A Little Surprise escrita por RHathaway


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Sempre estive com esse final na cabeça, agora ele foi pro o Word e está postado aqui, finalmente.
Espero que gostem!
Boa leitura!



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-... Estes serão os guardiões que irão nessa expedição. Alguém não pode ir? – ninguém se pronunciou - Como responsável pela expedição o Guardião Dimitri Belikov.

                Isso chamou minha atenção, eu não esperava ser escalado para esta expedição. Os convocados iriam visitar as casas de morois e dhampirs, procurando possíveis candidatos pra se tornarem guardiões e verificar se os morois estavam seguros.

                Hans, quem dirigia a reunião, nem perguntou se eu concordava ou não. Nos últimos nove meses eu trabalhara como um burro de carga, a rainha conseguira uma vaga na faculdade Lehigh para a Princesa Dragomir e Rose foi junto com a amiga como sua guardiã. Eu havia desistido de ser seu guardião, e apesar de ninguém intender o porquê eu não tive que lidar com grandes interrogatórios sobre o assunto.

                Esse era o quinto e ultimo ano da faculdade de Vasiliza e finalmente minha Roza voltaria para mim, isso aconteceria em três dias. Dizer que eu estava ansioso seria uma mentira, eu havia preparado uma surpresa pra ela e estava com medo de que ela não concordasse ou não gostasse.

Nós não havíamos conversado muito nesses nove meses, a rainha dera um jeito de ocupar cada fim de semana ou feriado de Princesa Dragomir, não era segredo que Tatiana tinha interesses políticos nela, houveram poucas ligações e nenhuma vez Rose havia conseguido vir a Corte. Eu estava louco de saudade dela.

- Com licença, Guardião Hans, quando começará e terminará essa expedição?

A surpresa de Hans era palpável.

- Como eu já disse antes, vocês partirão daqui a quatro dias e voltarão quando terminarem de visitar todas as casas. Provavelmente três semanas. – não havia jeito de ficar com Rose durante um único dia e ir embora.

- Sinto muito, mas não poderei ir nessa expedição.  – Hans não era o único chocado ou surpreso agora.

- Isso é inesperado... Tem certeza Guardião Belikov? – Sim – disse sem hesitar.

- Tudo bem... Guardiã Ryan você pode ir no lugar de Belikov? – Claro – também respondeu também sem hesitar.

Depois de organizar toda a expedição, Hans começou a montar os turnos da próxima semana e eu novamente voltei a falar:

- Eu gostaria se for possível, me manter afastado dos turnos por umas duas semanas...

- Querendo umas pequenas férias em Belikov, não tem problema você trabalhou mais que qualquer um de nós esses últimos meses... Nessa época do ano é difícil com a chegada de morois e dhampirs importantes, principalmente com a presença da Princesa Dragomir na Corte... Mas conseguiremos deixar você de fora pelas próximas semanas

- A princesa Dragomir já chegou a Corte? Seu voo não estava marcado pra sexta? – perguntei desencostando da parede.

- Seu voo foi adiantado, ela desembarcou pouco depois de começarmos essa reunião.

Senti um pequeno sorriso se formar em meu rosto. Roza estava de volta. 

_____x______

                Eu fui o primeiro a sair quando a reunião terminou. Encontrei-a na cafeteria da Corte. Ela estava de costas pra mim e conversava em pé com as pessoas sentadas na mesa em frente a ela, que riam. Mais tarde eu perceberia que era Hans, Abe, Janine, Tasha, Cristian, Vasiliza e outros dois guardiões, mas naquele momento eu só tinha um objetivo em mente.  Minha Roza.

                Quando estava mais próximo a ela, ela interrompeu o que estava dizendo e se virou na minha direção como se sentisse minha presença. Um enorme sorriso se formou em seus lábios e antes que ela pudesse proferir qualquer palavra eu a agarrei.

