A Rosa Serpenteada escrita por Prince Salazar


Capítulo 28
Vésperas


Notas iniciais do capítulo

Eu havia parado de escrever essa história que está ainda incompleta. Resolvi recentemente retomá-la. Bem, tentarei ser fiel às postagens dos capítulos, pois minha meta é terminar a história.



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POV Scorpius

Despedi-me de Rose e Alvo quando ainda estávamos no Expresso de Hogwarts quando estava parando na plataforma. Portanto, saí sozinho para a plataforma em uma distância considerável de onde os Weasleys e Potters estavam. Procurei furtivamente meus pais entre muitos outros pais e a fumaça que ainda saia do trem, andei em direção ao extremo de onde estava e aguardei com o malão e minha vassoura de corrida.

— Querido! – era a voz de minha mãe. Astoria vinha serpenteando pela multidão tentando chegar até seu filho, ela estava sem meu pai.

— Ah, querido... – disse ela segundos depois, abraçando-me, quando enfim me alcançara.

— Mãe, é bom revê-la... – retribuí o abraço, aproveitando o afago materno e seu perfume característico.

— Graças a Merlin que está aqui. – ela olhou-me nos olhos e sorriu.

— Mas o que foi, mamãe? Parece-me abatida...

— Não seja tolo, querido. Não há nada de errado comigo! – falou afastando-se para se recompor.

— Se dizes, não a contrariarei.

— Vem, precisamos ir para casa. – mudou de assunto. Ofereci-lhe um braço para que ela se apoiasse, ela aceitou.

— Mas,... para onde vamos exatamente? – peguntei.

— Realmente para casa. – ela pareceu hesitar se continuaria a falar. – Digo, para a casa de seus avós.

— Mas, mamãe...

— Scorpius, entenda, sua avó convenceu Lucius a ceder em seu favor. Então, tratemos esse assunto por encerrado.

— Então meu avô permitirá que eu namore Rose Weasley? – perguntei abismado. Começado a andar pela plataforma.  

— Sim. Mas, isso não significa que ele está feliz. Seu avô ainda é um homem de muitos preconceitos, com o olhar voltado para os dias de muita glória para os Malfoys... – ela acenou para um conhecido e retornou sua fala. -, infelizmente, essa ainda é a visão que ele possui. Sabes, meu filho, que teu pai já abandonou esses velhos hábitos, embora, ainda seja tão ambicioso como teu avô.

— Entendo. Mas, não se espante com a minha surpresa frente a esta questão. Não esperaria que meu avô fosse flexível...

— Ah, mas não é. Contudo, Narcisa, tem força suficiente para dobra-lo, isso já basta. Veja, sua avó detesta a ideia de ver uma família separada e infeliz. Ela sim, abandonou mais de seus preconceitos do que poderíamos desejar.

Quando terminou de falar, caminhamos silenciosamente por entre a multidão, havia muitos falatórios e animais barulhento no centro da plataforma. Chegamos à um lugar afastado o suficiente para desaparatarmos em segurança. Segundos se passaram quando abandonamos o caos da plataforma 9 ¾ antes que a majestosa mansão senhorial elisabetana materializa-se a nossa frente. A imponente mansão dos Malfoys não perdera metade de seu brilho depois de meio milênio. Era cuidadosamente preservada em magia que a deixava com ares de recém construída. Com hábitos novos, os senhores Malfoys aprenderam a deixar a luz natural atravessar as imensas janelas. A joia da propriedade eram seus jardins que desfrutavam de uma imensa variedade de plantas e flores, plantadas pela antiga senhora Malfoy, mãe de Lucius, - na verdade, devemos muito do atual esplendor da casa a ela.

Atravessamos a entrada espaçosa cercado por sebe até atingirmos o suntuoso portão tralhado com ferro dos anões. O portal se abriu instantaneamente para a nossa chegada. Caminhamos mais um pouco até a entrada da casa onde fomos recebidos por dois elfos domésticos devidamente trajados com roupas, – como exigia a nova lei – sorriram em nos ver e rapidamente apanharam o malão de minha mão e a vassoura de corrida, terminaram com uma breve reverência e abriram a porta de entrada para entrarmos. Em seguida, desapareceram.

Voltei a oferecer meu braço para minha mãe que aceitou sorridente. Seguimos pelo hall de entrada que luxuosamente se apresentava com uma belíssima decoração natalina. Entramos. A sala estava devidamente aquecida e iluminada com a luz que vinha de fora. As paredes eram cobertas por papel de parede cor de jade, no lado esquerdo uma imensa lareira crepitava em chamas recém acesas. Uma belíssima senhora erguera-se de sua poltrona quando adentramos a sala.

— Meu querido! – disse ela largando o livro que segurava nas suas mãe e veio em nossa direção abraçando-me.

— Também senti sua falta, vovó. – falei sendo abraçado com força por ela.

— Tenha calam, Narcisa, se não irá mata-lo. – disse minha mãe.

—  Não sejam tolos... – disse a Sra. Malfoy recompondo-se. – Vamos nos sentar, já mandei servir o chá.

—  Ótimo... – falei sem parecer inferente.

