A Seleção - A Um escrita por LiaAlmeida, Nina


Capítulo 7
Comandante


Notas iniciais do capítulo

Oi gente :D
Minha nossa, tenho que mais uma vezes pedir desculpa por minha demora. A vida está muito corrida e eu quase não consigo postar...
MAS QUERO PRINCIPALMENTE AGRADECER POR TODOS OS COMENTÁRIOS QUE EU RECEBO! VOCÊ SÃO TODOS MARAVILHOSO E ME INCENTIVAM BASTANTE A EU CONTINUAR!
Bem, o que eu posso dizer antes de vocês começarem a ler... A, tá!
Muitos ficaram ansiosos sobre a conversa de America e Elise, e estão certos, todo ponto tem que ter um nó, e não se preocupem nada vai ficar perdido ou sem sentido, mas é claro que em uma vida normal tem sempre um monte de coisas que por hora tiram nosso foco, e acontecem sempre um monte de coisas ao mesmo tempo... então logo, logo tudo estará se encaixando e nada vai ficar para trás!
Aproveitem a leitura!
Bjs
Lia



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Eu estava com um pouco de raiva, não! Talvez muita raiva pelo que Elise me disse. Talvez era ciúmes, não com certeza era ciúmes. O momento que tinha sido mais especial para mim, quando Maxon tinha dito com todas as palavras claras que me amava tinham totalmente ido por água baixo, toda a minha euforia tinha sumido e eu só conseguia querer gritar só de imaginar que Maxon tinha dito a mesma coisa a Kriss.

Tive que respirar fundo algumas vezes para recuperar a calma, mas não importava os motivos de Maxon ter feito isso, para mim não foi legal. Ele tinha usado essas palavras para me fazer perdoa-lo pelo que tinha feito, e nesse momento eu não conseguia levar isso como uma verdade e sim algo que ele fez para me acalmar... Aspen tinha razão eu não deveria ter sido tão fácil... Como Maxon foi sujo em usar as palavras que eu mais queria ouvir com outra pessoa?

Eu estava totalmente perdida nesse jogo, por que eu não conseguia ter alto controle... Precisava levar as coisas mais friamente, eu precisava realmente jogar. Eu apertei minhas mãos em meu rosto respirando o mais profundo que podia.

No final das contas, eu só precisava retomar os meus planos e a conversa com Elise me fez voltar ao meu foco. De todas as garotas, eu era a que tinha menos a oferecer e mesmo fazendo querendo vencer acima de tudo por causa de Maxon, por que eu verdadeiramente estava apaixonada por ele, agora vencer era questão de honra também!

Eu recuperei a compostura e voltei a caminhar lentamente corredores, esperando poder encontrar Aspen. O nosso encontro há pouco tinha sido um tanto ríspido, e não estava pronta para responder todas as questões dele, mas precisava que ele me ajudasse em minha ligação. Precisava o mais rápido possível conseguir todo o apoio necessário.

Eu andei sem sorte por alguns corredores do palácio sem muita sorte então resolvi voltar ao meu quarto esperando amanhã poder encontra-lo, mas não foi necessário esperar. Aspen parecia também querer falar comigo e estava fazendo guarda na porta do meu quarto.

— Não sabia que iria voltar a fazer vigia aqui – comentei parando a frente dele, que estava com cara brava.

— Precisamos conversar – ele falou sem retrucar a minha provocação.

— Sim, precisamos sim! – confirmei. – Eu estava te procurando, mas não sei se é seguro aqui – disse olhando para os lados para ver se vinha alguém. – Minhas criadas devem estar lá dentro me esperando e...

— Não, não estou! – ele me interrompeu e eu fiquei meio sem entender. – Vamos conversar agora – afirmou ele como se a minha preocupação fosse boba.

— Aspen, aqui no meu quarto não! – eu falei quando ele caminhou até a minha porta. – Como sabe que elas não estão ai?- sussurrei com aspereza.

— Não se preocupe, eu mesmo as dispensei! – contou Aspen com a voz baixa, mas não parecendo se preocupar de alguém escutar. – Entre! – ele me disse abrindo a porta e dando espaço para eu entrar.

Eu marchei até a entrada, mas parei.

— Pode aparecer alguém aqui...

— Não se preocupe – ele disse quase debochado, enquanto começava a fechar a porta, me forçando a entrar. – Maxon não vem hoje...

— Como? – indaguei já dentro do meu quarto.

— Maxon acabou de começar a assistir um filme com Kriss – contou contrariado. – Temos pelo menos uma hora...

Eu fiquei com vontade de perguntar como ele sabia disso, mas queria levar o foco para bem longe de Maxon e Kriss para minha própria calma.

— E as rondas? – foi a ultima coisa que eu achei para contestar nossa conversa aqui. – Você não pode simplesmente sumir...

— Parece não estar gostando nenhum pouco do tempo que temos...

— Não tem nada haver com isso! – respondi brava. – Só estou tentando colocar algum juízo em você. Não quero que sejamos pegos!

