A Seleção - A Um escrita por LiaAlmeida, Nina


Capítulo 17
O Meio


Notas iniciais do capítulo

Oiie pessoal tudo certo? Voces vão notar que o que estava na nota final não estara tudo aqui. Algumas coisas iremos colocar no proximo capitulo :D Mas não se preocupem, ainda tem muito chão pela frente. Esperamos que gostem pois só tende a melhorar, eu que pelo menos era uma fã e virou hã uma escritora to amando kkkk'
Se Cuidem ;P
Beijoos ;*



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Eu pedi para ficar um pouco sozinha antes do almoço. Tínhamos acabado de nos despedir das italianas e era tanta informação nova em minha cabeça que se, não tivesse um tempo em silencio para poder repassar tudo o que tinha acontecido nessa manhã, tinha certeza que enlouqueceria.

Nicoletta era tão segura e boa com as palavras, que na hora, eu não consegui capitar os detalhes da conversa. Sua postura era perfeita, seu ar de autoridade e sobriedade também, e as jogadas que ela fazia com as palavras e as situações deixavam todos amarados sem poderem contestar nada.

Na hora que ela veio se despedir de mim não tive como deixar de perguntar o que ela estava fazendo. Sua resposta foi um pouco mais curta do que eu imaginava e mais uma vez, sem deixar espaço para contestar a ineficiência de seu plano:

– America, eles estão em xeque! - disse ela com um sorriso genial. - Agora seu futuro será resolvido em duas semanas.

– Mas se ele não me escolher? - eu contestei, um pouco chateada com essa possibilidade.

– America, sendo honesta - ela disse mudando o tom pra um pouco serio -, você faria uma maior diferença se fosse uma diplomata, e eu gostaria de exigir isso, mas como eu sei tem outras fatores que tornam vencer essa competição algo muito mais valioso pra você, dei a você e a eles essa chance. No fundo esperaria que ele não te escolhesse - ela disse colocando a mão em meu ombro como se disse, “eu sinto muito por isso.”

Eu dei um suspiro tentando ser compreensiva com o ponto de vista dela. Apesar de não entender exatamente por que ela me achava tão útil para ocupar um cargo como esse.

– De qualquer forma, muito obrigada! - eu disse lhe dando uma abraço.

– O prazer foi meu! - ela respondeu retribuindo o abraço.

Após as italianas se despedirem de todos e partirem, vi que o Rei me observava, achei que ele iria vir falar comigo, mas só murmurou algo a Maxon e os dois sairam.

Agora eu estava deitada em minha cama, revisando todos esses pensamentos que não faziam muito sentido para mim. Quero dizer, eu realmente estava entre ser uma princesa e ser uma diplomata… E eu não entendia direito o que era ser nenhuma das duas coisas.

No meu coração eu torcia com todo o desejo para que Maxon me escolhesse e não me deixasse ser nada alem de sua esposa, mas na minha cabeça eu me lembrava de tudo o que eu tinha descoberto sobre ser uma rainha e ainda vacilava com essa ideia…

Por um momento eu senti as lagrimas se formarem em meus olhos. Eu tinha chego até aqui, tinha feito todos os planos possíveis pra ganhar e como poderia estar novamente tão confusa?

–Senhorita - disse Anne entrando no quarto -, já é hora do almoço…

– Eu não vou! - respondi, limpando as lagrimas.

– O que aconteceu? - perguntou Lucy com genuidade. - As italianas não ajudaram?

– Elas ajudaram... - eu disse segurando o choro.

– E isso não é bom? - perguntam todas as três.

– Só que agora eu que não tenho certeza… - soltei essas palavras junto com as lagrimas que não se contiveram.

– Como não tem certeza? - perguntou Lucy se sentando na beira da minha cama.

– Eu só não sei se é isso que eu quero de verdade para mim… Não sei se quero viver pra sempre no meio de governos e… Eu nem sei o que é essa vida!

– Você se sairá tão bem! - disse Anne e as outras duas concordaram. - Lutou para chegar até aqui…

– É normal se sentir assim, senhorita - disse Mary. - Toda as noivas prestes a se casar já se sentiram assim…

Eu funguei um pouquinho.

