A Love That Consumes You escrita por Liah Salvatore


Capítulo 18
Capítulo 18


Notas iniciais do capítulo

Hey, girls!

Olha a hora que eu estou postando... O capítulo não ficou do tamanho que eu queria, mas pra não demorar mais preferi postar logo. Tento compensar no próximo, ok? :)

Boa leitura!



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- Damon tentou me matar. Para minha sorte, Zach chegou a tempo e conseguiu impedi-lo. Mas infelizmente para Zach, Damon o atacou. Ele é um assassino, Elena. - Stefan declarou.

- Não… - Elena sentia um tremor se apossando do seu corpo. Tinha que sair dali antes que perdesse o controle.

- Elena, por favor… Não tenha raiva de mim por te dar essa notícia. Eu esperava que você não precisasse ouvir, mas infelizmente o meu irmão parece ter feito um grande trabalho com você. É claro, Damon não perderia a oportunidade de ter “Katherine” novamente. Ele tem sido obcecado por ela por anos… Eu sinto muito por não ter conseguido afastá-lo de você antes que ele…

- Afastá-lo de mim? Quem diabos você pensa que é?

- Alguém que quer o melhor para você, Elena. Não pense que minha intenção foi me meter na sua vida. Acontece que assim que eu te vi eu soube que ele viria atrás de você. Ele viria atrás da cópia de Katherine, da grande obsessão dele. Eu só tentei te proteger.

- Fique longe de mim, eu não preciso da sua proteção, eu não preciso de você pra nada.

Elena andou o mais rápido que pode até entrar no carro, deu partida imediatamente, a despeito das mãos trêmulas, e só parou quando chegou em casa. Agradeceu aos céus por não ter ninguém pra querer saber o porquê de ela ter subido as escadas praticamente correndo e tropeçando, e ter batido a porta com tanta força.

Não queria acreditar nas palavras que ouvira de Stefan, mas e se fosse verdade? O próprio Damon admitiu que já tinha matado antes, ele dizia que isso era da natureza dele. Não era impossível que ele tivesse feito.

Mas Stefan disse que ele tinha matado Zach, uma pessoa da família. Havia uma grande diferença entre matar para se alimentar – o que ela interpretava como a natureza de um vampiro -, e matar um familiar. Isso seria muita frieza, ela não queria pensar que Damon era capaz de uma coisa dessas.

Então tinha o que Stefan disse sobre Damon ter ido embora. Seria esse o motivo de ele ter desaparecido de repente?

.

- Elena, a gente está atrasada! – Caroline gritou ao pé da escada.

- Estou indo!

Era sábado e elas estavam envolvidas em mais um dos infinitos eventos para arrecadar dinheiro para a festa dos fundadores. Dessa vez tinham que lavar carros em praça pública. Elena não tinha a menor vontade de passar o dia embaixo do sol fazendo isso, mas sabia que precisava focar em alguma coisa ou iria pirar.

- Pronto, vamos.

Caroline olhou a amiga com reprovação.

- Elena, nós estamos indo lavar carros.

- Sim, eu sei.

- Então qual é a da roupa de freira?

Sem prestar atenção, a garota acabou colocando uma calça jeans, uma blusa de manga três quartos e tênis.

- Qual é o problema?

Caroline nem tentou argumentar. Havia dias que Elena não estava agindo normalmente, ela tinha algum problema que insistia em não compartilhar. Junto com Bonnie, ela já tinha certeza de que era algo relacionado a Damon, pois não o viam mais com Elena e nem viam Elena falar sobre ele desde o início da semana.

- Volte lá pra cima, coloque um short e um top.

- Caroline, eu vou lavar carros, não vou posar pra um calendário de oficina.

- Vai logo, Elena.

Bufando, Elena fez o que a outra disse. Quando desceu, estava usando um short e uma camiseta.

- Bem, melhor… Não quer deixar a pulseira? Vai acabar molhando.

Era à pulseira dada por Damon que Caroline se referia. De forma nenhuma Elena a deixaria. Com o comportamento de Stefan, não podia arriscar ficar sem verbena.

- Não vou mudar mais nada, vamos logo antes que eu desista.

No caminho, passaram pra pegar Bonnie e as três logo chegaram ao local da atividade. A praça de Mystic Falls estava tomada por dezenas de carros sendo lavados pelos alunos do ensino médio, aos quais elas se juntaram rapidamente.

