A Rosa Serpenteada escrita por Prince Salazar


Capítulo 5
Uma noite de lembranças e fugas.


Notas iniciais do capítulo

Vocês não imaginam o quanto estou feliz por cada pessoa que leu A Rosa Serpenteada. Eu só gostaria que ela tivessem comentado algo. É realmente muito bom quando recebemos comentários, pois é como se recebêssemos um gás para continuar a escrever nossas histórias. No entanto, parece-me que houve um comentário, segundo meu gerenciador, mas eu não estou conseguindo visualiza-lo, então perdão se eu não comentei pois nem seu nome estou conseguindo ver. Obrigado a você Tuca, a primeira pessoa que favoritou minha história.
No mais, boa leitura!



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Ronald, Hermione e Rose se encontravam a frente de uma casa grande da era vitoriana cujo pertence atualmente aos Shackebolt. O jardim estava cercado por lanternas e fadinhas que voavam entre as roseiras. Assim que se aproximaram da porta de entrada da casa ela se abrira sozinha revelando o interior impecável da residência.

– Rony, Mione! – disse o Ministro que viera cumprimenta-lo trazendo nas mãos uma taça de vinho.

– Como vai Quim, obrigado por nos convidar! – disse Hermione beijando cada lado da bochecha do ministro.

– É um prazer tê-los aqui... – falou o homem agora abraçando o ruivo.

– Sabe que adoro festas! – disse Rony.

– Principalmente se tiver comida... – falou Hermione baixinho.

– Rose, como você está crescida? – Kingsley colocara as mãos na cintura e olhando bem para ruiva. – E como está bonita!

– Obrigada! – agradeceu Rose corando. Na verdade, a ruiva estava verdadeiramente bonita naquela noite. Seus cabelos estavam sedosos e com um brilho fora do normal; seus lábios estavam delineados com um batom vermelho muito vivo.

– Vamos entrar então... – disse Kingsley com um movimento do braço indicando o interior da casa.

Assim que os três Weasley entraram na casa, avistaram algumas pessoas conhecidas, não só gente importante do Ministério da Magia, mas como também alguns de seus parentes. Hermione correra para abraçar Gina Potter que estava mais adiante conversando com seu marido, Harry Potter, que fora abraçado por Ronald.

Rose imaginara se seus primos também tinham vindo a festa. Talvez não, o fato é que James e Alvo não se davam muito bem e por tudo arranjavam encrencas. A tia de Rose, Gina, já estava cansada de dizer o quantos seus filhos a faziam passar vergonha.

Rose cumprimentara seus tios, depois que eles disseram que ela estava muito bonita naquela noite.

– Mas onde está o Hugo? – perguntou Harry.

– Ele foi passar o final de semana na casa da Molly – disse Hermione procurando seu marido.

– Onde está o Rony? – perguntou Gina que sentira a falta do irmão.

– Ele estava agorinha aqui, que estranho! – falou Harry passando a mão atrás da nuca.

Não foi tanta surpresa assim quando o Ruivo surgira entre os amigos com um prato cheio de empadinhas e mini-tortas de paté de presunto.

– Ronald, você não para de comer? – falou Hermione batento sua bolça com força no marido.

– O que foi? Eu estou com fome... – disse Rony comendo uma empadinha.

Hermione balançara a cabeça negativamente ao mesmo tempo em que Harry e Gina caíram na gargalhada.

Os velhos amigos começaram a conversar, o que deu margem para que Rose saísse do círculo sem ser notada. A garota passeara pelo interior da casa que demonstrara uma decoração peculiar com mascaras tribais e cabeças de Kappa e Cavalo-Do-Lago penduradas em placas de madeira.

Rose estava percorrendo um corredor comprido quando ela sentiu um arrepio na espinha. Scorpius vinha andando do lado oposto do corredor de encontro a ruiva. Rose tentou abrir a boca para falar alguma coisa, mas Malfoy passou tão rápido do lado dela que não houve tempo para que Rose se desculpasse. Sim, era o fim. Rose definitivamente perdera seu melhor amigo, ela se perguntava como conseguira ser tão burra a não perceber que ela gosta dela.

A ruiva lembrara do primeiro dia em que conheceu Malfoy:

Rose estava no primeiro ano, fazia apenas uma semana que havia chegado no castelo. Seu cabelo está desgrenhado, não tivera tempo para arruma-lo cedo naquele mesmo dia, pois preferia passar o tempo livre que restara estudando e repetindo os feitiços que ainda iriam aprender naquele trimestre. A garota passara pelo pátio de Transfiguração quando um garoto de cabelos loiro platinados deu de encontro a ela; Rose caiu no chão espalhando seus livros pesados.