– Mas não só isso, e as coisas que eu descobri e de como eu vou viver assim? - eu estava mesmo descontrolada e morta de medo.

– A senhorita ficaria feliz se Maxon não a escolhesse? - perguntou Anne.

– Claro que não! - disse como isso fosse uma ideia absurda.

– Então, a senhorita só esta nervosa, mas tenho certeza que ainda sim quer que ele a escolha…

– Irá poder fazer tantas coisas quando se tornar a Rainha - disse Lucy tentando me animar. - Agora que sabe que ele irá te escolher…

– Eu não tenho tanta certeza, ele pode não me escolher… - disse deprimida.

– Mas a senhorita não disse…

– Nicoletta quer que eu seja a nova diplomata e exige isso para dar vantagem… Ah, eu não sei direito…- falei não sabendo como explicar isso a elas. - O fato é que Maxon pode deixar com que eu seja a diplomata o que me deixaria de fora da seleção…

– Mas o que um diplomata faz? - Lucy perguntou.

– Não, você tem que ser a rainha - disse Anne.

– Ele não vai deixar de escolhe-la por isso - falou Mary, para encerar a indignação delas.

– E ainda por cima Nicoletta disse que ajudarei muito mais o nosso pais se fosse uma diplomata… - eu contei a elas já que sabia que o principal fator delas querem que eu fosse a nova rainha era para tentar mudar as coisas.

– Será mesmo que uma diplomata será de muito melhor ajudar? - elas sondaram essa possibilidade.

– A verdade é que eu não sei! - confessei secando com força as lagrimas em meus olhos. - Eu só sei que eu não estou segura sobre nada disso… Ser a rainha era por Maxon… Ser diplomata, bem, não faço ideia… - eu tremi um pouco com a ideia de passar a vida inteira no meio dessa guerra por poder e ainda por cima sem Maxon ao meu lado.

– Queria poder falar com meu pai…- disse como se ele fosse o único que pudesse me aconselhar.

– Mas você não pode! - disse Anne.

– Como não posso? - indaguei brava.

– Agora que só sobraram três as coisas serão um pouco diferentes… - contou Anne com um pouco de receio. - Essa é a prova de fogo, de como se comportam… É como vocês estivessem isoladas pra que Maxon possa fazer a escolha dele sem pressão… Nem as câmeras aparecerão a não ser nas sextas feiras…

Eu respirei fundo tentando superar mais essa nova bomba que havia caído.

– De qualquer forma o meu destino será decidido em duas semanas - eu contei como se fosse as minhas duas ultimas semanas de vida.

– Mas por que duas semanas? - as três se atropelaram para me fazer essa pergunta.

– Foi o tempo que a Princesa deu para eu ser ou não a diplomata… - eu me afundei na cama, com um suspiro. - Se ele não me escolher? Acho que ele não vai… - eu estava sendo demasiadamente pessimista. Mas depois do que Nicoletta fez, achava pouco provável ele me escolher já que pelo jeito ela fazia tanta questão de eu ser uma diplomata… - Eu não quero mesmo ser uma diplomata! - afirmei com raiva.



As coisas foram um pouco estranhas nos dias que se seguiram. Eu fiquei a maior parte do tempo em meu quarto, e para meu total desespero Maxon não foi nenhuma vez me procurar. Hoje era quinta e amanhã será primeira sexta - feira, depois da conversa com Nicoletta chegar e eu não poderia estar mais desesperada.

E eu tinha a leve impressão que todos estavam muito estranhos e indiferentes a mim. Celeste e Kriss apesar de eu ter certeza de que se odiavam, pareciam muito mais unidas em si agora e só me dirigiam a palavra quando era extremamente necessário.

Aspen também sumiu de vista e em um dia que esbarrei com ele, só me falou que estava muito ocupado e cheio de reuniões.

