Arisen escrita por Kuroyomi


Capítulo 11
Tryrfing


Notas iniciais do capítulo

MANOOOOOOO.
*chega com um paninho, tira a poeira*
Oe -q
Quanto tempo, deixando esse capítulo aleatório aqui, flw :v



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— Você deixou ela ganhar, não foi?

— O que você acha? — Amber olhou para ele, séria.

— Hohoho ~ — Rook riu.

— O que acha que aconteceria com esse mundo se eu matasse aquela garota?

— Seria o nosso fim, claro. — Mais risadas por parte do velho.

Rook e Amber estavam numa sala fechada, haviam algumas portas pelas paredes e alguns quadros. Ao centro da sala, uma grande mesa oval estava posta, Amber estava sentada de um lado e Rook, por sua vez, no outro. Havia uma grande vidraça na parede oposta a que dava para o corredor, a vidraça dava visão para uma sala totalmente negra, uma das portas dentro da sala dava acesso aquela área, mas Rook e Amber não estavam interessados em entrar lá, muito pelo contrário...

— Então... — Amber chamou a atenção de Rook novamente — Sobre aquele arcano... O que foi aquilo que ele fez? Pelo que eu sei, Runas precisam ser desenhadas, elas não surgem do nada.

— ... — Rook suspirou, um pouco preocupado.

— Vamos, você é um arcano, um daqueles que sabem de tudo sobre magia e essas merdas todas. — Esbravejou.

— Eu não sei o que aconteceu ali. Quando o Lyon ficou daquele jeito... Escute Amber, a quantidade de Sehrli que aquele garoto liberou quando entrou naquele estado, literalmente inundou este castelo. Nem arquimagos tem uma reserva de Sehrli tão grande. — Esbravejou de volta. — Seja o que quer que tenha acontecido com aquele garoto no passado, ele não pode mais ser considerado ‘humano’ quando entra naquele estado. — Relaxou suas costas na cadeira.

Amber fez o mesmo, cruzando as pernas e apoiando o queixo na mão, com um semblante pensativo.

— Eu não sei se vou poder confrontar o Lyon se ele se revoltar como dessa vez... — Confessou.

— E aquele outro garoto... Vance? — Amber olhou para ele, sem mudar a postura.

— Tenho cara de babá para saber onde todo mundo está, Amber? — Se irritou, levantando-se — Eu não sei, talvez tenha fugido quando Lyon perdeu as forças.

Então o velho finalmente deixou a sala.

Amber esperou alguns minutos, para se levantar, estava séria. Não saiu da sala, entrou pela porta que dava para a sala negra. Era totalmente escuro, mas Amber parecia saber que existia objetos ali, traçou um caminho, aparentemente desviando de paredes ou móveis, desceu algumas escadas igualmente negras.

E no meio de tanta escuridão, um corredor negro se projetou a sua frente, mas com vários tubos colados no teto e no chão ao mesmo tempo, haviam criaturas dentro delas, não eram animais, eram misturas destes, literalmente monstros, Amber se aproximou de um deles, acariciando o vidro que separava a criatura desacordada e a líder dos paladinos.

— Estaremos preparados...

Se passou um mês e Lyon ainda não acordara...

Arya se olhou no espelho do banheiro, algo estava diferente nela, seu físico talvez? Estava um pouco mais alta e com curvas mais bem definidas, seu cabelo estava maior e as partes ruivas de seu cabelo pareciam um pouco mais intensas. A cicatriz em seu busto havia diminuído, e havia virado uma tatuagem, na forma de uma coluna de dragão. Ela ainda não havia entendido como aquilo havia parado ali. Durante esse mês todo, foi impedida de ver Lyon, diziam que ele ainda estava muito mal e que qualquer interferência poderia acabar com a sua recuperação.

Numa noite como todas as outras, Arya estava deitada na cama, encarando as estrelas no céu através da janela quando três batidas secas na porta do quarto da garota ecoaram até os ouvidos dela.

— Entra... — Ela falou um pouco desanimada.

— Oi, pequena... — Era Rook, que entrou calmamente no quarto, sem fazer muito barulho, pois era tarde da noite.

— Oi... — O mesmo desanimo voltou a aparecer.

— O que foi, Arya...?

— Quando eu vou poder ver o Lyon...?

— Arya... Você sabe que não- — Ele foi interrompido pela Arya.

— Eu não ligo... Eu estou cansada de esperar, já faz um mês. UM MÊS, ROOK! — A tristeza se transformou em raiva.

— ... — Rook abaixou a cabeça e se levantou. — Venha... E traga suas coisas... Talvez deixaremos esse lugar hoje, com ou sem o Lyon.

Arya sentiu um pouco de receio, mas decidiu que era melhor ir com ele, vestiu a roupa de couro que Amber lhe dera para treinar, ainda cabia nela, mesmo a garota tendo crescido um pouco. Pegou as duas adagas e suas bainhas e as amarrou do lado direito da cintura, enquanto a aljava com as flechas ficou no lado esquerdo, pôs o arco nas costas e seguiu Rook.

