Destructive escrita por Dhiene


Capítulo 2
Reunião de Família.


Notas iniciais do capítulo

Oie leitores. A história começa de verdade nesse capítulo. Aqui vocês vão conhecer o Luke, eu já amo ele desde que eu inventei e acho que vocês também vão amar. Bom, eu quero comentários, só posto outro quando tiver. Bjs Sweethearts.



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Três semanas sem nenhuma pista. Não era possível alguém desaparecer assim, sem deixar nenhum rastro, nenhum sinal, nada. Pelo menos Luke pensava que não, mas havia muita coisa que o garoto achava que não era possível que no final era muito possível e acontecia de verdade. Como ter um quase melhor amigo vampiro por exemplo.

“Vamos achá-la. Eu prometo.” Simon assegurou novamente. Luke tinha a impressão que o vampiro falava mais para si mesmo do que pra ele.

Simon estava junto com Luke e Clary desde que Luke tinha 12 anos, e em parte foi por causa dele que Luke descobriu sobre todo o mundo sobrenatural e descobriu quem ele próprio era.  Clary nunca teria contado, era um fato, e de certo modo ele não a culpava. Tem coisas que era melhor não saber. Mas Simon achava que era melhor a verdade, ou pelo menos parte dela era melhor que nada.

“Ela pode estar morta a essa altura.” Luke disse, era verdade. Mas o garoto não queria acreditar nas palavras.

“Ela não estaria morta, eles precisam dela.” Simon não conseguiu esconder a raiva em sua voz.

Luke sabia a história, por que eles tinham fugido e não ficavam mais do que dois anos em um lugar só, ele sabia que os Caçadores de Sombras estavam atrás de sua mãe. Ele descobriu sem querer, ninguém tinha a in

tenção de contar essa parte da história para ele, se ele não tivesse ouvido uma conversa entre sua mãe e Simon provavelmente ele não saberia. Então ele exigiu o resto da verdade, quem eram eles, e por que estavam atrás dela. E foi ai que ele descobriu quem era seu pai, e o odiou desde então, por quem ele era e pelo que ele tinha feito.

“Se ela não está morta, ela está presa em algum lugar, e eu daria minha mão se ela não estiver com eles.” Luke se levantou de repente já com uma idéia fixa na cabeça. “Eu vou buscá-la.”

“Você vai o que?!” Simon engasgou em surpresa.

Luke não esperou nem respondeu, ele foi para o quarto onde era ele. Havia poucas coisas que ele iria levar. O punhal de prata com padrões de pássaros era a única arma que sua mãe guardava em casa, e ela tinha dado a ele antes de desaparecer. A estela da sua mãe. A versão do Códice dos Caçadores de Sombras que ela havia recuperado da sua antiga casa. Foi pelo Códice que Luke aprendeu tudo o que sabia sobre os caçadores de sombras. Era mais fácil do que fazer perguntas que não iriam ser respondidas. Ele organizou tudo em sua mochila, colocando um terno de roupa. Não sabia quanto tempo ia ficar fora.

Simon entrou no quarto logo depois dele, assustado. “Onde você pensa que vai?” Ele exigiu. Luke ignorou por um momento e começou a cantarolar alguma música que ele não lembrava o nome. “Bom, você não está indo a lugar algum então.” Simon declarou. Havia horas que Luke se esquecia que Simon tinha mais do que duas vezes a sua idade, era fácil esquecer, ele ainda parecia um garoto de 16 anos que gostava de vídeo-game e que era divertido, um garoto de 16 anos que era seu melhor amigo desde os 12 anos. Mas quando ele agia assim ele parecia tão velho como realmente era.

“Você não pode me prender em casa pelo resto da vida.” Luke disse se jogando na cama e olhando para Simon de maneira divertida. “Uma hora você vai ter que sair, nem que seja para se alimentar novamente. Não há um estoque de sangue aqui.” Simon o encarava surpreso. “Por que não nos poupa trabalho e me deixa ir logo. Então você também pode voltar a procurar por minha mãe. De toda forma eu vou.”

Simon parece considerar as palavras de Luke por um minuto. “Você sabe que eu não concordo com isso.”

“E você sabe que eu tenho razão também. E você não precisa exatamente concordar comigo, basta não me atrapalhar.” Luke respondeu. “Vamos lá Simon, o que vai ser?”

“Você se parece exatamente como seu pai quando age assim. Como se tivesse em seu poder salvar o mundo.” Simon disse, e a expressão de Luke escureceu, havia sombras sobre os seus olhos, ele fechou as mãos em punho. “Você não pode cuidar de tudo sozinho Luke, nem tudo depende de você.”

“Eu posso tentar pelo menos.” Ele respondeu friamente pegando a mochila e indo em direção a porta. “Não se preocupe comigo. Deixarei você saber onde estou quando chegar lá.”

Simon não pareceu contente com isso. “Posso ir com você.” Não era bem um pedido.

“Não, você não pode ir onde eu estou indo, não sem se arriscar desnecessariamente.” Luke disse. “E é melhor você continuar a procurar por ela aqui fora.”

