A esperança também morre escrita por ChiarloneD, RobyGDA


Capítulo 6
Capítulo 6 - Nova Esperança


Notas iniciais do capítulo

-->Resumo da história
A história é contada por dois narradores, Oliver e Miran, que se encontram agora no banheiro de sua escola, estão cercados pelos monstros, zumbis, que eram antigamente chamados de colegas.

—->Nota do autor.
Relembrando, os zumbis de A esperança também morre são menos habilidosos a noite.

Ass. ChiarloneD, RobyGDA



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Dia 17/08/XX – Narrador Oliver

Olhei em meu relógio, era passado de meia noite, fechava os olhos esperando encontrar o conforto de minha cama, mas a única coisa que encontrava era medo e angustia do que poderíamos encontrar ao abrir a porta do banheiro.

Conversei com Rain, decidimos então de abrir a porta, jogando nossas próprias vidas na roleta da sorte e do destino, tendo como juiz os monstros asquerosos que antes chamávamos de amigos.

Sem aviso abrimos a porta, corri então para alertar Miran, que descansava ao chão do banheiro, enquanto eu a sacudia de forma carinhosa e desesperada devido a minha procura por algo para poder me defender, ela então estendeu-me a vassoura que levava, e abriu um sorriso, que com certeza me motivaria para o restante do dia.

Levantei-me, e parti para fora do banheiro, onde Rain sozinho dava conta de três zumbis, procurei Jean, não o encontrei, simplesmente vi uma sombra que desviava para longe, este devia ser ele, na hora não me importei, a prioridade era ajudar meu amigo, que batalhava pela sobrevivência do grupo agora fraco.

Não demorou muito e acabamos com os zumbis, então, rapidamente e silenciosamente corri para onde estava a sombra, vi então Jean, que murmurava “Vou matá-lo, vou matá-lo, vou matá-lo”, toquei em seu ombro, e assustado disse:

–Hey, esta tudo bem amigo?

Ele não respondeu simplesmente bateu em meu ombro tambem e voltou para onde estava o banheiro, acompanhei-o. Fui então a procura de Miran enquanto Rain revistava o corpo dos cadáveres, quando a encontrei, abri um sorriso, ela me alegreva, então, sem pensar corri e abracei-a, ela correspondeu, até que fomos interrompidos por Rain, que silenciosamente avisava ao grupo que devíamos nos mover rapidamente.

Reunimos-nos então em um circulo para decidir o futuro do grupo, eu, Miran, Hazel, Lucy, Rain, Zoro e até mesmo Jean. Zoro foi esperto e rapidamente com o apoio de Miran achou uma solução para o que todos queriam fazer, sair do colégio!

O plano era o seguinte: moveríamos-nos para o estacionamento do colégio com o objetivo de pegar um automóvel para fugirmos daquele inferno. Tinhamos até mesmo nosso destino escolhido, a casa de meu pai.

Meu pai era famoso por seu um dos maiores colecionadores de armas de toda cidade, este era o motivo de nossa escolha, isso me alegrou, lá talvez encontrássemos uma nova esperança de vida, a qual agora era baixa.

Apesar de tudo que estava acontecendo estávamos agora mais calmos, relaxados e conseqüentemente distraídos, um erro quase mortal, pois ao virar na primeira curva a caminho do estacionamento, encontramos uma horda de 9 zumbis, os quais eram provavelmente resultado do estrondo do tiro disparado no banheiro na confusão com.....Camila.

Mas enfim, não havia tempo a perder, meu coração disparou mas mantive a calma e juntamente com Rain e Jean corri para enfrentá-los, Zoro ficou encarregado de cuidar das meninas por não ter nenhuma arma.

Cada um de nós ficou encarregado de três zumbis, cada um cuidando do outro, mas houve um problema, Jean desviava dos ataques dos monstros sanguinários e os direcionava a Rain, que por sorte não era acertado, em um momento de fúria não resisti, e gritei “JEAN! O que pensa que esta fazendo?!?!” isso trouxe a atenção dos zumbis a mim, então os 7 que restavam da batalha vieram em minha direção.

A situação era agora critica, Rain então começou a correr em minha direção tentando me salvar, mas eram muitos para um simples bastão. Os monstros estavam cada vez mais proximos e pelo desespero sem perceber tropecei, bati a cabeça e devido a minha fraqueza isso foi o suficiente para me deixar inconsciente.

Quando acordei cerca de 10 minutos depois, os zumbis estavam todos caídos e Miran ao meu lado com a vassoura na mão e a arma de Jean caída ao seu lado, ela então disse:

– Acordou dorminhoco?! Me deve uma!

