A Bela Fera escrita por tsu-san
Notas iniciais do capítulo
Olha eu aqui de novo ♥
Espero que gostem desse cap e me pordoem qualquer erro, ok?
Enjoy~
Nathaniel estava em choque. Olhava as arvores a sua frente e sentia um frio petrificante encher a sua alma.
Ele havia compreendido bem?
Olhou para a garota ao seu lado. Ela sustentava um ar triste, fitando o vazio e esperando uma resposta.
Quando não a obteve, virou seu olhar vazio de encontro ao da fera e voltou a falar.
–Nós não podemos ficar aqui, pelo seu próprio bem.
Levantou-se e, com um sorriso triste, encarou a fera e lhe disse, pouco antes de virar-se e começar a andar.
–Obrigado por tudo. Foi bom... Ter te conhecido.
O desespero o despertou de seu transe e ele se levantou, segurando o braço da garota.
–Espere!
Ela parou, mas não falou nada. Esperou que a fera completasse sua linha de raciocínio.
Demorou um pouco, mas ele se pronunciou.
–Explique direito... A sua maldição.
Sim, ele se deixou levar por uma única palavra. A única em comum entre eles.
Ela sorriu e passou a guiá-lo, como se fosse ele o cego.
–Siga-me.
Foi tudo que dissera.
Levou-o pelo jardim mal cuidado, soltando-o ao se deparar com um corredor de roseiras. Estavam secas e sem flores, somente os espinhos haviam sobrado. Esticou os braços ao lado do corpo, encostando as mãos levemente nas duas cercas vivas.
E, sem falar uma única palavra, se pôs a andar lentamente.
A cena vista pela fera era simplesmente fascinante. Um brilho esverdeado havia tomado conta da cerca a partir do ponto onde ela tocara e se espalhava. Por onde passava, podia ver as roseiras revivendo, crescendo, dando flores. O vento soprava em seu rosto e trazia o odor das rosas.
Como? Ele não sabia.
Ela andou por alguns metros e então virou a cabeça levemente em direção ao senhor do castelo.
–Vê? Não é lindo?
–Sim... Muito lindo...
Mas ele não se referia apenas ao jardim. Não... Ele via aquela garota, tão frágil, tão bela... A cena jamais seria perfeita sem ela.
Pobre fera.
Está começando a cair em um sentimento perigoso. Perigoso demais para um coração tão imaturo como o seu.
Mas ele não podia evitar, não é?
Celliny voltou a falar, calma e doce.
–Este é o meu poder e minha sina. Posso controlar a energia dos seres vivos ao meu bel prazer, sem restrições ou condições.
–É tão bonito...
–E perigoso.
A garota parou e virou-se para Nathaniel.
–Você... Não está conseguindo mensurar o risco que corre, não é?
–Como algo tão belo pode ser tão mortífero?
Deixou os braços caírem ao lado do corpo e andou em direção ao senhor do castelo, a voz adquirindo um peso do qual a fera jamais imaginaria ser possível.
–Existe energia dentro de todos nós. E nós precisamos dela em movimento para poder viver. Se eu posso controla-la livremente... – parou em frente ao nobre e puxou-lhe a cabeça para baixo, segurando seus pelos e sussurrando em seu ouvido. – Também posso matar sem ferir, não é?
Todos os pelos do corpo da fera se eriçaram e ele se viu sem fala.
Com um sorriso sádico e solitário, soltou-o, passando por ele cambaleante e parando a alguns metros de distancia, ainda de costas.
–Obrigado pela ajuda. E sinto muito.
Este é o ponto crítico da história. Afinal, uma coisa é se envolver com uma garota para se livrar de uma maldição. Outra completamente diferente é por a mão no fogo por algo, não, alguém que não consegue compreender.
Mas não é aqui que está a beleza?
O mistério, o desconhecido, a imensurável e sensual sensação de poder descobrir algo jamais imaginado.
E ele se sentia mortalmente atraído.
Talvez, mas só talvez, tenha sido o “não saber” que o fez correr para dentro do castelo a procura da morena. Ela, mais do qualquer outra mulher que já estivera em sua frente, despertou-lhe a curiosidade. De saber mais, de conhecer, de aprender sobre um mundo que não deveria existir.
E ele a encontrou. Já estava com os irmãos, quase na saída do castelo, portas abertas para o adeus. Mas Nathaniel gritou e se fez ouvir.
–Espere!
O quarteto se virou para encarar o senhor do castelo.
Um lobo, um amaldiçoado.
Um homem belo e de olhar dominante, um vampiro.
Um garoto de olhar febril, um lobisomem.
Uma garota sem luz, algo além de uma bruxa.
Um grupo singular e de irresistível sensualidade, diga-se de passagem.
A fera recuou, pelo menos em sua mente. Sentia-se intimidado, como qualquer ser humano se sentiria em seu lugar. Mas limpou a garganta, respirou fundo e voltou a se pronunciar.
–Fiquem... mais uma noite.
Os garotos trocaram um rápido olhar e o mais velho se pronunciou.
–Tem certeza? Você sabe... O que nós somos.
–Sim... Passem aqui apenas mais uma noite.
E, como sempre, a fala que mais pesou foi a de Celliny.
–Por quê?
Por quê?
Não sabia. Pensou por um momento e falou a verdade mais superficial que podia responder a pergunta.
–Eu quero... Entender. O mundo fora desse castelo, o que vocês passaram... Tudo.
Ela sorriu.
“Não é só isso” é o que passou pela cabeça da garota.
Mas se deu por vencida e, com um sorriso, aceitou a oferta.
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
E então? O que acharam desse lado da nossa protagonista? Eu amo, sinceramente ♥
Quero agradecer a todos que leem essa história e pedir por reviews e (se eu for digna para isso) recomendações. Aceitam esse pedido encarecido de uma autora carente? -qqq