Elesis Em Um Futuro Incompleto escrita por Risadinha


Capítulo 28
Fraquezas: Parte 1


Notas iniciais do capítulo

Olá, tudo bem com todos vocês? Porque comigo não está. Todos já devem saber o motivo, mas para quem não sabe, irei falar: Grand Chase irá se encerrar. É, foi uma notícia difícil pra mim T-T Mas para todo começo, sempre existe seu fim, não é?!
Como essa fic, ela também terá um fim. Eu, Risadinha Hilariante (Ignorem meu sobrenome), irei fazer um final, que a Kog não fez, AQUI, nessa fic! Não vai ser aquilo tudo, mas ´melhor que nada.
Boa Leitura!



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Fechou o punho. Pensava em algum plano para poder escapar de Grandiel. O rapaz estava na frente da única saída que tinha naquele lugar. Sabia que perderia se enfrentasse ele, por isso pensava em como fugir.

– O que você quer, Grandiel? - Pergunta Elesis séria.

– Eu já disse. Quero conversar com minha querida Mari. - Fala o loiro ainda sorrindo.

– O que você quer comigo? - Diz Mari sem expressão.

Grandiel deu alguns passos para frente, em direção a Mari. Porém, a azulada deu alguns passos para trás.

– Você tem algo que me pertence. - Fala o loiro. - Gostaria que me devolvesse.

– Está falando do Martelo de Ernas?

– Exatamente. Agora, me dê ele se não se incomoda. - Esticou a mão para ela.

Mari não respondeu, permaneceu o olhando de forma neutra. Elesis olhou para a mesma, tentando decifrar o que se passava em sua cabeça. Ela não daria o Martelo de Ernas para Grandiel, ou daria? Essa perguntava se passava constantemente na cabeça da ruiva.

– Ok, vamos facilitar as coisas. - Disse Grandiel, em seguida olhando para Elesis. Sorriu de uma forma estranha. - Me dei o poder do Martelo de Ernas e eu jogo você para o seu tempo original.

Elesis ficou surpresa. Ele podia fazer aquilo mesmo? Se sim, tudo isso estaria resolvido. Elesis voltaria para o seu tempo e poderia consertar as coisas.

Mas sua expressão não ficou tão contente com isso. Ela olhava séria para o loiro, de forma desconfiada.

– Está mentindo. - Disse a ruiva. - Não pode fazer isso.

– Tempo original? - Estranhou Mari. A garota olhou confusa para Elesis. - Do que ele está falando?

– É uma longa história, Mari . - Diz Grandiel, depois se dirigindo a Elesis. - E não estou mentindo. Se você lembra, fui eu do passado que te joguei aqui, e isso me faz como o único que pode te tirar daqui. É melhor aceitar, é uma boa proposta, que não vai se repetir outra vez.

Via em sua expressão que ele falava a verdade. Aquele era o único jeito de sair do futuro, o único. Se não aceitasse agora, tudo estaria perdido de qualquer jeito. Mas se aceitasse, estaria abandonando tudo que tinha construído naquele tempo.

Sem escolha, Elesis abaixou o rosto, escondendo sob a franja, e não disse nada. Aquilo era um sim, viu Grandiel sorrindo.

– Elesis! - Gritou Mari ao ver o loiro começa a andar em sua direção.

Vendo que a ruiva não reagia, a azulada se afastou e colocou suas WDW's na sua frente. Mas mesmo assim, Grandiel continuava a avançar.

Sem perceber, Mari foi pega pelo o pulso e puxada para longe de Grandiel, parando somente quando chegou na saída. Elesis largou seu pulso e se colocou em sua frente, assim esticando os braços.

– Como eu disse, você está mentindo. - Diz Elesis séria. - Se me jogar no meu tempo, eu vou mudar o futuro e você nunca vai ter conseguido pegar o poder do Martelo de Ernas. Não tem sentido nisso.

– Por que você acha isso? - Pergunta Grandiel.

– Não importa! - Grita nervosa. - Mesmo que você faça isso, eu não vou abandonar meus amigos. Se eu quero consertar as coisas, vou fazer isso do modo certo.

Grandiel não pareceu se importar pelo o que Elesis disse. O rapaz apenas esticou suas duas mãos, mostrando todos os dedos.

– Vamos brincar. - Diz o rapaz. - 10 segundos. Quando esse tempo acabar, vou atrás de vocês.

Olhou confusa para o loiro.

– Não vamos -- Elesis é interrompida.

– Dez! - Exclamou.

Não tendo muita escolha, as duas passam pela a saída correndo. Porém, a ruiva para quando Grandiel a chama.

– Foi uma péssima decisão sua, Elesis. - Falou Grandiel. - Nove!

Olhou irritada para o mesmo e voltou a correr, acompanhando Mari rapidamente. Mas seus olhos se arregalam ao ver o corredor que passavam cheios de guardas mortos, com as paredes manchadas de sangue como o chão. A cada passo, mais suas botas se manchavam pelo o vermelho.

