Casais Improváveis escrita por Valerie Grace, Lady Salvatore, Hiccup Mason, Bess, Sherlock Hastings


Capítulo 11
Lúcia Pevensie & Edmundo Pevensie


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal!
Essa one foi pedido de uma leitora e eu tinha ela escrita aqui :D
Shipper Lucia e Edmundo de Nárnia!
Espero que gostem!
Enjoy!



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Tema: As Crônicas de Nárnia

Shipper: Lúcia Pevensie e Edmundo Pevensie

The Reason Why I Smile

Acordei disposta naquela manhã. Finalmente depois de um tempo tendo que aturar meu primo irritante terei um dia de puro sossego com meu irmão Edmundo.

Meus tios tinham ido passear com meu primo, eles foram visitar um parente que ao que sabia tinham acabado de ganhar um bebê. Na verdade nem prestei muita atenção no que eles falaram, só na parte de que só iriam voltar no dia seguinte.

Preparei um café da manhã caprichado. Estava inspirada pela minha alegria pela ausência dos tios e de Eustáquio.

Percebi que não havia nem sinal de que Edmundo havia acordado, então coloquei o café em uma bandeja e subi até o quarto dele. Nunca tinha feito isso antes, mas hoje era um dia especial.

Entrei no quarto e coloquei a bandeja na cama vazia de Eustáquio. Olhei Edmundo dormindo tranquilamente e apenas admirei a cena. Sua respiração lenta e profunda fazia seu peito subir e descer, um movimento quase imperceptível, mas não para mim, que prestava mais atenção nele do que o permitido para uma relação de irmãos.

Algo em mim estava estranho hoje. Estava mais ousada, alegre, disposta. A última vez que me senti assim foi quando estive em Nárnia.

Agachei-me de frente para Edmundo e comecei a sacudi-lo levemente.

– Ed, acorde. – chamava calmamente.

Não demorou muito e ele começou a gemer algo ininteligível e em seguida abriu os olhos preguiçosamente. Quando me viu abriu um sorriso que me encantou.

– Lúcia – disse parecendo feliz em me ver – bom dia!

– Bom dia Edmundo! – digo alegremente – Trouxe café da manhã! – aponto para a bandeja na outra cama.

– Nossa, é meu aniversário? – indagou fazendo as contas mentalmente.

– Não seu bobo! – dou um leve tapa em seu ombro – É que hoje estamos com a casa só para nós!

– Hum? Quer dizer sozinhos? – ele ficou corado por alguma razão que não entendia na hora.

– É, estamos livres de Eustáquio e nossos tios!

– Claro! É exatamente isso que pensei. – desviou o olhar e balançou a cabeça como se espantasse algo – Parece delicioso! – diz olhando a bandeja.

– Caprichei! – afirmei me levantando e indo me sentar na outra cama – Venha experimentar! – chamei fazendo gesto com a mão.

Ele logo veio e sentou-se a minha frente, apenas a bandeja nos separando.

Edmundo provou minhas panquecas e fez cara de aprovação.

– Boas? – indaguei pegando uma.

– Perfeitas! Você é fantástica Lúcia! – exclamou pegando mais panquecas.

– Coma devagar. – eu ri.

– Desculpe! – diz constrangido e me fazendo rir ainda mais.

Comemos o café animadamente, com direito a piadas e brincadeiras um com o outro. Depois Ed me ajudou a levar tudo para cozinha e limpar para que não levássemos uma bronca de nossos tios quando chegassem.

Subimos novamente, mas dessa vez para meu quarto. Matamos o tempo jogando conversa fora até que entramos em um assunto que sabia que nos levaria a uma questão perigosa.

– Acha que Caspian ainda pensa na Susana? – perguntou ele.

– Não sei, talvez sim. – respondo vagamente – Ele parecia realmente gostar dela.

– Hum – murmurou e ficamos em silêncio por um momento antes de ele retomar a palavra – Lúcia, posso fazer uma pergunta? Se não quiser responder vou entender.

– Claro Ed – afirmei imaginando que tipo de pergunta seria.

– Você... – ele não me olhava enquanto dizia – já gostou de alguém como Caspian e Susana? – vi seu rosto corar um pouco.

Também senti meu rosto esquentar um pouco. Sei que parece estranho e totalmente inaceitável, mas eu gostava de Edmundo desse jeito. Como Susana e Caspian. Pensar nisso agora é natural para mim, mas me lembro de como foi difícil quando tive que admitir isso a mim mesma. Eu sofri muito até parar de me condenar e simplesmente aceitar esse fato. Lembro-me de passar noites perturbada com esse fato, de quantas vezes tive que me segurar e fingir que estava tudo bem na frente dele. Mas hoje eu estava mais controlada. Pelo menos era isso que eu achava.

– Eu já... – respondi tentando achar um meio de desviar do assunto.

– Hum – murmurou parecendo chateado – eu o conheço?

– Melhor do que pensa. – soltei impulsivamente.

