A Love That Consumes You escrita por Liah Salvatore


Capítulo 8
Capítulo 8


Notas iniciais do capítulo

Como prometido, sem grande demora na postagem!

Boa leitura!



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Caroline e Bonnie foram buscar Elena no começo da tarde, para garantir que a amiga não desistisse no caminho.

- Eu poderia vir com o meu carro, sabem – Elena disse se acomodando no banco de trás.

- E te darmos a chance de dar pra trás? Sem chance! – Caroline deu partida no carro.

- Além disso, Elena, pra que você iria de carro? Damon pode querer te dar uma carona…

- Se ele estiver lá, não esqueçam esse “detalhe” – Elena não queria alimentar muitas esperanças. – Quem mais vai?

- Tyler… - Bonnie lançou um olhar para a loira ao seu lado.

- O quê? Eu precisava de mais pessoas!

- Também a Aimée, o Ben e a Jessica.

- Isso vai ser ótimo. – Elena claramente não estava empolgada. – Desde quando somos amigas dessas pessoas?

Elena decidiu se concentrar na possibilidade de encontrar Damon em casa. Seria estranho, sem dúvida. Nunca tinham trocado contatos e, do nada, ela apareceria na casa dele. Pareceria um encontro forçado. Era isso, afinal.

Demoraram um pouco para alcançar o endereço que Stefan havia indicado. A casa dos Salvatore era, na verdade, uma imponente mansão localizada em uma alameda na área mais nobre e afastada da cidade. Elas estacionaram ao lado do carro de Tyler, que já devia estar lá dentro, e foram atendidas na porta por uma garota que não era uma das citadas por Bonnie. A menina tinha um copo de bebida nas mãos. Abriu a porta e logo desapareceu no interior da mansão.

- Caroline, não acho que tenha sido uma boa ideia – Bonnie foi a primeira a manifestar a estranheza que havia tomado conta das três.

- Eu falei que isso não iria dar certo – Elena ajudou.

- Quietas as duas! – Caroline parecia saber o que estava fazendo, mas a verdade era que estava tão surpresa quanto as amigas. – Venham comigo.

- Vamos invadir a casa dos outros agora? – Elena parou Caroline. – Car, é a casa do Damon, lembra?

- Lembro, é exatamente por isso que estamos aqui.

- Onde eu estava com a cabeça quando deixei vocês me convencerem?! Quer saber, eu vou embora!

- Você está a pé e é muito longe – Bonnie lembrou.

- Dane-se, eu não vou passar esse vexame – Elena deu as costas.

- É por aqui, garotas! – a voz de Stefan a fez parar a meio caminho da porta. – Olá, Caroline. Bonnie. Elena.

Elena voltou para junto das duas. Stefan parecia com um humor melhor do que na outra noite no Grill. Pelo menos não estava fixando o olhar nela.

- Nós estamos na biblioteca, venham.

Stefan as guiou até um amplo cômodo que tinha as paredes inteiramente cobertas por estantes repletas de livros. Havia uma grande mesa de estudos, que estava vazia, e um conjunto de sofás preenchido por alguns rapazes e garotas, aparentemente muito confortáveis com seus copos nas mãos. Além das pessoas esperadas, havia pelo menos mais cinco colegas.

- Ok, isso é um grupo de estudos ou uma festa? – Elena cochichou com Bonnie.

- Acredite, não estava nos planos.

- Ótimo.

Agora Elena já estava torcendo que Damon não estivesse na casa. Não precisava ser vista nessa reuniãozinha.

- Fiquem à vontade, meninas – Stefan disse. – Caroline, estávamos a sua espera.

- Oh, claro. – a loira se recompôs rapidamente. - Então, eu montei um pequeno roteiro de estudos envolvendo as disciplinas que tendem a causar maiores problemas. Estamos no penúltimo ano do ensino médio e, como todos sabem, é importantíssimo que nós mantenhamos boas médias desde o início do ano, para não termos surpresas desagradáveis no final. Bem, eu pensei em estudarmos matemática hoje, espero que tenham trazido seus livros…

Caroline continuou falando empolgadamente e aos poucos as pessoas que estavam esparramadas nos sofás se dirigiram para a mesa. Era mais que óbvio que metade daquelas pessoas estava ali pela oportunidade de conhecer a casa do aluno novo e rico, já que, à exceção de Caroline, Stefan parecia não ter feito amigos naquele início de ano letivo. A outra metade das pessoas estava ali por causa das outras pessoas. Tyler tinha ido por Caroline, Ben também, e havia pelo menos mais dois “casais” recém-formados sentados juntos. Elena se acomodou junto de Bonnie e abriu o livro. Disfarçou o desconforto quando Stefan se sentou ao seu lado.

