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Era pra ser apenas um romance de verão. Que assim que eu voltasse para casa, eu me esqueceria e seguiria em frente. Ele havia prometido que não se apaixonaria e eu fiz o mesmo, mas ambos descumpriram a promessa.

Nos conhecemos em uma bela manhã de verão. Estávamos na praia de um dos resorts mais luxuosos do país. Eu tenho acesso a esses lugares devido a grande fortuna dos Heartfilia, nome que levo na minha certidão. Sendo assim, Akane Resort é apenas mais um local onde eu não encontrava dificuldades para entrar. E esse local, especialmente desta vez, tinha ficado marcado para sempre na minha mente, eu só queria poder repetir.

Ele era um exemplo de garoto perfeito. Talvez só seja perfeita em minha mente apaixonada, mas mesmo assim, ele chegava bem próximo desse patamar. Dentre suas qualidades, posso citar: bonito, atraente, sexy, divertido e muito companheiro, sem contar que foi extremamente fofo e carinhoso quando fomos para a cama, sem deixar nem um pouco sua perversão. Seu nome era Natsu Dragneel, o garoto de cabelos exóticos e olhos ônix que mesmo debaixo de 39º usava um cachecol que mais parecia ser feito de escamas de dragão. E não, ele não andava com ele no pescoço, pelo menos não enquanto estava na praia debaixo de um sol escaldante, mas sim amarrado ou na cintura ou na cabeça. E aquilo só o deixava mais sexy.

Nós trocamos palavras pela primeira vez quando, por culpa de Levy, minha melhor amiga que estava apaixonada por um moreno rebelde, acabei esbarrando violentamente em Natsu. Tudo aconteceu porque o tal moreno, para provocá-la, pois ele sabe da paixão da baixinha, me agarrou e para fugir de seus braços acabei tropeçando em meus próprios pés e cai em cima do ruivo, cuja cor de cabelo mais parece rosa. Digo por culpa dela, porque se ela tivesse assumido logo que o amava, nada teria acontecido. Mas, graças a Deus, aconteceu.

Por causa do orgulho de Levy.

Por Gajeel querer que Levy assumisse logo a paixão.

Por Lucy ser desastrada e tropeçar nos próprios pés.

Por isso tudo, conheci o cara que me deu os dias mais prazerosos que eu pude ter em apenas uma semana.

Natsu Dragneel e Lucy Heartfilia. Um casal que na minha cabeça era mais que perfeito. Bem, Levy também concordava comigo, então está valendo.

Depois da nossa queda, me sinto meio constrangida, afinal estava só de biquíni e caí com os seios em sua face. Levantei-me rapidamente e pedi desculpas. Pude ouvir a risada peculiar de Gajeel, que se divertia com toda a cena, mandei um olhar bravo para ele, que o fez rir ainda mais. Sinceramente, como Levy se apaixonou por ele? Tudo bem, ele era alto, corpo atlético, e seus piercings o deixavam atrativo, mas a personalidade dele não era das melhores. A gente já se conhecia a um tempo e eu sei do que estou falando. O pior era que ele parecia gostar dela também. O típico caso dos “opostos se atraem”. Então, não entendo como demoraram tanto para ficar juntos. E foi com a ajuda de Natsu que consegui juntá-los no fim daquelas férias.

Voltando ao meu caso, Natsu, que até o momento eu não sabia o nome, se mostrou um pouco arrogante e brigaria com Gajeel ali mesmo, se eu não tivesse os parado. Tive que chamá-lo para tomar um suco, sorvete ou qualquer outra coisa, apenas para evitar que ambos acabassem com seus lindos rostos com algumas marcas roxas. Ele aceitou de pronto. E finalmente parecia reparar em mim. Corei quando ele mandou um daqueles olhares maliciosos em direção aos meus fartos seios, cobertos apenas pelo biquíni branco que eu usava. Levy ainda reclamou por eu deixá-la sozinha com Gajeel, e eu apenas disse “Se vira, a culpa é sua mesmo”. Pude vê-la sem reação e o selvagem a levando dali, puxando-a pelo braço. Eu ignorei totalmente aquilo, quem sabe assim eles se acertam.