Nessa tarde eu resolvi ficar um pouco na sala das meninas, estava enlouquecendo com a espera e a isolação e peguei Kriss esnobando para Celeste:

– Ontem fomos caminhar ao jardim e ele me falou coisas tão carinhosas… - ela disse e quando percebeu que eu havia aparecido olhou para mim como se estivesse analizando a minha reação.

– America! - disse Celeste. - Resolveu sair do quarto? Já está pronta pra ir embora? - ela riu de sua piada sem graça.

Eu ergui a sobrancelha tentando ironizar o que ela havia dito…

– Por que acha que eu vou embora? - perguntei desafiando.

– Não aparece mais… - ela começou como se estivesse inumerando. - E ouvi dizer que o rei não ficou nada satisfeito com o resultado da conversa que vocês tiveram com a Princesa italiana…

Ela só estava fazendo isso por que não tinha ninguém ali, então como ela também aproveitei a oportunidade.

– Se você soubesse realmente o que conversamos, nunca, jamais falaria algo assim! - disse a ela. - Mas como eu sei que sua santa ignorância é o que te faz agir dessa maneira tão infantil e mesquinha, vou te perdoar! - disse fingindo compaixão.

Ela fechou o tempo.

– Mas o que foi conversado tanto? - perguntou Kriss com um pouco de receio, levando a serio o que eu disse.

– Nada, sua boba, ela só esta tentando nós intimidar - se intrometeu Celeste não conseguindo se segurar. - Eu tenho certeza que a Princesa deve ter dito como odiou a apresentação dela… Aquilo foi realmente horrível!

– Ah é, não foi o que pareceu quando eu terminei - contestei. Nossa como eu tinha raiva dessa menina. - E não precisa falar nada Celeste, mais uma vez eu compreendo que deve ser muito difícil só ter um rosto bonito e nada mais…

– Meninas! - a rainha entrou na sala acompanhada de Silvia e suas amas e estava claro que ela reparou a tensão entre nós.

– Boa tarde Rainha! - disse Kriss como se não estivesse na discussão.

– Boa tarde, Kriss! - repondeu. - America, que bons ares a trazem aqui! - disse ela com gentileza.

Eu fiquei um pouco sem fala.

– Ficar no quarto por dias cansa - eu respondi honestamente, mas totalmente insegura de minhas palavras.

– Que bom que veio se juntar a nós - disse Silvia. - Já iria chama-la pra dizer que devemos estar preparadas para uma escolha do príncipe e que se querem vencer é bom que não fiquem trancadas o dia inteiro em seus quartos… Como perceberam, ou não - ela olhou para mim. - Vocês estão agora a disposição do príncipe, nada pode interferir no relacionamento deles com vocês, por isso que não temos câmeras, convidados, ou cartas para a família…

– Mas Maxon anda muito ocupado…- eu comentei e Celeste pigarreou como se tivesse dizendo uma bobagem. Será que era só pra mim que ele estava ocupado?

Silvia fingiu não ter ouvido o que eu disse, o que me fez ficar nervosa! Porque Maxon estaria me evitando? Não houve muito tempo para pensar, tive de prestar atenção no que Silvia estava falando.

– Enfim, não importa o que Maxon peça ou queria, façam. A reta final é importante para todas, principalmente para quem quer vencer! Ele esta se dedicando ao maximo para dar atenção a todas, façam o mesmo.

Silvia começou a conversar com a Rainha. Então a unica pessoa que Maxon não estava dando atenção era eu… Grande novidade America! - disse a mim mesma. Era claro que ele não iria me escolher e precisava saber se era Celeste ou Kriss que ele queria ficar…

Eu comecei a me dirigir a porta da saída… Afinal esse passeio foi muito pior do que ficar trancada em meu quarto. Nunca deveria ter saido de lá…

– America!

Eu esbarrei com Maxon, quando tinha acabado de sair pela porta.

Eu segurei o choro ao vê-lo. Era uma mistura de raiva, medo e um desejo enorme de implorar para ele me escolher que me fez ficar calada e só querer continuar o meu caminho...

– O que? - ele perguntou não dando espaço para que eu pudesse continuar o meu caminho. - Espera! - ele pediu segurando o meu braço, com confusão pela minha atitude.