– Você não é a Elesis que a gente conhece. - Diz Mari.

– Mari, agora não.

– Quem é você?

Apertou os punhos.

– Eu sou a Elesis, mas não desse tempo. - Responde a ruiva enquanto mantinha o olhar reto. - Me desculpe por ter enganado vocês esse tempo todo. Mas eu te peço, não conte a ninguém.

Mari a olhou sem expressão.

– Não vou contar. - Disse a azulada. - Mas se eles descobrirem sem ser por você, ficarão bravos.

– Eu sei. - Falou parecendo um soluço. Ficava triste só em pensar nisso.

Continuaram a correr o máximo que pode, ficando mais longe da sala onde Grandiel estava. Pensavam que já estavam distantes o bastante, mas se enganam ao ouvir o rapaz gritar.

– Pronto estou, aqui vou eu! - Gritou Grandiel.

Elesis fez uma expressão de medo ao perceber que não tinha nenhuma arma consigo, apenas Mari ao seu lado para protegê-la. Precisaria pegar alguma espada se quisesse lutar.

Ouviram passos indo em suas direções. Era Grandiel. E então, ouviram mais passos na direção que elas corriam. Ficaram aliviadas ao verem Sieghart e Lass correm em suas direções.

– Vocês estão bem, ainda bem. - Fala o moreno ainda correndo.

– Continuem correndo! - Gritaram as duas desesperadas, menos Mari que mantinha-se calma.

– Hã?!

Quando foram gritar outra vez, porém pararam quando sentiram Grandiel alcançar o corredor por onde passavam. Olharam para trás e viram o loiro olhando elas e sorrindo. O rapaz esticou uma mão na direção delas, assim uma energia se acumulando nela.

Elesis gelou ao ver aquilo.

– Grandiel? - Sussurrou Sieghart surpreso. Logo parou de correr como Lass.

Em poucos segundos, uma grande energia se acumulava na mão do rapaz. Aquilo era o bastante para disparar, percebeu Elesis.

– Eu falei pra correr! - Grita a ruiva irritada.

Quando se aproximou dos dois, se abaixou e os pegou pela as pernas, erguendo ambos em cada braço. Sieghart olhou surpreso pela a tremenda facilidade que a garota tinha em ergue-lo, já Lass nem reagiu muito aquilo. Talvez o rapaz já tivesse acostumado com essa força da ruiva.

A espadachim ficou com um olhar determinado ao ver uma janela na sua frente. Sabia que estava no segundo andar do lugar, e que seria uma queda feia, mas teve que ignorar isso. Pulou contra a janela, quebrando o vidro ao se chocar contra. Fechou os olhos antes de pular, assim o vidro não cairia em seus olhos, porém os abriu quando não sentiu mais piso sob seus pés. Ali de cima era uma boa vista da cidade, só que a queda dos três não fazia parecer isso.

Fechou os olhos novamente ao ver o solo ir contra ela, ou ao contrário. Apenas sentiu o corpo girando contra o chão e parando dentro de algo que a arranhou por completo. Estava dentro de um arbusto.

Se ergue com bastante dificuldade. Viu Sieghart e Lass caídos no mesmo arbusto, ambos com alguns arranhões em seus rosto. Olhou para frente quando viu Mari pousar no gramado tranquilamente. Após isso, uma grande explosão acontece no andar de cima. Se protegeu com os braços, mas logo os tirando da frente ao barulho acabar.

– Essa foi por pouco. - Menciona Mari.

Olharam para cima e viram um enorme buraco feito por Grandiel. Se tivesse pego neles, estariam mortos. Mas a ruiva dirigiu seu olhar furioso para os dois rapazes, que foram recebidos por tapas da ruiva.

– O que vocês fazem aqui?! - Pergunta nervosa. - Iriam morrer, sabiam?

– Estávamos preocupados. - Diz Lass se protegendo dos tapas. - Vocês estavam demorando!

Parou de bater neles e respirou fundo, ficando calma. Saiu do arbusto, mostrando suas pernas feridas pela a queda, bastante arranhadas. O mesmo fizeram eles, saíram do meio do arbusto.

– Mari, você precisa ir embora da cidade. - Diz Elesis.

– Por quê? - Olha confusa.

– Grandiel está atrás de você, e não de nós. - Explica Sieghart enquanto tirava algumas folhas de seu cabelo. - Se ele te alcançar, voltaremos para a batalha que tivemos contra Astaroth.

– Exatamente. - Confirma a ruiva. - Pedirei para que alguém te levar para fora.

– Eu não vou. - Diz Mari. - Vou ficar e lutar. Tenho o poder para derrotar Grandiel.

– E é esse poder que ele quer.

Os três começam a discutir. Lass não dizia nada, apenas olhava o céu com um olhar confuso. Alguma coisa grande se aproximava, e não era nada bom.

– O que é aquilo? - Perguntou o ninja, chamando a atenção dos três.

Seguiram o olhar do albino, ficando surpresos ao ver aquelas coisas voando pelo o céu. Dragões. Pensaram imediatamente.