Chegando a uma barraca ali na praia, nos sentamos e pedimos um suco de frutas. Nos apresentamos e começamos uma conversa descontraída. A cada palavra proferida por ele eu ficava cada vez mais cativada. Ele não teve uma infância muito feliz, perdeu a mãe quando ainda era criança e seu pai desapareceu a 7 anos. Mas sua forma de ter superado tudo e seguido em frente me impressionou. Também compartilhei com ele minha história com a família. Como ele, perdi minha mãe quando criança, e desde então, não tenho muitos laços afetivos com meu pai nem uma relação amigável. Nos identificamos muito um com o outro e ficamos ali por mais algumas horas. Ele era engraçado. Contou-me sobre um tal de Gray, e todas as brigas por motivos fúteis que ambos tiveram. O Gray também estava no resort, mas ao que indica, uma menina ali se apaixonou perdidamente por ele, então ele precisava fugir. Mas, pelo o que Natsu me contou, ela era muito bonita e Gray estava apenas sendo idiota. Eu realmente não entendo a cabeça dos garotos.

Um pouco depois, voltei para o meu quarto, me despedindo dele e combinamos de nos encontrar mais tarde. Ao chegar ao meu destino, encontro Levy sentada em sua cama acompanhada de um livro.

“Como foi com o Gajeel?” eu perguntei a ela com tom debochado, apenas para provocá-la.

“Não foi. E você com aquele menino sarado? Tanto tempo com ele deve ter acontecido algo, não é mesmo?” ela me pergunta maliciosamente, com uma expressão daquelas meninas levadas.

“Apenas conversamos, ok? E desde quando você fica chamando os meninos de sarados?” ela deu de ombros.

“Mas ele é legal? Na verdade, qual o nome dele?”

“Ele é legal sim. E se chama Natsu.”

“Natsu... ele deve ser tão quente quanto o nome supõe.”

Joguei uma almofada que estava na minha cama nela. Mas o que eu não sabia por enquanto era que aquilo era verdade. Uma verdade cruel.

Natsu. Verão.

Eu pude comprovar por mim mesma o significado dessa palavra, e o quanto uma pessoa conseguia transmitir de calor enquanto estava debaixo de um lençol. Aquele cara... era realmente quente.

Eu poderia já estar meio fascinada por ele apenas por uma conversa.

Isso era estranho.

Nunca aconteceu antes.

Ele era lindo, mas já tive casos com outros garotos bonitos. Como o Loke.

Mas com o Natsu era diferente, algo nele me chamava à atenção.

Não! Não podia me apaixonar.

Afastei todos esses pensamentos da minha mente e voltei ao assunto Levy.

“Levy-chan, por que você não dá uma chance pra ele? Ele gosta de você”

“Vamos voltar a essa conversa? Bem, eu não estou interessada.” E saiu do quarto.

“Que mal humor.” Resmungo pra mim mesma. Tomei um banho tentando não pensar naquele ruivo, se é que posso chamá-lo assim.

[...]

Quando desci novamente ao salão principal, várias pessoas já se encontravam lá, dançando ao som de alguma música eletrônica ou jogando os diversos tipos de jogos que tinham ali. Levy não estava ali, e não consegui encontrar Gajeel. Será? Claro.

Ao me dirigir pelo salão alguém me detém. Viro-me e encontro Natsu com um sorriso maroto nos lábios.

“Te encontrei, Luigi!”

“É Lucy.” falo divertida. “Então esteve me procurando?”

“Sim, você é a garota mais bonita aqui” Coro levemente. Talvez ele estivesse apenas sendo gentil, pois ali havia uma ruiva que poderia ser chamada de deusa devido a sua beleza.

“Obrigada.” falei gentilmente. “ Que tal irmos dançar?”

“Eu adoraria.”