- Ok, Elena. Vai nos contar o que está havendo ou vamos ter que te sequestrar e torturar até descobrirmos?

Elena se sobressaltou com a indagação da amiga. Estava em silêncio desde que começou o primeiro carro, agora já estava no quarto.

- Não está havendo nada.

- Acha mesmo que isso cola?

- Não tem que colar, Car. É a verdade.

- Você terminou com Damon. – Bonnie disse e Elena franziu a testa com o tom afirmativo que a outra usou.

- Não.

- Então ele terminou com você.

- Ninguém terminou com ninguém. Será que eu não posso simplesmente passar por um… momento sozinha?

- Não. – Bonnie se apressou em dizer. – Nós somos suas amigas e queremos te ajudar, seja no que for.

- Elena… - Caroline começou com o seu tom sério. – A gente te deu força pra investir nele, nesse lance de vocês, mas se não está indo bem… A gente está do seu lado, amiga.

- Meninas… - Elena se forçou a colocar um sorriso no rosto e convencê-las de que estava tudo bem.

- O que queremos dizer… - Bonnie continuou. – É que talvez você, melhor dizendo, nós, porque eu e Car praticamente te empurramos pra isso, é que a gente talvez tenha se precipitado nessa história e agora você está sofrendo.

- Como?

- Ele é mais velho, Elena. – Caroline explicou. – Esses caras mais velhos sempre dão problema.

Elena caiu num riso nervoso.

- Acham que esse é o problema? Damon é mais velho e… o quê? Como a história continua na versão de vocês? Ok, deixa eu pensar… Acho que ele não gostou da ideia de vir me buscar na escola ou ter que lidar com o tempo que eu gasto com dever de casa… Estou certa, é por aí?

A garota voltou a sua atenção para continuar esfregando o carro.

- Se querem me ajudar, não falem mais nisso, tudo bem? Vamos lá, me distraiam. Falem de outra coisa.

O silêncio perdurou por alguns minutos, até que Caroline lembrou:

- Miss Mystic Falls!

- Ah, não… - Elena quis chorar.

- Sem dramas, ainda falta um tempo até lá.

- Eu não sei se vou participar.

- Por que não?

- Eu me inscrevi porque a minha mãe queria. Não era por mim, era por ela. E agora…

- Agora você tem um motivo ainda maior pra fazer isso. – Bonnie argumentou.

Elena assentiu.

- Temos que escolher os vestidos, os penteados, nossos pares!… - Caroline falou com empolgação, mas imediatamente se lembrou de que não devia ter mencionado os “pares”. – Ops.

- Você tinha razão, Car, a pulseira está molhando, eu vou deixá-la no carro. Não demoro.

Elena deu a primeira desculpa que veio à cabeça pra sair de lá. Entrou no carro e ficou sentada por alguns minutos, de olhos fechados com a cabeça recostada no banco. Não podia ficar mais tempo desse jeito, sentia que estava sufocando.

Por um lado era a preocupação com o sumiço de Damon, por outro era o receio de que tudo o que Stefan disse fosse verdade. Paralelo a isso, ainda tinha a saudade cada vez maior que sentia dele e o medo de não voltar a vê-lo.

Forçou-se a deixar o carro e voltar para junto das amigas, mas antes tirou a pulseira de verbena e guardou no porta-luvas. Não queria mais especulação em torno do seu estado de espírito, era melhor ser convincente nas desculpas que dava. Além do mais, estava em uma praça lotada de gente, Stefan não teria como fazer nada com ela, e de qualquer forma ela não o estava vendo por perto.

Continuou lavando o carro e, felizmente, as meninas não insistiram no assunto, nem tentaram forçar uma conversa. Caroline ficou distraída assim que viu Tyler do outro lado da praça em uma conversa muito animada com Vicky. Elena avistou Jeremy, que parecia bem nervoso assistindo ao pequeno espetáculo de Tyler e Vicky, e o chamou. O garoto tentou se esquivar, mas acabou obedecendo à irmã.

- Está tudo bem? – ela perguntou, lamentando pelo olhar de desapontamento no rosto do irmão, mas grata por ter algo em que pensar.

- Claro que está, eu já disse pra não se meter nisso, Elena. – ele respondeu meio agressivo.

- Hey… – Bonnie o repreendeu.

- Não se mete você também. – Jeremy devolveu, Bonnie engoliu o que quer que fosse dizer.

