O Que Vem Depois Da Tempestade escrita por Salow, Entropy


Capítulo 1
Na tua procura, acabei me perdendo...


Notas iniciais do capítulo

Oi, aqui é o Salow e a ideia de escrever essa fic é primeiramente MINHA, mas como o Rô não quis quando eu sugeri antes, só fizemos agora c:
Eu fiz a prosa, ele fez a poesia, cada um na sua "especialidade". Enjoy~



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/378034/chapter/1

Dormia de olhos abertos. Não se achava ali, concentrado, anotando e preocupando-se com o teste que vinha, mas perdido, vagueando com seus amigos sonhos por um túnel imenso feito de infinita existência própria. Bastava apenas um minuto de silêncio e outro tremer de cílio para se mover e se deixar cair em acolhedora utopia: estar mais uma vez com ele.


Queria sempre estar por perto; estar preparado
Queria estar extasiado em emoções simples e sóbrias
Queria apenas alguns acolhedores timbres de lamúrias.
Queria um amor cheio de injúria.



Já fazia tanto tempo e mesmo assim a fantasia perdurava, quase intacta, não fosse pela ação do tempo que aos poucos levava pequenas minúcias a cada escorrer da areia. Às vezes não mais lembrava como ele ria; ou como passeava o dedo por um de seus cachos, enrolando-o e apertando os lábios, tentando manter a timidez em sigilo — tentando! Desesperava-se quando não sabia como era sentir os lábios dele contra os seus ou aquele corpo próximo, emanando calor, viço e fragmentada perfeição. Nestes momentos, insistia em ser chuva.



Chuva que levava por caminhos tortuosos esperanças.
Oh, chuva!
Que lavava e regava a alma quando, por ventura, faltava-me a virtude dos amantes.
Quando, em sentimentos, morria para si e em si.



E então se seguia à bonança, ainda úmido, ainda despreparado — talvez nunca fosse estar —, mas seguia. Era como se precisasse zangarilhar para então se deixar ir, não queria, não queria, não queria, mas devia! Sentia a obrigação empurrar por trás do joelho e pesar nos ombros, então todas as noites dizia a si mesmo que era aquilo que ele desejaria. Imaginava-o dizendo “Vá!”. E ia.



Ventava e ventava...
Em pensamentos, sua cabeça afundava em um turbilhão;
De passo em passo fez de si mesmo o fim, em milhão.
Cansava dos próprios após a dor da tempestade;
Fazia de sangrias coaguladas seu pranto enquanto a bonança seria a majestade.


Isso é o que vem depois do ardor da maldade.



Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Então é isso, esse foi um conto minúsculo nosso e recheado nas entrelinhas que significa mais do que parece. Opiniões? xD

P.S: A primeira frase foi cortesia da Aphrodite Laclair que me soltou essa pérola no twitter ♥



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "O Que Vem Depois Da Tempestade" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.