E pude ouvir Rain atrás dizendo e soltando uma leve risada “deve mesmo, sem ela você poderia estar agora como um desses ai ó”, apontando para os zumbis.

Não entendia muito bem o que estava acontecendo, mas agradeci Miran beijando sua bochecha.

Levantei-me então dando a mão para Miran, minha cabeça doía, mas não podíamos ficar parados, já se avistava ao longe uma quantidade considerável de zumbis que vinham em nossa direção.

Dessa vez ao invés de andar, corríamos para o estacionamento evitando ter mais um confronto, por isso nossa chegada não demorou muito, chegamos lá e sem surpresas partimos para a escolha de um carro que todos coubessem.

A única escolha possível foi o pequeno caminhão da cantina do colégio, mas não havia problema, bastava que andasse. Escolhemos Hazel para dirigir o carro por ser a mais velha, e pela sua experiência em jogos de corrida como ela mesma dizia.

Mas então um problema surgiu quando Lucy disse:

–Mas gente, como é que vamos ligar o carro?!

Me assustei, como não havíamos pensado nisso, teria sido tudo em vão?! Mas com um ar superior Zoro respondeu:

–Já havia pensado nisso! Rain me disse que consegue fazer uma ligação direta no carro para que este consiga se mover!

Isso foi um alivio, quebramos o vidro do caminhão, e rapidamente o suposto problema sumiu, o carro agora funcionava e estava pronto para partida, todos entramos neste e nos dirigimos para a saída do colégio.

Estavamos agora nas ruas de Starkin, nossa cidade, ou melhor ex-cidade, pois a aparência desta havia se transformado completamente.

Dia 17/08/XX - Narradora Miran

Tínhamos que descansar para economizar energia. Jean, Oliver, Rain, Lucy, Hazel e eu precisávamos nos unir ainda mais agora, como dizem, um por todos, todos por um. Depois do que havia acontecido, o melhor lugar para esquecer tudo era em meus sonhos. O clima de tensão predominava o ambiente, Oliver estava com um olhar cansado, Rain parecia normal, Jean acabou caindo no sono de tanto chorar, Lucy se encontrava ao meu lado. Hazel estava sentada olhando fixamente para o nada. E eu, bem, eu estava totalmente traumatizada e desamparada, mas o otimismo, por incrível que pareça, ainda iluminava meu coração.
Deitei naquele chão frio para tentar descansar.
Não estava conseguindo, então abri os olhos e reparei que todo o cenário havia mudado, estava na minha sala, com o professor de biologia explicando sobre Divisão celular, então pude perceber que tudo talvez não tivesse acontecido, não se passou de um longo sonho, ou melhor, um aterrorizaste pesadelo.Igor, o professor, chamou minha atenção. Pela primeira vez fiquei feliz por isso. Virei para frente decidida a prestar atenção. Convenhamos que biologia não é uma matéria muito divertida, mas, infelizmente, necessária. Estava feliz por rever todos os meus colegas. Meu sorriso estava maior do que nunca, e minha esperança havia finalmente se reintegrado.
O sinal bateu, e a aula acabou. Virei para pegar minha mochila quando senti algo gelado em minha perna. Oliver? Nao é possível. Nada mais fazia sentido. Como assim? Agora eu estava no banheiro, Lucy se encontrava ao meu lado, Oliver estava agachado procurando algo, e diante disso, percebi que o que eu achava que era um pesadelo, na verdade era real.
Levantei rapidamente ainda assustada e reparei que a porta do banheiro estava aberta. Acordei Lucy e então fomos, silenciosamente, para a escuridão da noite.

Demos alguns passos e então vi Oliver, ele veio em minha direção e me abraçou. Me senti viva, não que não estivesse, mas com tantos vivos mortos ali até eu duvidava de mim. Todos nos juntamos em uma espécie de roda para decidirmos nosso destino. Zoro sugeriu que saíssemos do colégio. Nosso refúgio seria o apartamento do pai de Oliver, mas um pequeno detalhe ainda nos impedia. A distância. Dei a idéia de pegarmos um carro. Nenhum de nos sabia dirigir, mas deduzi, obviamente, que não iria ter policiais na rua.Apesar de todos estarem apreensivos e um tanto quanto famintos de fome, nosso instinto de sobrevivência ainda predominava.