Nessa dança pode-se dizer que tudo começou acontecer. Cada passo, cada trocada de olhar, cada colada de corpo, cada arrepio que eu sentia ao ter seu hálito próximo da pelo do meu pescoço. A música ajudava bastante com o clima entre nós. A batida animada nos incentivava a balançar ainda mais os nossos corpos e a mão dele percorria pelas minhas costas.

O beijo que demos ali foi um misto de desejo e paixão. Me senti atraída por ele e necessitava sentir seu gosto. Eu tomei a iniciativa e ele correspondeu prontamente. As nossas línguas se completavam e dançavam tão freneticamente quanto nossos corpos, seguindo o embalo da música. Na necessidade de recuperar o ar, ficamos nos encarando. Mordi o lábio inferior e ele entendeu o recado e me beijou. Outro beijo marcante.

“Olha, não quero compromisso” falei para ele. A minha decepção com meu ex Loke, me fez querer fugir de relacionamentos por um tempo. Mas Natsu... Eu queria experimentá-lo.

“Ótimo, pois eu também não quero”

Mais beijos. Mais toques.

E quando percebi, estava em seu quarto. Jogada em sua cama.

Aquilo não ia prestar.

Nunca me entreguei para um garoto tão rapidamente. Mal nos conhecíamos. Na verdade, o único que eu realmente tinha me entregado foi para Loke. Foi uma experiência bacana, mas depois que ele me traiu com uma tal de Anna, me arrependo profundamente daquilo.

Com Natsu era diferente. O que eu senti com ele, acho que Loke ou qualquer outro cara nunca me faria sentir. Seus toques me faziam arfar, gemer e querer mais. Eu tentei dar o máximo, também. Aquela foi apenas a primeira noite de várias.

[...]

Tive que driblar Levy por causa de todas as perguntas que ela me fez. Eu mudava de assunto perguntando sobre onde ela estava quando eu desci e ela jogou o mesmo jogo que eu. Não dissemos nada, mas nossas caras nos condenavam. Ela ficou com Gajeel. Eu percebi pelo brilho em seus olhos. E ela com certeza viu meu humor diferente, estava mais alegre e feliz. E satisfeita. Eu havia saído do quarto antes dele acordar, deixando um pequeno bilhete que dizia:

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Nós ainda iremos nos divertir.

Att. Lucy.

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Tento imaginar como ele ficou ao acordar e ver que eu não estava por perto. Mas não demorei a encontrá-lo novamente. Naquela manhã, nos encontramos na praia. Pude finalmente conhecer Gray e Erza, a garota ruiva que eu falei antes. Ironicamente, ela é a pessoa mais simpática e mais aborrecível que eu conheci. Dica: não a contradiga nem a aborreça, isso pode ser fatal.

Os olhares que ele me direcionou me diziam que ele também queria mais, mas disfarçamos ao máximo, pois ninguém podia saber ainda. Ficamos como amigos e eu fiz novas amizades. Até mesmo ajudei a Juvia, a menina que se apaixonou por Gray, a conquistá-lo. Ela chegou em mim toda tímida e como eu achava que eles dois combinam, resolvi ajudar. Demorou um certo tempo, mas depois que ele considerou, pareceu que gostou muito de ficar com ela e saíram do resort como namorados. Por obra do destino, ambos moravam na mesma cidade, a apenas três quarteirões um do outro. Outro casal feito.

Voltando ao dia em questão, usando a desculpa de que ele ia me mostrar o grande aquário que tinha no resort, ele me levou para uma praia mais distante, onde só haviam nós dois e a natureza. Entramos na água, rindo como duas crianças, jogando a água um no outro. Falei pra ele que aquilo era loucura e ele me disse que o mundo é muito melhor quando viramos ele de cabeça pra baixo. Qual o sentido se fizéssemos tudo certinho e controlado? Não teria graça. E nesse ponto concordo com ele.

Depois que começaram as carícias, não demorou para que o top do meu biquíni fosse tirado. Só de lembrar das suas mãos acariciando meus seios já me fazer delirar. Ele tinha experiência no que fazia, suas mãos eram muito habilidosas. Ele me fez conhecer lugares em mim que nem eu mesma conhecia, e aquilo era um sonho.

