Um Amor Para Recordar escrita por Arabella McGrath
POV ÁRTEMIS
Novamente esse dia chega... Para a maioria, sem importância, quase um dia qualquer. “E para mim?”, você pergunta. Ah, para mim ele é simplesmente maravilhoso! E você me pergunta novamente: “por quê?”. Bom, simplesmente por que é hoje em que encontro Poseidon. Sim, Poseidon, o amor da minha vida.Meu amor, minha vida, minha privada entupida*...
É estúpido uma deusa casta como eu ser apaixonada pelo meu tio, Poseidon. Além do mais, para você que não sabe, ele também é apaixonado por mim.
Todavia, tínhamos que manter nossa relação em segredo e não termos nenhum tipo de contato amoroso durante um ano, exceto por um dia, que, podemos dizer, é bem óbvio: o Dia dos Namorados.
Neste dia em especial fazemos o que todos os namorados sempre fazem: jantam, dão presentes um para o outro... Um dia cheio de carinho. E para nós, deuses, não é diferente. Hoje, eu e Poseidon faremos tudo isso, como sempre e mais uma vez.
Mas você pergunta: alguém sabe disso?
Para tudo existe uma exceção, respondo. A exceção é Héstia, que, aliás, foi a que impôs essa condição a nós. Deixem-me contar desde o começo.
Num dia normal no Olimpo, a não ser pela gritaria de Poseidon e Atena, obviamente, eu estava em meu templo, até ouvir Afrodite pulando e cantarolando em minha porta. Fiquei curiosa e com vontade de saber o que havia com ela.
"Afrodite, o que houve com você?” - perguntei com absoluta curiosidade.
Afrodite assentiu, feliz, como se o que eu tinha perguntado à ela não fosse isso, e sim outra coisa, que seria de seu agrado também.
"Ah, Ártemis... O que me perguntou mesmo?” - perguntou, voando nas nuvens.
Ri de sua cara.
"Estava perguntando o que está havendo com ti, minha cara” - respondi.
"Ah, sim... Bom, de alguma forma, vi o futuro e simplesmente amei o seu, minha irmã!" – exclamou excitada.
"O que há em meu futuro?" - tornei a perguntar. Afrodite gostar de meu futuro com certeza não era algo bom.
"Hum... É bom que a própria Héstia responda, aguarde-a a meia-noite, assim como seu futuro!"
"Como assim?" - perguntei, exasperada. Entretanto, Afrodite já havia sumido.
Fechei a cara.
Naquela noite, fiquei passeando por entre os meus templos e os de Héstia, até que a vi. Com seus cabelos castanhos cor de âmbar, olhos de um castanho que parecia uma lareira acolhedora, e seu corpo de criança. Porém, ela não estava feliz. Pelo contrário, estava extremamente nervosa e chateada.
"Minha senhora e tia Héstia, o que houve?” - perguntei, preocupada.
"O que houve, Ártemis? Ainda pergunta?"- exclamou, com raiva.
"É claro... O que está havendo?"
Assim, Héstia contou-me sobre o que aconteceria em meu futuro: que me apaixonaria por Poseidon e que não seria mais casta.
E, para não estragar a reputação que nós - as castas - temos, propôs isso: apenas num dia poderíamos consumar nosso amor. Esse dia, quando finalmente nos apaixonamos, foi dia 12, que mais tardar tornou-se o Dia dos Namorados. Uma coisa realmente engraçada, sempre rio quando penso nisso.
"Ártemis... Tudo bem, meu amor?” - sequer tinha percebido a presença de Poseidon, mas fiquei feliz. Ele abraçou-me por trás e me beijou. Decidi perguntar uma coisa que me trazia dúvidas sobre o nosso relacionamento há tempos.
"Poseidon... Você me ama? – perguntei. Ele me olhou de um jeito que eu não conseguia entender. - "Ama?" – tornei a perguntar, quase chorando.
"Claro que eu a amo, Ártemis!” – ele exclamou, me dando um beijo. - "E você me ama?"
"Só amo você, Poseidon, e ninguém mais" – respondim, sorrindo.
Uma vez e só mais uma vez para consumarmos nosso amor...
FIM
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!