– O que?! - perguntei com raiva. - Me deixe ir…

– Precisamos conversar… - ele falou como se não tivesse certeza disso.

– É, e você só lembrou disso agora? - minha voz estava passando a acusação que eu não queria. - Ou estava gastando todo o tempo que tinha com Kriss e Celeste que não restou nenhum tempinho para me dizer que eu estou fora do jogo…

– Não é nada disso! - Maxon agora estava bravo. - Eu só…

– Nada! - eu falei para que ele se calasse. - Não precisa me explicar, ok?! - pedi, não estando afim de conversa, pelo menos não naquele momento.

Maxon soltou um suspiro, tentando buscar a calma.

– Vamos America! - Maxon pediu se virando para o caminho que eu estava tomando. - Precisamos conversar, e acho que deveria ser agora…

Ele pegou em minha mão e eu fiquei muito preocupada com o que ele queria me falar que não tive nenhuma reação a não ser acompanhá-lo.

Eu sequei com a outra mão o meu rosto, já que tinha derrubado algumas lagrimas sem querer e fiquei observando a falta de expressão de Maxon enquanto me levava pelo caminho. Nós chegamos ao banco de nossas conversas’ mais rápido do que eu imaginava.

Agora, depois de tanto tempo que estava sem contato com Maxon, me sentia como se não soubesse como agir perto dele…

– Por favor! - ele pediu que eu me sentasse, assim como ele já tinha feito.

Eu me sentei e olhei pra o céu, sem ter coragem de encara-lo. Ele iria me dizer que eu não iria ser a escolhida, que eu precisava ser a diplomata… E ainda tinha a possibilidade dele saber que eu entrei em seu quarto e brigar comigo… Estava no fim do jogo...

– America, você tem noção do que está acontecendo? - ele me perguntou.

– Não! - eu respondi sem dar o braço a torce e continuei sem olhá-lo.

– Você faz ideia do que significou o pedido da Princesa Nicoletta? - ele perguntou de novo. - Como isso muda tudo?

Eu funguei um pouco, tentando não chorar.

– Sabe, você só poderia ter já me avisado que eu não faço mais parte do jogo… - falei com ressentimento.

– Por que acha isso? - ele perguntou e eu joguei os ombros. - Olha pra mim America… - ele pediu puxando o meu queixo. - Por que acha que isso?

– Você ainda precisa que eu te responda? - falei pra ele com raiva. - Você anda me ignorando, e ainda por cima passa boa parte do tempo com as duas… Maxon, pensei que tínhamos pelo menos uma amizade e que você iria me dizer que as coisas mudaram e não simplesmente mudar comigo, me deixar de lado, como se eu não existisse…

Eu estava chorando, sentia as lagrimas escorrerem pelo meu rosto, Maxon estava perplexo, eu estava precisando desse desabafo, não me importava mais, ja que não seria a escolhida porque iria fingir estar bem?

– América..- Maxon parecia perdido em suas palavras - não queria te magoar ou...fazer você pensar essas coisas. Não é simples assim, precisava de um tempo…

– De mim? Se queria distancia de mim era só falar, pelo menos me desse alguma explicação...

– Não é simples assim - começou Maxon como se essa história estivesse tomando tudo dele. - Meu pai pediu para que eu repensasse bem e eu não o entendo mais - Maxon realmente estava perdido, desnorteado.

– Como assim? Todos sabemos que ele não me quer como rainha! - Depois da conversa que tive com o Rei pude ter a certeza que ele me odiava.

– Ai que esta América, ele quer que eu te escolha…

– O que? - eu que estava perplexa agora.

– Sim América, eu não sei o que há com ele mas não quero fazer essa escolha sem saber realmente o que ele quer com isso tudo - Maxon deu uma pausa e colocou a sua mão na minha mão que estava no banco. - Me preocupo com você e está tudo tão confuso...

– Mas Maxon, seu pai me odeia… - eu disse agora um pouco mais calma com ele, mas muito nervosa com a situação. - Qualquer um sabe que ele me odeia, que ele não me quer nem aqui, imagina como Rainha.

