Wojownikiem escrita por liljer


Capítulo 2
— Gjennom kriger


Notas iniciais do capítulo

Rai '-'
Bem, eis aqui o primeiro capítulo! o/ ~
Antes de tudo, eu queria deixar claro que embora essa estória seja focada bastante sobre como a Igreja Católica se comportou, e dentre outras coisas, naquela época, eu não estou fazendo qualquer tipo de "movimento aversivo" aos católicos, porque, afinal, eu sei que tem muita gente que segue o catolicismo e tudo mais. E, embora eu não seja católica e não seja do tipo de pessoa que segue a essa religião e tem sérios problemas com algumas pessoas que seguem ~ vejam como sou amada '-' ~ eu a respeito, na medida do meu possível. Então... Outra vez, que fique claro que não há nenhuma tentativa total ofensa ou algo do tipo.
Enfim... Eu acho que é isso.
Boa leitura, e final de semana, acredito... Posto o próximo!
Se cuidem.



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As tochas acesas queimavam, trazendo um brilho sombrio àquela noite. Rose debruçou-se no parapeito da janela de casa, enquanto escutava sua mãe resmungar.


– Hey, Rose! Saia desta janela! – a voz de seu pai soou atrás de si, em seguida, o mesmo fechou a janela.

Rosemarie se sentia curiosa a respeito daquela estranha história sobre seus vizinhos. Foram encontradas milhares de estátuas pagãs no quarto de Ekatherina, após serem denunciados pelos outros vizinhos, estes alegavam terem encontrado várias cabras mortas no quintal, sem sangue ou cabeça. Um verdadeiro ritual pagão, ou devoção ao Diabo, como a Igreja costumava dizer. E embora fosse terrível, Rosemarie não conseguia não se sentir curiosa. Nunca pudera imaginar algo assim de sua vizinha, que crescera junto, de sorriso doce e muitíssimo bem educado.


– Eu sempre achei ela estranha – a mãe comentou, levando até a mesa uma grande travessa de carneiro cozido com batatas que tinha um cheiro tão bom quanto o cheiro forte de queimado do lado de fora do casebre.

– Oh, pare com isso, Jane – o pai resmungou, sentando-se na cabeceira da mesa.

– Você mesmo sabe que ela sempre foi estranha. Não me admira que algo assim pudesse ter acontecido. A mãe de Ekaterina nunca parecia ligar para o que a menina fazia ou deixava de fazer – Janine soltou seus pensamentos. Rose ou qualquer outra pessoa poderia ver a grande dosagem de veneno nas palavras da mulher. Janine Mazur tinha a mania de criticar as coisas que não lhe pareciam cristã. O que era algo bastante comum naquela casa.

Apenas Deus sabia como Rose amava sua mãe, mas também, sabia aos montes como ela não tinha paciência para escutar a mesma falando todo o santo dia, sobre as mesmas coisas. Ao contrário de seu pai, Ibrahim Mazur, um velho turco um tanto ranzinza, que embora tivesse paciência — algo que Rose não havia herdado — sempre era o primeiro a mandar a esposa calar-se. O velho soltou uma piscadela para a filha, ao notar que ela o observava.

– Oh, eu preciso comer. Eu não consigo comer com você conversando sobre a vida alheia, mulher – ele grasnou para a mulher, o que fez Rose soltar uma pequena risada pelo nariz e receber um olhar repreensivo da mãe. Janine se calou, sentando-se do outro lado da mesa.

– Você falou com os negociantes? – perguntou Janine, mudando de assunto. Mas no fundo, Rose soube que aquela seria uma das noites em que sua mãe tocava num assunto delicado demais. E assim como acreditou, ela pode ver seu pai se mexer desconfortavelmente na cabeceira da mesa, bebendo seu vindo – O que?! Não me diga que não falou com eles! Você devia saber melhor do que ninguém que Rosemarie está ficando velha. Precisa se casar, a não ser que queira mandá-la para algum convento, trancafiada. O que eu não acredito que seja ruim.

Rose sentiu o ultraje, arregalando seus grandes olhos castanhos.

– Vocês estão planejando me desposar?! – rangeu ela, ainda estática.

– Sua mãe, não eu – corrigiu o velho pai.

– Por Deus, Rose! Você não é nenhuma criança de colo. Está uma moça. Uma mulher... Logo, logo, os rapazes não irão querer você mais. Você vai acabar como Jill?! Abandonada pelo noivo... Eu não aceito ter criado uma filha minha para isso. Para passar o resto da vida trancafiada num convento. Porque é o único lugar que você vai estar se não casar! – Janine se levantou, jogando o guardanapo sobre a mesa. Rose apenas a encarou, estática – Você não sabe o quão difícil é isso... Ver seus dias e anos passarem... Para nada!

– Janine! Cale esse maldita boca! – ordenou Ibrahim. Ela apenas o fitou, vermelha, devido à raiva. Ele lançou um olhar significativo para a filha, como se assim, se desculpasse.