De volta a praia é que a coisa esquentou. Todas as partes do meu corpo que antes não eram tocadas pela luz do sol, agora estavam à mostra e ele ficou um tempo me admirando, enquanto eu sentia a quente areia queimar as minhas costas. Foi tudo repentino, e mais uma vez consegui chegar ao clímax de uma forma inusitada e que jamais me vi fazendo.

Os dias foram passando, e cada vez mais eu me surpreendia com ele. Na piscina, atrás do prédio principal, mais algumas vezes em seu quarto, outra no meu, quando Levy passou a noite só Deus sabe onde, e nos banheiros do hotel. Todos esses lugares foram frequentados por nós enquanto todo mundo só se preocupava em dormir e descansar. Natsu não descansava. Ele era insaciável. Sempre inventava algo diferente e eu me deixava levar. Sendo sincera, eu adorava.

Mas, tudo que é bom dura pouco, ou pelo menos tem um fim. Chegou o momento que tivemos que nos separar. Eu não devia me preocupar com isso, afinal nossa relação era baseada em sexo sem compromisso, e só. No penúltimo dia, Levy, que começou namorar Gajeel, nos descobriu enquanto estávamos nos beijando e fez questão de fazer uma última comemoração. Tentei explicá-la que não éramos namorados, mas ela não quis me ouvir. Resultou em mais uma noitada que reunimos com os amigos que fizemos durante aquelas férias. E essa foi a última noite Lucy x Natsu. Ele estava mais carinhoso, mais romântico, me fez até uma massagem. Isso pioraria as coisas.

Paixão... paixão... isso não era pra acontecer.

Dessa vez, ele saiu do quarto antes que eu acordasse, deixando também um bilhete de despedida com o seguinte escrito:

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Lucy, foi realmente bom te conhecer. Espero que nos vejamos de novo. Ainda vamos nos divertir.

Att. Natsu.

P.S.: Me desculpe, mas eu quebrei a nossa promessa.

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Demorou um pouco para entender a última frase, mas só depois de sentir um vazio dentro de mim ao perceber que ele não estava mais ali, eu conclui que a promessa também foi quebrada por mim.

Ele seria apenas meu namorado de verão. Mas claro, tínhamos que ter sido destinados a nos encontrar e ter essa relação no mínimo fogosa, balançando o coração que estava fechado para relacionamentos. Ele também se encontrava assim. Uma vez me contou sobre o ultimo relacionamento, depois de eu falar do meu. Uma tal de Lisanna tinha sido sua namorada desde a infância, mas assim com eu, ele foi traído por ela. Preferiu omitir o nome do individuo, e eu não queria saber de qualquer maneira.

Ao procurar por ele assim que saí do seu quarto, Levy me conta que ele e seus amigos saíram bem cedo. Eu fiquei inconformada, queria me despedir.

[...]

“Você gosta dele. Por mais que diga que foi sem compromisso, você se apaixonou por ele.” Levy passou a ficar repetindo isso desde que entramos na minha BMW e estávamos voltando pra nossa cidade, Magnólia.

“Isso não vem ao caso. Acabou, não acabou? Esqueça isso!”

“Tá certo. Mas me conta aí, Lu-chan! O que vocês fizeram?” nanica sem-vergonha! Contei algumas partes apenas para ver se ela ficasse quieta, e não adiantou muito.

“E você? Como foi com o Gajeel? Pelo menos se acertaram, não é mesmo? É por isso que está tão romântica?” ela corou. Pude ver ao direcionar um olhar malicioso para ela quando levantei ao topo da cabeça os óculos que cobriam meus olhos castanhos.

“Er... foi tudo bem, não se preocupe.” Ela virou o rosto. Interessante que como pra falar do relacionamento alheio ela é bem extrovertida, mas com relação ao deça...

“Vocês... fizeram?”

“O-o quê?” envergonhada ao extremo é o definiria Levy nesse momento.