– Vamos deixar isso para depois. - Menciona Elesis sem tirar os olhos daquilo. - No momento, precisamos achar o pessoal primeiro.

***

– Zero! - Grita Edel irritada.

A Grand Chase acabou preferindo se separar pela a cidade para tirar os cidadãos dela. Sabiam que aqueles dragões estavam vindo na direção deles, então decidiram tirar todas as pessoas para que elas não se ferissem. Por outro lado, Edel entrou na Guilda novamente à procura de Zero. Quando entrou, viu o rapaz encostado no balcão bebendo alguma bebida, que não fosse com álcool.

Numa situação daquelas, o rapaz bebia como se nada acontecia. Aquilo deixou a Major furiosa.

– O que você pensa que tá fazendo?! - Perguntou ao se aproximar do mesmo.

– Minha cabeça tá doendo. - Diz o rapaz com uma tremenda calma. - Precisava de silêncio.

Em um rápido movimento, Edel tira o copo da mão do Andarilho. Zero olhou confuso.

– Sabia que tem milhares de dragões vindo para cidade e Grandark sumiu? - Dizia Edel colocando o copo de lado. - Ele disse alguma coisa sobre a Eclipse e saiu correndo, enquanto você fica aí bebendo.

– Dragões? - Não pareceu tão surpreso. - Bem que eu senti algo se aproximando. E sobre Grandark, eu também senti a presença dela. Parece que ela está na cidade.

– Você não deveria atrás?

– É uma armadilha. - Falou calmo. - Grandiel está planejando tudo isso.

A Major olhou confusa.

– O que você quer dizer com isso?

– Ele não reviveu os mortos apenas para ter um bom exercito. Não é estranho ele ter trazido Duel, meu rival, e Adel, seu irmão, de volta? - Olhou para ela. - Grandiel sabe que minha fraqueza é ficar sem a Grandark, então ele trouxe Duel de volta, o que fez ele ir atrás dele e me deixar sem nenhuma arma em mãos.

Edel encostou as costas no balcão e colocou a mão sob o queixo.

– Mas Adel não é minha fraqueza. - Disse séria.

– Mas é o motivo de você ter saído da Grand Chase.

Era verdade. Elesis tinha matado Adel pois Edel não conseguiu fazer isso. Teve raiva dela por anos, fazendo ela se separar deles.

– Então será que terá mais pessoas mortas de volta? - Se questiona Edel.

– Provavelmente. Grandiel é esperto, ele atacará nas fraquezas de todos.

– Todos? - Estranhava isso. Tinha alguns da Grand Chase que não parecia ter fraquezas algumas.

Zero levanta da cadeira e vai em direção à porta.

– Todos estão separados, certo? - Pergunta Zero. A Major confirma. - Então faremos o mesmo. Irei atrás da Grandark e deter Duel, enquanto você irá atrás do Adel?

– Por que eu?

Pegou o seu casaco que estava sobre o balcão e o vestiu, logo olhando para a Major.

– Você é a única que conhece ele e pode detê-lo. - Respondeu o Andarilho.

Assentiu e seguiu o rapaz até o lado de fora. Olhou para o céu e viu a coloração alaranjada da tarde. Logo ficaria de noite.

Edel olhou para um lado e Zero para outro. Iriam pegar caminhos separados.

– Boa sorte. - Disse a Major.

– Pra você também.

Deram as costas e começaram a andar. Mas Edel parou quando ouviu Zero a chamar. Se virou e viu o rapaz se aproximar.

– Obrigado por ter sido minha amiga. - Diz Zero. - Nunca pensei que gostaria tanto de uma pessoa como você.

– Nunca pensei também que seria sua amiga. - Sorri. - Bem, mas acho que nos vemos depois.

Zero concorda.

Edel ficou com um pouco de medo quando o rapaz esticou a mão até ela. Pousou sobre a cabeça da Major, logo sorrindo em seguida.

– Não morra. - Fala Zero.

– Não vou. - Sorri de forma desafiadora. - Você também não, ok?

Tirou a mão da cabeça de Edel.

– Eu prometo. - Disse o Andarilho se afastando.

Deram o último olhar de despedida e voltaram a seguir seus caminhos, sem olhar para trás dessa vez.

***

– Nos separar? - Perguntou Sieghart indignado.

Confirma Elesis.

O grupo tinha se afastado do castelo, agora andavam aleatoriamente. A ruiva parou e teve uma ideia, que tinha percebido fazia um tempo. Sugeriu que seria melhor se separassem para poder tirar as pessoas da cidade, já que era o principal plano de Grandiel destruí-la.

– Não vamos conseguir fazer muita coisa se continuarmos unidos. - Diz Elesis. - E sabemos que aquelas coisas que tão vindo para cá não vão facilitar para gente. Precisamos nos separar, pelo menos por um tempo.

– Isso é loucura. - Fala Lass.

– Nem tanto. - Menciona Mari. - Será mais efetivo se lutarmos sozinhos. Depois nos juntaremos para deter Grandiel.

