O Último Abraço. escrita por Tatha Nunes


Capítulo 1
O sentimento estranho.




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Então o dia dos namorados está se aproximando. Sinceramente eu não sei porque estou me importando com uma data tão insignificante como essa, que nunca fez diferença alguma para mim. Eu estou começando a achar que estou muito no mundo dos Humanos. Não importa á qual lugar que eu for, sempre haverá um casal, e eu não sei porque isso me irrita.

Bom, já está quase amanhecendo, é melhor me levantar para ficar totalmente acordada e parar com esses pensamentos estúpidos.

–Ichigo! - Gritei. - Vamos. Acorde, já está amanhecendo, seu molenga. ICHIGO!

– Só mais um pouco. - Ele sussura com uma voz bem mansa.

Ele me fez ficar mais irritada do que já estava, então eu comecei a chutar-lo. Até que ele levantou com uma cara feia.

– Por que você fez isso? - Ele gritou.

– Para você acordar, seu baka. Você acha que está cedo? - Gritei de volta.

– Nem são 6h da manhã ainda. - Ele gritou.

– Falta apenas dois minutos. - Gritei. - Vamos Ichigo, se arrume, daqui a pouco vamos para o colégio.

– Fazer o que. Já estou de pé mesmo. - Ele sussurrou.

Depois dessa gritaria toda, a irmã do Ichigo bate na porta.

– Onii-chan! Já está acordado? - Yuzu pergunta com a voz um pouco alta.

– Estou sim, Yuzu. - Ichigo fala.

– Então se arrume logo para tomar o café da manhã. - Yuzu fala.

– Ok! - Ichigo fala.

– Ichigo, eu já vou descer, se arrume rápido. - Falei.

– Ok! Ok! Eu já sei Rukia. - Ele fala já irritado.

Yuzu sempre tão responsável e educada. Tão diferente do Ichigo.
Passa mais ou menos 10 minutos então Ichigo desce.

– Por que a demora? Parece até uma menininha se arrumando. - Falei.

– Não enche Rukia. - Ele falou calmamente.

Terminamos de comer e finalmente estávamos indo pro colégio. No caminho encontramos a Inoue. Ela sempre está com um sorriso no rosto, e quando olha para Ichigo seus olhos brilham, e ela também tem uma vontade excessiva de proteger-lo. E por algum motivo eu me sinto incomodada com isso.

Ela olhou para trás e nós viu, então veio correndo em nossa direção.

– Bom Dia! Kurosaki-kun, Kuchiki-san. - Ela disse com um lindo sorriso no rosto.

– Yo! Bom Dia! Inoue. - Eu disse meio que sem graça.

– Bom dia Inoue. - Ichigo disse.

– Vocês vão diretamente pro colégio ou vão passar em qualquer outro lugar? - Perguntou Inoue.

– Estamos indo diretamente pro colégio. Quer vir com a gente, Inoue? - Falei e perguntei com um sorriso abobado.

– Claro! Kuchiki-san. - Ela disse com um sorriso ainda maior do que antes.

Ao chegar no colégio, percebo uma diferença nos assuntos. Eles estão falando do dia dos namorados. As meninas planejando fazer chocolate e se declarar no dia. Os meninos nervosos querendo saber se alguma menina gosta de algum deles.

Inoue me puxou pelo braço, parecia que queria falar algo para mim. Ela estava com uma expressão sem graça. Então ela começou a andar e eu a seguir.

– K-Kuchiki-san. - Ela falou gaguejando.

– Fala Inoue. - Falei demonstrando minha preocupação.

– E-Então... você sabe dos dias dos namorados, certo? - Ela perguntou um pouco sem graça.

– Sei. - Falei.

– É que ... eu estava pensando em ... me declarar para o ... - Ela falou sem conseguir terminar a frase.

– Para o ... ? - Perguntei curiosa.

– K-Kurosaki-kun. - Ela falou e logo em seguida seu rosto fica vermelho.

Eu fiquei um pouco calada. Eu não sabia o que dizer. Eu não sei bem o que aconteceu. Mas de repente o meu coração ficou apertado, fiquei com falta de ar. Eu não sei direito ... eu queria me jogar no chão e começar a chorar. Foi algo extremamente estranho. Algo que eu nunca tinha sentido antes.

– Kuchiki-san? - Inoue me chamda preocupada. - Tem alguma coisa de errado?

– A-Ahn! Nada. - Falei totalmente sem graça. - E você gosta do Ichigo?

– E-Eu não te contei Kuchiki-san? - Ela pergunta desviando um pouco o olhar.

– Eu não sabia de nada até agora á pouco, quando você me disse. - Falei.

– Gomen, Kuchiki-san. Eu pensei que tinha dito para você. - Ela falou apertando os olhos.

– Não precisa se desculpar Inoue, você não fez nada de errado, certo? - Falei um pouco mais tranquila.

Então ficou tudo quieto novamente. Ambas ficaram sem o que dizer.

– K-Kuchiki-san. - Inoue fala novamente.

– Sim, Inoue. - Falei.

– Eu acho que estou enchendo o seu saco né? - Ela falou com uma voz mansa.

– Me enchendo de que Inoue? Não tem nada me enchendo. - Falei com um sorriso sem graça no rosto.

– Então ... o que você acha, sobre o que eu disse? - Ela perguntou com o rosto avermelhado.

– Você quer se declarar, certo? Então vá lá e se declare. Creio que essa época seja a melhor, pois o dia dos namorados se aproxima. - Falei desviando o olhar.

– Certo. Mas .. Kuchiki-san. Eu não queria apenas me declarar, queria dar alguma coisa para ele. Você tem alguma ideia do que dar? - Ela falou um pouco mais animada.

