Natasha Romanoff e Tony Stark

Amor Imaginado

As luzes da cidade de Nova York estavam acesas como sempre, iluminando todas as pessoas que andavam por aqui.

Pessoas diferentes esbarravam em mim e sempre que me reconheciam e falavam, curiosos como sempre: “ Ele é o Tony Stark?”.

Não fico surpreso por ser uma celebridade, até que gosto de ser conhecido mas nesse momento quero ficar sozinho, sem ser reconhecido.

Olhei para a esquina da Times Square e vi um bar com letreiros bem chamativos. Estava escrito “ Bar do Jack: Comemore a vida com um drinque”.

Realmente o que preciso agora é uma bebida.

Caminhei rapidamente para chegar ao bar, espero que ninguém reconheça o famoso “ Homem de Ferro”.

O bar estava calmo mas cheio de bêbados, pois, aliás isso é um bar, obviamente teria bêbados.

A mesa que me sentei estava suja mas não liguei. Apenas apoiei meu braço e fiquei esperando alguém vir me perguntar qual bebida eu iria tomar.

Como esperado, uma garçonete anotou meu pedido que era somente uma cerveja qualquer.

Estava me sentindo diferente. Não me sentia mais o playboy que também é um herói super conhecido, mas uma pessoa normal que vem beber para esquecer as mágoas.

Que eu me lembre, não tenho nada para esquecer, aliás minha vida é perfeita.

Dei um gole na minha bebida gelada e comecei a assistir o um jogo de futebol que passava na TV de sei lá que time.

– Não sabia que gostava de futebol , Stark. – Disse uma voz feminina e sedutora atrás de mim.

Esperei um pouco para me virar pois a voz era conhecida mas nada vinha a minha cabeça.

Olhei para trás e vi a mulher de cabelos ruivos me encarando, ao contrário do que sempre vejo, ela não está com o uniforme da SHILD e sim uma blusa larga e uma calça jeans. Como se fosse uma pessoa normal, o que não é.

– Para falar a verdade, não. – Digo enquanto a encaro.

Ela arrasta uma cadeira para se sentar junto comigo e fica quieta me examinando.

– Você está me seguindo? – Pergunto assustado.

– Tenho certeza que no meu dia de folga não seguiria ninguém.

Fazia tempo que não via Natasha, queria me distância das pessoas da SHILD mas não sei se foi a melhor opção a se tomar.

Eles me viam como um herói, e não como uma pessoa. Talvez a culpa seja minha por não reclamar disso mas ninguém quer ser somente uma máquina, bom pelo menos eu tenho fama por ser uma boa pessoa.

– Pensei que ficaria assustado por eu estar de folga. – Diz ela fitando os meus olhos, isso me deixava um pouco tenso mas não sabia porque.

Me inclinei para perto de Natasha e fiquei olhando profundamente dentro de seus olhos, ela não gostava disso pois arfava o nariz sempre que alguém fazia esse ato.

– É impossível assustar Tony Stark. – disse essas severas palavras com um timbre desafiador ou até mesmo um pouco arrogante.

Ela arfou seu nariz várias vezes mas não parou de me encarar. Ela estava séria, e eu gostava disso.

– Você é sempre metido desse jeito? – ela diz me encarando o que me provoca um sorriso.

– É mais um charme meu que as mulheres deliram.

– Eu não delirei. – Diz ela triunfante.

– Por fora não mas por dentro está louca para me agarrar.

Ela iria responder mais os gritos dos bêbados após verem o gol feito por um jogador qualquer foi mais forte.

Natasha voltou a beber sua cerveja e eu, a minha.

De vez enquanto nós olhávamos de esguelha, eu fazia uma piada, e dificilmente ela ria.

Foi assim a noite toda, foi até que agradável. Por mim ficava a noite inteira mais havia começado uma briga entre bêbados e não estávamos afim de ouvir velhos gritando, então fomos embora.

Havia até esquecido que estava em Nova York. Talvez fosse a cerveja que está fazendo o efeito.

Natasha parou de andar e eu não havia percebido apenas quando ela falou “ Até Stark”.

Voltei e percebi que ela estava procurando um molho de chaves que fazia um barulho irritante em no bolso do jeans.

Ela estava encostada em um prédio pequeno, de dois andares e parecia ter somente quatro apartamentos.

Realmente um prédio que nunca sonharia em morar.

– Então, Romanoff mora em um prédio de quinta... – Comecei a falar mais parecia que as palavras saiam sem eu controlar, realmente estava bêbado.

Eu cai em seus braços pois havia perdido o equilíbrio, não tinha mais forças para me mover.

Ela apenas me moveu para perto da porta e abriu-a, rapidamente me movendo para as escadas do pequeno prédio.

Minha visão estava embaçada, parecia estar triplicada pois Natasha estava com seis olhos. Seis lindos olhos...

– O que você disse? – Perguntou ela com os olhos arregalados, agora ela havia apenas dois.

Não respondi, apenas olhei para o lado e bufei.

Estava realmente muito bêbado mas pelo menos estava entrando no apartamento da ruiva.

Ela me arrastou pelo chão e bateu minha cabeça na porta de sua casa, mas não reclamei.

Natasha agora me segurava com mais rigidez, e então jogou-me em seu sofá que era coberto por uma manta.

– Stark você vai dormir no sofá. – Ela falou bem alto, fechando as cortinas e ligando o ventilador. – Você quer alguma coisa?

De repente parecia que não estava controlando meu corpo, eu simplesmente levantei e olhei para Natasha que ainda tinha seis olhos.

Eu a chamei com meus dedos e ela riu, deveria estar com cara de idiota. Mas ela veio.

Estávamos perto um do outro, ambos quase respirando o mesmo ar mas havia alguma coisa diferente, e não era o meu bafo de cerveja.

Natasha me olhava de um jeito diferente e eu para ela. Sinceramente nunca acreditei nisso, olhamos para as pessoas iguais, meu olho não muda quando vejo algum amigo, ou inimigo. Continuo com os mesmos olhos mas quando vejo Natasha, parece que meus olhos se modificam.

Natasha me puxou e me deu um beijo. Sua boca estava colada na minha e tinha um pouco de gosto de cerveja, mas não me importava. Eu com certeza deveria estar com um bafo pior.

O beijo passou por várias fases : calmo, rápido, intenso e durador.

As quatro fases eu só pensava em uma coisa e não era sexo.

– Casa comigo?

Senti o riso de Natasha em meu rosto, era gargalhou bastante mas parou.

– Você acabou de tomar um porre Stark, durma bem.

E assim Natasha fechou a porta de seu quarto e dormiu, sem aceitar o pedido que era verdadeiro.

Talvez estive louco no momento mas esse sentimento parecia que estava colado em minha cabeça pois ele não saía de mim.

Imagino nosso casamento, ela de vestido branco e eu de terno.

Imagino nossa casa, ou melhor casas.

Imagino nossas viagens.

Imagino nossas fotos em revistas.

Imagino nossos filhos que são os mais espertos da turma e serão mestres em artes marciais.

Imagino ainda que um dia falarei e despertarei algum romance dentro da ruiva que tanto faz eu imaginar.