– Mari, até você. - Suspira Sieghart.

– Por favor, confiem em mim! - Exclama Elesis. - Quando tudo isso acabar, iremos juntos derrotar Grandiel. Mas no momento, temos que derrotar as criaturas que vão vim para a cidade. Compreenda isso!

Sieghart cruzou os braços e olhou para a ruiva. Deu de ombros.

– Então qual é o seu plano? - Perguntou ele.

– Como seria arriscado Mari ir sozinha, quero que você vá com ela, Sieg. - Explicava Elesis.

– Posso me defender sozinha. - Diz Mari. - Não preciso de companhia.

– Sei que pode. - Suspira a ruiva. - Mas como vocês dois estão com a imortalidade compartilhada, achei que seriam fortes juntos.

A azulada olha pensativa.

– Entendo. - Diz Mari.

– E o que nós faremos enquanto isso? - Pergunta Lass.

– Nós? - Repete Elesis. - Bem, você irá ajudar os outros enquanto vou para outra direção. Iremos nos separar.

– Nem pensar. - Diz Lass sério. - Irei com você. Não vai conseguir dar conta sozinha.

– Não, não vai. - Falou séria. - Sou forte e posso dar conta sozinha. Nada vai acontecer.

– Eu vou com você. - Persistiu Lass.

Elesis fechou os olhos, tentando se manter calma. Odiava quando alguém persistia em algo que ela não gostava.

– Vão indo na frente. - Diz para Sieghart e Mari.

Os dois concordaram, porém Mari se aproximou de Elesis em vez de seguir o moreno. A olhou séria.

– Sabe que se algo acontecer com você, o futuro estará em perigo. - Menciona Mari em voz baixa, para que apenas a ruiva escutasse.

– Eu sei. - Diz em um tom triste.

– Não nesse sentido.

Sabia do que Mari estava falando. Abaixou o rosto e concordou.

– Eu sei. - Disse no mesmo tom.

– Tome cuidado. - Falou antes de se virar e seguir Sieghart para longe.

Após não ouvir mais os passos deles, voltou a levantar o rosto e encarar Lass.

– Quero que você confie em mim. - Fala Elesis. - Eu confio em você para chutar a bunda daquelas coisas que estão vindo para cá, então confie em mim da mesma forma!

Olhou sério para ela. Soltou um longo suspiro.

– Tenho medo que algo aconteça com você. - Fala o ninja. - Grandiel pode estar atrás da Mari, mas ele pode fazer alguma coisa com você, líder da Grand Chase, só para provocar.

– E eu estou falando para nos separarmos como uma ordem vindo da líder. - Colocou as mãos na cintura. - Então faça.

A olhou com a expressão neutra.

– Ok, irei ajudar os outros. - Passou a mão atrás da nuca. - Mas antes, prometa que não vai morrer? - Olha sério.

– Não vou morrer.

– Promete.

Revirou os olhos. Não acreditava que estava fazendo aquilo.

– Eu prometo. - Fingi um sorriso.

Ficou satisfeito por isso, mas não demonstrou. Esticou a mão até Elesis, assim tirando uma folha que estava presa no cabelo da ruiva. A mesma estava com vários arranhões no rosto e com a roupa suja, tudo pela a queda no arbusto. Precisaria de alguns curativos e um banho depois de tudo aquilo.

– A gente se ver depois. - Disse Lass largando a folha.

Começou a seguir um caminho sem ao menos se despedir. Elesis suspirou aliviada e seguiu por outro caminho, enquanto corria na direção do castelo. Pretendia encontrar Grandiel, que com certeza estava lá. Precisava falar com ele, e não enfrenta-lo.

Precisava de alguma forma voltar para o passado, e Grandiel era o único que podia fazer isso. Mas como?

***

Andava pelas as longas ruas à procura de pessoas. Todo mundo daquela rua já tinham ido embora, o que era bom. No momento, estava um tremendo silêncio, apenas seus pequenos passos eram ouvidos.

Suspirou aliviada.

– Acho que meu trabalho já acabou aqui. - Menciona Lin.

Sorriu satisfeita e colocou as mãos na cintura. Pensava em se juntar ao grupo o mais rápido o possível, porém algo a chama atenção. Sentia algo estranho se aproxima, mas ela não via. Olhou para um lado e para outro, procurando isso.

Correntes se mexendo. Suas orelhas deram um pequeno movimento ao ouvir isso. Por instinto, avançou para frente, se esquivando de uma corrente que quase a acerta. Rolou pelo o chão e se levantou rapidamente, equipando seu leque em mãos.

Olhou atenta para a poeira que se abaixava na sua frente. Quando viu a pessoa, arregalou os olhos surpresa.

– Olá, Lin. - Disse Holy.

A paladina olhava sem expressão, com os olhos sem brilho ou vida alguma. Seus longos cabelos verdes batiam em seus pés sujos. Olhando desse jeito, nem parecia a Holy que todos conheciam anos atrás. Mas o que mais chamou a atenção foi as correntes presas em suas braços, os machucando desse jeito. Aquilo era sua nova arma.

