A Rosa Serpenteada escrita por Prince Salazar


Capítulo 32
Rose Weasley


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura.



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4 de janeiro

POV SCORPIUS

Já me encontrava na sala de poções naquela tarde e, juntamente com o professor Slughorn aguardava o restante da turma, pois somente 1/3 dela havia chegado. O mestre de poções dedicou-se a conversar com Marlene Wilkes.

Havia se passado dez minutos depois que a sineta tocara, quando ouvimos uma grande movimentação vindo do corredor. Seria o restante da turma? Pois era, de repente uma leva de alunos entrou na sala emburrados ou desconcertados, todos seguiram rapidamente para suas cadeiras. Vi Alvo e Demétria vindo em mina direção para tomarem lugar na bancada em que eu estava, sorriram secamente para mim e tentaram não olhar para o professor.

— Senhores e Senhoritas, o que se passou? – perguntou o professor indo a frente da turma.

— Perdão professor... - Barry Corner sentiu-se obrigado a falar. -, nos atrasamos por causa de Pirraça, que está simplesmente impossível esta manhã. Bloqueou a passagem para as masmorras e começara a lançar adubo orgânico da horta do professor Longbottom sobre nós.

— Ah, sim. Agora compreendo... – disse o professor que tratara o ocorrido com indiferença.

Quando todos estavam calmos e mais centrados, o professor pediu para que produzíssemos um Elixir Para Induzir Euforia naquela manhã, era uma poção básica por apresentar poucos ingredientes, porém complexa pelo fator de se instável ao ponto de qualquer medida desproporcional de ingredientes poderia fazer com que ela mudasse instantaneamente para a cor acinzentada e estragasse. Dessa maneira, era fundamental a presença de uma balança. Posicionei meu Estudo Avançados no Preparo de Poções na página correta do Elixir, verifiquei duas vezes os ingredientes e a quantidade adequada. Acenei a varinha em sentido horário mirando a base do caldeirão, uma chama pequena e densa posicionou na base do artefato, em seguida, dei três batidas no interior do recipiente e 600 ml de água o preencheu.

Abri o estojo de ingredientes e comecei a medir as poções adequadamente na balança que tinha desde o primeiro ano. Alvo estava concentrado em sua própria porção, mas seus processos eram letos e rudes. Demétria, que estava a minha esquerda, ainda se dedicava a ler as instruções do livro.

Voltando minha atenção para o meu caldeirão, comecei acrescentando três galhos de menta frescos e picados. Misturei e esperei o aroma mentolado exalar. Acrescentei 350g chifre de bicórnio em pó e aumentei o fogo. Precisava esperar quinze minutos antes de acrescentar os outros ingredientes. Olhei para a direita e Alvo já havia terminado a primeira etapa dele.

— Você teve notícias da Rose? – perguntei.

— Sim, sim. Eu já ia me esquecendo de contar... – disse ele largando a colher de pau no caldeirão.

— Diga então! – sussurrei sem perder a euforia.

— Hugo veio até mim no salão principal depois do almoço, ele disse que Rose receberá alta no fim do dia. – disse o moreno, senti Demétria largar o seu serviço para prestar atenção na nossa conversa.

— Mas, ele disse qual é o estado dela? – perguntei.

— Disse que ela estava recuperada, só isso. – ele respondeu.

— Então ela a viu?

— Certamente que sim, acho que como irmão ele pode vê-la agora que está se sentido melhor.

— Isso é realmente bom. Então vamos busca-la? – fiz o convite, mas era óbvio que Alvo iria.

— Claro. Meus primos estão eufóricos e vamos todos. – disse ele. – Você sabe, meus primos não são fáceis com eles mesmos, mas se tem uma pessoa de que gostam igualmente, essa é Rose.

— Rapazes, concentrem-se nas suas poções. – solicitou o professor sem parecer severo.

