Capitulo único.

Às vezes pensamos que a vida é mais que nossas escolhas, mas a verdade é que todas nossas escolhas serão mais que nossas vidas. Cada escolha nossa acabar nos levando a um mundo aonde as coisas são feitas dos nossos destinos.

Para Grissom o tempo e o destino eram inimigos de suas escolhas, por tanto tempo ele a tinha negado. Negado a única mulher que ele tinha amado verdadeiramente, por tanto tempo ela tinha estado ali ao seu lado e ele não tinha tomado uma atitude.

Mas agora era tarde para pensar que eles podiam estar juntos desde São Francisco. Por que tinha dito tantos não para ela? Por que tinha que ter tido tanto medo de viver a vida? Tanto medo de se entregar a esse sentimento tão forte... E tão intenso.

Por medo tinha perdido tantos anos que poderia tê-la ao seu lado. As verdades era que tinha perdido o amor da sua vida, ela tinha ido embora porque tinha medo da autodestruição e não queria que ele visse isso.

Às vezes as escolhas têm consequências, não imediatamente, mas sempre tem. Ele tinha dito não a ela por anos… Mas se tivesse dito sim ela teria estado com ele por todo esse tempo. Ele teria a chance cuidar dela e ela ainda estariam aqui, comigo.

 Mas a verdade era que ela não estava aqui. E nem sabia se ela iria voltar. Ela tinha ido embora, ela tinha o abandonado. Olhar para esse apartamento com algumas coisas dela era como uma facada na ferida aberta. Ela foi embora…

Ainda não conseguia entender, mas ela tinha ido embora e nada a faria voltar para ele. Tinha a perdido para sempre, como poderia viver sem ela em sua vida? Ela era tudo para ele.

Lembrava-se ainda de como tinha se sentido quando viu seus olhos abrirem depois do que tinha passado, quando quase a perdeu para sempre.

Flashback on.

Tinha entrado naquele helicóptero com Sara, as últimas horas tinha sido a pior da sua vida. Ele tivera tanto medo de nunca mais poder se perder naqueles olhos chocolates, aqueles olhos que mostravam quando ela o amava. Aqueles olhos que ele se perdia todos os dias.

Mas ela estava ali e ficaria bem, ela tinha que fica bem. Ela era sua vida, ela tinha trazido luz para sua vida antes solitária. Ela era tudo para mim. Essas horas em que estivera em busca por ela foram as piores horas da minha vida. Não sabe se ela estava ou não vida.

Ela tinha sido tudo para mim. Esperava sinceramente que ela conseguisse se recuperar de tudo que tinha acontecido. Por que alguém estava querendo me atingir através dela? Porque Sara era tudo para mim?

Mas ver o seu mínimo sorriso através da mascara soube que ela ficaria bem e eu sempre estaria ao seu lado. Sabia que teríamos que enfrentar muitas coisas no laboratório, mas tudo valeria a pena por ela.

Flashback off.

Hoje deitado no sofá da sala doente era que sentia mais sua falta. O caso tinha sido bem complicado, mas a verdade era que sentia muito sua falta. Negava a todos, mas sentia como se a melhor parte dele tivesse ido embora para sempre.

Ainda se falavam, mas a verdade era que precisava sentir o seu cheiro, a sua pele, seus lábios nos dele. Queria tanto ela do seu lado, queria Sara cuidado dele, com certeza nem estaria doente se Sara estivesse aqui.

Ela nunca teria o deixado coletar aquelas evidências debaixo de chuva. Além de ter me obrigado a ir para casa nos primeiros indícios de doença, mas sem ela se entregava cada dia mais ao trabalho, para sentir cada vez menos a sua falta e como me vida tinha ficado solitária sem ela aqui.

Quando o telefone tocou pensou que o trabalho o chamava mais uma vez, mas quando viu seu nome na tela sorriu pensando que ouviria mais uma vez a sua voz. Ela era tudo para ele.

-Sara?

-Como você esta meu amor?

-Bem.

-Catherine disse que esta doente.

-Catherine exagera, estou gripado, mas bem melhor.

-Soube que a promotora praticamente te arrastou para o tribunal hoje, não devia ter ido estando doente.

-Ela precisava de mim em um caso.

-Espero que ela respeite que você precisa descansar.

-Já estou descansado em casa.

-Tomou os remédios?

-Sim.

-E chás?

-Sabe que não gosto.

-Mas ajudar muito.

-Vou tomar. Honey?

-Sim?

-Sinto sua falta.

-Eu também.

Logo ouviu a companhia tocar, mas queria continua falando com Sara. Eram raras as ocasiões em que se conseguiam falar.

-Espera um minuto, Honey, vou atender a porta e despachar a visita.

Falava enquanto caminhava e abria a porta nada feliz ,até que vi aqueles olhos castanhos que morria de saudades.

-Vai me mandar embora Griss?

-Esta mesmo aqui?

-Sim. Vim cuidar de você, Griss.

Logo a abracei, pois ela estava aqui para cuidar de mim. Não importava quando tempo demorasse, mas a verdade era que ela estaria aqui comigo. O importava que ela me amava e estava aqui.

-Eu te amo, Sara.

-Eu te amo também.

Fim.