A Maldição escrita por Macedo


Capítulo 1
Capítulo 1 -


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem.



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Oh grande mar! Tão vasto e misterioso que ninguém em sã consciência tem coragem para desbrava-lo completamente. E é no centro desse vasto mar que se encontra uma pequena e paradisíaca, porem misteriosa e desconhecida ilha, apenas os próprios habitantes daquela pitoresca ilha sabiam das maldições que foram jogadas por lá.

O meio do ano, a época mais esperada pelos jovens, as férias! Jason, Ana, Bruna, Tiago e Enrike, eram amigos ao extremo e ao conseguirem a oportunidade de sair velejando pela a costa com um pequeno barco alugado, não pensaram duas vezes, racharam o dinheiro e alugaram um barco de médio porte para passar as férias e explorar o mar. Finalmente o dia da exploração chegara, e os amigos se reuniram para rapidamente entrar no barco e zarpar sem mais demora... Passaram alguns dias navegando sem rumo, e por fim avistaram um ilha ao horizonte, e lá decidiram atracar.

Era uma pequena cabana de palha, que fora construída à beira da praia para poder detectar possíveis “intrusos” que poderiam saquear aquela escondida ilha. Dentro da mesma podia se notar dois vultos que andarilhavam pelo pequeno espaço que a casinha oferecia.

– Ei! Corra até a vila e diga ao chefe que temos companhia, vou “recepciona-los”. – Dizia um dos vultos que estava vigiando a praia de dentro daquela pequena casinha de palha.

Ao atracar na praia, Jason agilmente desceu do barco antes de todos e surpreendentemente foi “recepcionado” por um homem alto e não tão bem vestido, que o indagava hostilmente, dizendo:

– O que vocês pensam que estão fazendo? Já sofremos demais para sermos saqueados por piratas!

Jason ao ver que estava sendo confundido com um bando de piratas – ninguém mais além dele havia descido do barco até então – o mesmo disse calmamente:
–Calma, calma! Não somos hostis, estamos apenas de férias! Avistamos esta ilha e decidimos parar por uns dias aqui. Apenas. – explicava Jason com seu jeito calmo e inteligente. – Bom, não estou sozinho, vou chamar meus amigos e lhe mostrar que não queremos confusão.

E então o homem alto esperou um momento até todos descerem do barco e por fim acreditou na história daquele calmo garoto, levando-os para o interior da ilha, visando apresenta-los para o chefe para que o mesmo decidisse o destinos daqueles “intrusos”. O caminho não fora um dos mais agradáveis, pois continha aranhas, mosquitos, lagartos e formigas, que foram o suficiente para fazer Ana gritar desesperadamente de medo daquelas pequenas criaturas. A trilha para a vila era um tanto comprida, mas com a velocidade que aquele ainda desconhecido homem estava guiando-os eles logo chegariam ao destino. Depois de um tempo de caminhada, o nativo resolveu quebrar o silencio entre todos:

– Desculpe por tê-lo confundido com um bando de saqueadores, nossa ilha já está quase devastada, e seria pior ainda se alguém tentasse invadi-la. Estamos quase chegando na vila, ao chegar lá vou apresenta-los para o chefe, para que ele possa lhes permitir ou não de atracar na nossa ilha. Me chamo Jojo, e vocês?

– Tudo bem! Bom, acho que eu sou o líder do grupo haha. Me chamo Jason... Esses são meus amigos: Ana, Bruna, Tiago e Enrike. Espero que possamos passar alguns dias aqui, e se possível ajuda-los com algo. – Explicava o astuto líder do grupo de adolescentes.

A vila em si estava praticamente destruída, decaia a cada dia mais e estava em seus últimos “suspiros” de vida. Uma praga arrasara tudo o que se podia imaginar, e sua causa era quase que desconhecida. O homem mais importante da vila era Ziro, o chefe da vila, o mais velho e mais sábio de todos os habitante de lá, sabia sobre a história da vila como ninguém. O Chefe estava sentado em seu “trono” ao canto da fogueira como de habito, porem ao ver que seu corajoso vigia – Jojo – havia voltado com um pequeno grupo de pessoas da praia, ficou surpreso e logo quis saber o paradeiro ou motivo do grupo estar lá.

