Vampire escrita por Emma Patterson


Capítulo 9
Capítulo 9 - Caçada


Notas iniciais do capítulo

Me desculpem a demora, esse capítulo é curto, mas faz parte dele ser assim. Boa leitura e até o próximo capítulo, agradeço ao comentário do capítulo anterior :)



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Capítulo 9 - Caçada

Zenna

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Minha respiração era lenta e controlada, fluindo devagar como o ar a minha volta. Não era algo fácil de fazer e nem controlar, mas na hora de tentar fazer o possível e impossível para sobreviver, bem, quase tudo, valia a pena.

Ninguém me escutava, até ficar sem piscar eu estava como precaução para caso perdesse o controle e me revelasse, meu corpo era uma estatua de uma tonelada, era a Atena Partenos em seu peso.

Os passos dos invasores eram como os de humanos, mas sua atenção e sentidos eram muito mais “evoluídos”. Eu me esforçava tanto para me camuflar fazendo com que eles enxergassem e ouvissem que eu não estava lá que meu coração começou a acelerar e senti o pânico aumentar em minhas veias. Fazer os outros verem o que eu queria era muito mais complicado do que fazê-los ver o que eles queriam.

“Calma, vai dar tudo certo”. Pensei.

Meus olhos estavam tão vidrados que se não fosse eu ser uma híbrida eles já estariam secos e irritados, começariam a lacrimejar e mais esse cheiro de lágrimas e veneno misturado me fariam se descontrolar e então... Eu seria descoberta e pega. Eu não podia ser capturada, não depois de tudo que havia passado para chegar aqui.

Um rosnado queria se formar em minha garganta.

_ Não a nada aqui. – falou o vampiro com desprezo se referindo ao lugar em que eu estava me mantendo escondida há uma semana.

_ Ruuuuung! – rosnou sua dupla. – Não passei dez anos da minha existência caçando esta híbrida idiota – cuspiu as palavras com raiva e nojo. -, ela não pode ter fugido tão rápido! – exclamou com desdém desafiando o vampiro a contrariá-la novamente.

E ela estava certa, eu não pude fugir desta vez, eles me acharam tão rápido que estava tendo que usar meu dom no máximo. Eu não o aperfeiçoei porque isso me cansava de mais, sem contar que não tinha tempo por estar fugindo constantemente deles e porque não tinha ajuda, estava sozinha desde que nasci, o que aprendi foi pura sorte. Esconder-me, se controlar tanto na sede quanto nos instintos e não entrar em encrenca foi puro instinto. E mesmo assim, aqui estava eu, sendo caçada desde os meus dezessete anos.

“Por favor, vão embora, por favor”. Suplicava mentalmente. Meu coração martelava e eu intensificava meu poder para apagar seu som. Quando se é preciso ficar calmo você nunca consegue, somente piora.

_ Vamos. Ela não deve estar longe. Mas você vai atrás da Megan e voltem para vigiar essa área. A híbrida pode voltar, eu vou caçá-la ao Norte. – riu a vampira sadicamente.

Um frio agonizante percorreu minha espinha.

Os dois vampiros partiram e os escutei se separar a dez metros da casa no meio da floresta de pinheiro.

Não ousei baixar a guarda, desfazer meu dom ou relaxar o corpo e mente por dez minutos.

_ Eles vão voltar logo. – falei sem emitir som algum. Meu poder ainda me envolvia.

Eu tinha que sair dali, não ia aguentar usar meu dom por mais tempo e não tinha tempo para recarregar as energias e descansar, mas se eu saísse não conseguiria esconder meu rastro e estaria minutos próxima de ser capturada. Pela primeira vez nesses dez anos eu estava encurralada. Mas eu não tinha escolha, correr era minha única chance, sempre foi desde sempre, mesmo que agora minha chance de escapar fosse pequena e arriscada.

Meus olhos ardiam ainda mais e minha visão embaçou por conta das lágrimas, mas as segurei firme, com uma força que logo se esvairia.

Levantei e corri. Corri tão rápido quanto podia, meu cabelos ruivos parecendo chamas de uma fogueira que começava a ficar apenas em brasa.

Fui para Oeste. Eu precisava de ajuda e conhecia quem poderia me ajudar. Nunca cogitei pedir ajuda antes porque não queria colocar ninguém em risco por minha causa, uma existência idiota. Mas eu não podia morrer agora, porque era isso que eu faria acontecer comigo se fosse capturada, eu não ia ser usada, manipulada como um objeto sem vida, nunca permitiria isso. Eu não tinha propósito de vida, mas ainda acreditava que isso mudaria um dia e não permitia que me usassem. Além do mais, sem mim, como protegeriam a minha espécie, que estava em um perigo mortal.

“Desculpem-me amigos, mas preciso arriscar vocês... Mais do que já estão ao entrarem nesse mundo imortal”. Sussurrei em minha mente, logo sentindo e ouvindo que estava sendo seguida ferozmente.


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Notas finais do capítulo

Tentar deixar a imagem, mas não ficava, então coloquei o link, mais tarde eu arrumo. Até o próximo capítulo :)



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