A esperança também morre escrita por ChiarloneD, RobyGDA


Capítulo 2
Capítulo 2 - Desespero


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem ;)



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Dia 16/08/XX – Narrador Oliver

Após ter atravessado por aquele corredor onde tinham aproximadamente 10 desses monstros eu e Zoro chegamos ao laboratorio para aguardar Jean, o silencio era predominante, porem, somente a sala porque nossas mentes estavam uma confusão, tudo havia acontecido muito rapido, e não tinhamos ideia do que estava realmente acontecendo, foi então que Zoro me disse:

–Hey, Ollie… É como nos filmes, esses monstros… Eles são…ZUMBIS!!

Eu não sabia o que responder para tal afirmação, porque com isso, ele dizia que todos aqueles que queriam nos matar, já estavam mortos, e então nos vinham varias duvidas como, “eles morreram? E se morreram, como estão “vivos”? Será um virus?”... Milhões de coisas se passavam, porem me concentrei em seguir aquilo que minha mãe dizia, que “Deve-se focar no presente para garantir o futuro” e portanto, o importante era esperar Jean, porem lembrando dessa frase, lembrei-me de minha mãe, chequei então meu celular, precisava verificar se ela estava bem, pensei em ligar para ela, mas não havia sinal, foi então que Zoro me chamou para olhar pela janela, e vimos ao longe na cidade, muita fumaça vinda de certos pontos da cidade e o céu que a pouco estava escondido pela neblina, estava agora coberto por uma forte névoa acinzentada, ouvimos então no corredor passos, era alguem que corria, fui rapidamente na janela verificar, pensei que era Jean, não era, porem nao me desiludi, pois quem eu vi era Rain, um outro amigo meu que era de outra sala, ele carregava em suas mãos um capo de vassoura com um canivete preso na ponta, todo ensanguentado, olhei para os lados, estava limpo, coloquei minha cabeça para fora da sala, e chamei por ele, que rapidamente e com uma cara séria veio em minha direção, nos cumprimentamos e em sintese contei-lhe nossa curta historia desde que tudo começou, ele fez um sinal de compreensão com a cabeça, e o silencio voltou, porem percebi que ele estava inquieto, perguntei então se algo havia acontecido, ele me respondeu que não, que só estava assustado com tudo isso, mas ele não era desse tipo, e a pouco com seu bastão na mão ele não parecia assustado, mas sim determinado, perguntei então sobre a sala dele, ele virou a cara, e saiu para olhar a janela, sentamos então e esperamos o tempo passar.

Já quase a noite, cerca de 18:30, decidimos que era o momento de sair em busca de Jean, talvez ele estivesse em apuros, ou talvez…Morto…Minhas esperanças eram quase nulas sobre a sobrevivencia do mesmo, percebi o desespero então na cara de Zoro, era evidente, mas Rain estava firme, e rapidamente abriu a porta, com a ansia de matar qualquer ser que passasse em sua frente, porem surpreendentemente, não havia nada, começamos a caminhar calmamente, sem ver nada, somente o sangue e o corpo dos zumbis já eliminados, os quais fediam mais que qualquer coisa que eu já tenha visto, apareceu então finalmente no fim do corredor um zumbi, sozinho, Rain preparou-se para o ataque, eu o segurei, e disse que essa seria uma boa oportunidade para estuda-los, aquele ser então nos “viu” e lentamente começou a vir em nossa direção, muito mais lentamente que ao dia, disse então para Zoro tomar nota sobre o que descobríamos sobre esses novos seres, e ele igualmente a mim notou essa calma estranha desses monstros e pegou seu caderno para anotar, voltando a parte daquele monstro, como dizia anteriormente, ele vinha em nossa direcão tão lentamente que não precisávamos nem mesmo nos preocupar com o perigo, por fim, propus para vermos quais sentidos os zumbis preservavam, como, a visão, audição tato e olfato, supomos que os zumbis não dependiam do olfato para nos “localizar” porque o cheiro dos cadáveres era predominante como disse antes, sobrava então os outros 3 modos de localização, jogamos então um caderno para trás do zumbi para ver sua reação, e ele virou-se, presumimos então que ele não enxergava, caso contrario, ele não teria nos ignorado para ir atrás do “nada”, sobrou por fim o tato, esse era um modo estranho e perigoso de se testar, porem Zoro surgiu com a idéia de usar uma bola de papel com água, ele pegou a mesma e mirou na cabeça do zumbi e acertou, o mesmo não teve reação ou seja, mostrou que eles aparentemente dependiam somente da audição para nos achar, porem Zoro disse que para compensar a falta de outros sentidos, a mesma poderia se tornar “melhor” que a dos humanos depois de um tempo, por fim íamos tomar prova de tudo aquilo que supomos, passando lentamente ao lado do zumbi, sem mata-lo, é claro que isso era arriscado, mas aquele feito poderia salvar nossas vidas no futuro, e foi isso que fizemos, por sorte ele funcionou, determinando que a audição era o “forte” desses monstros, ouvimos então gemidos desses monstros vindos do outro lado do corredor, viramos então e vimos um grupo de três zumbis em volta de um armário, provavelmente haviam ouvido algo ali de dentro, Rain rapidamente os eliminou com seu bastão, e cautelosos abrimos o armário, e encontramos Jean, que chorava desesperadamente.