– Holy. - Falou Lin preocupada. - O que aconteceu com você? Por que está do lado do Grandiel e não do nosso?

– Sinto que meu lugar não é mais na Grand Chase. - Até mesmo o seu tom de voz era sem emoção, frio e fraco. - Além do mais, todos correm risco ficando perto de mim. Não quero isso para as pessoas que eu gosto.

– Mas está do lado do Grandiel! Irá machucar as pessoas de qualquer jeito!

– Mas é algo que eu não posso evitar. - Olhou para as próprias mãos. - Tem uma coisa dentro de mim e eu não consigo evitar.

– Posso te ajuda! Sabe disso.

Holy negou, jogando sua longa franja de um lado e para outro.

– Não tem o que se fazer. Me desculpe.

Abaixou o rosto, fechando seus olhos antes. Quando levantou o rosto novamente, mostrou seus olhos avermelhados. Outra pessoa estava no comando.

Abriu um largo sorriso sádico para Lin.

– Há quanto tempo, Lin. - Falou Holy. - É tão bom revê-la novamente.

A morena fechou a expressão ao saber de quem era. A mesma criatura que possuiu seu corpo por anos.

– Saia do corpo da minha amiga. - Dizia Lin. - Ou vou forçar a sair.

Riu em resposta.

– Não tenho medo de você, Lin. Muito pelo o contrário.

Trincou os dentes. Ignorou se pudesse machucar Holy ou não, começou a atacar a criatura. Abanou seu leque rapidamente, jogando fortes rajadas de vento que rachava o chão ao ser atingidos.

Holy se esquivou facilmente dos ataques, desse jeito avançando contra Lin. Levantou sua corrente e jogou contra a morena. Pensou que iria acerta-la, porém Lin colocou seu leque na frente e se defender do ataque, porém deixando a corrente presa à sua arma.

– Eu vou salvar minha amiga. - Dizia a sacerdotisa. - E vou matar você!

***

Como o caso de Lin, Ronan também tinha terminado de tirar as pessoas da cidade. Sabia que logo iria escurecer, que seria bem na chegada dos dragões. Preferiu até lá junta suas forças para derrota-los, já que o mesmo possuía um.

– Cadê a Elesis para dar os comandos? - Se pergunta.

Continuou a andar. Talvez achasse algum membro para poder ajudar. Mas seus passos são parados quando ouve alguém o chamar. Se virou e não ficou muito surpreso.

– Mestre Ronan. - Disse Harper.

– Harper, por onde você esteve? - Perguntou o azulado preocupado. - Tem estado sumido por algumas semanas. Pensei que tinha morrido.

O rapaz não disse nada, apenas abaixou seu olhar.

– Já sabe o que está acontecendo, certo? - Perguntou outra vez.

– Sim. - Falou sem olha-lo.

– Que bom. - Deu as costas para Harper e apontou para o céu. - Aquelas coisas logo chegarão aqui. Então eu preciso que você venha comigo derrota-los. Junto seremos mais rápidos, entendeu?

Não ouviu resposta, assim olhando para trás. Harper o fitava sem expressão.

– Entendeu? - Repetiu.

– Entendi. - Confirmou.

– Que bom. - Sorriu confiante. Começou a andar na direção das criaturas. - Antes, temos que impedir que eles entrem na cidade. Ficaremos o mais perto deles o possível. Agora, vamos rápido!

Harper continua sem expressão. O seguiu em pequenos passos silenciosos. Ronan parou em um determinado momento, e começou a falar algo. Talvez fosse o plano para derrotar os dragões. Harper nem ligava para o que ele dizia, continuou os pequenos passos até ficar atrás do azulada, numa distância suficiente para toca-lo com sua mão.

– Acho que se chamarmos o Lupus, ele vai saber como matar os dragões rapidamente. - Menciona Ronan pensativo.

Harper colocou a mão em seu cinto, assim tirando sua espada dele. Ergueu a lâmina lentamente, sem fazer barulho algum. Agora era só descê-la o mais rápido na cabeça de Ronan mata-lo.

– O que você acha, Harper? - Disse Ronan. Não ouviu resposta. - Você tá me ouvindo?

Quando foi virar o rosto para o lado, nem viu a lâmina descer em sua direção. Apenas se via o sangue jorrando para o lado e a lâmina se sujando pelo o vermelho. O rosto de Harper, se sujou pelo o sangue que espirrou em sua bochecha.

***

Suspirou cansada após aquele trabalho, mesmo tendo ajuda para ter feito. Arme estava acompanha por Lire e Ryan, que tinham se encontrado durante o caminho. Eles ajudaram a maga no trabalho, que logo foi finalizado. Agora os três andavam aleatoriamente, estranhando o silêncio da cidade. No entanto, foram surpreendidos com o aparecimento de Lothos. O trio não ficaram em choque pela a presença repentina da Comandante, pelo contrário, já sabiam que ela estava de volta, como Elesis tinha dito.