– Desculpe! – falou o garoto estendendo a mão para ajudar a ruiva a se levantar. Mas Rose começara a rir, deixando o pobre do garoto confuso.

– Por que você está rindo? – quis saber o garoto segurando firme na mão de Rose.

– Me aconteceram tantas coisas essa semana que eu não imagino o que possa ficar pior... – disse Rose se erguendo do chão.

– Como o que por exemplo? – perguntou o garoto que começara a apanhar os livros de Rose do chão.

– Esqueci de tomar café-da-manhã e cheguei uma hora mais cedo para a aula de Herbologia; eu não tenho dormido direito, pois estou muito preocupada com as provas finais, olha que ainda faltam muito tempo... entre outras coisas – disse a ruiva segurando os livros que o loiro passara para ela.

– Que tenso! – falou ele sorrindo e Rose também.

– Eu adoraria conversar agora mais eu não posso me atrasar para a aula de Defesa Contra a Arte das Trevas.

– Na verdade eu também tenho que assistir a essa aula agora, se você quiser eu posso te acompanhar – disse o loiro começando a andar.

– Ah, meu nome é Rose Weasley! – disse Rose sem por der estender as mãos ocupadas segurando livros.

O garoto hesitara em dizer seu nome:

– S-Scorpius! – falou ele.

– Só isso? Você não tem sobrenome? – perguntou Rose seguindo Scorpius.

– Malfoy! – gritou alguém atrás deles. – O que você faz andando com essa traidora do sangue, Weasley!

Rose corara naquele estante. A verdade era que Terence Nott era um ridículo racista que infernizara a vida de Rose desde o momento que pisara no trem de Hogwarts.

– E-eu, não estou andando com ela! – mentiu Malfoy.

Rose olhara bem para Malfoy e ficara desapontada e começou a correr em direção a porta para o corredor que dava para a torre de Defesa Contra as Artes das Trevas. Ela sentiu um pesar no peito.”

Era exatamente assim que Rose estava se sentindo naquele estante. Fora inevitável Rose ter se encontrado outras vezes com Malfoy naquela casa, ele sempre a ignorara. Mas o que ela não sabia era que Scorpius estava sentindo uma magoa tão forte no peito, que ele não tinha chão para estar perto de Rose, principalmente hoje que estava tão linda. Quando a garota estava distraída, Malfoy não perdera tempo em ter o prazer em admira-la.

Rose seguiu em direção ao jardim ao fundo da residência, ali também recebera uma bonita decoração e mais fadinhas. A ruiva sentara em um banco de madeira sob um carvalho antigo que havia no quintal da casa. Mesmo sendo verão o vento soprava uma fria brisa de outono. De repente um farfalhar de folhas a sua costa a assustara fazendo com que pulasse do banco para ver quem estaria ali. Mais uma vez, Scorpius Malfoy vinha andando em sua direção e pareceu se espantar assim que viu Rose, estavam os dois ali sozinhos na parte de trás da casa dos Kingsley. A Weasley precisava fazer alguma coisa, foi que disse:

– Scorpius, por favor, me perdoa!

O garoto pareceu desconcertado, não tinha certeza se seguia em direção a casa ou permaneceria ali e escutar as desculpas de Rose. Mas ele não queria escutar, era duro imaginar o quanto seria difícil ver Rose se humilhar para tê-lo como amigo novamente.

– Eu perdoo você – disse Malfoy sério.

– Obrigado! – Rose sorria e uma lagrima desceu de seus olhos.

– Desculpe eu preciso ir... – o loiro começou a andar para dentro da casa deixando Rose ali, incrédula.

Malfoy ainda não havia passado pela soleira da porta quando um grito de uma mulher tomou conta do ar. Logo depois ouvia-se o som de várias coisas quebrando no interior da casa. Rose e Scorpius se olharam e correram para ver o que acontecia. Scorpius por um impulso sacara sua varinha das vestes, ele podia sentir o calor de Rose que estava muito perto dele naquele estante.

Assim que abriram uma porta de madeira que dava de volta a sala onde se encontravam os outros convidados, eles viram feitiços jorrarem para todos os lados. Malfoy puxara Rose para o chão livrando-a de ser atingida por um feitiço que fez com que uma cadeira explodisse as suas costas.

– O que está acontecendo? – perguntou Rose perplexa. A garota já havia sacado sua varinha.

– Aqui, venha me pegar! – gritou a voz de Harry Potter da sala ao lado.