– Chefe! Encontrei esse grupinho ancorando aqui na praia, ele alegam que estão de féria e vieram parar aqui para simplesmente passar alguns dias. – Dizia Jojo calmamente.

Todos estavam em silencio absoluto, apenas podia-se escutar a breve música da dança das labaredas.

– Se eles querem, hei de permitir! – Disse o Chefe.

– Mas chefe, você nem ao menos os olhou ou perguntou algo a respeito! – Questionava Jojo, perplexo.

– Sim meu bravo guerreiro, não vos vi e não vos questionei nada, todavia sei que a presença deles aqui é legitima... – Sussurrava o chefe para seus visitantes.

Ao ouvir a gentil, porem estranha resposta do chefe, o grupo de estudantes – com exceção de Ana – agradeceram ao mesmo e foram encaminhados para passar a noite em uma pequena casinha de madeira que ficava a alguns metros da fogueira. Enquanto os estudantes se dirigiam para a pequena cabana, o chefe disse ao grupo:

– Vossa mercê deve descansar por agora, amanhã vos apresentarei a vila e sua história.

A vila era um lugar um tanto pequeno, tinha em torno de 700 metro de raio. Era um lugar quase que deserto, com poucas casas inteiras e a maioria destruída pelo tempo ou por incêndios mesmo. Estava decaindo a cada dia mais, com pessoas ignorantes, as plantações podres e um ar pesado e gélido, parecido com a morte. Algo muito poderoso rondava aquela ilha.




...




No dia seguinte, Bruna acordou mais cedo do que todos e foi em busca de informações sobre a vila... Primeiramente foi em busca de Jojo, o vigia da praia, do qual já conheciam. Não foi muito difícil encontra-lo, porem ao acha-lo na pequena cabana da praia, viu que ele estava acompanhado de mais um nativo da ilha, do qual não buscava muita conversa no primeiro momento.

– Bom dia! Jojo, posso falar com você um instante? – Perguntava Bruna.

Alguns segundos e Jojo quebrou o silencio entre os três:

– Bom dia. Claro que sim, precisa de algo? – Dizia o guia.

– Antes de vir para cá dei uma volta em toda a vila e percebi que as coisas andam difíceis por aqui. O que é que está acontecendo? – Indagava Bruna com sua curiosidade a flor da pele.

Ao ouvir sobre a curiosidade da garota, o outro nativo – do qual se encontrava sentado no fundo da casa – ficou surpreso com a pergunta e continuou lá sentado, porem agora de ouvidos em pé. Jojo também ficou surpreso, e com um suspiro respondeu a pequena curiosa:

– Ninguém sabe, mas isso começou a nos assombrar nos últimos 3 anos atrás. Não sabemos ao certo o motivo ou o porquê disso, mas todas as nossas plantações estão morrendo de época em época, só conseguimos salvar o suficiente para alimentar poucas pessoas, isso é, quando conseguimos. E como se não fosse o bastante, nosso povo está adoecendo com a ignorância, estamos destratando e matando o nosso próprio povo. A pouco tempo atrás nos também estamos escutando relatos de alguns moradores sobre fantasmas que estão rondando as florestas e cavernas, ninguém ousa mais passar por ambas. Enfim, quando o chefe apresentar o resto da vila para vocês, ele vai conta-los o que está acontecendo com o nosso povo. – Terminou Jojo, com uma feição melancólica.

Bruna não deixou passar uma informação, gravou tudo – era por isso que era chamada de “banco de dados” pelo grupo – tanto não deixou que notou o segundo homem que estava no canto da cabana, apenas escutando tudo, sem ao menos pensar em se manifestar.


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Notas finais do capítulo

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