Lothos não parecia demonstrar emoções, nem mesmo em sua voz. Alguns momentos ela dizia algo, porém outra se mantinha em silêncio. Era como se seu corpo tivesse revivido, porém seu espírito não tinha retornado por completo. E mesmo assim, os três tinha receio de atacarem com força total.

– Ryan. - Chamou alguém.

O elfo parou de lutar no mesmo instante, deixando as duas continuarem a batalha, e olhou para trás. Seus olhos se arregalaram ao ver aquela moça de cabelos alaranjados, como o seu, preso e usando uma simples roupa. Seus olhos verdes eram os mesmo de Ryan, até mesmo suas orelhas pontudas. Sentiu ficar paralisado ao vê-la.

– Lian. - Falou o nome de sua irmã.

Aquela jovem moça era a irmã mais velha de Ryan, mesmo não parecendo. Lian quando na infância de Ryan, era uma garota que vivia doente facilmente. O elfo sempre fez de tudo para deixa-la bem, porém a doença sempre voltava e Lian tinha que voltar para a cama. Até que houve um momento em que sua irmã não aguentou mais resistir, assim morrendo e deixando Ryan para trás. Aquele foi um momento muito difícil na vida do rapaz.

Mas agora ela estava na sua frente, viva e sem doença alguma. Aquilo fez um sorriso se abrir no rosto do elfo.

– Você está viva. - Dizia bobo. - Lian, eu senti tanto sua falta!

Lire percebeu que aquilo era uma cilada, como Lothos e Adel. Lothos não conseguia se segurar, apenas atacava eles, então o mesmo aconteceria com Ryan.

– Ryan, não! - Gritou a loira.

Era tarde demais, o elfo andava na direção de sua irmã. Lire gritava por seu nome e ao mesmo tempo desviava dos ataques de Lothos. Estava ficando difícil de ficar fazendo isso, portanto, pediu à Arme para que ela continuasse a impedir Lothos por um tempo. Ela confirmou.

– Ryan! - Gritava Lire ainda parada no lugar. Mantinha sua atenção no elfa e em Lothos. - Ryan, não faça isso!

O rapaz estava se aproximando de sua irmã. Lire viu que não adiantaria chama-lo, então foi atrás dele.

Ryan se aproximou de sua irmã e a abraçou. Lian abriu um pequeno sorriso, em seguida o abraçando também. Nunca ficou tão feliz em ter sua irmã bem em seus braços. Mas o elfo nem sabia que a mão de Lian, em suas costas, começava a virar uma raiz verde, que seria perfeita para perfurar suas costas naquele momento.

– Ryan! - Gritou Lire mais alto ao ver aquilo.

Conseguiu chegar a tempo para puxar Ryan para longe e recuar ao mesmo tempo. A mão de Lian rapidamente voltou ao normal. Lire se posicionou na frente do elfo caído no chão. Apontou uma flecha na direção de Lian, que permaneceu no lugar.

Enquanto isso, Arme desviou de mais um ataque de Lothos. Sabia que aquela luta não levaria a lugar algum, então teria que se livra de Lothos imediatamente. Esperou que a loira avançasse contra ela, assim desviando e formando um portal onde estava anteriormente. A Comandante caiu direitinha, sendo jogada para outro lugar distante da cidade. Respirou ofegante e voltou seu olhar para Lire e Ryan.

– Lire, o que você tá fazendo? - Perguntou Ryan.

– Ela ia te matar. - Avisou a elfa séria. - É uma cilada, Ryan. Como a Lothos e o Adel são.

Não acreditava no que ouvia. Sua irmã nunca o mataria, não mesmo.

De repente, Lian avança contra os dois. Lire foi rápida e mirou sua flecha na direção dela. A puxou, preparando para disparar. Lian era veloz, quase nem dava para se ver, mas Lire sim. Sua visão era perfeita para todos os disparos, principalmente aqueles que ela ficava séria, que era nesse caso.

– No dia em que eu errar um disparo, será o dia em que eu morrerei. - Pensou a elfa.

Desde que foi designada para a Grand Chase, Lothos acreditou nela e em sua mira.

Era a melhor arqueira de todas e todos. Era forte, simpática, bonita e confiável. Foi assim que Lire fez todos da Grand Chase gostarem dela. Nunca pensou que teria amigas tão confiáveis quanto Elesis e Arme. Nunca achou que teria uma família tão grande como a Grand Chase.

Quando a Grand Chase foi feita, no começo, achava que nada daria certo entre Elesis e Arme, que sempre viviam brigando. Sempre teve que se intrometer no meio delas, milhares de vezes. Mas o que a elfa nunca soube é que, se não fosse por ela, Elesis e Arme nunca teriam sido uma boa equipe.

Se não fosse pela a Grand Chase, ela não seria nada além de mais uma elfa loira que usa uma arco como arma. Grand Chase é sua família, seus amigos, seu lar... Não deixaria alguém que tanto ama morrer diante de seus olhos. Não mesmo!