                Meus braços circundaram sua cintura, levantei-a, tirando seus pés do chão, e esmaguei minha boca contra sua. Fazia nove meses que eu não sentia seu gosto, seu cheiro, seu calor. Fazia semanas que eu não via seu rosto nem ouvia sua voz. A queimação constante em meu peito desapareceu quando a toquei. Finalmente eu voltei ao meu lar, voltei a encontrar minha paz. Finalmente eu estava nos braços da minha Roza novamente.

                Eu a beijei profundamente, com tudo que eu tinha. Minha mão esquerda envolveu aqueles fios sedosos, longos e negros. Eu amava cada pedacinho dela. Eu tinha ficado desesperado sem sua presença e tinha ficado quase louco por não poder toca-la ou beija-la. Me joguei no trabalho, fiz centenas de turnos tentando esquecer o vazio em minha cama, na minha vida. Eu amava Roza mais que tudo. Eu faria qualquer coisa por ela.

                Quando consegui parar de beija-la enterrei meu rosto em seu pescoço e inalei seu cheiro delicioso. Como eu poderia viver sem isso? A resposta era simples, eu não podia. Meio incoerente fechei os olhos e sussurrei em russo o quanto a amava e sentira sua falta.

                Ela riu suavemente e sussurrou no meu ouvido: - Eu também senti sua falta, Dimitri. Mas agradeceria se me colocasse no chão. – disse com carinho.

                Foi quando percebi que estávamos em publico. A cafeteria que por causa do horário estava cheia estava e em um silencio chocado. Os guardiões, Hans, Cristian e Tasha mantinham o rosto sem expressão. Janine estava chocada e brava, mas não tanto como Abe que me dava um olhar ameaçador, ele estava morando na Corte agora. E Vasilisa Dragomir era a única pessoa que sorria algo me disse que Rose havia contado a ela que estávamos juntos. Eu não podia me importar menos com a reação das pessoas ao meu redor.

                Delicadamente a pus no chão e coloquei uma mecha do seu cabelo atrás da orelha. Mas mantive um braço envolta da sua cintura. Cumprimentei as pessoas com um simples aceno de cabeça e arrastei Rose pra fora dali.

                - Acho que demos um show, em Camarada? – eu apenas grunhi.  Fiz a volta no prédio e a empurrei contra a parede e voltei a beija-la. Eu sabia que não estava pensando de forma racional, mas eu fora privado do toque, do carinho de Rose por tempo demais.  

                Quando nos afastamos em busca de ar, encostei minha testa na testa de Rose e sorri pra ela.

- Tenho uma surpresa pra você – disse suavemente.

                - Mais surpresas? O que é?

                - É surpresa, não posso contar. – ela bufou irritada. Tirei um pedaço de pano negro do bolso.

                - Que é isso?

- É uma venda. – ela arregalou os olhos e fingiu estar chocada.

- Escute aqui, camarada, se você desenvolveu um fetiche por bondage enquanto eu estava fora, vamos ter que ter uma conversa séria.   

- Roza! – disse chocado, ela gargalhou quando viu que eu estava ficando vermelho. Eu a vendei e comecei a guia-la na direção que estava sua surpresa.

Agora eu estava nervoso. Eu não sabia qual seria sua reação a minha proposta. Não sabia se ela aceitaria ou se ficaria furiosa e ultrajada.  De repente comecei a achar que tinha feito besteira. E se ela não gostasse? Ou não estivesse pronta pra isso? Se achasse que devíamos ter decidir isso juntos? Senti o medo rastejar pela minha pele enquanto aqueles pensamentos traiçoeiros invadiam minha mente.

Respirei fundo e me obriguei a me acalmar. Se ela não concordasse eu aceitaria e continuaríamos de onde estávamos até que ela estivesse pronta. E agora não dava pra voltar atrás, o corretor disse que estava tudo ok e nós estávamos muito perto do nosso destino.

Quando finalmente chegamos e tirei sua venda e esperei sua reação.