–Dia 16/08/XX – Narradora Miran

Descendo as escadas correndo eu só conseguia pensar no Oliver. Será que ele estava vivo? Será que não vou ter a chance de dizer que o amo? Será que o perdi pra sempre? Aquilo não podia acontecer, nao saberia como continuar sem ele, mas não podia desistir então engoli o choro e segui em frente.
Eram por volta das nove da manha e uma neblina cabulosa predominava o colégio. Um silencio sombrio e incomum amedrontava minha alma. A cada passo que dava minha esperança diminuía - não podia ser a única ali, pensava. Fui até o campo onde as crianças costumavam ficar. Avistei duas pessoas, me aproximei subitamente. Observei - as por alguns segundos. Nenhum movimento. A neblina dificultava minha visão. Meu nervosismo impedia meu raciocínio. De repente uma mão toca meu ombro, quando me viro, me deparo com a Camila e a Lucy. Um alivio. Não estava mais sozinha.
As duas estudavam junto com Oliver. Vi que a Camila estava gravemente ferida, a perna estava praticamente em carne viva. Não conseguia andar. Sorte que Lucy estava com ela.
Reparei que Cami não parava de me olhar, um olhar firme porém vazio. Ela definitivamente não estava bem.
Decidimos então nos esconder, achar um lugar seguro. Uma missão um tanto quanto impossível. Aquelas criaturas estavam tomando conta de todo colégio. E nao eram meras criaturas, eram enormes, fortes e estavam em uma quantidade absurda.
Camila se apoiou em mim e na Lucy e fomos achar algum lugar que estivéssemos em segurança. Pensei no laboratório de física, mas as condições da Camila não nos permitia ir até lá, pois a sala ficava no terceiro andar. Decidimos entao nos esconder no banheiro.
Estávamos quase lá quando escutei um barulho incomum. Senti que havia alguém nos observando. Uma sensação horrível. De repente Lucy grita, um grito agonizante. Viro para ver o que estava acontecendo e vejo que aquelas duas "pessoas" que estavam no campo na verdade eram os assassinos, os monstros, enfim qualquer que seja o nome deles, seu único objetivo, sem sombra de duvida era nos matar.
Tinha que pensar em algo, e rápido. Eles estavam indo só na direção da Lucy, pareciam só ligar para ela. Então deduzi que os monstros eram guiados pelo som, porque somente Lucy estava gritando.
Olhei ao meu redor tentando achar algo que pudesse jogar para distrair os assassinos, mas não achei nada. O pânico ja estava tomando conta de mim, vi que Lucy estava tentando vencer a criatura. Tinha que agir logo. A única coisa q me restou foi arriscar minha própria vida para salva a Lucy. Larguei a Camila e pedi para ela ficar em completo silencio porque assim não iam vê - lá. Então corri para longe delas e comecei a gritar, a berrar. Bruscamente os assassinos soltaram Lucy e começaram a vir em minha direção. Parei de gritar na hora. Os monstros ficaram mais perdidos do que cego em tiroteio, pois, pelo o que pude perceber eles vão aonde há barulho, e como estávamos todas em silencio eles não sabiam para onde ir. Aproveitamos para fugir, em silencio, obviamente.
Finalmente chegamos no banheiro, sã e salvas. Pude respirar e descansar um pouco, mas o vazio no meu coração ainda permanecia.
Camila estava pálida, sua perna inchada e estava meio fora de si.
Lucy disse para mim com uma voz tremula:
– Acho que Camila foi mordida por uma daquelas criaturas...!
Não iria suportar perder mais um dos meu amigos. Definitivamente não tinha como piorar...



FIM CAPITULO 2.

 

 




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