Seus Olhos 2ª Temporada. escrita por Jee Fernandes


Capítulo 45
Brindes.




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Pov. Angel.

Depois que decidi dar um tempo para o Natan resolvi focar toda minha energia nos meus estudos, minha vida nos últimos dois meses era estudar, estudar e estudar, a maioria dos finais de semana meu irmão, Alice, Henri e Pietro iam pro apartamento e comprávamos pizza, Alice e May estavam dispostas a me coagir para que fosse em uma inauguração essa noite, sai da faculdade e fui direto pra casa, talvez eu precisasse realmente me distrai e como se eu já não fosse muito azarada ao chagar entrei no mesmo elevador que o Natan e aquela coisinha escrota a tira colo, só Deus sabe o quanto doí vê-lo sem poder toca-lo, sem que ele me reconheça. Forcei um sorriso e me concentrei no meu celular, não que tivesse algo realmente interessante nele.

Agradeci mentalmente ao chegar o andar dele, pelo que soube, na verdade pelo que Ryan me contou eles eram apenas amigos, eu ainda tinha esperança de que ele recuperasse a memoria e batesse na minha porta para nos reconciliarmos.

Abri a porta do meu apartamento e a primeira coisa que fiz foi me jogar no sofá e ligar a tv, esse fim de semana seria livre sem trabalhos e nem matérias para estudar, como May estuda a noite ela não teria aula hoje.

Passei a tarde toda atoa, assistindo e comendo porcaria, havia me decidido ir com elas por vontade própria então logo pelas sete fui tomar banho e me arrumar, como a noite estava quente vesti uma sai rodada preta de cós alto e um blusinha regata azul marinha que amarra um pouco acima do umbigo e como eu não sou baixinha uma sandália de salto alto.

– Angel pode abrir essa porta não pense que vai passar mais um fim de semana nesse quarto. - Alice grita socando a porta.

– tenho certeza que se trancou para fugir de nós. - May conspira contra mim.

– acha errado, querida. - dou meu melhor sorriso debochado abrindo a porta.

– eu não acredito, graças a Deus não vou ter que cumprir minha promessa de socar sua cara. - Alice dramatiza.

– Angel você esta linda. - May declara batendo palmas.

– então prontas? - meu irmão grita da sala.

Juan, Henri e Pietro estavam esperando na sala, fazia algum tempo que não saímos todos juntos, muito menos para uma balada.

A boate nova ficava em um bairro mais calmo da cidade, não tinha muitas casas residenciais por lá a maioria dos prédios eram comerciais e a fila pra entrar já era extensa.

– alguém me diga que temos os nomes na lista e não precisamos enfrentar fila. - peço.

– claro que temos, diga obrigada irmãozinho lindo. - Juan graceja passando o braço em meus ombros.

– obrigada o caramba sua namorada me ameaçou. - reviro os olhos.

– Juan Golvêa mais seis amigos. - diz para o segurança.

– seis não sabe contar somos em cinco. - corrijo.

– tem um amigo da gente do hospital que obrigamos a vir também. - May avisa.

– falando nele, que bom que venho Josh. - Henri cumprimenta o moço moreno que ainda tinha o olhar triste.

– vocês não me deram muitas opções. - sorri torto. - ei, oi você foi no hospital com o agente Golvêa. - diz apontando para mim.

– oi. - tento sorri, mas apenas me de lembrar daquele dia me sinto mal.

Entramos e subimos para parte mais tranquila que tinha alguns puffs espalhados, na parte de baixo ficava a pista de dança e outro bar, não demorou para eu descobrir que a boate era da Clara e de outra moça, ela andava pra todo canto exibindo Natan como se fosse o namorado dela.

– fiquei sabendo do seu namorado, sinto muito. - Joshua diz depois de um tempo
já que todos resolveram dançar e nos abandonar.

– é uma droga, eu sinto pelo o que aconteceu a sua família. – lamento.

– é realmente uma droga, felizmente você ainda te esperanças desde que te viu ele não para de olhar. - sussurra apontando discretamente com a cabeça. - eu arriscaria dizer que ele esta com ciúmes. - comenta me fazendo rir.

– ele nem lembra de mim é mais ele ter ciúmes da amiga dele. - lamento.

– ele não precisa se lembrar pra sentir, talvez seja isso o que o deixe mais confuso ainda sentir algo sem se lembrar. - esse cara é muito filosofo.

– acho que precisamos de um brinde aos nossos amores interrompidos. - sugiro.

– ou um brinde a esperança de um amor ainda possível. - pisca.

– eu vou buscar as bebidas. -aviso me levantando.

– pra mim uma coca, por favor. - pede.

Joshua era obviamente um romântico adepto ao amor o que me fazia sentir ainda mais sua perde apenas de olhar nos seus olhos já era possível saber que ele ainda sofria, pedi duas cocas no bar e estava voltando quando esbarrei em alguém, olhei pra cima e dei de cara com um rapaz de olhos pretos tão intensos quanto a noite.

– oi. - cantarolou visivelmente bêbado.

– com licença. - peço tentando passar por ele, mas ele barrou minha passagem.

– vamos conversar boneca, sem pressa. - diz colocando a mão na minha cintura.

– vou contar a até três pra você tirar a mão de mim. - aviso. - um.... dois.... três... - conto calmamente e o desgraçado apenas ri. - okay você quer contato. - sorrio me aproximando e quando estou perto o suficiente acerto um joelhada onde mais doí em um homem e o empurro pra longe. - idiota. - murmuro saindo.

– ótima joelhada. - Joshua comenta. - não fui só eu que achei. - diz apontando para um Natan serio que encarava o mesmo rapaz que havia me parado.

– não me iluda. - peço e ele ri.

– vamos ao nosso brinde com Coca-Cola. - graceja erguendo a latinha. - a esperança de um amor possível.

– e a esperança de um coração que possa ser concertado. - completo e brindamos.

Continuamos conversando por um bom tempo sobre medicina, consegui me distrair bem nesse tempo, mesmo que meu olhar sempre acabasse se desviando para o Natan, consegui ouvir meu celular tocar e o peguei rapidamente na minha bolsa no visor estava o número e a foto do meu pai então me apressei a atender.


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