- O que significa isso? – o amor da minha vida perguntou encarando a casa que eu havia comprado pra nós. Respirei fundo, muito fundo e reuni coragem.

- É uma casa.

- Isso eu já percebi. – Roza disse com ceticismo.

- Vasiliza vai morar na Corte, não é?

- Sim, ela vai. – ela disse com um tom cauteloso.

- E você sendo sua guardião vai morar aqui com ela, certo?

- Você sabe que sim Dimitri! Por que não diz de uma vez o que quer dizer?

- Eu comprei essa casa pra nós. – ela se virou e me encarou chocada. Foi aí que eu comecei a tagarelar. – Eu queria que tivéssemos um lugar só nosso. Onde pudéssemos transformar num lar, voltar depois dos turnos, ficar juntos. Eu não gosto de ficar em dormitórios e quartos diferentes no prédio de guardiões. Eu queria ficar próximo de você e...

Quando olhei pro seu rosto comecei a gaguejar, além de tagarelar.

- Se você não estiver pronta pra dar esse passo e-eu entendo. Nós podemos nos mudar quando v-você quiser. Quer dizer é uma casa, ela não pode levantar e sair andando, certo? Ela vai estar quando você decidir ou não que quer isso... – antes que eu pudesse continuar meu discurso gaguejado, Rose me beijou. Seus lábios encontraram com os meus furiosamente e rapidamente.

                - Eu amei a casa. Quer me mostrar como ela é por dentro?

Eu apenas acenei, e peguei sua mão entrelaçando nossos dedos. A casa, na verdade era um pequeno chalé de dois andares. No debaixo ficava a sala, a cozinha e um pequeno rall, no andar superior ficava o quarto e banheiro. Os móveis eram simples e de madeira clara. Na sala tinha uma estante grande encostada na parede com uma teve e alguns DVDs e livros nas prateleiras. Quando passamos por ali sussurrei.

- Eu quero encher essas prateleiras com fotos nossas e de nossos amigos.

Na cozinha tinha alguns armários, uma pia de aço, um fogão elétrico, um microondas e uma geladeira. Foi quando chegamos ao quarto onde havia uma cama de casal, uma penteadeira, um guarda roupa, uma escrivaninha e uma cômoda com um abajur em cima, que Rose se virou pra mim. Havia lágrimas Em seus olhos e um sorriso em seus lábios. Ela se jogou em mim novamente.

- É linda, Dimitri, linda. – sussurrou me abraçando – Eu quero morar com você, meu deus, eu te amo demais. Você não poderia ter escolhido um lugar mais lindo ou especial pra ser nosso lar.

Alegria, paixão, desejo e um imenso amor surgiram furiosamente em mim. Aqueles sentimentos que haviam sido soterrados pelo medo exigiram seu espaço de volta e o ganharam. Eu amava demais a mulher a minha frente. Ela era tudo pra mim.

Colei nossos lábios e deslizei minhas mãos por seu corpo. Ela era tão, tão linda. Seu sorriso, seu olhar tudo me encantava nela. Tudo fazia com que eu a amasse ainda mais. Tirei suas roupas e beijei cada centímetro do seu belo corpo. Roza tinha curvas mais lindas e deliciosas de que qualquer outra mulher. Eu adorei cada milímetro da sua pele, enquanto seus gemidos suaves me excitavam mais.

De repente um desejo selvagem tomou conta de nós. Os beijos suaves e delicados foram esquecidos. Nossos lábios se encontraram furiosamente cada um tomando e dando em medidas iguais. Ela era tudo que eu queria e precisava. Quando escorreguei pra dentro dela, nossos olhos estavam conectados assim como nossos membros.

____x____

Eu tinha poucas oportunidades de ver o rosto de Roza tão suave e relaxado. Seus lábios inchados e úmidos estavam entreabertos e ela estava nua, coberta de marcas de mordidas e chupões que faziam com que eu lembrasse do sexo que fizemos.

