A Love That Consumes You escrita por Liah Salvatore


Capítulo 29
Capítulo 29


Notas iniciais do capítulo

Hey, girls!

Obrigada, Joy Gilbert, Clarissa Collins e HuntersBra pelas recomendações!
Agradeço muito cada palavra de vocês, especialmente por terem gostado dessa ideia meio louca de imaginar o começo da série de uma nova maneira, um pouco diferente, e ainda considerarem esse jeito “cativante, emocionante, envolvente e apaixonante”, como vocês disseram. Muito obrigada mesmo, meninas!

Espero que gostem do capítulo. Boa leitura!



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– Como se sente? – Damon tentava controlar a própria ansiedade.

– Bem. – Elena respondeu sem nem pensar, enquanto se sentava. – Um pouco dolorida.

Levou a mão ao pescoço recém-curado pelo seu novo status de vampira. Ou quase.

– Vai passar logo. – Damon notou seu gesto. – Me deixa ver…

Aproximou-se mais e tocou o local que fora a causa da morte dela. Os ossos estavam no lugar e em pouco tempo não haveria qualquer vestígio de que o pescoço fora quebrado algumas horas antes. O vampiro levou as mãos até o rosto delicado, acariciando as maçãs do rosto e focando em seus olhos. O vampirismo estava lá, bastava um pequeno detalhe, só um pouco de sangue humano, e ela seria como ele.

– Funcionou? – Elena se pegou pensando que talvez não tivesse de fato morrido, e o sangue de vampiro havia servido apenas para curar o ferimento e não para transformá-la. Só esperava que Damon não resistisse em fazer de novo, se esse fosse o caso.

Para sua tranquilidade, ele confirmou com a cabeça enquanto atacava sua boca em um beijo ávido. Elena retribuiu e se ajoelhou na cama, para em seguida sentar no seu colo.

Percorreu com beijos a linha de sua mandíbula, indo até o lóbulo da sua orelha, como sabia que ele gostava. Havia descoberto isso há anos, quando ainda nem eram namorados oficiais e usavam o terraço da biblioteca pública da cidade para se encontrarem e, entre uma conversa e outra, darem alguns amassos. Ela sorriu com o pensamento de que tinha a eternidade inteira para fazer isso nele e que não precisava ficar com tanta pressa. Mas estava tão sedenta daquele homem que não resistia à ideia de fazer amor com ele naquele exato momento.

Por um instante, passou pela sua cabeça que deveria completar a transição primeiro, afinal sabia como funcionava. Tinha algumas horas para se alimentar ou enfraqueceria até morrer.

Bem, tenho algumas horas. Não faz mal adiar um pouquinho…, pensou. Mas foi beijá-lo no pescoço e não pôde ignorar algo que nunca havia percebido antes. Aquelas veias embaixo da sua pele estavam saltando! Não, elas estavam gritando, dava pra ouvir até o sangue sendo bombeado pelo organismo do vampiro. Também podia escutar o coração dele, em alto e bom som, e um pouco acelerado, ela notou.

Era uma melodia descompassada, provocante e convidativa. Antes que pudesse pensar sobre o que estava fazendo, Elena sentiu um formigamento no rosto, uma ansiedade percorrendo seu corpo, uma queimação na garganta e as presas afiadas emergindo de dentro de si. O calor daquele pescoço estava diretamente nos seus lábios, não sabia em que momento tinha encostado a boca sobre a pulsação, mas soube que estava prestes a mordê-lo quando Damon a segurou em um movimento rápido, deitando-a de costas e ficando por cima.

Encarou a linda mulher, que ele tinha conhecido ainda menina e inocente em relação aos mistérios do mundo sobrenatural. Elena tinha o rosto transfigurado, linhas escuras partiam dos seus olhos também escurecidos e flamejantes. As presas apontavam atrás dos seus lábios, famintas, desejando se cravar em uma pele macia e sugar o alimento que faria toda aquela perfeição em forma de vampira viver pela eternidade.

Damon sentiu o corpo inteiro arder implorando para tê-la, ter seu corpo, seu sangue, sua alma… E quis se entregar da mesma forma, desejou que aquelas presas recém-criadas se afundassem na sua pele e tirassem tudo o que quisessem. Era tudo dela, afinal.

Porém, era hora de pelo menos um deles manter a cabeça fresca e em foco no que precisava ser feito.