Fomos calmamente para o estacionamento. Uma quantidade grande de zumbis, uns 10 mais ou menos, estavam vindo em nossa direção, talvez por consequência do barulho do tiro vindo do banheiro. Pareciam famintos também, mas é claro que não de comida e sim de nós.
Combinamos de cada um dos garotos do grupo ficar encarregado de três daquelas criaturas. Confesso que não tenho muitas habilidades motoras, mas de alguma forma tinha que me defender. Os zumbis se aproximavam rapidamente de nos quando inesperadamente Oliver gritou alguma coisa para Jean. Por extinto, sete monstros foram bruscamente em sua direção. Olhei subitamente ao meu redor para analisar a situação. Todos estavam paralisados sem saber o que fazer, exceto Rain, que atacava outros dois zumbis. Eu estava mais perto do Ollie e assim mais perto de ajuda - lo também. Como iria salvar Oliver se não conseguia nem salvar a mim? - Pensei.
Ele começou a dar passos lentos para trás, e eu, simultaneamente fui me aproximando cada vez mais dele. Minhas mãos estavam tremulas e suando e meu coração estava prestar a saltar da boca. Ollie, para meu azar, caiu e bateu com tudo a cabeça no chão de cimento. Dei um grito de desespero mas ele não se manifestou. Ja era. Os zumbis ficaram loucos pelo barulho. Fui rapidamente para frente de Oliver protege - lo. Peguei de sua mão a vassoura e a usei como escudo. Ela estava na horizontal e a seguravacom uma mão em cada lado. Concentrei toda minha força e coragem e la fui eu com tudo na barriga dos zumbis, que por sua vez, estavam praticamente em fila gemendo feito um bando de... Zumbis. Fui derrubando um por um como um efeito dominó. Depois de derrubar os sete zumbis virei para ver se havia os derrotado mas todos, sem exceção ja estavam quase de pé como se nada tivesse acontecido. O desespero novamente me dominou. O nervosismo impedia meu raciocínio. Tinha que pensar e agir rápido. A cena da Camila me veio na cabeça, e logo pensei como ela tinha morrido.. Uma arma! É isso! Instantaneamente gritei para o Jean. Ele não entendeu. E os sete zumbis continuaram vindo em minha direção. Fui me afastando depressa. Gritei novamente. E nada do Jean olhar. De repente sinto algo pingar em meu cabelo, quando olho para cima, me deparo com a cabeça de mais uma daquelas criaturas. Uma contra oito. Aquilo sem duvida não era justo. Mas não podia desistir ali. Os meus amigos precisam de mim, pelo menos achava que precisavam. Tinha que mostrar que servia para alguma coisa. Tinha que fazer eles sentirem orgulho de mim. Então sem me virar só ergui os dois braços peguei naquele queixo ensanguentado e o virei brutalmente. Ele então desabou em cima de mim. Confesso que doeu quando aquele brutamonte caiu encima de mim. Mas levantei rapidamente. Agora eram sete contra uma.
O Jean precisava me ouvir, precisava daquela arma. Se não aquele seria o meu fim. Berrei o mas alto que pude, finalmente Jean virou e sem pensar jogou a arma em minha direção. Por ironia do destino ela caiu encima de um dos zumbis. Até ri. A batida foi fatal. Agora eram seis. Rain percebeu que eu não conseguiria derrota - los sozinha. Então se aproximou para me ajudar. Fiquei impressionada com tamanha habilidade. Bateu com tudo em um deles, fazendo com que o mesmo derrubasseoutro que estava logo atrás. Restaram poucos zumbis em minha volta. Peguei a arma e sem saber como, atirei em uma daquelas criaturas. Lembrei de Rain falando que restavam poucas balas. Entao a vassoura foi minha ultima opção. A peguei e então girei acertando em cheio aqueles zumbis. Isso! Finalmente havia conseguido! Aqueles monstros já eram! Minha alegria tinha voltado e a esperança, a qual havia perdido, estava enfim de volta.

Oliver, então, depois de tudo aquilo, começou a se remexer, colocou a mão em sua cabeça e abriu os olhos. Percebi que estava um pouco zonzo devido a pancada mesmo assim brinquei:

– Acordou dorminhoco?? Me deve uma!

E Rain concordou imediatamente.

Em seguida, Ollie levantou, atordoado e silencioso e começou a andar em direção aos carros. Seu olhar estava um tanto quando bravo, deduzi que ele ficou irritado por não ter ajudado.

Chegando lá, escolhemos uma espécie de van, porque era o único automóvel que cabia todos nós.

Hazel assumiu o volante, segundo ela, suas habilidades em dirigir eram grandes. Então, lá fomos nós, com o destino e a incerteza em nossas mãos. Agora a única coisa que podíamos fazer era deixar a sorte nos guiar.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado!

Desculpem pela demora.

Prometemos que em breve, bem em breve, um novo capitulo será lançado.

Ass. Autores de AETM.



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