Os dois dragões voaram por quatro dias até chegarem á Espinha. Depois voaram direto para a ilha inabitada. Voaram sobre a cidade em ruínas sendo guiados por Saphira. Ela estava muito agitada.

Eu consigo sentir. Ela afirmou.

Ela descrevia acrobacias no ar como se seguisse o cheiro de alguma coisa, e Thorn a seguia com certa dificuldade. Ela finalmente pousou em uma espécie de catedral aos pedaços.

–Por acaso aqui não é A Pedra de Kuthuan? Acho que li isso em algum lugar, tinha outro nome também... – disse Murtagh.

O Cofre das almas. Thorn o corrigiu.

–Ah é verdade. Mas eu não me lembro do por que.

Saphira se aproximou da pedra. Ela a tocou com seu focinho e a magia fluiu até a pedra. Ela brilhou e depois se dividiu em duas dando lugar á um túnel escuro para baixo.

Eu acho que sou grande demais para passar. Thorn disse infeliz.

–Talvez seja melhor vocês dois irem sozinhos. – Murtagh falou. – Acho que essa é a missão dos dois.

Eragon não queria admitir mas era verdade. Eles eram o centro de tudo, novamente. Desculpou-se e com Saphira atrás dele desceram o túnel. Depois um tempo ela se transformou em uma escada. Um tempo depois eles chegaram á uma câmara branca cheia de poder e no meio dela reluzia uma enorme estátua de um dragão de quase 10 metros de altura e 15 de largura. Ele estava ereto com as asas recolhidas. Era na verdade a estátua de Umaroth.

Deve estar em algum dentro do dragão.

Acha que consegue abrir?

Saphira tocou uma de suas patas pensando nos ovos que ela sentia estarem ali, mas nada aconteceu. Olharam por toda a estátua mas não acharam nenhum botão ou parte solta que pudesse indicar uma abertura.

Acho que você sabe o que temos que fazer.

Eragon assentiu. Ele disse seu nome verdadeiro, e Saphira fez o mesmo. Ouviram um ruído e os olhos da estátua brilharam brancos. A cabeça olhou ao redor procurando pelos dois.

Eu sou Saphira Escamas-Brilhantes, a Matadora de Shruikan, o traidor de nossa raça. Umaroth nos enviou para cá. Revele-nos os ovos escondidos.

O dragão dourado rugiu. Ele levantou as asas para o alto e voltou a ser apenas uma estátua.

–Saphira... – Eragon disse comovido.

Dos dois lados do dragão de baixo das suas asas estavam compartimentos separados. E neles haviam muitos ovos, de vários tamanhos e cores. No total eram 200 ovos. Eragon com a ajuda de Saphira conseguiu colocar todos os ovos em um alfajor gigante, que Saphira levaria, mas estaria invisível para todos. Quando saíram contaram tudo á Thorn e Murtagh, e ao anoitecer contaram tudo á Ajihad e á Islanzadí, e á Arya e Fírnen. E contou também sobre a profecia feita por Ângela de que ele iria embora e não voltaria mais. Ele ouvira Glaedr falar uma vez que haviam terras mais para o Leste das Montanhas Beor. Ele pretendia viajar pela Du Weldenvarden, depois usar os Rios Gaena e Edda para seguir seu caminho. Ele deixaria 10 ovos aos cuidados de Islanzadí e outros 10 com Ajihad que Murtagh levaria. Islanzadí ofereceu um banquete á Eragon e Saphira de uma semana quando chegassem á Ellesméra, assim como uma comitiva de elfos para acompanhá-lo na jornada. Então no nascer do sol os dois dragões deixaram a ilha de Vroengard e seguiram para Ellesméra.