– Sim - ele não teve como descordar. - É isso que me preocupa, as coisas sempre parecem se transformar e o motivo dessas transformações é que me preocupam… A visita da Princesa Nicoletta pareceu complicar tudo e ainda não entendi o que ela quis realmente fazer aqui…

Eu fiz uma careta, também querendo intender isso, e também tentando disfarçar de que eu sabia o motivo que fez com que ela decidisse vir até aqui… No final isso não pareceu uma grande ideia…

– Bem - eu precisava mudar o rumo da conversa -, de qualquer maneira, acho que eu merecia um pouco mais de atenção - voltei ao assunto que realmente estava me incomodando. - Você ficou tanto tempo fora e quando voltou… Você tem ideia de todas as coisas que eu pensei?

– Eu sinto muito! - ele me disse com um sorriso meio bobo. - Eu estava louco para falar com você, pensei nisso em cada momento…

– Então o que aconteceu? - perguntei.

– Eu só estou confuso - ele confessou, o que me fez ficar com pena. - Não sei mais o que devo fazer...

– Maxon, o que você quer? Quero dizer, você me quer? - perguntei sentindo que agora a duvida dele se referia muito mais ao sentimentos dele relativos a mim do que qualquer coisa.

– Claro, eu sempre deixei isso bem claro para você, mas não posso te por em perigo...

– Em perigo? O que quer dizer com isso? Sei que não entendo nada de ser rainha ou diplomata, mas perigo…

– América na situação que voce se encontra, meu pai acha que o melhor para você é ser a rainha - Maxon parecia medir as palavras para tentar me explicar, mas nada o que ele me dizia fazia o menor sentido. -Ele acredita que como diplomata, você teria muita responsabilidade… Mas...

– O que Maxon? Porque seu pai me quer como rainha? - eu não estava aguentando tantas coisas sendo mal explicadas…

– Ele acha que você traria muito problema sendo diplomata! - ele pontuou.

Aah, mas eu nem sabia o que era ser diplomata, como poderia trazer problemas? Eu voltei a olhar pra longe de Maxon não conseguindo acreditar no que ele estava falando… O rei me querendo como rainha?! No final achava que ele não me amava e só estava arrumando um jeito de me tirar do jogo...

– Então, seja sincero- pedi não querendo mais nenhuma desculpa. - Você vai me mandar embora ou me escolher porque seu pai quer?- eu tive que olhar bem nos olhos dele para comprovar a minha teoria.

Ele não respondeu de cara como eu esperava e senti que ele estava hesitando a me dar uma resposta.

– América, queria que essa pergunta fosse tão fácil de responder…

– Tudo bem!- eu agora estava muito sentida. - Não precisa me responder… Mas, no final ainda acho que isso tem alguma coisa relacionada ao que você sente ou não por mim…

– Eu te amo, América! - ele afirmou serio.

– Você me fala isso, mas eu nunca entendi que tipo de amor é esse… - eu estava fazendo de tudo pra não chorar e não acusá-lo de todas as coisas que eu estava guardando.

– Sei que está sentida, me desculpe! - Maxon pediu se sentando mais próximo de mim. - Mas eu preciso que me entenda e que confie em mim…

– Isso não tem nada haver com confiança, Maxon! Droga! - eu falei quando vi que estava chorando. - Eu estou aqui sozinha… Se você não sabe o que está acontecendo, imagina eu? Eu não sei nada sobre ser Rainha ou diplomata, eu estou aqui por você, e eu estou confiando nisso…

– Então continuei confiando! - ele pediu segurando o meu rosto e secando minhas lagrimas, o que parecia começar a virar rotina… - Eu te amo - ele me beijou de leve nos lábios o que me fez esquecer de tudo…- Eu te amo - ele disse mais uma vez e voltou a me beijar.

Como eu sentia saudade daquele beijo, acho que por um momento eu tinha me esquecido como era beijar Maxon: algo doce, carinhos, quente; como se eu fosse algo tão especial…

Eu queria só poder continuar a beijá-lo, mas eu estava chorando, de novo!

