Deus Ex-machina escrita por Kimonohi_Tsuki


Capítulo 1
Capítulo I a. JH – A História de uma Estória.


Notas iniciais do capítulo

Faz algum tempo que queria escrever essa história. Achei a oportunidade perfeita e finalmente posso colocá-la em prática! ;3



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Ano 2013 d.C

Era como...O fim do mundo num ensolarado dia de Agosto, por mais paradoxo que fosse a situação..

Não...Era exatamente isso mesmo...Um paradoxo... Por que Japão estava, de fato, frente a uma das maiores invenções da humanidade...E ao mesmo tempo gostaria de nunca ter aceitado o pedido de Alfred e vindo conhecer essa aberração.

- Gostou?! – Questionou o estadunidense mais feliz que uma criança em dia de festinha. Comparações à parte.

- Eu...- Hesitou...Não é por menos, estava frente à uma cabine telefônica, dessas recorrentes antigas do País do ocidental, com a bandeira dos Estados Unidos...Claro, mas não era uma cabine comum... – E-eu...Não...Sei o que dizer...

- Eu seeei! É fantástico não é?! – Abriu novamente a cabine mostrando todos os equipamentos complicados que a diferenciavam de uma cabine comum. – Eu desejava uma desde que era pequeno! Quando Inglaterra contava, e contava suas histórias de pirataria! Agora podemos vê-las com nossos próprios olhos.

Japão teve que sentar-se um pouco, para recobrar a respiração e tentar acalmar seu coração.

Uma maquina do tempo...Estados Unidos criara uma maquina do tempo... ESTADOS UNIDOS!

Por alguns instantes cogitou avisar Alemanha, acionar todos os alertas vermelhos que possuía a humanidade, esse era o fim do mundo, com certeza, tendo em mãos esse poder...Poder mudar a história a seu bel prazer...O mundo inteiro estaria, ainda mais, em suas mãos...E talvez mesmo séculos antes...!

- Alfred-san... – Chamou até mesmo pelo nome, sua alcunha, à procura de alguma alternativa que não atacasse sua altaneira. Mordeu a língua de tanta assonância com a repetição de tantos "A's" num trava-língua mental. Respirou fundo, e interrompeu o monologo sobre os incontáveis usos que a maquina poderia ter - ...Alfred...Isso não é realmente...Você sabe que...Q-qualquer mudança que você fizer pode...P-pode...

- Descobrir os grandes mistérios que a arqueologia até hoje não alcançou! EU SEI! ISSO NÃO É DEMAIS?!- Definitivamente parecia uma criança, saltitando enquanto digitava todos os tipos de botões cantarolando uma canção de Elvis.

O asiático não respondeu, franzindo as sobrancelhas... Não era possível que a ideia de dominação mundial não tivesse passado pela cabeça desse imperialista...

- ...O único defeito dela, é que podemos viajar só até antes de eu nascer... – Colocou murchando um pouco sua expressão de felicidade e fechando a porta da cabine - .. Bem, e um objeto datado para o transporte à época, mas quanto a isso temos museus suficientes para buscar o material.

Honda era uma pluma, metaforicamente falando, claro, com esta informação, ou seja, nada de guerras alteradas, ou intensificadas, ou trapaceadas... Ou ao menos... Desses últimos 500 anos.

- ... Por que...? – Foi a única pergunta que ocorreu ao inteligentíssimo asiático naqueles momentos, lembrando-se de como se respirava.

- A maquina usa meu DNA – Estados Unidos puxou uma caixa para sentar-se em cima, estavam em sua oficina, medianamente simples embora bem equipada, no sótão de sua casa. A maquina, no entanto, devia ter sido produzido num laboratório hitech que Alfred não mostraria sequer para Arthur, seu atual amante - Uma célula que acaba de ser resultante de um processo de mitose, assim, a maquina sabe a que exata época trazer-nós de volta. O mesmo processo funciona para a época que queremos ir, mas ela avalia a época pelo carbono 14, para melhor localizar os eventos e não ocorrer falhas.

Honda respirou fundo outra vez, por pouco pausada que fosse a fala do estadunidense e entusiasta como a de uma cientista maluco...Embora Alfred SIM era um. O japonês conseguiu entender a explicação.

- ... Então... – Optou por tentar deduzir os motivos, como bom asiático que era- ...Se você tentar ingressar numa época que...Você mesmo esteja presente, o DNA pode entrar em conflito...

- Exatamente! – Animou-se, tendo a certeza que escolhera a pessoa certa para seus planos. – E como eu provavelmente seria desintegrado no processo, prefiro não arriscar!

Por um instante fugaz, Japão imaginou a personificação de Estados Unidos explodindo em trilhares e bilhares de partículas... O que não era nenhuma hipérbole, definitivamente não era exagero, poderia acontecer... E quem sabe em um acidente fatídico...

- E por que você me chamou aqui Estados Unidos...? – Tentou apagar os pensamentos revolucionários de sua cabeça, lembrando-se de Arthur, o quanto sofreria... E de todas as formas, a morte de Jones muito provavelmente não causaria grandes danos no território "Estados Unidos", mataria apenas sua prosopopeia...

E esse jovem, como pessoa, não era assiiiim, de todo o mal...A maioria das vezes... Quando não provocavam, estando calmo, e sendo escutado...Certo, a gradação não estava ajudando na defesa do menino.

- Isso não é óbvio?! Você é o mais inteligente que eu conheço! Depois de mim, of course! E conhece bem de história! Além do que, não ficaria horas tentando me convencer do contrário ou dizer que tudo isso é uma grande idiotice ou loucura!

Mas sim, o País asiático quis dar-se a entender que isso tudo era uma idiotice e loucura sem dizer necessariamente essas palavras, mas a elipse não fora notada... Esquecia que Jones simplesmente NÃO SABIA ler o ambiente.

- ...Eu concordo...- E queria matar-se por suas palavras, isso sim é um paradoxo! Mas pelo que havia entendido...O americano podia meter-se em qualquer época que não estivesse presente, assim sendo, os outros americanos e oceânicos estavam salvos...Mas ainda tinha que proteger seus milênios das garras ianques.

- ÓTIMO! Eu sabiiia que você iria aceitaaar! – Correu e pulou em cima do japonês, mas levantou-se quase em seguida para que o mais velho não levantasse exclamando "VOCÊ TERÁ QUE ASSUMIR A RESPONSABILIDADE DISSO!" como se de um abraço fosse engravida-lo...Hunf, asiáticos, tão hipérboles. – Eu até mesmo já comprei nossas passagens aéreas! E você pode me ajudar a encaixotar a maquina para podermos leva-la no avião!

- ...Oi...? – Tinha a impressão de ter perdido algo na linha de raciocínio do menor – Passagens aéreas...?

- Sim! Precisamos de objetos para que a maquina nos leve para alguma época! E como eu não quero arriscar nenhuma das minhas preciosíssimas peças históricas, vamos visitar o cara mais museu que conhecemos! E eu aposto que você consegue fazer Grécia dar-nós algumas coisas! Deve ter coisas de toooda Europa! Quero saber mais principalmente do meu Artie! Ele sempre vive me criticando que eu nunca me interessei realmente por sua história, e por isso sou um pirralho ingrato. Quero saber mais sobre todos! Como eram, e se o que contam e alardeiam é realmente verdade. E vou mostrar a todos que eu sei muito mais do que eles jamais imaginariam!

E com este discurso, Japão teve a certeza que não poderia recuar mais...


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado, nos lemos o/