A Bruxa Cega. escrita por JéssHiddleston


Capítulo 3
Capítulo 3.


Notas iniciais do capítulo

Antes de lerem o capítulo: Desculpem mesmo por estar tão pequeno. Eu tentei fazer algo maior, só que não consegui nada, juro que tentei. E, a história de Petyr estava melhor na minha cabeça, é.
Boa leitura e me desculpem qualquer erro.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/376356/chapter/3

Já estava escurecendo quando Dany pode, finalmente, ouvir Hagrid assoviar uma canção enquanto vinha em direção a casa. Hagrid parou por um segundo, se perguntando o que Dany estaria fazendo aquilo, sendo que ela iria se encrencar por estar fora do castelo naquela hora.

–– Dany? –– ele perguntou, enquanto se aproximava mais. –– Tem que ir embora, sabia? Vai ter sérios problemas se continuar aqui.

–– Hagrid, eu quero que você me diga. –– ela disse. –– Me diga tudo, e não esconda nada. Porquê meu pai não voltou para casa ainda.

Hagrid se espantou ainda mais ao ouvir aquilo. As pessoas não gostavam de ficar comentando sobre Petyr, principalmente porquê sabiam que uma hora ou outra, a notícia e os detalhes acabariam chegando aos ouvidos de Dany.

Ele não respondeu, apenas abriu a porta e olhou para os lados enquanto ajudava ela a entrar. Sabia que podia estar fazendo a coisa errada, mas esconder tal segredo era crueldade.

–– Então... –– começou Hagrid, olhando para Dany que sorria enquanto segurava com força a coleira de Pichi, para que este não voasse em Canino. –– Vou te contar a verdade, mas esse será nosso segredo.

–– Sem problemas. –– ela disse. –– Agora fale, por favor.

–– Eram tempos totalmente difíceis. –– ele começou. –– Onde as pessoas tinham medo até de saírem na rua sem que suas varinhas não estivessem em mãos, seus pais souberam muito bem o que era isso. Você nasceu em meio ao caos, o desespero e o sofrimento da primeira guerra que tivemos. Você-Sabe-Quem tinha ganhado, e quem negasse, estava mentindo para si mesmo.

“Você nasceu um pouco depois de sua avó, Myrcele, ser assasinada por um comensal. Foi então que Você-Sabe-Quem mandou uma mensagem para todos os bruxos: “Entreguem-me um familiar especial, e eu lhes darei a paz.”, ele disse exatamente assim e Petyr foi o primeiro á se voluntariar para ser sacrificado. Jane até tentou o impedir, mas ele apenas sorriu e disse “Viva, e conte para ela que eu saí, mas que logo estou voltando.”.

“Depois de Petyr pular a janela, nunca mais foi visto. Até tentamos o encontrar, foram mais de meses procurando seu corpo, mas nunca conseguimos. Ainda fazemos a busca em segredo. Jane teve que agüentar a morte do seu pai, e ainda inventar-lhe mentiras de que ele um dia ainda voltaria para casa. Todos nós mentimos para você, todo esse tempo. Jane nunca deixou uma lágrima sequer cair, não enquanto estava em sua frente, mas nas reuniões que tínhamos, ela sempre chorava descontroladamente.

“Existem boatos, que o tal comensal que matou sua avó, foi o mesmo que matou seu pai. Você-Sabe-Quem não levantaria sua varinha para Petyr, não com ele sendo mestiço. Dizem também que o comensal era pálido e loiro, mas ninguém nunca conseguiu desvendar esse enigma. Essa é a verdade sobre Petyr.”

Dany não conseguia falar. Queria, mas nada saía de sua boca, nenhuma palavra sequer. Todos esses anos, ela vinha achando que o pai viajava pelo mundo, salvando e ajudando as pessoas e acabando com as ameaças de Você-Sabe-Quem poder voltar. Mentira, tudo mentira, essa era a verdade sobre a vida dela e no que sempre acreditara.

–– Obrigado. –– ela disse, e foi capaz de sorrir. –– Bem, agora eu vou, antes que seja pega.

–– Quer que eu vá com você? –– sugeriu. –– Já está escuro demais, e Pichi não é tão bom a noite.

–– Claro que não! –– ela respondeu, já se levantando. –– E para sua informação, Hagrid, Pichi é ótimo a noite.

Ela mostrou língua antes de abrir a porta e recomeçar a caminhar para dentro do castelo. Concluiu que era mentira sobre Pichi ser ótimo a noite, já que o próprio estava topeçando mais que ela. Imaginou como seria quando chegasse, todos os sermões que Hermione falaria. –– “O que você tem na cabeça?! Eu fiquei preocupada, sabia? Imaginando que você poderia se encontrar com qualquer uma dessas criaturas que tem naquela floresta!” –– Só de imaginar, já dava-lhe dor de cabeça.

Dany esbarrou em algo, e ficou completamente parada, achando que havia mesmo se econtrado com alguma criatura. Se fosse o caso, ela preferia que fosse com um centauro. Sabia que os centauros não eram criaturas pela qual poderia se brincar, que raramente sabiam o que era educação e nunca seriam calmos, mas ela adoraria poder algum dia, passar a mão sobre algum.

–– Deveria olhar para a frente, Hall. –– reclamou Draco, limpando as mãos na calça, como se o que estivesse esbarrado, fosse algo nojento e não Dany. –– Ah, é, me esqueci, você é cega.

–– Obrigado pelo elogio. –– disse, fingindo uma cortesia com um vestido invisível. –– Draco Malfoy, né?

–– Ao menos sabe meu nome. –– ele disse, e ia se afastando aos poucos. –– Tomara que lhe peguem.

–– Tomara que lhe peguem, também, Draco! –– ela gritou, sabendo que ele deveria estar longe.

Quando entrou na sala comunal, logo foi preenchida por perguntas de Hermione e o mais estranho para ela: por Harry. Ela respondeu tudo rapidamente, e subiu para o quarto, até porquê estava realmente cansada. Pichi havia ficado lá embaixo, em frente a fogueira, como ele adorava, mesmo quando esivesse fazendo muito calor.

–– Quem é Draco Malfoy? –– perguntou Dany, praticamente gritando.

–– Uma pessoa que você tem que evitar fazer amizade. –– respondeu Hermione.

–– E porquê não? –– voltou a perguntar, ouvindo Hermione bufar em sinal de impaciência.

–– Não sei. –– confessou. –– Mas pergunte ao Rony, ele provavelmente deve saber.

–– Ah... Ok. Boa noite. –– disse por fim, se virando para o outro lado.

Dany acordou mais de duas vezes na madrugada, sonhando com seu pai, mesmo que não soubesse como ele deveria ser. Imaginando ele, de frente á Você-Sabe-Quem e sendo morto pelo tal comensal que Hagrid havia falado. Estava disposta a fazer algo, além de ficar escutando Hermione lendo os enormes livros para ela, queria descobrir quem havia matado seu pai. Por isso, ela se virou novamente e disse:

–– Me acorde mais cedo amanhã, Hermione. Tem uma que eu tenho que fazer.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "A Bruxa Cega." morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.