Bonnie, que era a melhor do grupo em matemática, teve que se levantar e “dar aula” aos colegas. A cada minuto que se passava, Elena tinha menos certeza do que diabos estava fazendo ali.

- Tem visto meu irmão, Elena?

Elena quase pulou com a fala de Stefan. Nos últimos minutos havia decidido se concentrar realmente nos cálculos, porque assim talvez o tempo passasse mais rápido. Já estava totalmente convencida do erro que cometera ao deixar aquele plano ridículo ir adiante. Se enfiar na casa de Damon com um bando de estranhos nunca poderia ser uma boa ideia.

- Não exatamente.

- Vocês não têm saído?

- De novo, não exatamente.

- Eu diria que isso faz bem o perfil de Damon.

Elena não respondeu e se perguntou o que Stefan pretendia com aquilo. O perfil de Damon?

- Ele é assim, vem e vai. Passamos tempos sem nos ver e de repente ele aparece. Agora mesmo eu não sei onde ele anda…

O silêncio de Elena não intimidou Stefan, que continuou:

- Ele não é muito fã de Mystic Falls, sabe. Cidade pequena…

- Eu sei que ele está aqui temporariamente.

- Sim, temporariamente, essa é uma boa palavra para Damon.

Elena voltou toda a sua atenção para os cálculos, mas a concentração tinha ido para o espaço. Stefan só veio dizer o que ela de certa forma já sabia, ou pelo menos imaginava. Damon não ficaria muito tempo, porque ele faria isso?

- Com licença, onde fica o banheiro? – perguntou a Stefan, mais para sair de lá do que por querer realmente usar o banheiro.

- Você cruza a sala e segue até o fim do corredor à esquerda.

Ela se levantou e seguiu pelo caminho indicado. Ao entrar no ambiente, não pode deixar de notar que estava meio bagunçado. Bem, era uma casa enorme, talvez eles não tivessem empregada. Foi só quando procurava uma toalha para secar as mãos que Elena percebeu algo nas bordas da banheira que ficava no centro. Roupas? Sim, eram roupas. Mas o que chamou sua atenção ao se aproximar, foi que entre as roupas pretas – e ela não conseguiu não pensar em Damon ao olhar para aquela camiseta preta -, havia uma pequena peça vermelha. Era o que parecia?…

Saiu de lá com as mãos ainda molhadas e encontrou Stefan no meio do caminho.

- Desculpe, Elena, eu indiquei o banheiro errado. Esse deve estar uma bagunça, eu e Zach quase não usamos e como Damon está fora… Tem outro subindo a escada…

- Não, eu estou bem, obrigada.

Voltou para o seu lugar e, graças a Deus, Bonnie não estava mais bancando a professora.

- Vamos embora – Elena disse antes que Stefan a alcançasse na mesa.

Bonnie notou a seriedade da amiga e tratou de acelerar Caroline. Acabaram ficando mais uma interminável hora, até que finalmente entraram no carro e foram embora, deixando pelo menos metade dos colegas ainda consumindo as bebidas dos Salvatore.

- Eu nunca mais vou seguir esses conselhos de vocês – Elena disse quando já se aproximavam da sua casa.

- Qual é, não foi tão ruim assim – Caroline se justificou. – Agora, você sabe onde ele se esconde.

- Ok, demos azar, ele não estava lá, mas acabou tudo bem, não foi? Foi só um grupo de estudos, ele não vai achar que você é uma perseguidora. Isso se ele ficar sabendo – Bonnie tentou amenizar.

- Elena, você pode até dizer que esqueceu algum livro lá e aproveitar pra fazer uma visitinha surpresa qualquer hora dessas!

- Já disse que não vou seguir seus conselhos. Até depois.

Elena desceu do carro e foi para a sala, onde Jenna e Jeremy viam um filme. Precisava de distração e se subisse para o quarto naquele momento, tudo o que conseguiria pensar era que Damon andava dividindo a banheira com mulheres na mansão Salvatore.

.