— Desde quando se preocupa tanta? – ele me desafio.

Eu não respondi, só o encarei esperando uma resposta descente. Ele parecia querer brincar, mas eu não estava nenhum pouco animada para levar uma conversa torta.

Ele bufou, revirando os olhos.

— Eu sou o novo comandante chefe do castelo – ele disse com um sorriso e muito orgulhoso de si mesmo.

— Serio? – perguntei surpresa, quase cética.

— Pois é, apesar da falta de credibilidade que você acaba de demonstrar, eu cheguei facilmente no topo, não vai ter mais ninguém me vigiando daqui para frente, na verdade sou eu que vigio todos agora... – ele ainda estava orgulhoso de si mesmo, mas parecia ofendido com a minha suposta indiferença a isso. – Eu só devo satisfação ao príncipe daqui por diante.

Eu estava realmente de boca aberta com a novidade. Eu não duvidava da capacidade dele de chegar a onde chegou, ao contrario, para mim ele realmente era o melhor, mas ele era tão novo e estava há tão pouco tempo aqui. Como ele conseguiu essa façanha?

Eu levei um segundo para conseguir falar.

— Parabéns, Aspen! – eu disse na minha melhor animação. – Você sabe como eu sou feliz por isso, não é?! – perguntei.

Ele confirmou com a cabeça.

— Eu sempre quis o melhor para você e isso é maravilhoso... – agora estava caindo a ficha. Isso era realmente maravilhoso, depois de tudo o que passamos; o que Aspen sofreu em sua vida, e agora... – Eu nem tenho palavras para dizer o quanto estou feliz por você!

Aspen não respondeu nada, só me observou em silencio, e de repente era como se estivéssemos pensando nas mesmas coisas; no mesmo passado; nós planos; em como tudo mudou; como tudo parece diferente agora; como chegamos até aqui?

— Bem, mas eu não posso deixar de perguntar, como você conseguiu? – eu falei com curiosidade.

Ele ergueu uma sobrancelha para mim, cheio de presunção e seu ego parecia gigantesco:

— Não é só você que pode ganhar a confiança do príncipe – ele disse com um sorriso no canto do rosto, mas uma vez parecendo debochar. – Podemos dizer que sou quase amigo dele, isso é claro, se pudermos considerar que uma pessoa como ele possa ter amigos.

— Há! – eu ri com ironia. – Você amigo dele? – essa eu não poderia acreditar, ele poderia ter ganhado o cargo de qualquer maneira, mas por ganhar a confiança de Maxon... Isso era realmente uma ironia.

— Sim – ele confirmou para a minha total confusão.

— Você não tem vergonha? – eu o acusei com indignação. – Como pode dizer ser amigo dele depois de tudo isso?

— Olha quem fala – disse ele rindo de mim e indo se sentar a minha mesa. – Você vai dizer que é melhor do que eu?

Eu encarei Aspen sentado a minha mesa com o ar tranquilo e debochado, e uma raiva subiu, principalmente por ele ter apontado um erro meu que eu insistia em não querer pensar.

— Não é a mesma coisa! – eu disse andando até a frente dele e cruzando os braços na frente do peito.

— Ah, não é? – ele contestou. – Vai me dizer que contou a ele sobre mim? Sobre eu estar aqui? Sobre nós encontramos? Nós beijarmos... – ele perguntou se apoiando na mesa com o olhar desafiador.

Eu fechei o tempo, e não consegui responder nada. Senti as minhas bochechas queimarem.

Aspen riu e voltou a falar:

— Não é que eu esteja tentando ganhar a confiança dele para traí-lo – ele explicou tirando sua mascara de deboche e superioridade e ficando serio. – Eu realmente quero considera-lo um amigo e ter a confiança dele. Embora ele esteja tentando tirar você de mim, eu o respeito e admiro, e acima de tudo fiz um juramento quando entrei nesse palácio e pretendo cumpri-lo, mas em nenhuma hora eu disse que abriria mão de você e não faria tudo o que pudesse para tê-la.

Eu não comentei nada. Aspen era alguém de honra e eu admirava isso nele.

— Então – ele continuou -, nesse sentido eu não me sinto traindo-o, afinal, ele nem sabe se irá te escolher ou não! – explicou e eu mais uma vez não tinha o que dizer contra isso e acabei me prendendo a ultima frase.

— Ele disse isso a você? – perguntei hesitante.

— Sobre o que?

— Sobre não saber sobre quem ele irá escolher? – perguntei escondendo meu ressentimento.

— Bem, se você quer saber mesmo – disse ele me avaliando. – É sobre isso que eu vim conversar com você!

Eu respirei fundo e me sentei a mesa com ele, me preparando para o que ele iria me dizer.


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Notas finais do capítulo

" Aspen isso é um jogo. Eu faço parte desse jogo e essas são as regras, todos sabem disso!"

" Na verdade é você que não quer desistir dele!"

" Ainda guarda a moeda?!"