– Eu vou dormir – foi tudo o que a morena disse, se levantando da mesa e caminhando para longe. Ela não disse uma palavra sequer. Sua mãe por sua vez, resmungou pela filha não ter-lhe pedido à benção, como fora criada para fazê-lo antes de dormir. Mas Rose apenas a ignorou, caminhando em passos largos até o corredor, e quando soube que ninguém mais podia escutar-lhe correu até seu quarto, entre soluços.

Rosemarie desfez a cama, puxando os lençóis que sua mãe costumava colocar mais para enfeite do que qualquer outra coisa, e deitou-se, enquanto tinha certeza que, tão logo, uma discussão começaria entre seus pais, devido à explosão de sua mãe, assim como a falta de delicadeza de seu pai ao mandar a esposa calar-se. Aquilo havia virado uma rotina. Todas as noites antes, durante ou após, o jantar, sua mãe tocava num assunto delicado. Exceto que daquela vez, ela havia tocado no nome de Jill Dragomir. A ex-noiva de seu irmão, Mason.

Mas de alguma forma, Rose conseguia encontrar a razão de seu pai, afinal, sua mãe sempre passava dos limites com o seu excesso de veneno.

Uma batida soou na porta, puxando Rose de seus pensamentos. Ela suspirou, e como se aquilo fosse um sinal bem-vindo, seu velho pai se arrastou para dentro do quarto, em suas chinelas.

– Vim lhe desejar boa noite – ele murmurou, puxando o lençol até o pescoço da filha e depositando um beijo sobre a testa. A morena sorriu, sempre adorava esse tipo de cuidado do pai – Eu sinto muito por sua mãe.

– Não devia – Rose tentou sorrir, de forma que tranquilizasse seu pai, mas o máximo que conseguiu foi uma pequena careta mesclada com o sorriso triste, o que fez uma pontada de compaixão arder dentro do peito de seu pai – O senhor sabe que depois de tudo o que ela passou, é compreensível seu comportamento.

– Sim, querida – o pai depositou outro beijo sobre a testa, agora, se levantando – Sua mãe precisa mais de nós do que ela imagina ou admite.

– Ainda não faz justiça como nos trata – Rose resmungou mais para si própria do que para o pai. Sentia raiva. Não de sua mãe... Mas, sim, dos malditos que haviam levado para longe, seu irmão.

– Deus sabe o que faz, querida. Ele sempre faz as coisas por um propósito maior – E com essas palavras, ele caminhou até a porta, passando por ela em seguida.

Rose suspirou, para logo, estar amaciando seus travesseiros sob sua cabeça. Talvez realmente houvesse uma razão para todas as coisas que Ele fazia. Ao menos, ela contava com isso.


— W


Pouco a pouco

Eu cheguei a este ponto

Sozinho, eu ando procurando meu caminho

Eu te perdi tão cedo

Os dias passaram tão rápidos

Você não sabe quanto eu rezei todos os dias


Era a quinta ave-maria que rezava. Fazendo na tentativa de que se esquecesse de seus demônios e dos rostos que sempre lhe assombravam durante seu sono.


Certa vez, sua mãe havia lhe dito que todas as amarguras em que Ele o infligia, era apenas provações. Dimitri suspirou.


– Pesadelos? – uma voz soou atrás dele. Virou apenas a cabeça, olhando por cima do ombro, para que assim, pudesse ver o velho homem ali. Seus braços cruzados nas costas. Sua batina perfeitamente bem colocada. O que veio fazer Dimitri a pensar que talvez os Sacerdotes ali não dormissem.


– Como todos os dias – Dimitri concordou, levantando-se do chão de mármore branco bem polido e limpo, capaz de se enxergar no mesmo.

– Existe uma borá razão, meu filho – disse o sacerdote, naquela voz sábia. É o que eu tento descobrir todos os dias, pensou Dimitri – Seus sacrifícios em nome dEle refletirão no futuro, fazendo-o ir caminhar nas ruas de ouro do Paraíso.

– Às vezes, eu acho que sacrifico demais... Que as consequências são os sonhos ruins. As pessoas que matei em nome dEle.

– Não digas besteira! – o sacerdote exclamou arrogantemente – É para isso que você nasceu. Para fazer justiça!

– Isso não parece justiça para mim... – Dimitri apertou seus dentes, sentindo uma raiva descomunal. Cerrando seus punhos.

– Bem, se isso não é justiça, então, do que se trata? – perguntou o sacerdote, presunçoso. Dimitri suspirou, notando então que aquela discussão não os levaria a lugar algum. Ele balançou a cabeça, quase que exasperado.

– Eu vou tentar dormir. Sua benção?!

– Deus lhe abençoe e abra sua mente, meu filho – disse. Seu tom uma caricia, ao contrário de instantes antes. Claro, exceto pelo sarcasmo escondido ali. Dimitri caminhou para fora da pequena capela feita de ricos detalhes em ouro, como se assim, pudesse a igreja demonstrar ao mundo um pequeno pedaço do paraíso.

Mas só quem convivia entre as Cruzadas e a Igreja, sabia o quão parecida com o inferno, ela era.



Como frio alento que se contorce desesperadamente





Essas almas solitárias nunca desaparecem



Como uma missão que ninguém quer repartir

Esta maldição jamais desaparecerá







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