– Não sei, mas vamos sair daqui – Malfoy segurou forte no braço de Rose e a puxou. Os jovens deram a volta pelo corredor principal da casa, onde sairiam no hall de entrada da residência dos Kingsley.

Um homem, vestindo vestes surradas com um bandana vermelha amarrada ao braço esquerdo, apareceu a frente deles, ele tinha um lado do rosto ensanguentado, empunhava a varinha apontado na direção dos jovens. Malfoy tomou a frente de Rose.

Estupefaça! – gritou Malfoy, mas o homem rebatera o feitiço com um Feitiço Escudo.

Confringo! – chamas voaram da direção da varinha do bruxo em direção a Rose e Escorpius.

Aequora Teggo! – ordenou Scorpius fazendo surgir a frente dele uma barreira de água densa impedindo das chamas o alcançar.

O bruxo murmurara alguma palavra que nem Rose, nem Scorpius entenderam. Em seguida o bruxo erguera a varinha no alto, mas Rose lançou um feitiço mais rápido que o homem acertando-o em cheio no peito. O homem ficara duro feito pedra e caíra no chão.

– Muito bom – falou Malfoy puxando Rose com ele.

Assim que chegaram no hall de entrada, haviam pelo menos meia dúzia de bruxos duelando ali.

– Scorpius! – gritou a voz de um homem que acabara de estuporar um dos bruxos que atacaram a casa. Draco Malfoy vinha na direção dos jovens, os cabelos estavam bagunçados e na direção da costela do homem havia um rasgo na roupa e um pouco de sangue.

– Pai, você está bem! – falou Scorpius para o pai.

– Sim, estou... não se preocupe – disse Draco emitindo um pouco de dor.

– Quem são essas pessoas? – perguntou Rose.

– Raptores, mercenários, mas o que fazem aqui... não sei – Malfoy rapidamente respondera a pergunta de Rose e conjurara um escudo incolor a frente deles rebatendo o feitiço de um dos bruxos estranhos.

Expulso! – um jorro de luz azul saiu da varinha de Draco atingindo o Raptor na cabeça, o bruxo fora lançado para longe e desapagado.

– Vocês precisam sair daqui! – disse Draco olhando nos olhos do filho.

– Rose! – era a voz de Rony. O ruivo surgira do nada, mas ao contrário de Draco ele parecia intacto.

– Pai! – a garota abraçara Ronald.

– Weasley, cuidado! – disse Draco que tomara a frente de Rony protegendo-o com um feitiço escudo.

Junto os dois homens gritaram:

Impedimenta! – um feixe de luz amarela irrompera da varinha de Draco e Rony, atingindo um dos Raptores que tentara ataca-los. O bruxo ficara estático, sem poder se mexer.

– Rose, saia daqui! – ordenou Rony a filha.

– Scorpius vá com ela – pediu Draco.

– Certo! – Scorpius puxara Rose, mas ela não queria se mover.

– Não, eu não vou deixar você pai! –gritou a garota.

– Rose, eu vou ficar bem agora vá... – a ruiva consentiu, mas só depois que seu pai havia lhe dado outro abraço.

Com muita relutância, Scorpius e Rose conseguiram chegar até a frente da casa. Kingsley Shachkebolt estava duelando com três Raptores ao mesmo tempo. Os jovens atravessaram o jardim até atingirem a rua de terra batida que passava a frente da única casa em quilômetros de distância.

– Precisamos desaparatar aqui! – informou Scorpius.

– Vamos para minha casa... – disse Rose estendendo a mão para Scorpius que segurou. Rose desaparatou com Scorpius em direção a sua casa. Segundos depois os jovens desaparataram na entrada da casa da ruiva.

– Vem, entra! – disse Rose ao loiro levando-o para o interior de sua casa. Scorpius não dissera nada, apena adentrara a casa sem nem uma objeção.

– Pode se sentar – a ruiva seguira para sala da casa, sentando-se no sofá.

Por um tempo o silêncio pairou sobre a sala dos Weasleys, Scorpius evitava olhar direto para Rose que não parava de olhar para ele. O Malfoy lembrou como ele virara amigo de Rose:

“Scorpius já estava a dois meses no castelo de Hogwarts em seu primeiro ano de ensino. A verdade é que o garoto até então não fizera nem uma amizade concreta. Ele andava com um grupo de sonserinos de sua idade, como: Alexander Nott, Terence Higgs e Agatha Zabini. Mas nem um era seu amigo.

Foi em um sábado no Dia das Bruxas que ele estava caminhando pelo corredor do sétimo andar quando avistou Nott, Higgs e Zabini discutindo com Alvo Sirius Potter e Rose Jane Weasley.