Ela gemeu baixinho e abriu seus olhos marrons.

- Vê algo que gosta?

- Muitas coisas Roza, muitas coisas.

Ela riu baixinho e se espreguiçou.

- Humm, quer dizer que vamos morar juntos, em? – ela me provocou – Só quero ver a cara de Abe quando dissermos isso pra ele. Talvez ele nos obrigue a nos casar antes. O que acha disso camarada?

Ela percebeu meu rosto serio e franziu as sobrancelhas.

- Porque está fazendo essa cara Dimitri? - o tom dela era sério e meio confuso.

- Nada – disse levantando e colocando uma calça de algodão.

- Não me venha com nada, camarada. Qual o problema?

- Talvez ele não tenha que nos obrigar – eu meio que resmunguei.

- Como é? Você... O que você está?

- Eu não imaginei assim, mas...

- Como assim, mas, Dimitri? Dimitri o que tais fazendo? – ela praticamente gritou quando me ajoelhei no lado da cama que ela estava deitada.

- Shh. – disse pressionando um dedo nos seus lábios pra cala-la. Ela estava pronta pra isso, percebi olhando em seus olhos. Olhos que se encheram de lágrimas, que rolaram pelo seu lindo rosto, seus lábios tremeram levemente antes dela mordê-los. E eu comecei com suavidade, a confessar o que sentia por aquela mulher maravilhosa.

- Não sei quando me apaixonei por você. Não sei se foi quando me enfrentou na noite que trouxemos vocês de volta ou quando disse que era a guardiã da Princesa. Ou no dia que parabenizou pelo jeito que trouxe vocês para a Academia. Se foi quando vi você naquele vestido preto insuportavelmente sexy ou quando me chamou pra deitar ao seu lado para fazer um anjo de neve.

Ou quando se sentou abraçada comigo olhando para aquela imensidão branca sob a luz do sol e me disse que eu devesse aceitar a proposta de Tasha por que seria o melhor pra mim. Talvez tenha sido quando você se jogou contra mim e beijou furiosamente e me fez sentir um gostinho da liberdade e de como seria a vida ao seu lado.

Mas não acho que foi em qualquer uma dessas ocasiões.  Acho que foi gradativo. Um sentimento que foi crescendo aos poucos, só sei que no final eu estava apaixonado pelos seus menores gestos.

Apesar de não saber o quando, eu sei o porquê. Eu me apaixonei por você, Rosemarie Hathaway Mazur, minha Roza, por causa da forma que você enfrenta qualquer coisa por aquilo que acredita pelo que ama. Por causa da sua determinação em ser sempre o melhor que pode, pela sua força, pela sua compaixão. Por causa da sua beleza, não só a exterior, mas por dentro também, por tudo aquilo que você é.

Eu me apaixonei pelo seu sorriso, pelo modo que seus olhos brilham maliciosos quando ouve uma piada ou conta uma. Eu amo seu cabelo, seus lábios, suas tiradas sarcásticas, seu carinho. Eu amo você com tudo que eu tenho. Eu te amo mais que tudo.

E não tem coisa que eu queira mais do que você comigo, para te proteger e cuidar de você. Sempre. Você quer o mesmo, Roza? Você quer ficar comigo, cuidar de mim, me amar?

Você quer casar comigo? – perguntei suavemente encarando aqueles lindos olhos úmidos e negros.

- Eu te amo e é o que eu mais quero Dimitri. – felicidade explodiu em meu peito e eu a beijei com todo o amor que eu guardava dentro de mim. Somente me afastei pra pegar o anel. Que era simples, não era um diamante frio e branco, era um rubi tão vivo e brilhante quanto à mulher que eu amava.

- É lindo. - ela disse com os lábios trêmulos. Lábios que eu que eu voltei a beijar em segundos. 


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado. Se quiserem posso continuar, me avisem por comentários, ok? Bjs.



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