. Você não agüenta mais e está completamente louco. – falei e ele começou a se debater feito louco. Gargalhei. Tudo isso era muito pouco para o que ele havia feito com minha irmã.

Depois de alguns minutos de gritos de terror e agonia vindos de Royce, Rose não agüentou a pressão.

- já chega Bella. Você está me assustando. Acabe logo com isto. – ela disse e eu suspirei. Eu estava aqui por ela, afinal. Aproximei-me de Royce e, com um único golpe, quebrei seu pescoço.

Havia sangue. Sangue demais. Muito sangue.

Senti o veneno se acumular em minha boca. Senti o espírito do predador se apossar de mim. Havia sangue fresco sendo derramado, aquela era minha presa. Meu alimento. E eu estava sedenta.

- Bella, não faça isto. Ele é um monstro asqueroso, nojento. Não ponha um sangue como este em seu organismo. - Rose pôs as mãos em meus ombros, fazendo-me rosnar.

Ela queria minha presa. Ela queria meu sangue. Eu não ia permitir que ela fizesse isto.

- saia. De. Perto. Do. Meu. Alimento. - rosnei entre dentes e ela se afastou um pouco, mas ficou no caminho entre mim e o meu sangue. Ela ia tomá-lo de mim.

- Bella, eu não quero roubar nada de você. Este sangue não é meu nem seu. Este sangue é repugnante. De um monstro. É repulsivo. - ela disse e eu rosnei. Olhei para o sangue todo sendo derramado no chão, sendo desperdiçado enquanto Rosalie ficava em meu caminho.

- Bella, vamos embora. - ouvi a voz de anjo me tirar do transe. Edward estava na porta, se controlando para não ser controlado pelo sangue. Meu sangue.

- estou com sede. - sussurrei e deu um passo em direção ao sangue, minha atenção voltada àquela jugular secando. Eu ainda tinha tempo. Rosalie deu um passo em minha frente e eu rosnei.

- não Bella, lembre-se de quem você é. De quem somos. De como fomos criados. Ele é um ser humano. Não bebemos sangue de humanos. - Edward disse cauteloso.

- ele é um monstro. Merece morrer. - rosnei.

- ela já esta morto. - Rosalie segurou em meus ombros.

- Rose, eu preciso entrar... Vamos sair com ela daqui rápido. - Edward murmurou. Foi rápido demais que eu não consegui reagir. Milésimos depois Edward já havia me pego nos braços e me retirado do apartamento junto com Rosalie.

Longe do sangue, eu já havia recobrado a memória e a humanidade.

- eu... Por Deus, me perdoem... - sussurrei e enterrei meu rosto no peito de Edward. Ele afagou meus cabelos e eu comecei a chorar.

- acalme-se, meu amor... Não aconteceu o que mais temíamos, então podemos ficar aliviados com isto. - ele me acalmou.

- mas eu rosnei para vocês! - falei inconformada.

- não tem problema Bella. - Rose disse. - terminamos nossa vingança. Obrigada por me ajudar...

- é isto que os irmãos fazem. Um pelo outro. - segurei suas mãos e a abracei. Ela sorriu largo e eu ri.

- obrigada, minha irmã. - ela sussurrou e nós voltamos para casa.

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