Ele me olhou curioso e ficou esperando que eu dissesse quem era. Abri a boca várias vezes tentando dizer algo, mas não saia som algum. Ele começou a ficar desconfiado.

– Já entendi, não quer me contar. – virou o rosto para a janela.

– Na verdade não quero mesmo – admiti e ele me olhou novamente – isso vai te deixar chocado.

Tremi só de pensar na reação dele. “Olha Edmundo, sei que é meu irmão, mas quero te beijar e ser sua namorada, tudo bem?” eu não podia dizer isso a ele, nem mesmo com outras palavras. Ele iria me repudiar da mesma forma, e quem sabe até nunca mais me dirigir a palavra. E nada me doía mais do que pensar em Edmundo me odiando e me repudiando.

– É o Caspian? – indagou franzindo a testa.

– O que? – exclamei perplexa – Caspian? Claro que não Ed, que ideia!

Como ele podia pensar nisso? Eu jamais vi Caspian com esses olhos, ele era sim um rapaz muito bonito, mas apenas meu amigo.

– Então quem é? O Eustáquio?! – perguntou arregalando os olhos e jogando os braços para o alto.

– Edmundo! – o repreendi me levantando e o encarando seriamente – Dá onde está tirando isso?

– Então me diga quem é! – exigiu se levantando também, ficando bem próximo de mim.

Arfei com a proximidade e meus olhos pousaram por uns instantes em seus lábios, tão pertos agora, mas ao mesmo tempo tão longe. Jamais poderei tocá-los.

Foquei-me em seus olhos e acabei me perdendo neles. Mas logo voltei à realidade.

– Ed, você me odiaria... – comecei, mas fui interrompida.

– Lúcia, - ele pegou em meu queixo – eu jamais te odiaria! Nunca! – disse convicto.

– Promete? – coloquei minha mão sobre a sua.

– Prometo.

Ficamos em silêncio por alguns minutos. E então decidi chutar o balde, jogar tudo para o alto, deixar meu coração falar. Se for um erro ou não, eu nem me importava agora, só queria que essa tortura acabasse logo. Esse segredo iria me consumir.

– É você Edmundo – digo e seu queixo caiu – eu te amo! Sempre te amei, mas só agora percebi de que forma. – pausa – Eu tentei fugir desse sentimento, juro que tentei, mas... – não pude terminar a frase, pois ele havia me calado com m beijo.

Um misto de emoções se formava em mim naquele momento. Senti que meu peito poderia explodir a qualquer momento. Felicidade, surpresa, apreensão, amor... Tudo junto.

Eu nem sabia dizer se meus pés tocavam o chão, os lábios dele nos meus causavam um efeito mágico, cheguei a achar que estava flutuando em algum lugar desconhecido.

Quando nos separamos ficamos nos encarando ofegantes, um sem saber o que dizer ao outro.

– Ed? – ele sabia que eu queria uma explicação.

– Eu também te amo Lúcia! Eu jamais sonhei que seria correspondido!

Aquelas palavras fizeram todas as emoções se formarem em apenas uma: Alegria.

Tinha certeza de que sorria largamente, pois minhas bochechas estavam quase dormentes, mas não ligava.

– Edmundo! – o abracei fortemente sendo retribuída.

– Lúcia! Esse é o momento mais feliz da minha vida. Mais até do que os tempos de Nárnia. – afirmou acariciando meus cabelos.

– Para mim também. Melhor do que tudo que já vivi!

Passamos o resto do dia abraçados e trocando caricias, quem iria saber quando íamos ter aquela liberdade novamente. Até que a noite chegou e decidimos dormir juntos em meu quarto.

Durante a noite, enquanto repousava minha cabeça em seu peito algo me veio em mente.

– Edmundo – chamei e ele murmurou um sim – jamais seremos aceitos. Nossos pais, Susana e Pedro... Jamais poderemos contar.

Senti-o suspirar pesadamente.

– Então quer acabar aqui? – perguntou tristemente.

– Não! – levantei a cabeça – Eu não quero me separar de você!

– Estaria disposta a ficar comigo mesmo com nossa família contra nós?

– Claro! Ficaria triste, mas você é a razão do meu sorriso.

Ele sorriu e me deu um beijo na testa.

– Vamos morar juntos? – perguntou acariciando meu rosto.

– Sozinhos? – ergui uma sobrancelha e ele assentiu – Mas aonde?

– Quando formos para a faculdade. Poderemos alugar um apartamento apenas para nós.

– É a melhor ideia que eu já ouvi! Mas sabe que irá para a faculdade primeiro do que eu, certo?

– Mas ficaremos afastados por pouco tempo, não temos tantos anos de diferença. Logo poderemos ficar juntos sem medo.

Eu sorri e o beijei.

– Eu te amo!

– E você é a razão do meu sorriso, minha Lúcia!


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Notas finais do capítulo

Gostaram? *--------------------------*
Tem blog? Me manda o link que eu sigo :D
(http://monicajonasfanfics.blogspot.com.br/)

Vocês querem one de Lucia x Pedro ou Susana x Pedro?

Bjonas!