No fim, voltamos aos caldeirões na hora certa, acrescentei 100g de pele de araramboia e 200g de folhas de carvalho. Os ingredientes dissolveram-se pela metade, como era esperado. Reservei mais trinta minutos para a apuração final da poção. Olhei pela sala e muitos alunos estavam conseguindo fazer, outros estavam tentando refazer, sobretudo Demétria que parecia irritada. Alvo estava sorrateiramente tentando dar dicas para o preparo da poção dela sem que o professor suspeitasse.

Minha poção ficou pronta no tempo previsto, o preto denso do caldeirão agora era contrastado com um líquido amarelo-sol que exalava uma leve fragrância marítima. Depoisitei o Elixir em um frasco de base redonda e com um gargalo comprido, era de cor fosca para evitar a incidência de luz; escrevi meu nome e entreguei ao professor que a recebeu prontamente. Retornei a bancada para organizar tudo. Alvo repetira meus passos, mas ele não parecia muito feliz com sua própria poção.

No final, todos entregaram, bom ou mal, a poção. Somente Dimitia não entregara sua poção que se estragara pela segunda vez na primeira etapa.

Alvo, Demétria e eu seguimos para fora das masmorras o mais depressa o possível, Roxanne nos alcançara quando estávamos chegando no saguão de entrada. Seguimos os quatro para a ala hospitalar, por fim Rose seria liberada. Já havíamos percorrido metade do castelo quando encontramos Louis e Hugo que saiam da sala de feitiços. Pouco tempo depois chegamos no corredor que dava para a ala. Lá estavam Lily e Lucy esperando em um banco de madeira.

— O que se passa meninas? – perguntou Hugo.

— Estávamos esperando vocês. Madame Pomfrey disse que já vai liberá-la. – Lucy respondeu enquanto se levantava do banco juntamente com Lily.

—Ah, então vamos esperar. – falou Alvo.

— Odeio esperar... – murmurou Roxanne.

— Calma! – disse Lucy ríspida para Rox.

— Estou calma, sua idiota...

— Escuta aqui, sua...

— Parem as duas, não comecem uma briga agora. – ordenou Alvo. As duas não gostaram de terem sido contrariadas pelo primo.

Depois de esperarmos um bom tempo, Hugo tomou a iniciativa de ir até a porta da Ala Hospitalar, empurrou levemente de forma que somente sua cabeça passara. Não esperamos muito para escutar ele se comunicar com alguém do outro lado, talvez fosse Madame Pomfrey ou algumas enfermeiras. Ele voltou sua cabeça para o lado de fora e disse:

— Pessoal, ela está vindo! – caminhamos apressados até a porta da enfermaria.

Fui tomado de extrema euforia quando a porta se abiu e Rose surgiu dela. Sua fazer estava levemente ruborizada, seus cabelos estavam soltos e penteados, usava o uniforme da escola e levava no peito o broche de monitora como era habitual. Ela sorriu suavemente para nós.

Calmamente, todos a abraçaram-na e a felicitaram. Ela gentilmente agradeceu cada um de seus primos e de Demétria com um beijo na bochecha. Quando chegou minha vez, nos abraçamos mais demoradamente, senti suas mãos apertarem-me e uma sensação de alivio veio dela. Mas não me beijou, eu a beijei na testa e depois nas bochechas.

— Gente, estou muito grata de ver todos vocês aqui. – disse a ruiva depois de nos afastarmos. – Vocês são uns queridos.

— Não Rose, você que é querida. – contrapôs Lily que ruborizava. Houve grande comoção por parte dos primos, alguns deixaram notar mais do que os outros.

— Bem, antes que isso se torne um verdadeiro chororô, que tal irmos para o jantar, estamos quase na hora. – falou Roxane que tocava os olhos com a palma da mão para evitar o choro.

