Arisen escrita por Kuroyomi


Capítulo 13
Na névoa


Notas iniciais do capítulo

ae, to com 3 capítulos prontos -q



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Arya olhou ao redor. Por mais que tentasse, não conseguia ver por causa daquela névoa densa que cobria a floresta. Tremia de medo, guardou o arco nas costas, seria inútil quando não se podia ver o alvo. Um corte rasgou sua pele na lateral do seu corpo, na altura do umbigo. A garota urrou de dor e deu alguns passos para longe dali. Finalmente percebeu que seu treinamento foi falho. Mas Amber havia feito aquilo de propósito? Não sabia. Só sabia que seria difícil lutar com inimigos que não podiam ser vistos.

Escutou o som de metal se movendo rapidamente no ar, bem a sua frente. Levantou Tryrfing e segurou firme. A lâmina da espada de Arya se chocou com a lâmina invisível, ambas se forçaram para derrubar uma a outra. Arriscou, Arya colocou mais força nas mão e conseguiu derrubar o alvo que caiu no chão derrubando uma poeira que revelou sua silhueta. Num movimento rápido, estocou violentamente a espada arcana contra a criatura invisível. O sangue que jorrou era verde.

A invisibilidade da criatura lentamente começou a desaparecer, revelando um ser humanoide, com pele humana, mas se podia ver algumas escamas cobrindo seu corpo, sua mão havia sido removida cirurgicamente e no lugar, a lâmina de uma espada enferrujada brilhava fraco.

— Esquisito... — Falou para si mesma, guardando Tryrfing na sua respectiva bainha.

A garota não deu nem um passo. Outro corte surgiu em seu corpo, dessa vez nas costas, mais fundo que o anterior. Ouvia passos de todos os lados, não podia fazer nada se não correr. E foi isso que fez.

Os passos largos da corrida não era o suficiente para fugir daquelas criaturas tão rápidas quando ela. Iria morrer se continuasse assim. Olhou para cima e viu uma espécie de mecanismo, um balde gigante, talvez. Se perguntava por que aquilo estava ali, mas quando passou por baixo dele, sua função se tornou obvia. O mecanismo se ativou, fazendo o balde virar de uma vez, derramando todo o conteúdo negro guardado neste. O líquido caiu bem em cima das criaturas que perseguiram Arya, revelando a silhueta de todas. Eram 14 no total. Arya caiu no chão, tropeçando.

O fogo vermelho dos dragões surgiu em sua mão esquerda, não iria dar tempo levantar-se, mas precisava reagir. Mas na verdade, nem precisou se esforçar muito.

Quatro figuras encapuzadas pularam da copa das árvores próximas, cada um portava uma arma diferente. Uma halabarda, uma espada comum, um montante e um florete. Na queda, quatro das criaturas foram abatidas, e várias outras em sequência. O grupo de quatro eliminou quatorze sem dificuldade alguma. Arya se sentiu inútil um pouco.

O homem que portava a halabarda foi o primeiro a tirar o capuz, revelando um cabelo ruivo, puxado para o laranja e com barba de mesma cor. Apesar de possuir algumas cicatrizes e ser 'grande como um armário', segundo Arya, o rapaz possuía uma expressão calma, mesmo depois daquela luta. Ele olhou na direção da garota e andou até ela.

— Oe, foi por pouco, hein? — O homem riu, estendendo sua mão para ajudar a garota a levantar-se. Arya se pôs de pé com dificuldade por causa dos ferimentos na lateral do corpo e nas costas. Precisava tratar aquilo rápido.

— Ugh... O-Obrigada. — Se esforçou para falar também, apertou o ferimento do lado. — Sou Arya.

— Reno. — O homem se apresentou e assoviou forte, o menor do grupo, mas que ironicamente portava a maior arma se aproximou, guardando a espada gigante nas costas e colocou as mãos dentro do capuz, retirando uma bandagem e puxando mais o capuz para esconder seu rosto, o entregou para Reno. O ruivo improvisou um curativo para os cortes de Arya. Mas não era o suficiente.

Andaram os cinco floresta a dentro até chegarem numa construção nem tão grande e nem tão pequena, na entrada havia uma pequena placa com letras que fazia Arya se perguntar como sabia aquele idioma. Estava escrito 'Haniore'. Mal entraram na estrutura e Arya foi mandada imediatamente para o dormitório, que também servia de enfermaria. Haviam mais pessoas morando naquela templo além daqueles cinco. Haniore era o lar dos perdidos em suas jornadas.

Já a noite, as chamas das lamparinas a óleo iluminavam o dormitório. Arya descansava na cama enquanto ouvia a história que os outros contavam.

— E vocês? Contem a história de vocês. — Reno estendeu o braço para o portador da espada e do montante de mais cedo.

Arya notou mesmo com pouca luz, o rosto do garoto que lhe deu a faixa para seus ferimentos. ele era novo, parecia estar perto dos 17 anos, mas mesmo sendo pequeno, ele recebia muitos olhares e comentários por conseguir carregar uma arma que quase ninguém conseguia. Mas sua característica mais notória era sua mandíbula, que era inteiramente feita de aço. Os olhares dos dois se encontraram e Arya desviou rapidamente o olhar para qualquer outra coisa. O rapaz da mandíbula de aço retirou um rolo de esparadrapos do rosto, começando a cobrir o seu defeito com este, escondendo sua deformidade por completo quando acabou.

— Precisaremos partir logo. — O homem ao lado dele falou, seu olho esquerdo brilhava num tom azulado. Mas aquele olho não era um olho em si, e sim, uma prótese.

— Até agora não sei seus nomes. — Reno falou, olhando para a chama que queimava o óleo do recipiente. Reno era o tipo de pessoa que quebrava qualquer tipo de estereótipo, Arya nunca tinha visto alguém tão forte e tão calmo como ele.

— Arty... — O homem falou, coçando seu cabelo castanho claro. — E ele é meu irmão. — Apontou para o garoto ao seu lado, o mesmo que enfaixou a parte inferior do rosto.

— Va... Ni... — O menor falava com dificuldade, mas os sons que saiam era um pouco distorcidos, justamente por ele não ter o lábio inferior para formar os sons que queria e por que cada vez que a prótese mexia, machucava a carne do garoto. — Tas...

— Ele prefere ser chamado de Ven. — Concluiu, sabia como aquilo doia para o seu irmão. — Se possível... Eu queria deixar nossos nomes na história e isso só vai ser possível através de histórias.

Reno sorriu, assentindo com a cabeça, dando permissão para Arty começar a contar, aliás, era isso que queria que eles fizessem.


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Notas finais do capítulo

OEOEOEOEO E Eu gostei tanto do jeito que eu criei Arty e Vanitas que eu pretendo fazer uma história paralela apenas deles, no mesmo universo. kjadaac aguardem -q



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