“Não se faça de besta. Você sabe do que eu estou falando!” como eu estava me divertindo com aquilo.

“S-s-sim” o som que saiu da boca dela quase não chegou aos meus ouvidos.

“Não entendi. Repita mais alto!” provoquei ela.

“SIM, LUCY! SIM! NÓS TRANSAMOS!” nossa, ela se irritou.

“Olha, você foi rápida.”

“E você não é ninguém pra falar disso.” nós duas rimos e continuamos falando de outros assuntos.

Depois dessas férias, eu não conseguir não pensar no dono daqueles cabelos exóticos. Já faz um mês que o conheci e desde então, não conseguir ficar com mais nenhum garoto, pois meu pensamento só pairava nele e me impedia de deixar alguém se aproximar. É por isso, mamãe, que eu não queria me apaixonar. Por mais que a gente goste de uma pessoa, e mesmo o sentimento sendo recíproco, eu sempre acabo me machucando. Um dia superarei, pois não há nada que o tempo não cure. Exceto a sua perda, pois isso é algo que eu nunca irei superar. Tirei esse dia apenas para contar dessa minha história que há tanto tempo já me perturba. Eu precisava desabafar. Já contei com Cana e Levy, mas falar com a senhora me deixa muito mais livre e leve. E não se preocupe. Por mais que o que fiz com ele possa te trazer vergonha, digo que não foi algo totalmente perverso e luxurioso. Como pode ver, isso gerou uma paixão. Eu não me arrependo, pois cada segundo com ele valeu a pena, mas cada segundo sem ele é doloroso. Espero que um dia eu possa encontrá-lo, pois a tonta aqui só não perguntou onde ele morava. Mas, pra isso temos varias redes sociais. Ainda não procurei porque tenho receio, entretanto irei tomar partido quanto a isso.

Acho que já contei tudo não é? E contarei como isso que resolveu. (risos)

Tchau, mamãe. Sinto muitas saudades.

Lucy H.

Termino de escrever a carta, esquento a cera e a selo, guardando no bauzinho junto com as outras cartas que nunca serão entregues de verdade para minha mãe, mas é o mais próximo que eu chego de conversar com ela. Quanta falta ela me faz.

Me alongo e vou em direção a janela do meu pequeno apartamento. Mesmo sendo rica, prefiro a simplicidade desse lugar. É calmo, confortável e faz eu me sentir bem, é o que eu mais preciso no momento. Ao chegar à janela, fito o pequeno rio que corta a cidade, e olho as pessoas que estavam passando ali. Até que meus olhos veem algo inacreditável. Seria mesmo real? Eu os esfrego para ter certeza de que aquilo que eu estava vendo não era apenas fruto da minha mente perturbada.

Ele. Ele estava ali. Aqueles cabelos rosados são inconfundíveis. E agora estavam ali, perambulando na frente do meu apartamento. Ele sobe sua visão e seus olhos se encontram com os meus, e o fazem dar aquele sorriso meigo e carismático, mostrando seus caninos desenvolvidos dando um ar totalmente sexy.

A pergunta é: como ele me achou? Eu também não tinha dito onde morava. Talvez as redes sociais. Ele foi mais rápido que eu. Sorri.

Eu estava sem reação. Ficaria ali parada para que nunca o perdesse de vista. Não conseguia nem mesmo pronunciar alguma palavra.

O fato de eu morar no segundo andar do prédio facilitou a ele a realização do seu próximo ato: escalar até a minha janela. Eu fiquei assustada, mas nada falei. E quando ele fica diante de mim, me fitou profundamente. Não me contive e o puxei para um beijo que já tinha esperado a algum tempo.

O halito quente, a voracidade, a paixão. Todos os sentimentos ressurgiram dentro de mim e eu espero que tenha conseguido passar tudo de volta para ele.

Ali era o começo de uma nova relação. Dessa vez não seria mais apenas o garoto que conheci no verão. Seria o garoto de um relacionamento maior, mais profundo. E que pretendo segurar por todas as estações.

FIM.