Foi o que fizemos. Seguimos em direção ao salão principal, os Weasleys e Lily a frente, eu e Rose atrás e Alvo e Demétria bem mais atrás. Ofereci o braço para Rose que ofereceu de bom grado. Não falamos nada sobre o ocorrido ou tivemos qualquer interesse de falar sobre. Mas Rose queria saber o que ela havia perdido dos estudos, tratei logo de informa-la. Estávamos tão envolvidos em nossa conversa que não nos damos contas dos dois morenos que vinham log atrás. Rose foi que notara e puxara-me para que eu pudesse ver Alvo de mãos dadas com Demétria.

— O que foi? – perguntou o moreno.

— Vocês estão...

— E se tivermos? – disse Alvo desconsertado.

— Quando você ia me contar isso, Potter? – agora estavam os dois casais lado a lado.

— Na hora certa, eu suponho. – disse Alvo.

— Desde quando vocês estão namorando? – Rose perguntara.

— Desde ontem depois do jantar. – Demétria foi quem respondeu.

— Sim, eu ia contar, mas estávamos esperando a hora certa. – indagou Alvo.

—  Por Merlin, Potter, isso é um namoro e não um anúncio de casamento. – falei rindo e todos me seguiram.

Sem prestar atenção do tempo e espaço, chegamos no salão principal com cinco minutos de atrasos dos primos de Rose. Eu segui relutante para a mesa da Sonserina, enquanto meus demais amigos para a mesa da Grifinória. O jantar estava delicioso como sempre, havia hoje mais pudins e cremes do que sorvetes e bolos. Após o jantar, despedi-me de Rose, Alvo e Demétria, fui para o meu salão comunal fazer uma redação sobre os Orquídeas Dentadas para a aula de Herbologia do dia seguinte. 

As semanas que transcorreram foram tranquilas. Alvo, Rose e eu, sentamos algumas vezes para debater o ocorrido da volta à Hogwarts. Rose, afirmara que Fergus e ela estavam patrulhando os corredores quando ele afirmou se sentir mal e que precisava retornar ao vagão dos monitores. Chegando lá, ele se sentou e pediu que ela fizesse o mesmo, disse ter estranhado o pedido, mas cedeu quando ele encenara uma dor maior. Logo em seguida, Rose afirma ter sido pega de surpresa por um feitiço que Fergus lançara de sua varinha, a porta do vagão fora trancada magicamente. Ela foi desarmada a força por Fergus que em seguida começara uma série de perguntas as quais Rose não sabia ou não quis responder enquanto a ameaçava com a varinha em sua garganta.

Ele lançou outro feitiço no vagão que Rose acha ter sido um inibidor de som, isto é, para impedir que qualquer som saísse da sala. Foi quando Rose afirmou começar a chorar e a tremer. Ele apontou a varinha para ela e ordenou a maldição cruciatus. Houve um tempo em sua fala para que ela reunisse forças para começar a falar. Rose, afirma saber o que ele queria, saber se ela conhecia quem era o Primeiro Merliniano, ela negara mesmo sobre tortura. Eu a abracei naquele momento e pedi para que ela não contasse mais nada.

Fergus voltara para o convívio do castelo três dias depois que Rose deixara a Ala Hospitalar, ele não veio ter comigo ou Rose para buscar se explicar ou algo assim, apenas sorrira amarelado quando estávamos na biblioteca. Sabíamos que ele havia sido forçado a fazer tudo aquilo, mas era difícil para Rose vê-lo.

Estávamos no fim de fevereiro, tudo no castelo corria bem. O tempo frio amenizara bastante e sentíamos já o ar primaveril passear pelos corredores. Depois de mais um tempo, não falamos mais sobre o ocorrido ou qualquer coisa relacionada.


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Notas finais do capítulo

Alguém saberia dizer em que mês do ano o Nom's e Niem's é passado?
Estou sem tempo de verificar nos meus livros. Esse capítulo, por exemplo, á tem uns dias que venho escrevendo-o por falta de tempo e conciliação com os estudos.
Digo mais, demorarei um pouco mais na produção de um outro capítulo, sinto que essa semana está demais apertado para produzir alguma coisa. No mais, quem puder me responder, agradeço.



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