- Não fala assim com ela, Jer! Ninguém aqui tem culpa se vocês não estão dando certo.

- Fica fora, Elena. Cuide dos seus problemas que eu cuido dos meus. Aliás, aquele cara sumiu, não foi? Droga, pelo menos quando estava com ele você não ficava me vigiando!

Jeremy se afastou em passos rápidos, deixando as três garotas atônitas.

- Eu vou atrás dele, vocês terminam esse aqui pra mim?

Bonnie e Caroline assentiram e Elena foi na direção do irmão. Ele andava rápido, porém, e logo ela viu que não poderia alcançá-lo. Voltou pra pegar o carro e começou a dirigir de volta pra casa, pra onde imaginava que ele estava indo.

Foi só quando já estava bem longe do centro da cidade que Elena percebeu que não estava indo pra casa. Primeiro não soube para onde estava indo, mas depois de um tempo percebeu que estava dirigindo em direção à casa dos Salvatore. Perguntou-se por que estava fazendo isso, Damon não estava lá. Além disso, era perigoso. E se Stefan estivesse lá? Principalmente, o que estava acontecendo com ela pra se dar conta de que estava fazendo uma loucura e mesmo assim não parar?

Sem entender o que estava acontecendo, Elena estacionou em frente à mansão Salvatore. Olhou ao redor e não viu o carro de Stefan, tampouco o de Damon. Desceu do próprio carro e, antes que pudesse pensar duas vezes, estava segurando a maçaneta da porta. Para sua sorte ou seu azar, estava aberta.

Entrou tentando não fazer barulho.

“O que eu estou fazendo? Isso é loucura, Stefan vai me achar aqui e vai acabar me matando!”

Por mais que tivesse consciência de que aquilo não fazia o menor sentido, ela não conseguia voltar atrás. Era como se alguma força invisível a estivesse guiando pela casa. Elena sabia exatamente onde pisar, em que corredor entrar, que portas abrir.

Em alguns minutos ela alcançou uma parte que até então desconhecia na mansão. Viu-se descendo alguns degraus em um corredor mal iluminado e frio, até que parou em frente a uma pesada porta de aço lacrada com grossas correntes e cadeados. De repente, o impulso que a tinha levado até ali desapareceu.

Elena olhou bem ao redor e sentiu um calafrio na espinha.

“Eu tenho que sair daqui antes que aquele louco chegue…”

Foi para os degraus e parou sobressaltada quando pensou ter ouvido um lamento de dor.

“Ah, meu Deus…”

Se apressou para sair do local, mas no meio da escada algo a impediu de continuar. Então ela ouviu:

- Elena…

Não era mais que um sussurro assustadoramente fraco, mas a voz era inconfundível. Era aquela voz que ela esperou ouvir por dias.

- Damon? – chamou com o coração acelerado.

- Elena, aqui dentro…

Ela desceu correndo o resto dos degraus e parou estarrecida em frente a porta. Olhou por uma pequena abertura gradeada que ficava acima da altura dos olhos dela, precisou ficar na ponta dos pés pra conseguir ver algo.

O que visualizou, porém, a estarreceu.

Lá estava Damon, sentado no chão frio de um quarto parcialmente mergulhado na penumbra. Ele estava pálido, claramente fraco, mas apesar disso fez um esforço pra sorrir para a garota em choque do outro lado da porta.

- Hey… - ele disse como se tivessem acabado de se ver.

Elena sentiu os olhos arderem com uma visão tão inesperada. Passou dias imaginando que ele tinha ido embora sem se importar em falar com ela, chegou a pensar que tinha sido mal interpretada quando reclamou sobre Katherine, achou que Damon podia ter pensado que ela estava terminando tudo entre eles, e até se perguntou se eram verdadeiros os sentimentos que ele dizia ter por ela.

De tudo, entretanto, o mais inquietante pensamento que Elena teve durante o tempo que ficou sem ver Damon foi a impressão de que ele não tinha desaparecido por conta própria. Foi o medo de que ele estivesse machucado, impossibilitado de entrar em contato com ela. O que estava acontecendo era exatamente o que Elena mais temia. Alguém o tinha ferido e ela imaginava perfeitamente quem era o responsável por isso.


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Notas finais do capítulo

Pois é... Deixem suas opiniões! :)

Até o próximo!
Xoxo ;)