De fato, o chá não tardou a ser servido por meia dúzia de elfos que entraram pouco antes de terem sentado em seus lugares. Uma grande quantidade de bolos e doces acompanhava um delicioso chá já adoçado com mel. As criaturas se retiraram logo depois, restando apenas um, o mais velho dentre eles, que ficara em continência no lado oposto da sala aguardando alguma ordem.

Não tardou para que meu pai aparecesse na sala, viera pela lareira em um clarão esverdeado. Naquela hora, voltava do trabalho. Recompôs-se e tirou um ou oura fuligem da capa. Corri para abraça-lo. Fui envolto em seu abraço paterno e me senti como todo filho se sente ao abraçar seu pai, seguro.

Fora a vez de meu avô entrar na sala, vinha majestosamente vestido, sua capa era vermelha e aveludada. Seus cabelos estavam soltos e mais brancos que o normal. Estava velho, porém mantinha um ar de jovialidade intocável. Abracei-o em igualdade, parecíamos dispostos a abandonar qualquer perturbação que dantes acontecera. Éramos uma família.

Permanecemos o resto da tarde naquela sala, conversando e contando histórias que ainda não tinham sido escutadas por todos. Já era tarde quando decidimos que estávamos prontos para jantar. Por um momento, Rose Weasley não foi o motivo de meus pensamos, pois estava inclinado a deixar que aquela tarde fosse toda para minha família.

Na manhã da véspera de natal acordei um pouco antes das nove horas, dormir passivamente por longas sete horas naquela noite. Ninguém me incomodara. Quando coloquei os pés no chão as cortinas do quarto se abriram e a luz do sol invadiram o espaço. A neve caia vagarosamente. Precisava fazer algo antes de descer. Apanhei pena, tinta e papel. Olhei pelo quarto para ver se via onde o Breu estava. A ave dormia tranquilamente em seu poleiro onde apenas uma densa penumbra o envolvia. Escrevi a primeira carta ao Weasley, declinando com pesar o convite que ele fizera para passar o natal com sua família. Escrevi uma carta semelhante à Sra. Weasley, mãe de Rose. Escrevi também a Rose, manifestando todas as desculpas possíveis.

O fato é que a tarde anterior havia sido tão surpreendente e triunfal que não parecia justo deixar minha família para passar o natal com outra.

Despachei Breu que levara as três cartas, apostei que o endereço da casa da Sra. Molly Weasley era o local onde poderia encontrar os Rose e seus pais naquela época do ano.

Arrumei-me e desci para o primeiro andar. A casa parecia silenciosa e vazia. Tentei a sala de desenho, a sala de música e a sala de jantar, nenhuma desfrutava da presença de sequer um Malfoy. Segui para a pequena biblioteca, onde, por fim, meus avós estavam sentados em uma mesa circular em frente à janela.

— Bom dia, meu caro. – cumprimentou-me meu avô.

— ‘Dia, querido. – fora a vez de minha avó.

— Bom dia, vovô! Bom dia, vovó! – sentei-me junto a eles na mesinha. Vovô lia o jornal matinal e minha avó escrevia com uma pena alguma espécie de lista.

Foram-me servido um pequeno dejejum minutos depois, comi com indiferença, pois não tinha fome.

— Quem estará hoje no jantar? – perguntei à minha avó quando esta repousara a pena sobre à o papel.

— Somente nós. Foi-se os tempos que tínhamos em prestígio muito de nossos conhecidos. O fato é que, não temos para quem enviar convites.

— Uma pena... – murmurei enquanto tomava mais uma porção de café.

— Sim.... – disse Narcisa parecendo abatida. –

— Bem, não sei se a mamãe lhes contou que eu pretendia passar a véspera de Natal com Rose?

— Sim, contou, não sabe como nós lastimamos. Mas, no fim, cedemos. – disse chorosa.

— Fale por você... – disse meu avô tirando sua atenção do jornal.

— Não se preocupe, eu declinei no meu convite para ir à casa dos Weasleys... – mal terminei de pronunciar as palavras e meu avô já manifestara outro semblante, pareceu-se alegrar bastante com a notícia.

— Isso é maravilhoso, filho. – disse não se contendo.

— Pareceu-me o certo, não? – falei.

— Ah, querido. Sinto muito pelos Weasleys terem sido privados de sua nobre presença junto a eles nesta noite. Embora, não posso deixar de me alegrar com essa notícia. – a mulher puxara-me para um abraço sobre a mesa.

A ceia aquela noite foi apenas uma repetição do dia anterior. Houve muitas conversas, risadas e alegrias. Mesmo estando em um número pequeno, parecia que nada mais faltava a nós. Ganhei um número grande de presentes – mais do que eu poderia desejar.

Quando fui me deitar, já tarde da noite, não pude deixar de notar que Breu voltara finalmente, estava pelo lado de fora da janela encolhido pelo frio. Apanhei a coruja e as cartas. Breu voou para o seu poleiro. A primeira carta era do Sr. e da Sra. Weasley, nela traziam os aceites de minhas desculpas pela minha falta na ceia e felicitações pelas festas. A segunda era de Rose, que compreendia perfeitamente minha situação. Dei graças. Por fim, adormeci antes de consegui ler a despedida.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham apreciado.



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