O velho fez um sinal de ‘silêncio’ com a mão para Arya, e andavam a passos leves, até parecia que o que estavam fazendo era ilegal. Os corredores eram enormes, desceram vários lances de escadas, evitando vários guardas e coisas que poderiam revelar a localização deles. Lyon não estava mais no quarto que estava antes. Rook e Arya passaram por lá, não havia nada, apenas uma cama vazia. Já estavam no subsolo do castelo e não haviam encontrado nenhum sinal de Lyon. Para Rook, ele podia estar em apenas um lugar. Desceram o mais fundo possível, até o ultimo andar do subsolo. Havia um grande corredor que levava para uma pequena sala, era a mesma sala que estava com Amber antes, a sala negra continuava lá atrás da vidraça, mas a porta que deva acesso a ela, não.

— Ok... E agora? — Arya perguntou um pouco confusa e preocupada, achando que Rook estava perdido.

Fez um gesto com o braço, literalmente mandando ela calar a boca. Uma fraca luz branca surgiu no topo de seu cajado, iluminando a sala que já estava bem iluminada. A luz revelou uma porta escondida na parede, quase imperceptível a olhos nus. Então entraram nesta e seguiram por um lugar que parecia ser uma sala de estar comum, com mesas, cadeiras e afins, desceram uma escadaria, que dava para um corredor, com vários tubos ligados no chão e no teto ao mesmo tempo, haviam criaturas dentro deles. Mais ao fundo, um tubo se destacava dos demais, uma fraca luz azul ciano emanava de dentro dele, mostrando a silhueta de um garoto. Arya percebeu logo do que se tratava, olhou para Rook, com lágrimas se formando em seus olhos. Mas aquele tubo não era a única coisa que se encontrava presente na sala, algo ou alguém de silhueta negra manuseava os aparelhos ao lado do objeto que brilhava.

– HEY! – Arya gritou, carregando muita raiva na voz, suas mãos se incendiaram um pouco, mas logos as chamas se estinguiram. Rook viu aquilo, arqueando uma sobrancelha, por algum motivo esqueceu que descendentes de dragões possuem pyromancia. – O QUE VOCÊ PENSA QUE ESTÁ FAZENDO?

Ela não esperou resposta alguma, puxou o arco e uma flecha e puxou o cordel até o seu limite, a ponta da flecha pegou fogo, disparou. O tempo de reação do alvo foi muito mais rápida, no primeiro ‘hey’, agitou rápido a mão, uma fumaça negra engoliu ele e o que estava dentro do tubo, desmaterializando ambos. A flecha flamejante não chegou a atingir o painel, mas explodiu em uma imensa bola de fogo. Depois da fumaça ter baixado, Arya tremeu um pouco, não havia mais água no tubo, nem Lyon, nem pistas...

O que seria dela sem ele agora...? Havia esperado um mês, trinta longos dias que não passavam nunca. Ela só queria ver seu amigo de volta, mas sabia que agora, uma nova missão esperava ela. Notou algo no canto da sala, estranhamente desprotegido. Tryrfing, a espada arcana de Lyon, ela correu até a arma e a pegou, decidida, retirou as duas adagas de sua cintura e as cravou na parede, jurou por aquela espada que encontraria Lyon. De um jeito ou de outro.

Ela apontou a espada para o pescoço de Rook.

– Você. – Ela chegou mais perto, seu rosto consumido pela raiva, lágrimas escorriam sem parar. – Você me trouxe aqui por que sabia que ele estaria aqui, então me fale o que estavam fazendo com ele...!

– Arya... – Suspirou um pouco, teria que tratar daquele assunto com cuidado. – Desde a luta contra o Vance... O corpo de Lyon não para de transbordar Sehrli desde a luta contra aquele garoto no hall do castelo. Você sabe muito bem que isso é a energia vital de todo mago e se você usar demais... Uma hora ela acaba. – Olhou nos olhos dela, usando os dedos para abaixar o fio da espada, gentil. – Lyon parecia apresentar Sehrli em quantidade ilimitada. Ele não é humano, e ele mesmo concordou em ser estudado, ele entende a gravidade da situação.

– E aquela coisa negra? – Voltou a apontar a lâmina para o pescoço dele.

– Eu não sei do que aquilo se trata, amanhã conversarei com Amber. – Olhou pra ela, aumentando a gravidade em volta da espada, fazendo ela cair no chão como se fosse algo que pesasse meia tonelada. – Esse castelo, essa sala principalmente é uma das mais protegidas dessa cidade, nada entra aqui a não ser que se tenha permissão.

Arya levemente perdeu a expressão de raiva, escondendo o rosto com as mãos, deitando o mesmo no ombro do arquimago, chorando incansavelmente.


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Notas finais do capítulo

vou tentar voltar a postar, bendito Dark Souls me dando ideias pra continuar eçapoarr -q mals a demora.



E ainda assim ficou curto ewe



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