– Nott você é ridículo e patético, Hogwarts sente pena em ter aceitado alguém como você! – disse Rose.

– Pelo menos, eu e minha família não somos traidores do sangue nojentos! – Nott cuspira no chão aos pés da Weasley. Alvo partira para cima dele, mas Terence e Agatha apontaram a varinha para ele.

Scorpius correra na direção do grupo tomando a frente de Alvo e Rose.

– Calma pessoal, acho que você não vai querer mais uma noite de detenção não é Nott. Agatha, talvez nossa casa perca pontos, não é você que quer ganhar o torneio das casas? – Scorpius estava persuadindo o grupo de sonserinos a não atacarem.

Por um momento os primeiranistas da Sonserina trocaram olhares.

– Vamos pessoal, é melhor não sermos visto com essa ralé... – disse Nott dando de costas para os grifinórios. Terence e Agatha seguiram Alexander até sumirem quando dobraram para esquerda no corredor.

– Eu juro que ainda vou azarar aquele metidinho narcisista quando ele estiver distraído! – prometeu Alvo.

– Não vale a pena. E depois você se sentiria melhor? Se tornando um deles, que atacam os outros pelas costas? – disse Rose que passara uma mexa de cabelos para trás da orelha.

– Eu peço desculpas, eles só estão fazendo isso por que vocês são filhos de quem são. Não há maior fama e alguns de nós sonserinos não aceitam ser ofuscados – disse Scorpius.

– Você quis dizer você? –falou Rose com deboche.

– Não, eu realmente não sinto essa necessidade! – explicou Malfoy.

Rose e Alvo riram.

– Eu sei que eu fiz aquilo com você tá, Rose. Mas eu não tive escolhas, meu avô insistiu que eu fizesse amizades como as que ofendem vocês. Contudo, meu pai disse que eu sou livre para escolher ser quem eu quiser. Não quero viver à semelhança de uma pessoa ruim! – Malfoy estava sério, fazendo com que os dois primos parassem de rir.

– Desculpa, se você está dizendo eu acredito – falou o moreno olhando para Scorpius.

– A gente se vê por ai! – disse Scorpius cabisbaixo.

– Espera, você quer ir com a gente para a festa do Dia das Bruxas no Salão Principal? – perguntou Rose ao sonserino. Scorpius corara um pouco e concordara com a cabeça. Juntos os três primeiranistas seguiram seu caminho falando como os professores de Hogwarts era carrascos de passarem uma pinha enorme de deveres de casa.”

– Você quer algo para beber? – perguntou a ruiva a Malfoy.

– Não, obrigado – disse o loiro secamente.

– Você acha que eles estão bem? Nossos pais? Tio Harry e Tia Gina? – Rose se levantara do sofá e fora até a lareira onde se apoiou.

– Sim. Acho que eles são fortes o bastante!

– Você lutou bem hoje, obrigado por ter tomado a minha frente Scorpius – falou a ruiva olhando para o loiro que evitara olhar dentro dos olhos da garota.

– Você pode até não perceber, mas eu quero seu bem – disse ele friamente.

Rose abrira a boca para falar, mas fora interrompida por Scorpius.

– Não suportaria em vê você se machucar... ou o Alvo.

– Eu sei disso, pior que sei. Sabe, eu realmente não queria ter batido em você... não sabe o quanto eu me sentir mal por ter feito aquilo.

– Sim, eu sei como você se sentiu. Foi a mesma forma que ti tratei quando nos conhecemos, você lembra? – falou Malfoy. Rose balançara a cabeça em afirmação.

– Então, ambos fomos injustos um com o outro. Isso nos torna quites! – disse Rose limpando uma lagrima que caíra de seus olhos.

– De fato!

– Só que eu não entendo.

– O que?

– Por que você ainda está assim, frio comigo? – perguntou a ruiva.

– Não vai mais ser a mesma coisa, depois que eu me declarei, você nunca mais vai ser a mesma comigo... vai haver sempre uma barreira entre nós dois que impedirá de fazer coisas que amigos fazem.

– Não precisa ser assim... – Rose soltara mais lágrimas agora.

– Não, não precisa. Mas eu sei que vai ser! – disse Scorpius seguindo para porta de entrada.

– É melhor nos afastarmos, antes que você acabe se machucando como eu estou agora – e atravessou a soleira desaparatando.

– Scorpius! – gritou Rose. Foi nesse momento, que ela percebera o quanto ele era especial.


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Notas finais do capítulo

Comentem, pelas pontas da barba de Merlin!!!



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