Naquela noite depois que todos foram pra suas devidas casas, entrei tomei um banho relaxante, e quando me deitei na cama reparei o quanto eu estava cansada. Me lembrei do meu longo e cansativo dia, o Lucas ficou tão fofo dizendo tudo aquilo, não, pera. Eu não estou apaixonada por ele depois de seis anos estou? Não, para de pensar besteira Carol. E com esses pensamentos estúpidos adormeci.

Acordei no dia seguinte por increvel que pareça animada para ir á escola.

Tomei um banho rapido, fiz minha higiene matinal e me vesti (http://www.polyvore.com/fic/set?id=84191250). Quando desci pra tomar café, mamãe e Bruno estavam conversando, e algo me intrigou nessa conversa:

-Você não vai deixar ela voltar... não é? – perguntou mamãe.

-Eu não sei, a Carol não iria gostar nada disso, e sou muito apegado a ela, mas foi tanto tempo, acha que não sinto falta?

-Ela só te fez mal, e você sabe disso Bruno!

Entrei na cozinha, eu já fazia uma ideia sobre o que eles estavam falando, vocês não? Ok, eu explico, só pode ser a Jararaca querendo voltar com o Bruno, mas eu não vou deixar, se ela voltar, ela vai se arrepender de ter o feito.

-Bom dia mãe, - olhei pro Bruno – bom dia corno manso. – sorri ironica. Ele olhou pra mamãe em busca de apoio – nem tente defender ele dona Claudia. – ela levanta as mãos em forma de rendição.

-Carol, não é certeza, ela só me ligou e... –cortei-o.

- Isso não me diz respeito, a vida é sua Bruno, e se você quiser ser corno manso pro resto da vida, o problema é seu, boa sorte. To indo pra escola, tchau. –sorri cinicamente.

Peguei uma maça, me encaminhei pra fora de casa, e dei de cara com Lucas encostado em um camaro preto.

-Uau, o que é isso? –ele riu e me abraçou assim que fechei o portão, retribui, e sorri.

-Presentinho de aniversário adiantado que papis me deu. – respondeu assim que me soltou. Sorri.

-Então bora.

Entramos no carro, e no caminho ficamos cantando as musicas da radio. Quando chegamos, tinha muita gente olhando pro carrão, claro né, é um camaro cara. Ele estacionou, descemos. Olhei pra escola, e dei um longo suspiro acompanhada de Lucas.

Avistei Ana no portão e fui cumprimenta-la, no meio do caminho olhei pra tras e Kate já estava no pé de Lucas, ignorei.

-Bom dia flor do dia. – sorri pra Ana.

-Eca, flores! –ela fez uma careta e ri.

-Que sala a gente caiu? –perguntei anciosa, eu tinha que cair na sala dela e do Lu!

- Eu e você caimos no terceiro B, infelizmente com a Kate, e Lu caiu no A.

-Droga! Porque separaram a gente? – perguntei irritada.

-Quer mesmo que eu responda? – perguntou ela de sobrancelha arqueada. Ri.

Pois é, não que nós tres não estudassemos, mas eramos meio que o trio parada dura, sei lá, não sei por que, mas ano passado a gente só fazia conversar, e rir tipo... Muito alto!

Ela riu também, e Lu se aproximou.

-E ai baixinhas? Qual a graça de hoje?

-Relembrando o ano passado, e a propósito, você caiu no terceiro A e a gente no terceiro B. – disse.

-Pelo menos as salas são em frente, na troca de professores da pra gente se ver.

Assenti, não tinha pensado por esse lado. Percebi alguém se aproximando, era Kate novamente (http://www.polyvore.com/cgi/set?id=84464392&.locale=pt-br).

Kate (http://images2.wikia.nocookie.net/__cb20100626051952/glee/images/4/4f/Dianna-Agron-dianna-agron-8731364-1937-2560.jpg) era... como posso explicar, sabe aquelas patricinhas de filme adolescente americano? Essa mesma. A lider de torcida mais... vadia que tu possa imaginar, que tem a voz bem enjoada. E por que ela vive atras do Lu? O Lu apesar de ser bem simples, ele é bonito, e também é do “grupinho” dos populares, jogadores no time de basquete da escola e tals, que estranham ele andar comigo e com a Ana, que somos... Diferentes das garotas convencionais, digamos assim.

- Oi... “Meninas”. –disse ela pra mim e para Ana fazendo aspas com as mãos.

- Oi vadia... ops, Kate. –sorri cinica, e Ana me acompanhou, o sinal tocou – vamos Ana, Lu a gente se vê na troca de professores tchau.