Damon entrou em casa foi direto à cozinha guardar as bolsas de sangue que havia pegado em um hospital no caminho. Tinha dirigido por muitas horas e, mesmo sendo um vampiro, estava cansado da viagem. Colocou as bolsas no freezer e foi até a biblioteca buscar uma bebida e um livro. Tudo o que queria era subir para o seu quarto, tomar um banho e relaxar.

- Não vai dizer que deu uma festa! – disse ao se deparar com o irmão recolhendo copos sujos em uma bandeja.

Stefan o olhou sem disfarçar o desgosto.

- Não interessa.

- Como não interessa? Stefan Salvatore se divertindo é praticamente um sinal do fim dos tempos. Precisamos ficar preparados.

- Não estou pra brincadeiras, Damon.

- Essa frase deveria me intimidar? – Damon ironizou. Foi até a estante escolher um título. – Espero que seus amiguinhos não tenham bagunçado os meus livros.

- Onde estava, Damon? Achei que tivesse ido embora.

- Para sua infelicidade, não, eu não fui. – Damon pegou um exemplar surrado de …E o vento levou. – Respondendo à primeira pergunta: não interessa.

- Contanto que não envolva machucar pessoas, especialmente na cidade, de fato não me interessa.

- Não se preocupe, irmãozinho. Tenho certeza que, se um vampiro grande e mau tentar ferir qualquer inocente, sempre haverá um vampiro bom e nobre preparado para salvá-lo – foi até a mesa onde ficavam as bebidas. As garrafas estavam vazias. – Está brincando? Convidou alcoólatras ou o quê?

Desistiu da bebida e passou na cozinha. Subiu as escadas com o livro numa mão e uma bolsa de sangue na outra.

.

Elena até que conseguiu evitar pensar sobre Damon naquela noite, pelo menos até a hora de dormir. Já fazia uma semana que não o via, sentia um aperto ao pensar que assim seria enquanto ele quisesse. Sabia onde ele morava, mas de que isso poderia adiantar se não era ele quem tinha lhe dito isso? Toda aquela armação de grupo de estudos só serviu para colocar coisas indesejadas na sua cabeça.

Se estava com ciúmes só por pensar na possibilidade de Damon levando mulheres para casa? Sim, estava. Estava morrendo de ciúmes com a ideia de outra mulher o beijando, o tocando, sendo beijada por ele, sendo tocada…

Ele não é nada seu, Elena – ela repetia como um mantra.

Mas não era assim que se sentia. Podia não ter realmente qualquer relacionamento oficial com Damon, podiam somente ter desfrutado de algumas conversas, um beijo e um amasso interrompido, mas sentia que Damon de certa forma era seu.

Era o seu Damon. Era o seu estranho misterioso que tinha todas as respostas, e mais um rosto lindo, uma voz sexy, um sorriso estonteante e um corpo espetacular. Era seu.

Era absurdo pensar isso, ela sabia. Especialmente quando Damon parecia nem sequer estar na cidade, especialmente por ser obrigada a admitir para si mesma que ele dificilmente pensaria nela daquela forma. Se é que ele pensava nela, quando podia levar qualquer uma para casa, para a banheira.

Estava quase dormindo quando o celular tocou. Não reconheceu o número.

- Alô… - respondeu sonolenta.

- Elena?

A voz inconfundível a despertou. Elena sentou na cama de um salto.

- Damon?

- Desculpe, eu te acordei?

- Não, não, eu ainda não estava dormindo – ela tentou parecer mais desperta.

- Eu sinto muito se te acordei. Devia deixar pra ligar amanhã, mas…

- Não, quer dizer, você não me acordou, é sério.

- Que bom. Elena, eu…

Elena esperou em silêncio.

- Se eu tive sorte, você notou que eu sumi uns dias.

Se eu notei? Imagina… Antes que ela pudesse responder, ele continuou:

- Será que eu posso te ver amanhã?

Hã? Damon Salvatore pedindo permissão pra me ver?

- Claro…

- Você pode ir ao terraço amanhã?

- Posso, eu vou sim.

- Ok. Boa noite, Elena.

- Boa noite, Damon.

Ouviu o clique do outro lado. Isso foi estranho. Tentando não pensar em mais bobagens e torcendo para que o tempo passasse mais rápido, ela deitou na cama e tratou de dormir. Mas só depois de salvar o número dele no celular.


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Notas finais do capítulo

Eu sei que vcs estão curiosas com o desaparecimento de Damon. Calma aí, no próximo capítulo eu conto!

Reviews, please!

Xoxo ;)