Soltou o ar pela a boca e disparou a flecha. Foi uma trajetória perfeita em direção a Lian. Teria sido morta de primeira se ela não tivesse desviado mais rápido que a flecha. Lire arregalou os olhos, preparando outra flecha para disparar. Mas teve nem tempo de mirar novamente, na verdade, não miraria nunca mais.

Seu peito foi atravessado pelo o braço de Lian. Ficou sem reação quando viu o sangue jorrar para fora. Seu corpo ficou dormente rapidamente, assim largando seu arco lentamente. Tentou dizer algo mas apenas um pequeno chiado saiu de sua garganta. Seus olhos se molharam, deixando finas lágrimas caírem deles. Tinha falhado. Tinha falhado consigo. Com seus amigos.

Essa era sua punição.

Tanto Arme quanto Ryan ficaram pálidos ao ver aquilo. Não acreditavam no que viam. Era uma ilusão ou um sonho, pensavam. Não podia ser.

Arme soltou um longo grito agudo. Não conseguiu segurar as lágrimas de escorrerem de seus olhos. Mas conseguiu evitar os grito ao colocar ambas as mãos na boca. Sentia seu corpo desabar a qualquer instante, porém teve que se manter de pé.

– Lire... - Falou Ryan com a voz rouca.

Lian puxou sua mão de volta, deixando um enorme buraco onde atingiu a elfa. Lentamente, o corpo de Lire caiu para trás. Ryan se levantou rapidamente e segurou seu corpo com ambas as mãos, mas caindo para trás quando a pega.

Lian ia preparar outro ataque mas é atingida antes por algo, que a fez se afastar enquanto rolava pelo o chão. Arme tinha a acertado com uma das suas magias. Mas antes que ela voltasse se aproximar deles, a maga criou uma enorme barreira de gelo, impedindo que ela chegasse perto.

– Lire! - Gritou Arme ao se aproximar.

Se ajoelhou ao lado da loira. Ryan continuava a segurá-la e olhar triste para a mesma. Lire estava com os olhos entre abertos e sua respiração estava muito fraca. Arme tentou cura-la com uma das suas magias, mas acabou nem tendo efeito.

– Lire, não morra! - Pedia Ryan entre soluços. - Você vai ficar bem, ok?

A loira levantou seu olhar até Ryan. Ele sorriu, mas ela não. Não tinha forças nem para dizer uma palavra ou mexer algum músculo.

– Lembra de quando você falou que íamos ter filhos e viver em uma grande casa? - Dizia Ryan forçando um sorriso. - Você lembra, né? Também disse que encontraríamos um animal de estimação para fazer companhia para o Texugo. E que ia me ensinar a cozinhar como você cozinha. E que... E que... - Lágrimas também começam a escorrer de seus olhos, caindo no rosto pálido de Lire.

A loira olhava em silêncio, sem conseguir dizer nada. Nenhum sorriso ou expressão, nada em seu rosto que costumava alegrar todos que viam. Os brilhos de seus olhos sumiam lentamente, até ficarem opacos e sem cor alguma.

– Obrigada... - Falou Lire com a voz baixa e rouca.

Foi tudo que conseguiu dizer. Queria poder ter dito tudo, como: Obrigada por tudo. Mas não conseguiu. Sua respiração parou como a magia que saia das mãos de Arme.

Seus olhos continuaram entre abertos, o incomodou ambos. Arme lentamente esticou a mão e fechou os olhos de sua amiga. Foi tão difícil em tocar na sua pele gelada e sem cor. Foi tão difícil olha-la daquele jeito.

– De nada. - Murmurou Ryan ao abraçar o corpo da elfa. Escondeu sua face choroso no ombro de Lire.

***

Continuou a andar em direção a aquela salão, mesmo passando por todo o corredor sujo de sangue e corpos mortos para cada canto. Se manteve forte diante do cheiro daquele lugar, que chegava a ser insuportável. Sentia-se andando por um esgoto e um cemitério ao mesmo tempo. Como não tinha vomitado ainda?

Abriu os dois portões na sua frente e viu o salão onde o rei ficava. Viu Grandiel sentado no trono que Ronan sentava antes. O loiro olhou para ela e sorriu.

– Sabia que viria até mim. - Mencionou Grandiel. - Mudou de ideia sobre a proposta? Ainda está de pé.

– Vim dar alguns avisos para você. - Parou alguns metros de distância do rapaz. - Então é melhor ouviu com bastante atenção. - Falava com um olhar frio.

– Estou ouvindo. - Cruzou as pernas e olhou atento para a ruiva.

– Pode me machucar e me matar, mas não irei te perdoar nunca se tocar um dedo na minha equipe. Já saquei o seu jogo de reviver os mortos. - Deu uma pequena pausa. - Isso não funcionará comigo, saiba disso.