– Adoraria, amor… Mas é pra ser com sangue humano.

– Não podemos deixar pra depois? – ela ofegou.

– Não vou arriscar concluir a sua transição nos minutos finais. – ele sorriu. – E não garanto que vou conseguir te soltar depois que a gente for em frente no que estávamos fazendo.

Ela assentiu em relutância, e as presas aos poucos foram regredindo. Logo não havia vestígio de que estiveram ali. Elena levou a mão aos lábios e tocou os dentes, novamente como os de humanos.

– Isso coça.

Damon riu diante da observação. Era verdade, coçava um pouco mesmo, pelo menos no início, até acostumar. Ele voltou a beijá-la e a nova vampira disse a si mesma para se concentrar apenas nisso, e ignorar todos os sons que ambos faziam enquanto se acariciavam. Cedo demais, porém, ele interrompeu o momento. Levantou-se e a puxou junto.

– Vamos, é hora de você se alimentar.

– Já? – um misto de reações a invadiram.

Uma parte de si imediatamente ficou ansiosa para realizar o que ele dizia, a perspectiva de beber sangue fez com que sua garganta queimasse em antecipação e a sede se fizesse mais presente do que até então estava. Imaginou-se com os dentes atravessando a pele de algum humano e, por um segundo, não pensou na sua vítima como uma pessoa e sim como uma fonte de alimentação. Ela era uma vampira e precisava do sangue que aqueles seres tão mais fracos possuíam, a ideia era simples e tentadora.

Esse pensamento instintivo durou, porém, apenas alguns segundos. Elena não pôde evitar a ideia de que machucaria uma pessoa para pegar o que queria e necessitava, e essa não era uma situação agradável. Lembrou-se de seu irmão, sua tia e seus amigos e pensou no que eles sentiriam se fossem abordados por um vampiro que não se importasse com a vida deles. Pensou no que sentiria se algum imortal tratasse a vida dos que ela amava com tanta indiferença.

– Eu não gosto de ter que machucar alguém…

– Você não precisa. – ele segurou suas duas mãos entre as suas. – Eu vou estar lá pra garantir que não vá longe demais.

– Não pode ser de bolsa de sangue?

– Eu acho melhor não, Elena. Não é só uma questão de pegar sangue fresco, é que você também precisa saber controlar. Não tem outro jeito de aprender se não for bebendo diretamente da veia. Você vai ver que não é difícil, só precisa ter calma e se lembrar que não tem que pegar tudo de uma vez. Prometo que depois ficamos só na bolsa de sangue o quanto você quiser.

Elena respirou fundo, se preparando e tendo que admitir pra si mesma que queria muito beber da veia. Só de Damon falar ela já estava com água na boca. Riu com a constatação. Quem diria que “sangue” poderia soar como “chocolate” ou como “sorvete”? Bebia o de Damon há anos e com muito prazer, mas o que sempre a atraiu foi o fato de que era ele e o teor sexual que o ato possuía. Mas, nesse momento, não tinha nada de sensual em se alimentar de um estranho. Era mais como se estivesse indo a um restaurante pra pedir o prato favorito.

– Tudo bem, vamos lá.

.

O motor do carro nunca tinha sido tão barulhento. Elena quase perguntou a Damon por que raios ele não levava a uma oficina ou simplesmente trocava o bendito veículo por um mais silencioso. Lembrou-se, quando estava a ponto de pedir para que ele parasse no acostamento, que o problema não era no carro e sim nela.

Seus sentidos estavam alterados com a transição. Para quem conseguia ouvir até um mosquito batendo as asas, o ruído no carro era ensurdecedor. Sua visão também não ajudava, estava tudo muito claro e seus olhos doíam, sem falar na riqueza de detalhes que começou a perceber em tudo a sua volta. Até o tato estava diferente, podia sentir cada mínimo pedacinho de tudo o que tocava. A confusão de aromas ao redor era enjoativa, então ela tentou focar no gritante cheiro do sangue de Damon perto dela.

Não que isso facilitasse. Só servia para fazer sua garganta queimar e sua boca ficar ainda mais seca. Queria se alimentar logo pra que esse desconforto passasse de uma vez, mas o vampiro estava dirigindo havia mais de uma hora, os limites de Mystic Falls já haviam ficado algumas milhas lá atrás e ela ainda não sabia onde estavam indo.

