A família era composta pelo pai Sílvio, sua mulher Raquel e a filha de seis anos, que tinha o apelido de Abelha. Em um feriado, resolveram viajar. Decidiram acampar aos arredores de uma cidade em Minas Gerais. Chegaram.

Já era noite. O carro estacionado ao lado da barraca cobria o brilho da lua. Todos dormiam, menos Abelha que queria pegar a sua lanterna no carro.

Ela saiu da barraca. Olhou para a escuridão da mata. No céu, as estrelas mais brilhantes que ela já havia visto. O som dos bichos e o frio da noite a amedrontavam. Entrou no carro. Apalpando o banco do veículo, achou e ligou a lanterna. Ficou com a luz da lanterna iluminando seu rosto. Ela acendia e apagava.

Ela viu alguém saindo da barraca. O vulto se aproximou. Era seu pai.

- O que você tá fazendo aí?

- Tô sem sono. Pai?

Sílvio olhava para um ponto fixo que ficava na janela da outra porta do carro. Havia algo.

- Pai? O que você tá...

Raquel acordou desesperadamente com um grito. Saiu da barraca e viu o carro em chamas. Antes que pudesse gritar, levou uma pancada na cabeça e desmaiou.