Casais Improváveis escrita por Valerie Grace, Lady Salvatore, Hiccup Mason, Bess, Sherlock Hastings


Capítulo 63
Christina X Tobias


Notas iniciais do capítulo

Oi, gente!
Não sei se vocês se lembram de mim, mas eu sou a autora mais sumida, a Natty. Bom, eu passei um bom tempo afastada, mas agora estou de volta! E trouxe uma one que me renderá algumas pedradas na cabeça hahahahaha.
Espero que gostem.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/375325/chapter/63

Tema: Divergente

Shipper: Christina & Tobias Eaton

The true face of Love

Eu estava sentado em uma das salas que eram usadas na iniciação da antiga Audácia. Eu ainda me sentia muito ligado àquele lugar. Em parte, porque ali representava um dos meus primeiros atos de rebeldia contra Marcus... Mas, também porque representava a primeira vez que eu a virá lutando, onde eu a tinha salvado e tantas de nossas histórias. Todo aquele complexo me fazia lembrar ela, parecia que as paredes sussurravam seu nome e eu ainda ouvisse sua risada leve por debaixo das portas.

Cansado de ser torturado por aquelas lembranças, eu sai da sala e caminhei lentamente para a saída. Eu saí do edifício e comecei a caminhar. Meus pés estavam tão acostumados com aquele caminho que me levaram inconscientemente para os pomares da Amizade. Eu passava horas do meu dia lá, sentado, pensando em todas as minhas escolhas e tudo que eu tinha vivido.

Apenas percebi que tinha chegado ao ouvir meus sapatos esmagando os cascalhos e a terra fofa grudando na sola destes. Eu caminhava com as mãos nos bolsos há algum tempo, quando ouvi alguém chamando o meu nome.

–Tobias! – eu me virei e vi Christina há alguns metros de mim, sentada em uma pedra. Eu acenei e me encaminhei para ela.

A menina saltou da pedra e me abraçou, assim que eu cheguei mais próximo. Eu retribui o abraço com um pouco menos de intensidade e me acomodei ao seu lado, na grande pedra.

–Então, aonde você estava? – ela me perguntou e eu encarei o céu azul.

–No complexo da Audácia – eu respondi baixinho, depois de ter ficado um tempo em silêncio.

–Até quando você vai se torturar com tudo isso? Já faz três anos... – ela me repreendeu, se referindo à morte de Tris.

–Eu sei... Mas, eu não consigo evitar. Eu preciso estar em contato com ela – eu respondi, encolhendo os ombros.

–Tobias, você tem quase vinte e um anos. Precisa sair, encontrar outras pessoas... Namorar outras pessoas.

Eu balancei a cabeça e direcionei meu olhar para o outro lado. Mesmo depois de todo aquele tempo, eu ainda não me sentia preparado para ter outro relacionamento amoroso com ninguém. As feridas que sua morte tinha causado em meu coração ainda eram muito recente e estavam abertas. Eu já havia explicado aquilo à Christina, mas ela fazia questão de não entender.

–Chris, eu já te expliquei sobre isso – eu falei cansado e ela me olhou irritada.

–Você já me explicou, mas isso não quer dizer que eu concorde e que eu vou desistir de te fazer ter uma vida normal – ela replicou e eu bufei.

–Mas, eu posso saber o porquê de você querer tocar nesse assunto, agora e tão de repente? – eu a questionei depois de alguns segundos e suas bochechas ficaram levemente róseas por conta de sua pele escura.

–Hã... Nada... É só porque eu me preocupo com você – ela gaguejou desajeitadamente e eu arqueei uma sobrancelha.

–Chris, você como ex-integrante da Franqueza é péssima mentindo. Conte-me a verdade – eu a desafiei e seu rosto ganhou um tom rubro mais forte.

Ela saltou da pedra e começou á caminhar até a macieira mais perto, onde apoiou a mão no tronco áspero. Eu a segui e toquei seu ombro delicadamente.

–Christina, você pode confiar em mim. Eu sou seu melhor amigo – eu falei e ela se virou para me encarar, irritada e com lágrimas nos olhos.

–É exatamente esse o problema – ela gritou e bateu com o punho fechado em meu peito – Você é o meu melhor amigo.

Eu a encarei por longos segundos, tentando entender qual era o problema em nós dois sermos melhores amigos. Ela soltou um suspiro e abaixou a cabeça, deixando uma cortina de cabelo escuro entre nós. Eu abri a boca para lhe perguntar o que estava acontecendo, quando ela levantou a cabeça.

–Quer saber? Dane-se – ela falou e colou seu corpo ao meu, assustando-me.

Ela inclinou a cabeça e juntou seus lábios aos meus. Seus braços abraçaram meus ombros e seus dedos se enroscaram no meu cabelo cortado ao estilo da Abnegação. Eu abracei sua cintura e a encostei na árvore. Porém, antes que eu continuasse, a imagem do rosto de Tris voltou á minha mente violentamente e eu me afastei bruscamente.

–Christina, eu sinto muito, mas eu não posso fazer isso.

E antes que ela pudesse me dar uma resposta, eu saí correndo. Sem rumo ou direção, eu só queria me distanciar, me afastar daquilo tudo. E, mesmo com os pulmões ardendo e as pernas doendo, eu continuei sem olhar para trás.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E aí, gostaram?
Beijos



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Casais Improváveis" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.