– Vai demorar muito?

– Não, acho que aqui está bom.

Damon parou no acostamento, esperando que Elena não estranhasse muito a sua ideia de como ela deveria se alimentar pela primeira vez.

– Ok. Você se lembra da noite em que nos conhecemos, certo? – ele sabia que sim, mas queria que ela invocasse as memórias.

– Claro, você apareceu do nada na minha frente – respondeu. - Mas o que isso tem a ver com…

– Tem tudo a ver. Acontece que um minuto antes, Elena, eu estava deitado na estrada. Esperando.

– Esperando o quê?

– Por que estamos aqui?

– Pra eu me alimentar, oras. – ela levou só um instante pra fazer a associação. – Você estava esperando alguém aparecer pra se alimentar dele. Ou dela. Ou…

– Basicamente isso. É um jeito meio bobo, mas eu imaginei que podia facilitar o seu lado, amor. Não achei que você iria querer escolher uma pessoa diretamente, então pensei em deixar a pessoa escolher você.

– Como assim?

– Fazendo o que eu fazia. Eu ficava na estrada até alguém parar pra ver o que era… Então, me alimentava dessa pessoa aleatória. Se você não quiser ficar lá, tudo bem. Eu fico e, quando a pessoa vier, eu te chamo.

– Isso é sinistro, Damon… - ela formou a cena na cabeça. - Mas parece divertido.

– Acha mesmo?

– Não estou no meu pensamento normal, então releve meu julgamento. Eu só consigo pensar em sangue… Estou com fome, sede ou seja lá o que isso for.

– Ótimo, mãos à obra. Prefere que eu vá ou você mesma faz?

Elena pegou a mão do namorado e andou com ele até o meio da estrada.

– Juntos.

Damon sorriu. Deitaram os dois no asfalto meio frio, pois ainda era de manhã bem cedo e o sol não atingira aquele trecho.

– Eu costumava fazer isso à noite, dava pra ficar olhando as estrelas enquanto a comida não vinha.

– Damon! – escandalizou-se um pouco com o jeito que ele falava, mas teve que rir. Estava ela mesma torcendo para que seu café da manhã chegasse.

Alguns minutos se passaram sem que houvesse qualquer movimento ao redor. Até que, por fim, um carro veio se aproximando. Elena se virou subitamente tensa para Damon. Não sabia o que fazer.

– Deixe comigo. – ele sussurrou tranquilo e apertou sua mão. Observou uma mulher jovem, de uns vinte e poucos anos, sair do carro com a expressão preocupada.

– Precisam de ajud… - ela se interrompeu quando notou que o casal se levantando não parecia estar machucado ou necessitando de qualquer auxílio.

– Sim, na verdade. – Damon respondeu. Sorriu para uma quase-vampira nervosa. A mulher abriu a boca e ele pode visualizá-la dizendo pra levarem tudo e implorando pela própria vida. Era o que todos faziam. Preferia poupar Elena dessa parte dramática. Focou nos olhos da mulher. – Silêncio. Não tenha medo e fique parada. Isso vai ser rápido e não vai doer.

A mulher obedeceu sem protesto. O vampiro passou um braço ao redor dos ombros da namorada e a guiou até estarem a poucos centímetros da desconhecida.

– Não pense. – Elena ouviu Damon dizer no momento em que estava começando a se perguntar pra onde aquela mulher estava indo, se tinha filhos ou qualquer outra pessoa que poderia sentir sua falta se ela nunca chegasse. – Você vai pegar um pouco e depois ela vai embora, como se nada tivesse acontecido. Ninguém precisa se ferir.

– Ok. – ela respirou fundo com a intenção de acalmar os próprios nervos, mas o que fez foi inspirar o aroma de sangue humano.

As presas voltaram a aparecer imediatamente, acompanhadas da mudança em suas feições. A desconhecida permaneceu estática, cumprindo a ordem que lhe fora dada pelo vampiro experiente que assistia embevecido a sua menina crescida dando o passo que faltava entre ela e a sua transformação definitiva em uma imortal.