Vi que ele tentava segurar a risada, e assentiu com a cabeça. Entramos na sala, e uma hipotese que eu já tinha tomado na noite anterior, se tornou realidade, é claro que ele estaria estudando ali na escola, mas tinha que ser na minha classe?!

Ele sorriu pra mim, revirei os olhos. Ana me cutucou e sussurrou:

-Conhece?

-Conheço, ele é o tal do Ryan.

Ela assentiu como se já esperasse isso. E assim se passaram as três primeiras aulas. Eu trocando olhares com o Ryan que sempre estava sorrindo, e na troca de professores encontrando Lu na porta pra conversar eu, ele e Ana.

Quando bateu o sinal, puxei Ana pelo braço e corri para o banheiro, porque estava apertada, mas também porque pensei que Ryan viria conversar comigo.

Quando saimos de lá, fomos até a cantina e compramos uma lata de coca cola pra cada. E fomos para “o nosso espaço da escola”, a arquibancada. De lá, nós podiamos ver quase tudo, inclusive Lu e o “grupinho dos populares” do qual ele era. Quando nos avistou, ele e o seu grupinho vinha em nossa direção, ele sempre vinha sozinho, por que agora acompanhado?

- Oi pirralhas. – eles nos cumprimentou com um beijo na bochecha de cada. Sorri.

- Eai. – respondi e Ana somente acenou com a cabeça.

Os amigos dele somente observavam.

- Porque vieram junto hoje robozinhos da popularidade? – provoquei.

-Legal, a gente vem rever velhas pirralhinhas... ops, amigas, e é assim que somos tratados? – disse Noah cinicamente.

Retribui o sorriso cinico que ele me dava.

- Ótimo, já reveram agora podem sair. – disse Ana que é meio “esquentadinha”.

Percebi que como sempre Alex a encarava sorrindo, ela reparou também, pois ficou vermelha como tomate. Continuei por ela:

- O que ainda estão fazendo aqui?

- É galera, depois encontro vocês. - disse Lu para eles.

-Tu que sabe Lucas, fica ai com as estranhas, até depois “lek”.

-Vaza. – Lucas disse indiferente.

Sorri, e olhei pra Lucas.

- Como eles ainda não te expulsaram desse grupinho idiota?

Ele riu.

-Eles não têm coragem, sou melhor que todos eles juntos. –se gabou, gargalhei.

-Vai sonhando, a ANA – dei enfase no nome dela – prefere o Alex, aposto. – ri.

- Oi? Que que tem eu? – ela acordou de seus proprios devaneios.

Rimos.

-Nada. – eu e Lu respondemos juntos.

Ficamos conversando até um pouco antes do sinal bater, e ai Lu foi atras da gangue e idiotas.

-Aninha, Aninha, ta na hora de assumir que esta apaixonadinha não acha? Vocês estão nessa troca de olhar desde o ano retrasado.

- Carol, presta atenção no que você ta falando pelo amor de Deus! Eu apaixonada?! Tu sabe que isso não tem lógica alguma né? – ela argumentou.

-Olha, já vou dizendo que eu aprovo viu, depois do Lu ele é o menos idiota ali.

O sinal bateu, e ela também me bateu.

-Ai!

- Isso é pra parar de falar besteira.

- Ok, parei... por hora. –rimos.

Voltamos pra sala, e Ryan só me olhava, mas não se atrevia a chegar perto. Aturei mais alguns olhares dele nas ultimas aulas, mas pensei que ele não se aproximaria. Na ultima troca de professores, Lu me disse que iria direto pra casa da vó dele, e me encontrava mais tarde. Quando o sinal bateu, saimos da sala e me despedi de Ana, que pegava o caminho contrario ao meu.

Estava descendo pra casa sozinha, quando ouço alguém me chamar. Estava bom demais pra ser verdade.

Parei e esperei ele. Se perdoei Lucas, acho que pelo menos uma trégua pra ele eu devia dar né?

- Oi – disse ele sorrindo, era um sorrisinho tão bonitinho. Não evitei e sorri.

-Oi.

- É, da pra ver que o Lucas te contou que nos entendemos, tu não ta querendo voar no meu pescoço. – Rimos.

-Nossa eu não sou assim.

- Uhum, magina. –riu.

Fomos até onde nossos caminhos se desencontravam conversando, ele pediu meu telefone, passei e nos despedimos. Cheguei em casa e me joguei no sofá, estava exausta, aula acaba comigo. Apaguei.