– Por que não dê chocolate? Eu ouvi dizer que no dia dos namorados, as meninas costumam fazer chocolate e entregar aos meninos. - Falei.

– Isso! Obrigada, Kuchiki-san. Te vejo mais tarde. - Ela fala já saindo do local.

Eu fiz que nem ela. Sair do local. Eu não sabia mais o que fazer. Eu com certeza me sentiria estranha perto do Ichigo. E isso não é normal.

Enquanto estava andando me esbarrei no Ichigo.

– Rukia?! - Ele fala.

– I-Ichigo. Daonde você apareceu? - Perguntei nervosa.

– Você esbarrou em mim. - Ele fala meio que rindo da minha cara. - Eu nunca te vi tão distraída.

– Eu só ando pensando muito. - Falei com um sorriso abobado.

Eu nunca fiquei tão nervosa assim perto do Ichigo. Nunca imaginei que eu ficaria assim algum diz perto dele. Por que as palavras da Inoue me atingiu tanto?

– Vamos para a sala de aula? Daqui-a-pouco começa a aula. - Disse Ichigo.

– Vamos! - Falei com a voz um pouco mais fina do que o normal.

Meu coração estava disparado. Eu não entendo por que isso. Eu já estou ficando irritada com isso.

Então eu me ajoelhei em frente á sala. Minha única vontade no momento era chorar.

– Você está bem? - Ichigo perguntou preocupado se agachando me ajudando a levantar.

– Estou sim. Não foi nada. - Eu falei com a voz meio que tremida e com o rosto baixo.

– Quer ir para a enfermaia? - Ele perguntou, pegando na minha cintura me ajudando a ficar de pé.

– N-Não! Eu estou bem. É sério. - Falei ainda com o rosto baixo.

Finalmente terminou a aula. Já podiamos ir para casa. Eu já estava decidida de ir naquela noite para Soul Society.

No caminho de casa, Ichigo resolve puxar conversa.

– Você está mesmo bem, Rukia? - Ele perguntou ainda preocupado com o que tinha acontecido mais cedo.

– Eu já disse milhões de vezes que estou bem, Ichigo. - Eu falei com a voz grossa.

– Não precisa disso, Rukia. - Ele falou.

– Ichigo ... Eu vou voltar para Soul Society essa noite. - Eu falei com o rosto baixo e a voz mansa.

– Mas já? E sua missão? - Ele perguntou.

– Eu repasso para outra pessoa quando chegar lá. - Falei.

– Tem alguma coisa errada contigo. Algo aconteceu Rukia? - Ele perguntou, e parecia realmente preocupado.

– Não tem nada de errado comigo Ichigo. E não aconteceu nada. - Falei. - E por que você está tão preocupado comigo?

– Eu não estou preocupado. Só estou te achando estranha ultimamente. - Ele falou nervoso.

Ficou tudo calado por instante.

– Já que você vai embora hoje, vamos para uma lanchonete aqui perto. Pois eu não sei quando eu vou te ver novamente. - Ele falou com um sorriso.

– O-Ok! - Falei com o rosto meio avermelhado.

Quando chegamos na lanchonete, tudo voltou ao normal por um momento. Eu e Ichigo conversamos normalmente.

– Você parece bem melhor agora. - Ichigo comenta.

– É. Parece que sim. - Falei.

– Você quer ir mesmo embora? - Ele perguntou.

– Sim. Eu quero ir. E o mais rápido possível. - Falei.

– Rukia. Tem algo te incomodando . Não tem? - Ele perguntou preocupado novamente.

– Chega desse assunto Ichigo. - Falei.

Então terminamos o lanche e fomos de volta para casa. Até que no meio do caminho eu paro.

– O que foi Rukia? - Ele perguntou.

– Está na hora. - Eu falo. - Você não irá me ver tão cedo.

– Rukia ... Por que? - Ele perguntou com uma expressão triste no rosto.

– Porque eu não aguento carregar esse sentimento estranho. - Falei com o rosto baixo.

– Sentimento? - Ichigo perguntou com uma voz estranha.

– I-Ichigo ... eu acho que ... eu gosto de você. - Falei, e logo após meu rosto ficou vermlho como um tomate.

Não esperei ele dizer nada, eu dei um abraço e beijei o rosto dele e logo em seguida abrir o portal para a Soul Society. Eu pude ver a expressão dele de surpreso. Então entrei no portal e o fechei.

– Ru ... kia. - Ele falou com a voz bem baixinha.

No dia seguinte já era Dia dos Namorados. Ichigo foi pro colégio com uma expressão estranha. Lá ele encontra Inoue.

– Kurosaki-kun. - Inoue grita de longe.

– Ah! Oi. Inoue. - Ele fala.

– Cadê Kuchiki-san? - Ela pergunta.

– Voltou para Soul Society. - Ele fala com uma expressão triste.

– Aconteceu algo? - Ela perguntou preocupada.

– Ela ontem estava estranha, e quando voltamos da lanchonete ela ... - Ele fala e não consegue terminar a frase.

– Ela ...? Aconteceu algo com a Kuchiki-san? - Ela pergunta ainda mais preocupada.

– Ela disse que "Acha que gosta de mim", me abraçou, beijou meu rosto e entrou no portal.

Inoue fica paralisada. Ela começou a enteder o por quê eu fiquei daquele jeito quando me contou que gostava do Ichigo. Ela não se declarou nem deu o chocolate para o Ichigo. E ele ainda não sabe do sentimento dela por ele.

Eu acho que no final acabei estragando tudo. Eu só não queria ficar com aquele sentimento guardado. Aquele sentimento que eu não conseguia entender. O amor. [...] Eu nunca pensei que poderia sentir-lo e ainda mais pelo Ichigo.


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