Damon foi para trás da mulher e segurou um de seus ombros com uma mão, enquanto com a outra a fez mover o pescoço, deixando-o inclinado e exposto. Elena não pensou. Seguiu os instintos que lhe imploravam para beber daquela fonte da juventude. Em um milésimo de segundo, seus dentes afiados se afundaram na pele frágil e ela sentiu o delicioso sabor do sangue humano, quente e fresco, levando a imortalidade para cada uma de suas células, fazendo-a se sentir viva como nunca antes, tornando-a forte, permanente, eterna.

Engoliu algumas vezes, para em seguida tornar a encher a boca, apreciando aquele néctar vermelho que a fazia ficar totalmente alerta. Podia ouvir o sangue correndo naquelas veias em direção à sua garganta, aplacando a queimação que sentia antes, deixando-a satisfeita, embora não saciada.

Elena continuou sugando, mesmo depois que já tinha tomado o suficiente para sua transformação ser concluída. Não estava mais em transição, já não corria o risco de seu corpo enfraquecer até a morte. Era uma vampira completa. E sedenta.

– Elena… - Damon chamou. Era hora de parar. – Elena…

Ela só olhou-o, sem parar de sugar.

– Você não quer matá-la, amor. Tem que parar agora. – ele disse e alisou o cabelo dela.

Os instintos de vampira queriam ignorar o que ele dizia. Mas Elena sabia o quanto ele estava certo. Ela não queria matar a mulher, e não iria. Sua sede protestou quando ela afastou a boca do pescoço ensanguentado e deixou a humana fraca pender nos braços de Damon.

– Ela está… - perguntou-se, meio em pânico, se não tinha passado dos limites.

– Ela vai ficar bem. – Damon sorriu. – Agora é a parte em que a gente arruma a bagunça. Você sabe o que fazer.

Sim, ela sabia. Em anos de convivência com um vampiro, Elena havia aprendido muitas coisas. Entendeu imediatamente que precisava apagar a memória da desconhecida e, se necessário, lhe dar um pouco de seu próprio sangue para curar o ferimento.

Segurou o rosto da humana, focou diretamente nos seus olhos e se concentrou, esperando fazer certo.

– Esqueça o que acabou de acontecer. – disse e olhou pra Damon, que confirmou, com um aceno, que ela estava indo bem. – Vá pra casa e descanse pelo resto do dia.

Levou o próprio pulso à boca e apertou os olhos na hora de morder, mas na verdade nem doeu. Encostou nos lábios da mulher, forçando-a a beber um pouco.

– Pronto, é suficiente… - Damon indicou a marca dos dentes desaparecendo.

A desconhecida conseguiu ficar de pé sozinha, e estava bem, apesar de confusa e um pouco zonza.

– Esqueça de nós e pode ir. – a jovem vampira ordenou e a mulher obedeceu instantaneamente.

Elena só esperou que ela se afastasse alguns passos, e se atirou na direção de Damon em um abraço apertado.

– Eu consegui!

– Tinha alguma dúvida? – Damon a segurava de forma que seus pés mal tocavam o chão.

– Mas eu não queria parar quando você falou – afastou-se um pouquinho para ver seus olhos.

– É assim mesmo, Elena. Você vai ver que com o tempo fica mais fácil e, no fim, é tudo uma questão de autocontrole.

– Céus, agora eu sou uma vampira pra valer, isso é tão… tão… É incrível, eu me sinto incrível!

– Você sempre foi… - não resistiu e puxou-a para um beijo que nada teve de calmo ou suave. Foi intenso, exigente, suplicante, e com o gosto do sangue se misturando às suas salivas. Teria esmagado seus lábios, se Elena não estivesse fortalecida pelo vampirismo.

Quando interrompeu o beijo depois de um minuto, a garota estava com o corpo ardendo.

– Ainda com fome? – ele perguntou. – Podemos esperar outra pessoa…

A verdade era que sim. Não seria nada mal se alimentar um pouco mais.

– Não, eu quero ir pra casa. – foi sua resposta.

– Mesmo?

Não se deu ao trabalho de responder, somente o pegou pela mão e voltaram para o carro. Felizmente, Damon dirigiu o mais rápido que pode sem que ela precisasse pedir.

O sol da manhã não foi problema, graças ao anel que Elena vinha levando no dedo por anos, e como não havia humanos vivendo na mansão Salvatore, ela não precisava ser convidada para entrar. Então abriu a porta de uma vez, ouviu-a bater quando a empurrou de volta e agarrou o namorado, beijando-o tão avidamente quanto ele havia feito antes. Damon passou os braços ao seu redor, retribuindo na mesma intensidade, agradecido por não precisar mais controlar a própria força quando estava com ela.