“E onde você está indo?” Ele perguntou.

“Ao instituto de Nova York. Se vamos lidar com a Clave, lá é um bom lugar para começar.” Luke respondeu.

“Você sabe o que vai encontrar lá, sabe?” Simon perguntou preocupado.

“Sei exatamente o que vou encontrar lá.” Ele respondeu. Minha Família. Acrescentou mentalmente.

***

Era estranho que exatamente quando eles vieram para Nova York a mãe de Luke desaparecesse sem deixar rastro. Existia alguma ligação com aquela cidade, e com o instituto. Ele sabia o  que estava fazendo quando deixou a casa nos arredores da cidade naquela manhã em direção ao instituto. A casa onde estava morando com sua mãe antes de desaparecer e agora estava ali, de frente a velha igreja. Ele teve que se concentrar para espantar o glamour e ver o instituto como ele realmente era. Agora que estava tão perto de entrar ele não tinha certeza daquilo. Será que iria de alguma forma ajudar sua mãe, será que ela poderia estar ali? Se ela não estiver ali, estaria mais perto do que em qualquer outro lugar, afinal foram eles que a levaram. Ele disse a si mesmo, se pondo em frente a entrada do Instituto. As portas estavam fechadas, como era de se esperar, e tocar a campainha não era uma opção. Ele tinha lido no códice que o instituto dava entrada para todos os caçadores de sombras que o procuravam, e ele, querendo ou não, era um caçador de sombras também. Só que ele não tinha a menor ideia do que dizer para que as portas se abrissem.

“Huh. Que tal... Abram portas?” Ele disse em voz alta, mas nada aconteceu. “Ok, Ok. Abram portas, por favor!” E nada novamente, estava tudo tão imóvel quanto antes. “Que Droga! Eu preciso entrar ai para salvar minha mãe. Ok.” Luke estava perdendo a paciência com a porta do instituto. Ele respirou fundo, estava na cara que não iam abrir. “Eu odeio patos.” Ele disse calmamente a primeira coisa que veio a sua mente sem esperanças de conseguir abrir. Mas então as portas abriram com um rangido leve. “Sério? É uma espécie de senha?” Ele perguntou a si mesmo tentando não rir. Certamente não era uma senha, talvez uma reação tardia ao pedido do garoto. Mas era algo engraçado. Ele entrou no instituto se deparando com a nave de uma igreja pouco iluminada. Ele tirou o punhal da mochila e o segurou defensivamente perto de si.

Era melhor andar próximo as paredes, oculto pelas sombras. Ele avançava por entre a igreja prestando atenção, tentando não fazer barulho. Ele não queria chamar atenção agora, quando a garota apareceu. Ela parecia ter alguma coisa como 15 ou 16 anos, os cabelos pretos presos em uma trança de lado e se vestia como qualquer garota que Luke já tinha visto, jeans, uma blusa colada ao corpo e uma jaqueta azul por cima. “Tem alguém ai?” ela chamou. “Tio Alec, Tio Jace?” Luke respirou fundo, andando escondido nas sombras para chegar mais perto da garota.

Ela olhou ao redor para constatar que não tinha ninguém. “Devo ter me enganado.” Ela suspirou. Luke aproveitou a deixa para atacar a garota por trás, a prendendo em um aperto e colocando seu punhal em sua garganta. A garota arfou em surpresa, Luke aumentou a força em seus braços.

“Quem é você?” Ela exigiu.

“Onde estão os outros?” Ele perguntou entre os dentes ignorando a pergunta da menina. “Onde estão?”

Ela não respondeu. Ele apertou o punhal em sua garganta até que havia um fio de sangue ali. “Onde estão os outros?” Ele pediu de novo. A garota se debateu por um momento e então tão rápido que mal conseguiu ver o que ela tava fazendo ela se livrou do aperto de Luke, tirou a faca da mão dele e o derrubou com uma rasteira, ficando em cima dele o prendendo com seu próprio corpo.

“O que você faz aqui? O que você quer?” Luke riu zombando. “Wow, você é forte. Uma cadelinha bem treinada.”

“Cala a boca!” A menina disse apertando o punhal de Luke em sua garganta. “Você não está em posição de fazer gracinhas.”

Luke riu novamente. “Por que não? Você não vai me matar não é? Não está nas leis.” Ele cuspiu as últimas palavras.

A garota aumentou seu aperto. “Acho que a lei não diz nada sobre ferir gravemente idiotas.” Ela disse. “Há mais armas com você?” Ela exigiu.

“Estou limpo.” Ele deu de ombros ainda sobre seu aperto. “Pode revistar se quiser.” Ele sorriu de lado para ela.

Ela se levantou de cima dele se colocando de pé. “Levante-se, vamos!” Ela falou. Luke se levantou calmamente. “Nem tente fugir. Como conseguiu entrar aqui?”

                                       

“Eu não pretendo fugir.” Ele disse sem responder a pergunta.

“Responda!” Ela gritou com ele.

“Eu não tenho vontade de responder nada para você. Mas podemos conversar sobre outra coisa. Huh, qual o seu nome?” Ele perguntou divertido.

