A luta havia começado. Thorn e Murtagh voaram pelos Varden, indo de encontro com Arya e Fírnen, enquanto os Urgals vinham pelos túneis cheios de armadilhas. Estavam alto o suficiente para que nenhum deles pudesse os ver, e fingiram se atacar.

-Onde está Eragon?

-No batalhão de defesa.

-Não! É para lá que Durzan vai! Não consegui impedi-lo.

-Brom e Ajihad estarão lá, agora, preciso acabar com você.

-Não aqui, no chão, para que o Império veja que é mais forte que eu. – ele disse e a elfa assentiu.

O primeiro batalhão já havia sido dizimado, e Ajihad começou a se preocupar. Ordenou a invasão dos exércitos dos anões nas laterais, o que parcialmente deu certo. E então, o pesadelo do passado do líder apareceu colidindo contra os anões, dando força aos Urgals.

-Eu vou detê-lo. – falou Eragon.

-Não! Não pode, precisa ficar aqui. – Ajihad afirmou.

-Se eu não lutar, vão pensar que eu sou covarde.

-Não o é, apenas não tem treinamento o suficiente. – afirmou Brom.

-Eu preciso mostrar que não tenho medo, já que no final, teremos de enfrentar Galbatorix.

-Isso não faz sentido, eu lhe proíbo Eragon. – disse Brom.

Saphira abaixou a cabeça e rosnou baixo.

Nós vamos lutar, eu não tenho medo deles, muito menos do quebrador de ovos. Eles precisam ver contra quem estão lutando.

Brom e Ajihad se calaram perante o dragão. O Cavaleiro montou no dragão, e voaram até o Espectro.

-Eragon! – exclamou Arya. – Perdoe-me Murtagh.

-É melhor fazer isto logo.

Fírnen foi para cima do dragão vermelho, pousou em suas costas, e suas garras dilaceraram as asas de Thorn. Este rugiu e começou a cair como da primeira vez. Fírnen o soltou pouco antes de ele cair no chão no meio dos Urgals. Seu Cavaleiro se levantou brandindo sua espada, e Arya saltou de seu dragão para iniciar um combate entre os dois. Fírnen cuspiu fogo pelos que estavam pertos, e foi em direção á Saphira. Eragon tinha em mente o espectro.

-Venha criança! – Durzan gritou. – Vou levá-lo comigo.

Saphira, eu luto com ele você me cobre.

Espere!

O Cavaleiro saltou ainda no ar. Os Urgals deram passagem para ele. Os dois começaram uma luta acirrada enquanto Saphira matava todos ao redor. Só que Eragon era fraco: logo estava sendo submetido pelo espectro.

-Galbatorix te quer vivo... e eu vou obedecer desta vez.

-Eu não. – disse derrubando Durzan de surpresa.

Durzan lhe golpeou com o cabo da espada que trazia. O Cavaleiro cambaleou e caiu. O espectro queria morte, mas algo impediu que ele matasse Eragon. O Cavaleiro berrou com toda a fúria e cravou a espada em seu coração. O exército começou a recuar e os Varden gritaram de euforia. Não para Eragon. Ele segurou o corpo de Brom com cuidado, e tentou curá-lo, mas nem Saphira pode ajudá-lo. Arya e Fírnen vieram depois.

-Escute Eragon – disse ele fraco. – Precisa ir para Ellesméra. Lá vai encontrar um professor á sua altura. Sabe, cuide bem de Saphira... não deixe que a levem, como fizeram com a minha... – ele ergueu a mão onde a marca dos Cavaleiros brilhava.

-Por favor, não me deixe...

-Gostaria de te proteger disso tudo, só... tome cuidado... – e com isso fechou os olhos.

O chão de Eragon havia se ido, foi levado com o vento. Nem tentou controlar as lágrimas que caiam pelo rosto. O que faria agora? A voz suave de Saphira o trouxe de volta.

Vamos trazer honra a ele.

Vamos. Vou matar Galbatorix por ele.

E assim o Cavaleiro o faria.