Segurando-a pela cintura, pretendia carregá-la até o quarto, como havia feito tantas vezes antes, mas Elena foi mais rápida e, num movimento que olhos humanos não poderiam acompanhar, empurrou-o contra a parede próxima à lareira, atirando pela sala uma luminária que estava no caminho, e abriu sua camisa de uma só vez, fazendo os botões se espalharem no chão.

Nenhum dos dois teve tempo de pensar, pois em um instante seus corpos estavam novamente em total contato um com o outro, e agora era Damon quem precisava tirar tecidos da frente. Tão rápido quanto Elena se movimentara antes, ele a prensou em um canto, subindo as mãos por suas pernas, levantando o vestido até a cintura e rasgando as suas costas, quando era pra só ter aberto o zíper. A vampira sorriu extasiada, quando viu suas roupas reduzidas a trapos e cuidou de retribuir o favor imediatamente.

Livres de obstáculos, não levou mais que um segundo para que seus corpos se unissem e a mansão fosse invadida pelos sons do seu prazer compartilhado. Uma e outra vez, as sensações atravessavam os dois e nenhum deles via um final se aproximando… Ao contrário, era tudo crescente, tudo ficava mais intenso a cada segundo. Especialmente quando Damon fez o que pretendia antes e alcançou o quarto com Elena nos braços, sem se separar dela nem por um instante.

A cama de madeira firme se agitava com a força dos movimentos sobre ela, não havia qualquer controle no casal de vampiros, os dois se amavam sem reservas. Suas faces revelavam a proporção do que sentiam através dos olhos enegrecidos, das presas se chocando em meio aos beijos, e eventualmente perfurando a pele dos lábios, o que só aumentava ainda mais seu prazer ao beber do sangue um do outro, deixando que se misturassem e se espalhassem pela pele que seria beijada em seguida.

Damon e Elena perderam a noção do quanto aquilo durou, mas uma hora chegaram ao clímax, com os corpos ofegantes, exaustos e saciados. Pelo menos por enquanto.

– Quer me contar o porquê de nunca ter me dito que estava se contendo? – Elena perguntou quando foi capaz de formular uma frase coerente, algum tempo depois. Estava deitada no peito de Damon, ouvindo a melodia das batidas do seu coração.

– Não queria influenciar sua decisão. – ele disse sem evitar sorrir com a pergunta dela.

– Ok, Sr. Modesto! – riu.

– Falando sério, eu não podia correr o risco de te machucar. – fez a vampira erguer a cabeça para ver os seus olhos. – Eu queria que você se transformasse desde o início, Elena. Não vou dizer que foi fácil me conter com você esses anos todos, mas valeu a pena pra ver você se tornar mais perfeita e viva do que sempre foi, ver como você confiou em mim ontem, entregou sua vida nas minhas mãos… Eu não mereço tanto, ainda não sei como é que você me quis, mas… Eu estou feliz. E espero te fazer feliz assim.

Elena quis responder à altura. Quis dizer que já era mais feliz do que imaginou ser possível, que, secretamente, quis ser como ele desde o início, que ninguém nunca a tinha feito se sentir tão viva como ele fez e como ela tinha certeza que faria pela eternidade.

Antes que pudesse dizer uma palavra, seus lábios estavam ocupados de novo e uma nova onda de inexplicáveis sensações teve início. Guardou a série de declarações apaixonadas que vinham à sua mente para depois, afinal tinha a eternidade inteira para isso, e resumiu todas em uma pequena frase que englobava tudo o que ela sentia, e que era a melhor coisa que lhe havia acontecido:

– Eu te amo, Damon. Eu te amo.


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Notas finais do capítulo

Esse foi o penúltimo capítulo, amores. Estamos quase acabando... Gostaram da transição de Elena? O que acharam? ;)

Até mais!
Xoxo ;)

P.S.: Pessoal, como quem também acompanha Sweet Dreams já sabe, os capítulos estão demorando um pouquinho porque minhas aulas voltaram e tempo ficou reduzido, ainda mais por serem três fics pra atualizar. ;)))
À propósito, pra quem lê Our Life, o capítulo será postado amanhã. rsrs