Ela apontou a faca para ele. “Vamos lá pra cima. Minha mãe vai saber o que fazer com você.” Ela disse. Ela apontou para o elevador que não estava longe dali. “Vai garoto, mexa-se!”

Luke se apressou na frente da menina, o sorriso ainda brincado em seus lábios. “Então, se a gente vai continuar com isso de você me ameaçar com minha própria arma, você podia pelo menos dizer seu nome. Não custa nada.”

A garota pareceu considerar por um momento. “Não te interessa meu nome.” Ela rosnou.

“Qual é pequena caçadora de sombras. Não temos mais nada para fazer aqui não é mesmo. Podemos conversar.” Ele disse gentilmente enquanto entravam no elevador. A porta se fechou atrás dela quando ela passou.

“Elizabeth.” Ela disse por fim. “Agora cala a boca e pare de me atormentar.”

“Eu estou de atormentando? Estou só tentando ser simpático.” Luke deu de ombros. “Eu na maioria das vezes consigo ser simpático sem esforço. Até mesmo quando estão me ameaçando com uma faca.”

“Isso deve acontecer frequentemente com você. Ser ameaçado com uma faca.” Elizabeth não conseguiu evitar um riso. A porta do elevador se abriu e eles estavam em um corredor pouco iluminado. “Anda. Lá na frente.” Ela falou e Luke deixou o elevador despreocupadamente. “Qual é Lis.” Ele brincou.

Eles entraram numa sala grande, repleta de estante com vários livros. Atrás de uma mesa grande de madeira parecendo antiga estava uma mulher, praticamente da idade de sua mãe, com os cabelos tão pretos como os de Elizabeth, Luke imaginou que ela seria a mãe da garota. A mulher se levantou e encarou Luke com uma expressão de espanto, como se ela estivesse vendo algum fantasma ou algo assim.

“Mãe, eu encontrei esse... garoto lá em baixo e ele me atacou com essa faca. Ele estava invadindo o instituto.” Elizabeth começou. Ela se aproximou da mãe e entregou o punhal de Luke. Ela olhou atônita para o punhal e depois novamente para o garoto.

“Qual o seu nome?” A mulher exigiu ainda sem sair do choque inicial.

“Luke e o seu?” Ele disse calmamente, como se estivesse em uma conversa qualquer com alguém que acabava de conhecer. Luke estava sorrindo. “Ah, isso vai levar algum tempinho então eu vou me sentar, tá legal?” Ele disse se jogando em uma das poltronas que estavam ali sem esperar pela resposta. Ele se esparramou colocando os pés para cima sem se importar com as pessoas que olhavam para ele com espanto. “Então é aqui que acontece aquele lance todo de matar demônios e torturar vampiros fora da lei.” Ele disse olhando em volta pensativamente. “Não parece grande coisa visto de perto.”

“Quem é você? Por que está aqui?” A mulher parecia ter saído do choque inicial. Ela ainda encarava Luke. “Lisa vai chamar seus tios, eles devem estar na sala de armas.” Ela ordenou a filha que parecia que ia protestar, mas então mudou de ideia e saiu porta a fora.

“Eu não to com vontade de responder essas perguntas chatas agora. Talvez depois do lanche. Eu to com fome você não?” Luke disse casualmente. “Você e sua filha parecem ter algum problema em dizer os nomes, só ficam exigindo saber o que eu quero. Você não me disse seu nome.”

“Isabelle, Isabelle Lightwood.” Ela respondeu atônita. “Onde você conseguiu isso?” Ela apontou para o punhal que tinha deixado em cima da mesa.

“Isso é meu.” Luke declarou. “Mas porque está tão interessada na minha faca?”

A caçadora de Sombras não respondeu, ela andou de um lado por outro pensativamente. “Não é possível.” Ela murmurou para si mesmo. “Não é possível.”

“Uma coisa que eu aprendi em meus 16 anos de vida, é que tudo é possível. Eu não duvidaria de nada se fosse você.” Luke disse. “Você não teria nada para comer ai não?”

Isabelle foi poupada de responder quando Elizabeth retornou a biblioteca trazendo outros dois homens junto com ela, um com os mesmos cabelos negros que ela e a mãe tinham. E o outro tão loiro quanto Luke, com uma expressão furiosa no rosto.

“Izzy, Lisa falou que tinha...” O homem de cabelo escuro e olhos azuis começou, mas se interrompeu quando viu Luke jogado no sofá.

Isabelle pegou a faca em cima da mesa e avançou a entregando-a para o homem loiro. Ele pegou a faca parecendo em choque, e analisou ela passando os dedos na lâmina. “Clary...” Ele sussurrou parecendo doente de alguma forma.

O sorriso desapareceu da face de Luke quando ele notou quem era o cara loiro. Ele encarou por um momento, e depois sorriu duramente de novo. “Olá Jace.” Ele falou em tom de escárnio. “Ou eu devo dizer... Olá papai.”


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Notas finais do capítulo

Sem comentários. Sem história. Isso é chantagem mesmo. u.u



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