– Não chore, minha querida! - Maxon pediu me abraçando.

– Como não vou chorar, se agora mais do que nunca, eu acho que não vamos ficar juntos… - disse pra ele, o abraçando mais forte que podia.

Ele ficou calado, e de novo eu entendi que no fundo ele sabia que eu estava certa.

– Maxon - eu o chamei para fazer uma reflexão. - Será que um dia irie saber realmente quais são os seus sentimentos por mim… - joguei lembrando as outras meninas, principalmente de Kriss…

– O que quer dizer?- ele perguntou acariciando as minhas costas, parecendo querer me tranquilizar.

– Apesar de você me amar… Apesar de você dizer que o único motivo de você não ficar comigo é, ah, todas essas coisas que envolvem ser um rei…

– Sim, América! - ele me afastou para poder ver meu rosto. - Esses são os únicos motivos de eu não poder fazer a minha escolha, por favor não duvide disso! - ele pediu segurando meu rosto.

– Mas o que você sente por Kriss? - eu perguntei sem ter como me segurar. - Vocês parecem tão próximos, gostam das mesmas coisas?

– Kriss? América, por que sempre faz essa pergunta?

– Não, não é a mesma pergunta - eu falei tentando me justificar. - Eu sei que se não for eu, sei que ela que você prefere… Eu só quero saber o que sente por ela? O que a torna especial…

– Não importa ela, America - Maxon falou aproximando seu rosto do meu. - O que importa é o que torna você especial e o que me faz te amar - ele me deu mais um beijo leve, o que era bom, mas me fazia perder o foco de minhas perguntas.

– Nós não temos nada em comum Maxon…- eu ri um pouco pensando na ironia de nossos sentimentos. - Talvez por eu ser teimosa como você! - disse agora eu lhe dando um beijo.

– Talvez - ele riu também. - Mas tudo em você me atrai… Eu não tenho palavras para descrever como eu me sinto quando estou com você. Eu não posso contar o numero de tempo que passo pensando em você e ninguém poderia medir o tamanho da dor que eu sentiria se não pudesse escolher você!

– Maxon! - eu disse o nome dele entre as minhas lagrimas. As palavras dele tinha entrando no meu peito com tanta intensidade…- Como você pode ficar tanto tempo sem falar comigo! - falei brava e só queria beijá-lo agora.



O nosso tempo juntos não durou muito. Logo vieram chamar Maxon e eu voltei solitária ao meu quarto, mas com as esperanças renovadas. Ainda existiam todos os impessilios de sempre para nós separar, mas eu amavava Maxon; amava mais do que imaginava amar e apesar de estar com medo, muito medo de tudo, ainda queria estar aqui.

Existia tantos mistérios que eu ainda teria que solucionar, tantos desafios que eu teria que passar, mas tinha certeza que Maxon valia tudo isso.

No jantar resolvi descer. Estava ansiosa mesmo que fosse só pra ver Maxon.

– O que aconteceu para querer mudar de ideia, senhorita? - perguntou Lucy sorridente, parecendo feliz com a minha felicidade.

– Sabe, eu amo Maxon! - eu disse olhando para os três vestidos que elas seguravam para eu avaliar. - Eu só sei que eu o amo e estou apaixonada por ele, e quero vê-lo e… - eu suspirei me jogando na cama como se não tivesse forças para continuar.

– Vê-la feliz é tão bom! - disse Anne animada.

– Que bom que pareceu deixar de lado as coisas negativas e pensar nas coisas positivas! - comentou Mary.

– Bem - eu disse me sentando e analisando -, ainda não sei se vou vencer… Ainda não sei como será a vida como rainha e muito menos como eu vou viver se não puder ficar com ele, mas resolvi que vale a pena estar aqui e aproveitar cada minuto que eu tenho com Maxon…- disse tranquila.

– É tão lindo o amor! - disse Lucy encantada.


– É, sim! - falei. - Mas agora eu preciso de um vestido bem bonito, preciso estar linda! - disse pulando da cama para me arrumar.


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