POV BELLA

Acordei com a luz do sol batendo em meu olho. Assim que meus olhos se acostumaram com a claridade, levei um susto. Alice e Angela estavam sentadas na minha cama me encarando.

–Bom dia, gente! – eu disse, rindo.

–Pode começar a contar! – elas disseram em coro.

–Tudo bem. – eu suspirei, me levantando e escorando na cabeceira da cama. – Ele disse que me ama! – logo disparei.

Elas gritaram e riram.

–Ai, meu Deus, sério? Mas e como foi? E o lance da aposta?

E comecei a repassar pra elas o relatório completo da noite. Depois desci pra tomar café e tive uma surpresa. Edward estava lá, jogando vídeo game com Emmett.

–Bom dia, princesa! – ele veio em minha direção me abraçando forte.

–Bom dia, amor! – demos um selinho. – Tá aqui desde que hora?

–Faz pouco tempo. Eu estava te esperando ali de fora, e Emmett me chamou. Vou te levar num lugar.

–Onde? – perguntei curiosa.

–É surpresa! – ele disse, rindo.

–Ah, tudo bem. Eu vou só tomar café e trocar de roupa tá?

Ele assentiu e eu fui pra cozinha. Tomei um café rapidamente e subi pro quarto. Optei por uma saia curta floral e uma blusa preta, mais fechada. Nos pés, coloquei uma sapatilha bege e deixei meus longos cabelos negros caírem soltos até abaixo de minha cintura, e fiz uma trança na franja.

Desci as escadas e ele me olhou, impressionado.

–UAU! Desse jeito vou ter trabalho pra que os lobos não caiam matando em cima de você. – ele brincou.

–Bobo. – sorri pra ele. – Vamos?

–Claro.

Me despedi dos meus amigos na casa e fomos em direção a onde estava o carro do Edward. Mas ao invés de seu habitual Volvo, fomos em direção ao Guardian preto.

–Não acredito! – sorri, colocando a mão na boca.

–Gostou? Essa é apenas a primeira surpresa.

–Ai meu Deus, eu amei! – corri em direção ao carro, passando minha mão por sua lataria brilhante.

Ele abriu a porta pra mim e eu entrei. Por dentro era muito luxuoso, todo decorado em branco e prata. Sentei-me no banco de couro macio, ainda sorrindo.

Ele deu a volta por trás do carro e entrou em seu devido lugar.

–Não sabia que gostava tanto assim de carros. – ele comentou.

–Sou apaixonada! Herança de família, sabe. – eu disse ligando o som. – Muito obrigada por me fazer reviver, Edward. Não sou nada sem você.

Me aproximei dele e depositei um selinho em seus lábios.

–Pronta? – ele perguntou, ligando o carro e colocando seus óculos escuros.

–Espere! – eu disse, colocando o cinto de segurança e os óculos escuros também. – Agora sim!

Rimos e ele arrancou, acelerando forte. No rádio estava tocando “Monsters” da Hurricane Bells. Abri o vidro e deixei que o vento batesse forte em meu rosto. Me sinto pura e viva novamente.

–Gosta de adrenalina? – ele perguntou depois de um tempo.

E não me dando nem tempo de responder, ele acelerou mais o carro. Estávamos em uma rua isolada, sem movimento, e o carro fluía como um flash. O som do motor ecoava nas casas e dava sensação de liberdade e adrenalina.

Quando chegou na esquina ele deu um cavalo de pau e entrou novamente na avenida principal. Gritamos e rimos muito.

–UAU! Isso foi fantástico! – gritei.

As pessoas nas ruas nos olhavam como se fôssemos loucos. E isso me fez rir mais ainda.

–Eu amo essa sensação. – disse Edward, e eu me aproximei dele pra beijar sua bochecha.

Depois de passada a euforia, conversamos sobre coisas banais até pararmos em frente à um boliche.

–Boliche? – perguntei.

–É. Gosta? – ele perguntou, descendo do carro e abrindo a porta pra mim.

–Gosto, mas não sei jogar. – eu disse, enquanto descia do carro.

–É fácil, você pega o jeito rapidinho.

Ele fechou o carro e entramos abraçados ao boliche. O lugar era amplo e arejado. Além da área do boliche, tinha uma pista de dança e uma lanchonete. De cara já gostei do lugar. Edward pagou as entradas e fomos para a área do jogo.

–Vai você primeiro. – eu disse.

–Tudo bem.

Ele pegou uma bola e se posicionou. Depositou força e jogou a bola. Ela foi em direção aos pinos e derrubou todos.

–STRIKE! – eu gritei o abraçando.

–Sua vez. – ele sorriu.

Peguei uma bola e ele me ajudou a me posicionar.

–pegue assim e deposite força em seu braço. Incline um pouco o corpo e solte a bola com força e direcionamento. – ele instruiu.

Fiz exatamente tudo que ele pediu e soltei a bola. Ela desviou um pouco mas voltou à sua rota, derrubando todos os pinos.

–Ah! – gritei e ele veio me abraçar.

–Viu, não é tão difícil. – ele sorriu. – E que tal uma competição? – ele propôs.

Pensei por um instante. Eu sabia que eu iria perder, mas aceitei, e vou dar o meu máximo.

–Eu vou primeiro! – tomei a iniciativa.

Joguei a bola enquanto ele pegava uma cartela pra marcar os pontos.