– Oh, é mesmo? - Fingi olhar surpreso. - Mas deixa-me te contar algo. - Aponta para Elesis com um sorriso estranho. - Você não deve ter percebido ainda, mas se você é a Elesis do passado, onde estaria a Elesis desse tempo? Já parou para pensar?

A expressão séria da ruiva se amenizar quando ouvi isso. Não tinha nem sequer pensado nisso. Não tinha como ela estar no corpo da Elesis desse tempo, e sim encontra-la. Mas parando para pensar, onde ela estaria? Não a viu em nenhum lugar desde que chegou.

– Está dizendo que eu não sou a Elesis desse tempo, e sim eu mesma só que em um corpo mais velho. - Coloca a mão no peito e fica assustada. - Então onde estar a Elesis desse tempo? - Olha para ele tensa. - Onde ela estar, Grandiel?! - Gritou irritada.

– Enfim caiu a ficha. - Diz aliviado. Se levantou do trono e deu alguns passos adiante, porém parando. - Quer saber mesmo? Acho que você não gostaria.

– O que você fez com ela? - Olha séria.

Grandiel juntou as mãos e fez uma cara de misteriosa.

– Duas matérias não cabem no mesmo lugar, não acha? Seria muito estranho ter duas Elesis. - Riu rapidamente. - Então eu... Matei a Elesis desse tempo e dei espaço para você! Esperto, não?

Ficou sem reação. A Elesis daquele tempo estava morta, e a ruiva estava a substituindo. Ninguém sabia daquilo, pelo visto. Ninguém tinha desconfiado, pois Elesis estava em seu lugar.

– Quando ela morreu? - Perguntou Elesis ainda surpresa.

– Hum. - Coloca a mão no queixo e fica pensativo. - Na viagem que ela fez para visitar o pai dela, que foi antes de você aparecer.

Agora entendia o porquê de todos falarem que ela havia tendo estado estranho depois que voltou da viagem. Aquilo a deixava triste, culpada e muito mais. A Elesis daquele tempo tinha morrido por causa dela.

– Então deixa-me adivinhar? - Falou a espadachim abrindo um sorriso tenebroso. - Vai reviver ela e mandar me matar? Que coisa clichê.

– Claro que não! - Jogou os braços para o lado. - Seria muito chato ver duas Elesis duelando para ver quem vai ficar viva, sendo que se a Elesis do passado morre, a do futuro vai junto. - Riu outra vez. - Minha festa ia acabar muito rápido. Então eu preferi te atingir pelo o que você mais gosta.

– E o que seria? - Perguntou com medo.

Grandiel sorriu.

– Se eu contar vai estragar a surpresa, não é? Então eu prefiro que você descubra sozinha. - Voltou a se sentar no trono e cruzar as pernas de forma preguiçosa. - Melhor, quero que você lute sozinha para descobrir. Quando matar tudo que tinha para matar, venha até mim e eu direi algumas coisinhas para você.

– Grandiel, eu juro que acabarei com a sua raça se fizer algo com os meus amigos. - Previa Elesis.

– Relaxa. - Falou calmo. - Não será eu que tocarei nos seus amigos. E eu acho melhor você ir atrás de seus amiguinhos antes que algo aconteça.

Fechou o punho irritada. Começou a dar pesados passos na direção do loiro.

– Até lá, Elesis. - Disse Grandiel.

O rapaz levantou uma das mãos e estalou os dedos. Um portal se abriu na frente de Elesis e a puxou para dentro, fazendo a garota sumir diante de seus olhos, como mágica.

***

Caiu de quatro no chão, ralando seus joelhos desse jeito. Demorou um pouco para se erguer novamente. Tirou o cabelo da frente de seus olhos e foi se levantando aos poucos. Olhou em volta e percebeu que estava em uma rua qualquer na cidade. Grandiel tinha a jogado para fora do castelo.

– Elesis. - Ouviu alguém chama-la.

Olhou para trás, de onde vinha a voz, e arregalou os olhos no mesmo instante. Aquela pessoa diante dela era conhecida. Amigo. Familiar. Seu pai. Elscud.

Virou o corpo por completo com a expressão de surpresa. Não acreditava que sei pai estava alguns metros de distância dela. Não acreditava!

– Pai. - Disse ainda em choque.

Grandiel tinha o revivido, óbvio. Elscud não tinha nenhum arranhão ou machucado, parecia que nem foi um guerreiro antigamente. Mas algo negava isso, e era sua espada que segurava. Ele olhava sem expressão para Elesis, como se ela não fosse nada para ele.

– Pai. - Falou Elesis em um tom choroso. Sabia o que teria que fazer com ele.

Elscud continuou sem expressão. Segurou firme a espada que segurava e deu alguns passos na direção de Elesis.

Aquilo era jogo sujo, pensava Elesis. Um jogo ela não conseguiria vencer. Morrer ou matar? Cruel decisão que tomaria agora.

– Filha. - Foi a única coisa que Elscud falou antes de avançar contra ela.


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Notas finais do capítulo

Review?
* Então, que comecem as tretas! E vai ter mais gente para reviver, é claro!