Depois que se deram conta de que o assassino se tratava de um serial killer, a equipe não sabia por onde começar as investigações. Já imaginavam cada trabalho árduo, cada preocupação que deveriam enfrentar em situações como essa. Como se não bastasse seu próprio desespero, Lisbon teria que se preocupar ainda mais com Jane porque já sabia os efeitos que um seria Killer tem sobre ele

Em questão de segundos, Lisbon voltou seus pensamentos à realidade, respirou fundo e se pronunciou primeiramente, com seu senso prático e racional:

Lisbon: Vamos conversar com o prefeito e alguns de seus familiares e ver se conseguimos algo de útil.

VanPelt: Angeline tinha um irmão. Poderíamos entrar em contato com ele também. Seu nome é Scott... Scott Halley.

Lisbon: Cho, cuide disso. Jane e eu vamos falar com o prefeito. Ao trabalho!
 

PREFEITURA-

Leonard Santury, o prefeito, estava muito abalado física e psicologicamente. Havia recebido a notícia da morte de sua esposa há poucas horas.

Lisbon e Jane se apresentaram. Leonard se encontrava com outro homem.

Leonard: Esse é meu advogado, Dr. Blake-

Jane conseguia sentir a aflição que Leonard sentia, e agonia que ainda insistia em fazer com ele tremesse e forçasse para não chorar novamente. 

Jane: Não se preocupe, sabemos que o senhor é inocente. Queremos que nos ajude a pegar o assassino.

Leonard: Claro...

Jane: Suspeita de alguém?

Leonard: Bom..eu...não...

Dr. Blake: Pare de pressioná-lo dessa maneira! Não vê a situação desse homem? 

Lisbon: Sr. Santury, os indícios encontrados na cena do crime nos levam a pensar que há um serial killer envolvido nessa história toda.- Lisbon tentou dar a notícia do jeito mais delicado o possível. Mas a ideia parece não ter funcionado muito bem. Leonard se engasgou com o gole do café que havia ingerido segundos antes de Lisbon terminar a frase.

Jane: Na verdade, os indícios COMPROVAM, que foi, sim, um serial killer...

Lisbon: Jane!

Leonard: Céus! Pode ser qualquer um...Como vão encontrá-lo? O que eu posso fazer para ajudar?

Jane: Como você sabe, um serial killer, sempre tem uma motivação, algo que incentiva ele a fazer o que faz. Nesse caso, é um assassino que gosta de mulheres..digamos...''poderosas''. Provavelmente, ele a atraiu, sequestrou, estuprou e depois a matou com a ajuda de uma faca. Talvez você possa...- Cada palavra de Jane parecia um fincada no peito daquele homem. Ele se levantou como forma de protesto e Jane entendeu que precisava ter mais cuidado. Afinal, ele entendia exatamente a dor que Leonard estava sentido.

Em meio aos seus soluços, Leonard tentou falar:

Leonard: Ela estava tão feliz...Nós estávamos muito bem. Eu não deveria ter viajado.-

Lisbon: Conversou com ela durante esses três dias que esteve fora da cidade?-

Leonard: Sim, por telefone. Ontem pela tarde...-

Jane: Você parece ter se lembrando de algum detalhe. O que foi?

Leonard: Eu havia me esquecido. Angeline estava querendo ajudar uma campanha para crianças com câncer. Ela já tinha entrado em contato com a associação e ia se encontrar com o pessoal de lá para combinar doações, parcerias e etc. Quando liguei, ela já estava a caminho.

Lisbon: Vamos até a sede dessa tal associação e ver o que eles tem a dizer. Obrigada, sr. Santury, entraremos em contato o mais breve possível.

Leonard: Por favor, encontrem o assassino.

Jane: Vamos encontrar!

SEDE DA ASSOCIAÇÃO DE PROTEÇÃO ÀS CRIANÇAS COM CÃNCER.

Lisbon:  Agente Lisbon e Patrick Jane. Viemos falar sobre Angeline Halley.

Cristine: Meu nome é Cristine Martin, sou a diretora daqui. Fiquei sabendo sobre a morte dela. Foi uma pena, ela tinha uma alma tão boa.

Lisbon: Estavam fechando um negócio, certo?

Cristine: Sim, ela nos ofereceu ajuda.

Jane: Sim...ajuda monetária, eu presumo. -Lisbon disfarçou uma pequena risada com a ironia de Jane.

Lisbon: Ontem vocês se encontraram para falar sobre o assunto. Quanto tempo ela ficou aqui?

Cristine: Espere...não nos encontramos ontem.

Lisbon: Não? O marido dela afirma ter conversado com ela por telefone quando ela estava à caminho daqui. Angeline disse que havia combinado de vir aqui.

Cristine: Sim, nós combinamos mas ela não veio.

Jane: Não veio? Estranho...Cristine, você confia totalmente em TODOS os seus funcionários, correto?

Cristine: Claro! Mas em que isso implica na sua investigação?

Jane: Em nada. Mas...tome cuidado. Algumas pessoas podem ser piores do que você imagina.

Lisbon: Tudo bem...Cristine, obrigada pelo seu tempo.

ESCRITÓRIO DO CBI

Lisbon: ''Algumas pessoas podem ser piores do que você imagina''. Oque foi aquilo, Jane?

Jane: Nada demais! Só quis intimidá-la..

Lisbon: Estranho ela não ter se encontrado com Cristine aquela noite.

Jane: Sim, muito estranho.

Lisbon: Será que ela tinha uma amante?

Jane: É possível.

Lisbon: Cho, converse com o irmão de Angeline.

Cho: Estou indo agora, chefe.

CASA DE SCOTT HALLEY

Cho: CBI! Agente Cho- Ele se apresentou- Quero falar sobre sua irmã, Angeline.

Scott: Claro, entre. Esse é meu advogado Dr. Mathew.

Cho: Quando foi a última vez que você conversou com sua irmã?

Dr. Mathew: Não é obrigado a responder nenhuma dessas perguntas, Scott.

Cho: Na verdade, é sim. Quando foi que conversaram pela última vez?

Scott: Ontem de manhã. Eu e o Ddr. Mathew nos encontramos com ela. Ela me pediu um favor..nada de mais.

Cho: Que favor?

Scott: Ela queria que eu conseguisse uns documentos para ela. Disse que estava fechando um negócio com uma associação de crianças doentes. Pedi ajuda ao Ddr. Mathew porque ele conseguiria esses documentos mais rápido.

Cho: Ela mostrou algum comportamento estranho?

Scott: Não.

Cho: Certo. Obrigado pelo seu tempo.

ESCRITÓRIO DO CBI

Lisbon: Cho disse que Angeline documentos e contrato. Então ela planejava mesmo ir se encontrar com Cristine. Porque, então, ela não foi?

Jane: Excelente pergunta, Lisbon.

Jane fez seu famoso sorriso sarcástico e Lisbon sabia que ele havia pensado em alguma coisa.

Lisbon: Fala...

Jane: O assassino não a raptou. Seja como for, ela se encontrou com ele por vontade própria. Ela deve ter sido enganada...Vamos pegá-lo?

Lisbon: Mas como?

Jane: Simples... Vamos dar a ele o que ele quer!